Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 2
"Como eu vou fazer isso?"


Notas iniciais do capítulo

Hey. Voltei rapidinho, em? kk. Vou tentar fazer assim, postar 2 capítulos por semana. Talvez eu poste 1, a depender do meu tempo. Mas tentarei atualizar toda semana, de qualquer forma.
Obrigada mais uma vez às meninas que comentaram.
Vamos ao próximo. Boa leitura!



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Pov's Peeta

Já faz duas semanas que voltei pra Califórnia. Só agora que estou aqui, percebi o quanto senti falta desse lugar! Afinal, a última vez que estive aqui foi há 6 anos atrás.

Terminei oficialmente minha mudança há 2 dias. Estou na casa dos meus pais por ora, mas não pretendo ficar por muito tempo. Assim que terminar de resolver algumas coisas relacionadas com a minha transferência do trabalho em Londres, começarei minha busca por uma casa. Não que eu tenha algum problema com meus pais. Mas agora, eu já sou um homem adulto, e sempre fui completamente independente. Preciso do meu próprio espaço.

Sem contar que, a idade vai chegando aos poucos. Não que eu seja um idoso. Eu só tenho 28 anos. Porém, não é como se eu fosse um adolescente, de qualquer forma. Isso me faz pensar que provavelmente está na hora de tomar uma rumo na vida. Amorosa, quero dizer! E pensar sobre isso, faz com que, por algum motivo, minha mente traga a tona imagens dela. Katniss Everdeen. Nos conhecemos há 6 anos, em uma festa na casa do meu primo, Rodrigo! Quando a vi, senti que era a mulher mais linda que eu já vi na vida. Me aproximei e fiquei hipnotizado por aqueles olhos cinzas brilhantes, e aquele sorriso maravilhoso! Passamos aquela noite juntos. Fui embora no outro dia. Desde então, nunca mais ouvi notícias sobre ela. Mas devo confessar, que durante todo esse tempo, vez ou outra, aqueles olhos invadiam minha mente.

Outras vezes, em passeios naquela cidade maravilhosa que Londres é, me encontrei com algumas mulheres, estive com algumas. E inevitavelmente, procurei nelas, semelhanças que me lembrassem da mais bela mulher que já conheci.

Depois do almoço, sai para resolver algumas coisas referente a minha transferência. Quando voltei estacionei em um parque, comprei um café. Na caminhada de volta ao carro, acabei trombando acidentalmente em uma garotinha. A menina era pequena, por volta de seus 5 anos, creio eu. Ela me olhou rapidamente e correu em direção a uma mulher, sem me dar tempo de me desculpar! Voltei pra casa, e por algum motivo minha cabeça pensava na garotinha. Não é grande coisa, era só uma criança. Mas eu me sentia estranho. Uma sensação que eu não sabia exatamente o que era.

Finnick, meu melhor amigo, chegou algum tempo depois para uma visita. E apesar do meu esforço pra dar atenção ao meu amigo, ainda continuava com a garota na cabeça.

— Cara, você ta bem? - Ele questiona.

— To. É que, mais cedo eu estava caminhando no parque quando trombei em uma garotinha. Ela me olhou rapidamente e apenas correu pra perto de uma mulher, sem me dar a chance de me desculpar. Não é grande coisa, mas sei lá, era a criança mais linda que eu já vi. E estranhamente, quando olhei pra ela, senti que já a conhecia. Eu só fico pensando sobre isso, e é ridículo, eu sei. - Conto.

— Deve ser alguém da vizinhança, você já deve ter se encontrado com ela e por isso se lembra. - Ele dá de ombros, sem interesse no assunto. Ele tem razão, deve ser isso. É só uma criança qualquer, não importa. Decidi tentar deixar o assunto de lado. O resto da tarde foi bebendo e de jogar conversa fora com meu amigo que eu não via pessoalmente desde que me mudei pra Inglaterra. Mais tarde, meu pai se juntou a nós quando voltou do serviço. E minha mãe, que ama cozinhar, nos preparou um belo jantar. E eu acabei deixando a garotinha pra depois...

***

Pov's Katniss

A estadia de Peeta na cidade não tem feito nada bem para meu psicológico. Eu ando completamente distraída nos últimos dias. Minha cabeça martela sobre o assunto 24 horas e nunca chega a uma conclusão. O fato de eu ter consciência que não posso fugir dele pra sempre só piora tudo.

Já faz duas semanas que ele voltou pra Califórnia. Nos encontramos uma vez em um Starbucks, onde ele fez questão de sentar comigo e ficamos conversando por um longo tempo. Johanna o encontrou outras vezes junto com Rodrigo, e ela afirma que em todas elas, ele perguntou por mim. A questão é que tudo isso está me deixando maluca. Peeta Mellark, a cada vez que surge, vira minha vida de ponta cabeça.

— Você ta bem? - A Mason que acabara de chegar na minha casa, pergunta antes mesmo de um "oi".

— Eu pareço tão mal assim? - Levanto uma sobrancelha, questionando.

