Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 20
"A resposta é que Isso é assunto pra adultos, senhorita!"


Notas iniciais do capítulo

Oi, Oi povo!
Cá estou, outra vez!
Boa leitura!



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Pov's Peeta

Katniss queria aproveitar a estadia dos pais, que infelizmente só poderiam ficar o fim de semana. Como hoje é domingo e eles irão embora amanhã de manhã, mesmo sendo feriado, a morena decidiu fazer um almoço, dessa vez na casa dela, pra reunir mais uma vez a família. Claro, meus pais também foram convidados! Honestamente, eu pensei que depois de ontem, ela não fosse querer fazer esse tipo de reunião mais, pelo menos não com a presença de James. No entanto, ela estava decidida a ignorar o pai e aproveitar a presença da mãe, que ambas ficam tempos sem se ver.

Cheguei na casa dela pouco antes das 11h00. Clara e James haviam saido para um passeio na cidade.

— Oi, papai! - Manuela me recebe pulando no meu colo com um sorriso do tamanho do rosto.

— Oi, princesa! - beijo sua testa e coloco ela no chão de novo.

— Mamãe tá na cozinha. E eu vou ligar pra tia Joh trazer meu Olaf que ficou na casa dela! - informa indo em busca do telefone.

— Oi, gatinha! - cumprimento, entrando na cozinha, chamando atenção de Katniss.

— Por que? - ela pergunta, se aproximando para depositar um beijo na minha bochecha.

— Por que o quê? - levanto uma sobrancelha.

— Por que você insiste em me chamar de gatinha? - explica e eu rio.

— Qual o problema? - questiono.

— É irritante! - revira os olhos.

— Implicante! - acuso, ela dá de ombros ignorando o insulto.

— Gente, tenho uma pergunta. - Manuela fala, entrando no cômodo.

— Diga, baixinha. - falo, passando a mão em seu cabelo loiro quando ela se senta ao meu lado.

— A tia Joh vai ter um bebê? - pergunta, com seus olhinhos curiosos alternando entre Katniss que estava cortando alguns legumes na pia e eu.

— Não. Por quê? - Katniss quem pergunta.

— O Daniel, da minha escola, disse que o pai dele quer que um garoto lá seja namorado da irmã dele, porque eles dois vão ter um bebê. Então, se o tio Finnick e a tia Joh são namorados é porque eles vão ter um bebê, não é? - Manu conta, questionando inocentemente. Katniss ri.

— Não exatamente, filha. - a morena nega.

— Tio Finn e a tia Joh são namorados porque eles se amam. - explico e ela apenas concorda com a cabeça, parecendo ter compreendido.

Pouco tempo depois, os pais de Katniss voltaram. Manuela se entreteu brincando com a avó e eu fiquei ajudando Kat com a comida. Mais tarde, todos já estavam presentes, meus pais, Joh e Finnick e Rachel e Edward. Então nos juntamos à mesa para comer.

— Papai, o senhor ama a mamãe? - Manuela que estava calada a algum tempo, pergunta, chamando a atenção de todo mundo. A mesa fica em silêncio, os olhares atentos na pequena e em mim.

— Claro que sim, filha! - respondo. E é verdade. Eu amo a Katniss. Talvez eu ainda não consiga definir esse sentimento, ou que tipo de amor. Mas tenho certeza que a amo. A loirinha sorri e então se vira para o lado esquerdo dela, onde a mãe está sentada.

— Mamãe, a senhora ama o papai? - pergunta ela.

— Sim, meu bem. Por que isso agora? - Katniss questiona, tentando entender, assim como todos nós.

— Ué, se vocês dois se amam, porque não são namorados? - então ela faz sua pergunta final, provavelmente pensando sobre isso desde o momento em que eu expliquei sobre Finnick e Johanna, nos fazendo entender. Katniss fica vermelha como um pimentão, completamente sem graça. Eu fico sem saber o que dizer. E o resto, bem, todo mundo gargalha alto.

— Essa é uma boa pergunta, Manuela! - minha mãe exclama, ainda rindo.

— É por isso que eu adoro crianças. - Finnick quem comenta, vermelho de tanto rir.

