Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 22
"E o que você quer?"


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Quase um mês depois, mas estou de volta.
Boa leitura!



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Pov's Katniss

Mais uma semana já havia se passado! Agora completava 2 semanas que Peeta e eu voltamos a ser apenas amigos. Por sorte, conseguimos fazer com que nossa relação continuasse a mesma. A diferença era que agora não existe o menor contato físico entre nós! Não vou dizer que está tudo bem, porque não está. Eu tenho sofrido para me controlar, já que a cada vez que estamos juntos uma parte da minha mente fica me incentivando a "atacá-lo". As vezes ocorre uma troca de olhares repleta de segundas intenções. Piadas e comentários da parte do loiro, coisas que costumeiramente me deixam sem graça. No entanto, nunca passa disso. É uma tarefa difícil, mas venho me saindo bem.

Hoje é sexta feira. Minhas férias acabaram essa semana, mesmo assim mal vejo a hora de chegar meu dia de folga, que graças a Deus será amanhã. Olhei no relógio, 3 minutos para acabar meu horário de almoço! Comi sozinha hoje, já que Mad teve uma cirurgia de emergência bem agora. Estava pronta para me retirar do refeitório, quando meu celular apitou, indicando uma mensagem recebida no Whatsapp.

Whatsapp On:

* Peeta *

Boa tarde, morena!
Vamos jantar hoje?

Eu não sei você, mas eu
janto todos os dias!

Hahaha engraçadinha!
Vamos jantar juntos, eu e você!


Não.

Sim.

Peeta, já conversamos
sobre isso...

Céus, Katniss. Só estou
te chamando pra comer.
Não estou te pedindo pra
fazer um streep tease!
Deixa de ser pervertida.

Eu? Não tenho culpa
se você é um tarado.
Quem me garante que
só vamos comer?

Minha fiel palavra, oras.
Não sei porquê você pensa
isso de mim. Sou um santo!

Santo do pau oco?

Oco nada. Ele libera
bastante conteúdo,
que você bem sabe!

Aí meu Deus, Mellark!

Hahahahahahaha!
Aposto que suas
bochechas estão quase
escarlate!

Vai pro inferno!

Vamos jantar ou não?

Vou é trabalhar! Para
de encher o saco. Se
meus pacientes
morrerem, você vai
ser o culpado.

Tá, tá! Te pego às 20h00.

Quem disse que eu
vou?

Manuela vai ficar na
casa dos meus pais.
Minha mãe disse que vai
buscá-la direto na escola!
Esteja pronta, às 20h00!

.

.

Whatsapp off.

Passei o resto do dia ansiosa para chegar a noite logo. Eu não tinha certeza se era uma boa ideia sair com o Peeta sozinha, mas ele não me deu muita escolha! Alguns minutos antes das 20h00 me vi pronta, andando de um lado para o outro na sala, ansiosa. Como eu não sabia nada sobre onde jantariamos hoje, optei por um vestido longo preto, sem detalhes. O modelo dele já era bonito por si só, demarcando perfeitamente as partes certas do meu corpo. Deixei meu cabelo solto, fiz uma maquiagem leve e uma sandália sem salto! A campainha tocou e meu coração disparou. Eu parecia uma adolescente boba agora, definitivamente. Me olhei no espelho uma última vez, e apesar de não ter uma super produção, gostei do que vi. Estava realmente bonita! 

Abri a porta encontrando um Peeta rescostado no batente, sorrindo para mim. Ele estava tão cheiroso que me deixou inebriada. Usava uma calça jeans escuro, um tênis branco e uma camiseta azul que deixava seus braços musculosos muito bem a mostra. Eu amava quando ele usava aquela cor, porque combinava com seus olhos. O Mellark estava segurando um buquê de tulipas amarelas.

— Olá, querido. - comprimentei, sorrindo.

— Olá, docinho! - ele sorriu também, endireitando sua postura, mas continuou parado me olhando sem dizer nada.

— Essas flores são para mim? - levantei uma sobrancelha, indicando suas mãos quando ele não fez menção de me entregar.

— São sim. É que você me desconcentrou. - ele ri, me entregando o buquê.

— São lindas, obrigada! - agradeço, segurando-as gentilmente e me encaminho para a cozinha em busca de um vaso para colocá-las.

— Eu ia trazer rosas, mas achei muito previsível. Sem contar que, achei as tulipas mais bonitas. - comenta.

— Coincidentemente, tulipas são minhas preferidas. - conto e ele sorri.