— Sim, parece. - Ela dá de ombros e senta ao meu lado no sofá. - Manuela ta na escola? - Olha no relógio que marca 15h30.

— Sim! E você não deveria estar trabalhando? - Questiono.

— Deveria. Mas o escritório não vai abrir hoje. A sogra do patrão morreu. Ele estava todo feliz, acredita? Mas foi no velório, pra ninguém saber disso. - Conta, me fazendo rir.

— Coitada da mulher, que horror! - Comento.

— É! E você, vai me contar o que te aflige? - Ela quem levanta uma sobrancelha agora.

— Hoje é quarta-feira. Troquei de plantão com a Madge pra ela ir em um casamento. Logo, terei que trabalhar no sábado da semana que vem, no lugar dela. Eu estava aqui solitária, porque minha filha está no colégio. Porque eu estaria sorrindo? - Falo e ela revira os olhos.

— Certo. Mas eu te conheço uma vida inteira, o que é tempo suficiente pra saber que não é esse o problema. - Constata.

— Ok! É que, eu não estava preparada pra tudo isso, Joh! Não lidar com essa situação. - Suspiro, cansada.

— Bom, eu tenho a solução. Que tal você contar toda a verdade pra ele? Aposto que isso resolveria algumas coisas. - Mais uma vez ela toca no assunto.

— E o que você espera que eu fale? O que você acha de "Oi Peeta, se lembra quando nos conhecemos há 6 anos, bêbados na casa do Rodrigo? Pois é, a gente transou e eu fiquei grávida. Manuela é sua filha também, parabéns". - Falo com ironia.

— Exatamente! Mas tente usar menos sarcasmos, seria ótimo. - Ela revira os olhos.

— Eu não posso. Será que você não entende? - Acabo soando completamente aflita, o que de fato eu estou.

— Kat, eu sei que toda essa situação é uma droga, ok? Sei que é difícil pra cacete. Mas isso não é justo com você! Poxa, você não fez a Manuela sozinha. Eu sei que você pode cuidar dela sozinha, e que não precisa dele. E você tem a mim, que vou sempre fazer de tudo por vocês. Mas a questão é que simplesmente não é justo! Só eu e Deus sabe o quanto foi difícil, como você sofreu. O quanto foi difícil fazer mais de um ano de faculdade à distância e cuidar da sua gravidez. Das vezes em que você teve que ir em aulas mais importantes, provas e coisas do tipo com um bebê no colo. O quanto sua mãe ficava devastada por estar tão longe e não poder te ajudar. Ou aguentar a fúria e o abandono do seu pai, que só te julgava e culpava sem nem ao menos se importar com o quão insuportável estava sendo pra você. Não é justo que você tenha passado por tanto, mudado tanto algumas coisas na sua vida, por uma coisa que não é só sua culpa. Simplesmente não é! - Ela desabafa, indignada.

— Isso não importa mais. Céus, eu mais do que ninguém lembro daqueles dias. Foi uma droga, eu sei! Mas acabou. E nós estamos bem, não estamos? Nós sobrevivemos, Johanna. Nada daquilo importa mais. Nada! - Revido, contendo a vontade de chorar.

— Tudo bem, não importa mais! Mas Katniss, eu realmente acho que você precisa pensar também que essa situação não é apenas sobre você. É sobre a Manuela e o Peeta. O que você acha de tentar sair dessa barreira egoísta que você criou e pensar neles, um pouco? - Ela volta a falar e eu não aguento mais. Choro. Choro como nunca chorei. Choro todas as lágrimas que segurei durante tanto tempo. E ela assiste. Johanna não consegue, ou não quer voltar a falar. Então me abraça, me aninhando em seus braços como uma criança, e me deixa ali por um longo tempo, até que eu consiga me controlar.

— Você está certa, eu sei que sim! Mas eu não sei como fazer isso. Eu tenho medo! Medo da reação dele. Medo do que Manuela vai pensar principalmente sobre mim. Eu... eu não sei como fazer isso. - Desabafo, soltando um longo suspiro e voltando a me sentar corretamente.

— Amiga, eu entendo! Mas faça isso pela Manu. Pense em como seria bom pra ela e como ela ficaria feliz. Ela mesma já tocou no assunto com você uma vez. Você sabe que, mais cedo ou mais tarde, ela vai querer saber o paradeiro do pai. Sem contar que, sinceramente, Peeta tem direito de saber que tem uma filha. Independente da reação dele, é direito dele saber sobre sua paternidade. - Ela diz, mais calma agora. Acabo pensando sobre isso por um momento. Ela tem razão, certo? Eu sei que tem. Mas é tão difícil, tão complicado.

— Ok! Você está certa. Mas como eu vou fazer isso? Quer dizer, o que exatamente eu vou falar? - Me vejo desesperada só por pensar nessa possibilidade.

— Eu não sei! Mas você vai saber, quando chegar a hora. É só falar! - Ela sorri, tentando me encorajar e acalmar. Não funcionou.

— Tudo bem! - Afirmo. No entanto, não tem nada bem. 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E então, Katniss conta ou não conta? façam suas apostas hahaha.
Até o próximo. Beijinhos!



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