— E qual a resposta? - a loirinha olha para mim, depois para Katniss, séria, realmente esperando que digamos algo sobre isso e sem entender o motivo dos risos.

— A resposta é que isso é assunto pra adultos, senhorita. - digo e ela faz bico.

— Manu, seu pai tá certo. Acredite no vô, ser adulto é bem chato e complicado. - meu pai alega, fazendo a pequena desmanchar o bico numa risada alta causada pela careta engraçada que ele fez.

— Tá bem! - ela concorda e volta a comer. Algum breve tempo depois, ela decide voltar a fakar.-  Oh papai, o Daniel disse que a irmã dele vai ter um bebê né. E o bebê tá dentro da barriga dela ainda. - comenta, outra vez atraindo a atenção das pessoas presentes. A campainha toca e Katniss se retira para ir atender.

— Certo, e o que tem isso? - pergunto.

— Como é que o bebê foi parar lá dentro? - ela faz uma careta e outra vez causa gargalhadas que ela não compreende o motivo. Até James acaba rindo.

— Sabe que eu não sei? Você devia perguntar pra sua mãe. - respondo, me livrando desse assunto que eu definitivamente não saberia responder. Todo mundo continua observando, com olhares divertidos sobre nós.

— Perguntar o quê pra mim? - Katniss aparece, se aproximando de nós novamente.

— Como é que o bebê foi parar na barriga da irmã do Dani? Papai não sabe também. - Manu explica.

— É, aposto que ele não sabe! - Katniss olha para mim com um olhar sarcástico e outra vez a sala de jantar é enchida de gargalhadas. - A gente fala sobre isso outra hora, tá bem? Agora vamos comer sobremesa. - a morena muda de assunto, persuadindo facilmente a pequena, que não constesta, doida para comer o pavê de chocolate que tínhamos para sobremesa.

— Quem estava na porta, Kat? - Johanna pergunta.

— Um vendedor de produtos de limpeza! - Kat dá de ombros, servindo nossa filha e depois a si mesma. Depois de comermos, foram todos para a sala. Me ofereci para cuidar da louça, assim Katniss podia aproveitar o resto do dia com Clara. Ela contestou por um tempo, mas acabou concordando.

— Olá. - Clara entrou na cozinha.

— Oi. - respondi e ela sorriu, se aproximando mais de mim.

— Vim pegar água! - explica, abrindo a geladeira. - Então, Peeta, não tivemos muito tempo de conversar. E, bem, primeiramente eu queria me desculpar pelo meu marido. James é... complicado. - ela diz, constrangida ao citar o marido.

— Não se preocupe com isso. Katniss já havia me avisado antes. - respondo, tentando tranquiliza-la.

— Mesmo assim. Eu não conheço você, mas sei que é um bom rapaz. Manuela fala de você o tempo todo! Você nem imagina como eu fico feliz em ver o quão bem você faz para minhas meninas. - ela sorri, agradecida.

— É bom saber disso, senhora Everdeen. Mas como eu disse para Kat ontem, elas foram as melhores coisas que aconteceram na minha vida! Eu quem sou eternamente grato. - afirmo.

— Por favor, me chame de Clara! E, fico feliz por isso também. Confesso que quando Katniss me contou que você estava de volta e pretendia te contar a verdade, eu fiquei um tanto receosa. Eu sabia que era o certo, mas nós não te conhecíamos, então eu tive um certo medo. Mas, hoje vejo que foi a melhor decisão que ela poderia ter tomado sobre essa situação. Você, sua família. Apesar de ter sido do jeito errado, graças a Deus ela escolheu a pessoa certa, ao menos. - Clara diz e eu consigo enxergar sinceridade em suas palavras. Sorrio. Minha mãe disse exatamente a mesma coisa sobre Katniss quando a conheceu.

— Acredite, minha mãe disse exatamente a mesma coisa sobre a Kat! E eu concordo, claro. Graças a Deus que se aconteceu, foi com ela. Definitivamente, eu não podia ter escolhido uma mãe melhor para minha filha! - ela sorri com minha afirmação.

— James é um homem complicado e tem o jeito dele de lidar com isso, então outra vez, me desculpe por ele. Mas, quero que saiba que, agora que te conheci pessoalmente, tenho certeza que será um prazer te ter na família. - Clara sorri novamente e guarda a garrafa de água na geladeira, pronta para sair da cozinha.