— Bom saber! - responde. Me viro para depositar o vaso sobre a mesa. Peeta estava parado na porta da cozinha, rescostado na parede de braços cruzados em frente o peito, me observando. Ele parecia perdido em pensamento e sustentava um sorriso torto.

— O que? - pergunto, me analisando a procura de algo errado.

— Nada. Só estou te olhando, ué! - ele ri.

— Estou bonita o suficiente para sabe-se lá onde vamos? - questiono, me dirigindo de volta a sala com Peeta ao meu lado.

— Bonita é subestimar demais o que você é, Katniss. - ele dá de ombros, umidece os lábios com a ponta da língua e depois faz um estalo com com a língua no céu da boca. Meus olhos acompanham cada um desses movimentos, e mais um vez desejo desesperadamente beijá-lo. Mas, antes que eu possa responder, ele completa. - Você está uma delícia! - diz com um sorriso malicioso, correndo seus olhos pelo meu corpo e morde o lábio inferior, num gesto estupidamente sexy. Céus, eu vou ter uma parada cardíaca.

— Cala a boca! - revido, completamente sem graça pelo seu comentário, sentindo minhas bochechas quentes. Ele gargalha.

— Vamos? - pergunta.

— Claro! - confirmo, seguindo-o até o carro.

O caminho foi percorrido em silêncio, mas ainda sim um silêncio confortável. Até eu perceber que estávamos fazendo o percurso do apartamento dele. Quando estacionamos em frente o prédio, levantei uma sobrancelha em uma pergunta silenciosa. Ele ri, mas não responde.

— Sua casa, Peeta? - pergunto, seguindo-o para fora do carro.

— Minha casa, Katniss! - confirma. - Boa noite, Henry. - o loiro sorri para o porteiro e segura minha mão, me puxando para dentro do prédio.

— Senhor Mellark, senhorita Everdeen! - o homem nos comprimenta. Apenas sorrio e aceno para ele.

— Achei que nós íamos jantar. - comento, quando entramos no elevador.

— E nós vamos, oras. - responde.

— Vamos comer pizza? - arqueo a sobrancelha.

— Não, gatinha. Vamos comer comida! - fala, como se fosse óbvio.

— E quem vai cozinhar? - outra pergunta.

— Eu mesmo! Na verdade, já cozinhei. - diz. Abro a boca para falar, mas nada saí, apenas uma risada. Ele para no corredor, em frente a porta de sua casa e me encara com uma sobrancelha levantada, então se aproxima de mim, me fazendo dar alhjns passos para trás, até que finalmente paro quando minhas costas entram em contato com a larede fria. Ele se aproxima mais, com seu corpo quase grudado no meu. Seu rosto bem próximo, com suas belas orbes azuis penetrando meus olhos cinzentos, como se pudesse enxergar minha alma por eles.

— Está duvidando da minha capacidade culinária, Everdeen? - questiona, fingindo indignação.

— Longe de mim, querido. - nego, porém ainda rio mais uma vez, apesar de acreditar ser apenas pra disfarçar o nervosismo de tê-lo tão próximo.

— Pois saiba que eu sou um excelente cozinheiro. Obviamente, como em tudo que faço. - ele abre um sorriso convencido.

— Narcisista! - acuso como sempre, ele dá de ombros, ignorando o insulto que eu sempre uso com ele, e se afasta.

Entramos no apartamento. A mesa de jantar estava posta, muito bem organizada. O ambiente confortável, pouca luz e uma música ambiente bem baixinha. A janela nos dava uma bela visão do céu estrelado e a lua que estava maravilhosa.
Além disso, ainda preciso admitir que o cheiro da comida estava ótimo. Peeta puxou a cadeira para eu me sentar e depois colocou-se a me servir.

— O que é? - perguntei, interessada no prato que eu nunca tinha visto e tinha um cheiro delicioso.

— É "Wellington Beef". Uma comida típica da Inglaterra! Algumas pessoas dizem que o nome é uma homenagem ao primeiro duque do país. Imagino que nunca tenha comido. - ele diz.

— Não mesmo! Não conheço nenhuma comida típica da Inglaterra! - confirmo.

— Bem, eu não sei fazer muitas. Mas essa é uma das mais clássicas, e minha preferida. Morei em Londres tempo suficiente pra aprender. - sorri, agora servindo a si próprio.

Provei um pouco da comida e realmente era incrível! Peeta tinha razão, o infeliz é mesmo bom em tudo que faz.

— Kat, eu te convidei para jantar porque quero te contar duas coisas! - Peeta diz, alguns segundos depois, soando um tanto sem jeito. Estranho.

— Tá bem. - falo, esperando que ele diga.