— Obrigado! - respondo, agradecido. Ela sorri mais uma vez e se retira, me deixando sozinho de novo, apenas com meus pensamentos. As vezes, sinto que as pessoas falam sobre Katniss e eu de uma forma que eu não entendo. Como se tivesse algo que todos parecem enxergar, exceto a gente.

Bem, honestamente, talvez nós saibamos sim. Talvez eu saiba. Talvez, mas, só talvez, eu só não saiba exatamente descrever ou mesmo entender esse "algo".

***

— Vejam se vão nos visitar logo, sim? - Clara diz pela milésima vez, enquanto abraça Katniss para se despedir.

— Nós vamos, eu prometo! - a morena afirma.

— Vão mesmo! E você também, Peeta. Arraste Katniss se for preciso. Ela sempre diz que vai, mas não aparece. - agora ela se dirige a mim.

— Pode deixar, eu levo ela nem que seja a força. - brinco e ela ri.

— Ótimo! Seus pais, Finnick e Johanna. Vão todos! - convida, animada.

— Mãe, nós vamos! Mas agora quem precisa ir é a senhora. - Katniss diz, chamando a atenção dela.

— Tá com pressa pra se livrar de mim, menina? - repreende fazendo eu e Manuela rir.

— Claro que não, mãe. Eu amo suas visitas, mas o avião vai partir! - Kat explica.

— Certo, certo! Ligo pra vocês quando chegar. Tchau meus amores. Eu amo vocês! - Clara se despede, mais uma vez abraçando Katniss, depois me abraça e por fim abraça Manuela, segurando-a em seus braços por um longo tempo e distribuindo diversos beijos no rosto dela, causando gargalhadas na pequena.

James que estava quieto atrás da esposa, abraça Manuela quando Clara a deixa, se despedindo. Depois ignora minha presença, mais uma vez, e quando chega a vez da filha ele para, encarando-a fixamente por alguns instantes. Não consigo decifrar sua expressão. Katniss mantém seu olhar, sem vacilar. Então, ele nos dá as costas, pega as malas e segura a mão de Clara, rumando para o avião. Eles ainda olham para nós uma última vez. Clara sorri para nós três. James foca apenas na neta, que acena para eles sorridente e inocente, até que ambos já estejam dentro do avião decolando.

— Quem tá com fome? - pergunto e as duas levantam as mãos imediatamente, concordando.

— Onde vamos comer? - Katniss pergunta.

— No restaurante do tio Finn! - Manu sugere.

— Pode ser? - questiono para Kat, que não parece muito empolgada com a ideia.

— Pode, claro! - concorda.

Rumamos para o restaurante e durante todo o caminho, mesmo participando das conversas, noto Katniss um tanto incomodada. Passei muito tempo pensando, mas não consegui pensar em nada que pudesse estar a incomodando.

— Tudo bem? - perguntei baixo, quando havíamos chegado e Manu estava entretida conversando com Finnick que fora nos cumprimentar.

— Sim! - afirma.

— Mesmo? Você parece meio incomodada. - digo.

— Tô bem! Delly quem não deve estar. - responde, dando de ombros. Então compreendo. As duas claramente não se dão bem, principalmente depois daquele jantar de aniversário do meu pai, onde Rodrigo levou a loira. Mas, por quê? Seria eu a razão? Delly gosta de mim, isso é óbvio. Mas e Katniss? A forma como ela olhou para Delly quando ela foi atrás de mim aquele dia, e como ela parecia querer fuzilar ela com os olhos durante o tempo que estávamos na sala de estar da casa dos meus pais e a loira se insinuando para mim. Seria ciúmes? Acabo ficando também incomodado com todos esses pensamentos sem respostas.

— Por que diz isso? - finjo confusão.

— Ué, porque ela gosta de você. Não é como se você não soubesse! - revira os olhos.

— Isso é bobeira! Eu já disse pra ela que nunca ficaríamos juntos. - conto.

— Disse? Quando? - ela levanta uma sobrancelha, interessada.