— Primeiro, é só uma novidade que eu gostaria de compartilhar. - começa, então bebe um gole do suco. - Bom, se lembra daquela casa em frente a praia que te mostrei? - pergunta. Há alguns dias ele havia comentado que pretendia se mudar, alegando querer um espaço maior que o apartamento e também, mais comodidade. Já que, mesmo o prédio sendo um ótimo lugar, ele prefere morar em casa do que em apartamentos. Então, ele viu essa casa. Ela é linda e enorme, além de ter uma saída direito na praia, dando uma visão e tanto. Quando ele me mostrou, em algum passeio que fizemos com a Manu e passamos lá em frente, fiquei apaixonada pela casa. Era maravilhosa, e claro, super apoiei sua compra.

— Lembro, claro! - afirmo.

— Pois é, eu falei com o promotor hoje é fechei a compra. Então, oficialmente a casa é minha. Só preciso esperar a documentação ficar pronta para me mudar! - conta, animado.

— Ah meu Deus, Peeta. Que ótimo! Ela é incrível. É uma notícia maravilhosa. - sorrio, realmente feliz por ele.

— É sim. Eu realmente gostei de lá. A localização é melhor, a casa toda é melhor. E o quarto da Manuela é bem maior, aposto que ela vai gostar. - comenta.

— Com certeza ela vai amar! A casa toda, na verdade. Principalmente o fato de ser na praia. - digo e ele concorda com a cabeça. - E então, o que mais você quer me contar? - pergunto, um tanto aflita e curiosa pra saber o próximo assunto. Por um momento, meu coração se apertou e eu tive medo que ele me dissesse que estava namorando com alguém ou qualquer coisa do tipo. Eu não faço ideia de como seria minha reação se fosse isso, todavia provavelmente seria devastador.

— Ah, isso podemos deixar pra depois do jantar. - alega, realmente decido a não falar mais nada agora. Não questiono.
O resto do jantar se passa normalmente, agradável, apesar da minha ansiedade e curiosidade.

— E aí, o que achou da comida? - Peeta questiona, pegando uma nova tigela na geladeira, depois de recolher os pratos.

— Eu adorei. Estava uma delícia! - afirmo.

— A sobremesa também é inglesa. É um pudim de frutas vermelhas. Se chama "Summer Pudding". - ele me serve um pouco do doce apetitoso.

— Delicioso! Não precisa nem guardar de volta na geladeira! - exclamo, saboreando a sobremesa. Ele ri.

— Gulosa! - acusa. Dou de ombros, ignorando-o.

— Odeio ter que admitir, mas você tem razão, a comida estava incrível. Se saiu bem, projeto de britânico! - elogio e ele gargalha.

— Projeto de britânico? - levanta uma sobrancelha.

— É! Você não é britânico de verdade. É um legítimo americano que pegou manias de ingleses. - explico e ele revira os olhos, mas sorri.

— Tudo bem, senhora patriota! - revida. O ajudo com a louça depois de terminarmos de comer, então nos dirigudir para a sala. Eu realmente não estava gostando de toda essa demora pra falar sabe-se lá o quê. Principalmente porque ele parecia nervoso e estava silencioso demais.

— E então, Mellark. Vai ficar me enrolando até quando? - questiono, quando ja fazia alguns minutos que estávamos sentados em silêncio no sofá confortável que ocupa o meio da sala. 

— Por que você é tão apressada, mulher? - ele ri.

— Ah, não sei pra quê esse suspense todo. - reclamo, dando de ombros. Claro, eu não ia dizer que na verdade eu só estava desesperada de ansiedade por ter notado o nervosismo dele e não fazer ideia do que se trata.

— Certo. Primeiro, só pra esclarecer, sim, nós íamos em um restaurante. Mas aí eu decidi que aqui seria melhor, porque além de que o melhor restaurante pra gente ir seria o do Finn e eu realmente não estava afim de precisar aguentar o olhar de Delly o tempo todo dirigido à nós, acredito que aqui em casa teríamos maior privacidade, pois como eu disse, queria te contar duas coisas. - explica.

— Claro! Na verdade, eu também não estava afim de restaurantes cheios de gente, principalmente a Delly. - concordo, tentando não parecer muito antipática ao dizer o nome da loira.

— Então... - ele passa a mão no cabelo e se põe de pé. - Você quer vinho? Tequila? - oferece, enrolando mais uma vez.

— Tequila. - aceito. Eu não queria ingerir nenhuma bebida alcoólica hoje, pensando que provavelmente não seria uma boa ideia a junção de "Katniss e Peeta sozinhos + álcool". Todavia, esse suspense todo do loiro estava me deixando nervosa e aflita, e nada melhor do que minha amada companheira tequila pra relaxar.

Ele se dirige até a cozinha e logo volto com a garrafa e dois copos, sentando ao meu lado novamente.

— Kat, eu quero te dizer o que eu penso sobre nós. - de repente ele fala, chamando minha atenção. Levanto uma sobrancelha, sem entender de fato o que aquilo significava. - Aquele dia, você disse todas aquelas coisas. E, bem, eu não respondi exatamente. A verdade é que eu fiquei confuso e perdido, então não sabia o que dizer. Essas duas semanas eu pensei sobre isso, sobre suas palavras e sobre o que eu pensava a respeito. A conclusão foi que você está certa! - quando ele fala, uma pequena irritação misturada com uma pontinha de alívio, me preenche. Não sei se fico aliviada por ele concordar comigo ou irritada por todo esse suspense ser apenas para dizer que concorda.

— Então você só quer dizer que concorda? - questiono. Ele nega.

— Não! Eu concordo em partes. Concordo com o fato de que estávamos agindo como adolescentes irresponsáveis e cheios de hormônios. Porém, discordo da parte em que você disse que está tudo bem para mim! Eu também achei que estivesse. Mas aí descobri que não está! Aquilo não é o que eu quero. Eu só não estava sabendo lidar ou entender! Mas, quando você disse tudo aquilo e eu pensei a respeito, eu compreendi o que eu quero. - Peeta desvia os olhos dos meus por um instante, mas logo volta a me encarar.

— E o que você quer? - pergunto, encorajando-o a continuar!

— Eu tentei ser criativo nessa resposta. Passei os últimos dias planejando o que dizer, ou como explicar. Finnick me disse que não adiantava planejar coisa alguma, porque nada sairia como o esperado! Bem, ele estava certo! - dá um sorriso nervoso, outra vez passando uma mão no cabelo. Aprendi que ele faz isso quando está nervoso/ansioso. - Certo, vou parar de enrolar! É o seguinte: Primeiramente, eu sou absurdamente péssimo com sentimentos. E é justamente por esse motivo que eu demorei tanto tempo pra fazer isso. Mas, enfim...
Você mudou minha vida, Kat. Pra infinitamente melhor. Manuela é o maior e melhor presente que eu já ganhei e o fato de você ter vindo junto também. Eu soube no momento em que te vi pela primeira vez, que você era especial. Soube que meu coração batia diferente por você. E eu não entendia, porque lidar com sentimentos nunca foi algo que eu realmente precisei. Eu nunca os tive por nenhuma outra mulher! Então nos reencontramos e eu conheci você verdadeiramente. E descobri a mulher incrível que você é. Então, quando você decidiu terminar nossa relação enrolada e sem denominação, eu me senti angustiado. Foram duas semanas horríveis. Desesperadoras. Eu me sentia como um dependente químico em abstinência da sua presença. Mas, principalmente, eu senti medo. Medo porque, apesar de você ainda estar aqui, eu havia te perdido de uma certa forma! Foi aí que eu percebi. O problema é que eu estou absolutamente e completamente apaixonado por você. E já faz muito tempo! Eu só não havjh percebido. - o loiro declara, me fazendo arregalar os olhos, surpresa por não esperar por isso.

— Peeta... - tento dizer algo, mas ele não deixa, colocando o dedo indicador nos meus lábios, para me calar. Apesar de acreditar que eu devia dizer algo, agradeço mentalmente, pois não fazia ideia do que dizer.

— Me deixe terminar. - pede, então segura minhas duas mãos. - Eu não posso te prometer que podemos ficar juntos e vai dar tudo certo. Não posso te prometer que todos os dias serão bons. Nem que eu nunca vou machucar você. Ou que, se no final das contas não funcionar, nós conseguiremos lidar com isso numa boa. Mas eu posso te prometer que, de todos os defeitos do mundo, mentiroso não é um que eu tenho, então se eu falo dos meus sentimentos é porque eles são reais. Posso prometer que, nunca que eu machucar você terá sido proposital, e que eu vou me esforçar para ser melhor a cada dia. Que eu farei e serei tudo que eu puder pra poder ver você e Manuela sorrindo, pois o sorriso de vocês é a melhor coisa que vocês podem me dar. Posso prometer que, se você me permitir, eu vou cuidar de vocês, porque como eu já disse, vocês são as melhores coisas que já me aconteceu. E principalmente, posso prometer que vou amar você com toda minha força, para o resto da minha vida! Porque eu realmente acredito que se o sentimento é verdadeiro, ele é único e eterno, independente das circunstâncias!
Então, respondendo sua pergunta, eu quero você! Quero seu corpo, seu coração, seus sentimentos. Quero você por inteiro, de todas as formas possíveis! Eu quero que você seja minha, Katniss, verdadeiramente. Minha, pra quem quiser ver! Quero que sejamos uma família de verdade. - ele leva uma das mãos ao meu rosto, colocando uma mecha do meu cabelo para trás da orelha e depois deposita a mão na minha bochecha, acariciando aquela área. Eu, completamente surpresa, chocada e sem palavras, permaneço calada o encarando, enquanto minha mente trabalha desesperada tentando assimilar tudo que ele dissera!