— Naquele dia, no aniversário do meu pai. Logo depois que você saiu e ela invadiu meu quarto! - dou de ombros. Ela parece surpresa, abre a boca pra falar algo, mas desiste. Antes que eu possa perguntar, Finnick já está voltando pra cozinha e nossa filha senta à mesa novamente, então desisto de falar sobre isso.

— Tio Finn disse que vai fazer uma sobremesa especial pra mim. - a loirinha conta, animada.

— Ué, e a gente? - Kat pergunta, soando indignada.

— Pra vocês não! - Manu ri.

— Por que não? Nós não merecemos? - questiono de brincadeira.

— Porque eu sou a preferida dele, oras! - a pequena fala, convencida.

— Espertinha! - passo a mão no cabelo dela, bagunçando-o levemente. Ela ri.

Logo nossa comida chega. Almoçamos enquanto Manu, que é super falante, conta diversas histórias diferentes, sobre a escola principalmente, nos causando gargalhadas o tempo todo por causa de seu jeitinho animado e suas perguntas inocentes. Na hora de ir embora, Delly não faz nem questão de disfarçar sua cara de ódio, direcionada especialmente para Katniss. Ela nos atende com mal gosto, quase jogando o troco na minha cara. Não me importo, realmente. Pelo menos agora ela me deixa em paz de verdade! Antes de voltar pra casa, Manuela implorou para que fôssemos no parquinho, então acabamos concordando. O local era um parque enorme, gramado, várias árvores, bancos e barraquinhas vendendo de tudo. Comprei um sorvete para cada um de nós. Katniss se sentou em um banco na sombra de uma árvore, nos observando, enquanto eu empurrava Manuela no balanço.

— Mais alto, papai! - Manu exclamou, se referindo a força com que eu a empurrava.

— Tá doida? Você vai voar pra fora desse balanço. - nego, rindo.

— Mamãe, fala pra ele que pode. - Manu olha pra Kat, pedindo que lhe ajude.

— Nada disso! Você já está indo bastante alto. - a morena concorda comigo.

— Ah, então quero ir na gangorra. - a pequena declara.

— Então vamos! - concordo, indo com ela até o outro brinquedo. Ela senta numa ponta e eu, claro, apenas abaixo e levanto com os braços na outra.

— Céus, Manuela, você não quer trocar de brinquedo não? Tô cansado. - digo, algum bom tempo depois. Meus braços já estavam doloridos de tanto fazer força e minha coluna de abaixar e levantar.

— Só mais um pouquinho! Os braços do senhor são fortes pra me aguentar. - ela alega.

— Mas minha coluna não! - faço uma careta.

— Filha, seu pai já é idoso. Você precisa entender que as costas dele não aguentam esse abaixa e levanta. - Kat fala, rindo. Manuela gargalha.

— Tá bom, papai velhinho. Vou no escorregador agora. - Manu zomba, ainda rindo.

— Até você, Manuela? Eu não sou velho coisa nenhuma. - retruco, indo me sentar ao lado de Katniss no banco, mas rio. Manu me ignora e vai para a casinha alta que tinha um escorregador. Nesse brinquedo ela podia ir sozinha, então fiquei apenas a observando.

— Você não dormiu com a Delly, naquele dia? - Kat pergunta, de repente, como se estivesse remoendo essa pergunta há muito tempo.

— Não! Você achou que eu tivesse dormido com ela? - questiono.

— Achei! - dá de ombros.

— Por quê? - levanto uma sobrancelha, olhando para ela que não me encara, permanecendo com o olhar na nossa filha.

— Porque ela estava semi nua no seu quarto! - responde, como se fosse óbvio.

— Você viu? - não entendo, já que ela tinha ido embora nesse momento.

— Vi! Meu carro estava no rumo da janela do seu quarto, que estava com as cortinas abertas. - explica.

— Bem, se você viu, porque achou que eu tinha dormido com ela? - faço outra pergunta, confuso.

— Eu não fiquei pra ver sua reação. Só vi ela entrar e começar tirar a roupa. Então, fui embora. - conta.

— Entendi! - concordo. - Mas, afinal, porquê isso importa? - olho para ela mais uma vez, que ainda não me encara. Pergunto, nem sei porquê. Talvez na esperança que ela diga que se importava, que se incomodava, que sentiu ciúmes ou qualquer indício de qualquer sentimento dirigido a mim. Mas a resposta não vem como eu esperava.

— Não importa! - afirma, dando de ombros outra vez. Suas palavras me fazem sentir algo estranho. Não algo bom. Algo como um soco no estômago! Não respondo. Ela não fala mais nada.

Ainda ficamos por mais um tempo, em silêncio, enquanto Manuela brincava. Mais tarde, quando começou a escurecer, decidimos que era hora de voltar. Fizemos nossa caminhada de volta ao carro, com Manuela entre Katniss e eu, segurando nossas mãos. Em algum momento, ouvi alguns comentários sobre sermos uma linda família.

Katniss estava calada, pensativa. Manuela não percebeu, graças a sua inocência. Mas, para mim, era notório que havia algo de errado com a morena.

— Vamos jogar uno? - Manu convida, antes mesmo de adentrarmos a casa.

— Vamos tomar banho? - Katniss fala da mesma forma de empolgação que a pequena. - Vamos! - responde sua própria pergunta, tocando os ombros da pequena e a direcionando para o andar de cima da casa.

— Ah, mamãe. Depois. - a loirinha reclama.

— Nada disso. Vá tomar banho enquanto eu preparo o jantar. - ela ordena e Manu obedece, mesmo a contra gosto.

— Vai ficar pra jantar? - Katniss vira para me encarar, já que eu estava alguns passos atrás dela, encostado na parede. 

— Você quer que eu fique? - respondo com outra pergunta.

— E porque eu não iria querer? - ela faz o mesmo que eu.

— É o que estou tentando entender. Você tá meio estranha! - alego. Ela suspira e desvia o olhar.

— Fique! Quero conversar, mais tarde. - informa, me dando as costas e indo em direção ao quarto. Sigo-a, curioso.

— Conversar sobre o que? - questiono, entrando atrás dela no quarto e fecho a porta, quando ouço o chuveiro ligado no quarto ao lado, indicando que Manuela já estava no banho.

— Eu disse mais tarde, Peeta! - ela fala, enquanto substitui a calça jeans por um short de seda confortável.

— E porquê não pode ser agora? - insisto.

— Porque eu pretendo esperar Manuela dormir. - explica. Então, percebo que realmente tem algo de muito errado.

— Isso vai explicar o motivo pelo qual você está esquisita? - levanto uma sobrancelha.

— Sim! - diz simplesmente e saí do quarto, voltando para o primeiro andar da casa, rumo a cozinha. Apesar da estranheza da situação, me ofereço para ajudar com o jantar. Algumas horas mais tarde, depois que já havíamos jantado, Katniss tomado banho enquanto eu brincava de uno com Manuela e assistirmos algum filme da Disney, nossa pequena dormiu, cansada. Coloquei ela na cama e quase voltei correndo, ansioso pela tal conversa com a morena. Eu não fazia ideia do que esperar e isso estava meio que me desesperando.

Cheguei na sala novamente, ela continuava sentada sobre as próprias pernas em cima do sofá, agora assistindo uma série qualquer que passava no canal. Sentei ao seu lado, toquei o cabelo dela, colocando uma mecha para trás da orelha, consequentemente conseguindo sua atenção para mim.

— E então, vai me contar o que te aflige? - digo em um tom descontraído, com um meio sorriso, tentando quebrar o clima estranho. Mesmo assim, ela não sorri. Apenas morde o lábio inferior, indicando nervosismo, enquanto passeia seus olhos cinzas agitados por todo meu rosto.

— Como eu disse, quero conversar. - declara ela, sem maiores informações, talvez tentando decidir como começar.

— Sobre o que você quer conversar? - questiono novamente, encorajando-a e tentando parecer tranquilo ao invés de demonstrar minha ansiedade.

— Bem, eu quero... preciso conversar sobre, hã, sobre nós! - Katniss fala, séria, me provocando mais uma vez uma sensação estranha e definitivamente, nada boa...


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Notas finais do capítulo

E agora? O que vocês acham que a Kat quer conversar? Façam suas apostas hahaha.
Beijocas e até o próximo! ❤



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