Peeta Mellark acabara de dizer que está apaixonado por mim!

Todos esses meses passam como um filme na minha mente, cada pequeno momento nosso. Cada sorriso, cada gesto, cada toque, troca de olhar, beijo. Cada noite de amor! As frases de Johanna afirmando que ele sentia algo por mim todas as vezes que falávamos sobre isso. Tudo parecia irreal demais agora.
Peeta afirmara que está apaixonado. Que me quer. Que me ama.

— Peeta, você tem certeza do que está dizendo? Quer dizer, você faz ideia do contexto por trás dessas palavras? Como elas serão em atitudes? - questiono, ainda sem acreditar nas palavras do homem a minha frente.

Talvez eu estivesse sendo babaca, idiota. É claro que eu queria ouvir tudo isso. Porra, o homem que eu amo está se declarando pra mim, porquê raios eu estou duvidando? Bom, porque eu sou uma medrosa, isso sim. E porque ele é perfeito demais, que nem parece real.

— Eu nunca tive tanta certeza de algo na vida! - ele ri. Abro a boca para falar mais alguma coisa, mas nada saí. Eu ainda estava completamente incrédula e surpresa. Mordo o lábio inferior, como de costume. Ele ri da minha cara perdida e se coloca de pé. Então me puxa pela mão, fazendo com que eu fique de pé também! Peeta para na minha frente, me lança um sorriso torto e se ajoelha.

— Peeta, o que... - começo, mas ele faz sinal de silêncio, me interrompendo.

— Vou  fazer isso direito! Eu não tenho um anel agora, mas prometo comprar um do seu gosto depois. Contudo, tenho minhas palavras e meus sentimentos que já foram expressos nelas. Então, Katniss Everdeen, perante toda minha declaração, você me daria a honra e o privilégio de aceitar ser minha. Minha namorada e futura esposa? - ainda de joelhos, segurando em minhas mãos e olhando nos meus olhos, com um sorriso torto, Peeta pergunta. Sinto meus olhos marejados e algumas lágrimas escapando deles e molhando minha face. Acabo rindo. Não por algo engraçado. Rindo de tão estupidamente feliz que estava.

— Peeta Mellark, depois de tudo isso, eu aceitaria ser qualquer coisa que você me pedisse. - respondo sorrindo, com a voz meio embargada ainda, fazendo-o abrir um enorme sorriso brilhante. - Agora você pode por favor se por de pé para eu poder te beijar? - completo e ele ri, prontamente atendendo meu pedido. Ele limpa minhas lágrimas rapidamente e me beija.

Peeta rodeia minha cintura com os braços e eu levo minhas mãos a seus cabelos. Nosso beijo era tão desesperado de saudade que parecia que íamos nos engolir, depois de ficar anos sem nos tocar. Ninguém diria que só foram duas semanas!
A essa altura nossa garrafa de tequila já havia sido esquecida. A única coisa que pensávamos era no corpo um do outro.

Não demorou até nossas roupas estarem espalhadas pelo cômodo e nós nos amando loucamente no sofá pequeno da sala. Não era a primeira vez. Mas, definitivamente, era a primeira vez que conseguimos compreender todos aqueles sentimentos que expressávamos inconscientes! Eu sempre soube que era mais do que desejo. E agora estava claro. É amor!

Horas depois, Peeta nos levou até o quarto. Já era madrugada e estávamos cansados e com sono. A felicidade que estava no meu corpo era tão grande que eu não sabia como explicar.

O loiro me aninhou em seus braços, beijou o topo da minha cabeça e cobriu nossos corpos nus com um lençol.

— Boa noite, namorada. - senti que ele sorriu. - Eu te amo! - sussurrou baixinho, quando minhas pálpebras já estavam fechadas. Dei um sorriso bobo, antes de cair na inconsciência...


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Notas finais do capítulo

Beijocas e até mais! ❤



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