Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 18
"À Katniss!"


Notas iniciais do capítulo

Olá, todos! Eu voltei!
Primeiramente, quero me desculpar pela demora! Minhas aulas voltaram e não está nada fácil! Esse ano é ano de fazer meu tcc, além das aulas e estágio. Ou seja, o pouco tempo que eu tinha, está ainda menor! Mas prometo que tentarei atualizar com mais frequência possível, combinado?
Vamos ao cap! Espero que gostem.
Boa leitura!



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Pov's Katniss

— Bom dia, aniversariante! E, parabéns de novo! - Johanna abre a porta com um sorriso enorme e me abraça.

— Obrigada. - sorrio, adentrando a casa.

— E então, eu fui a primeira a te dar parabéns? - pergunta, com expectativa. Minha amiga havia me mandado uma mensagem pouco depois da meia noite, que por acaso eu só fui ler hoje, quando acordei.

— Na verdade, não. Peeta foi o primeiro! - dou de ombros. Me virando para encarar minha amiga, que estava parada atrás de mim com os braços cruzados sobre o peito e uma sobrancelha arqueada. - O que? - questiono, já imaginando o que ela queria saber.

— Como Peeta foi o primeiro, se eu te mandei mensagem exatamente 00h02? Por acaso vocês estavam juntos nesse horário? - a morena questiona, desconfiada.

— Hã, não! Ele me mandou uma mensagem também, só que chegou primeiro que a sua. - minto descaradamente, embora com a certeza que ela não acreditaria.

— Sei! Por ora, vou fingir que acredito nesse teu papo fiado e a gente fala sobre isso depois. - declara.

— Que seja! Onde está a a Manu? Precisamos ir. - me encaminho para a cozinha, onde ouço a voz da loirinha conversando animadamente com Finnick.

— Você parece nervosa. - comenta Johanna, enquanto percorremos o caminho até o outro cômodo.

— Estou prestes a encontrar meu pai. Como você espera que eu esteja? - respondo, aflita.

— Você fala como se ele fosse um monstro. - revira os olhos.

— É quase isso! - dou de ombros, entrando na cozinha a procura da minha filha. - Hey! - me anuncio, chamando atenção de Manuela e Finnick.

— Oi, mamãezinha linda! - Manu sorri e eu me aproximo, depositando um beijo no topo de sua cabeça. - Parabééééns! - ela diz, me abraçando.

— Obrigada, meu amor! - sorrio para ela.

— E aí, Kat! Feliz aniversário. - Finnick me abraça também!

— Obrigada, Finn! - agradeço. - Então, vamos? Não queremos deixar a vovó esperando. - chamo a pequena, que havia acabado de comer suas panquecas.

— E o vovô também, né. - Manuela comenta rindo, como se eu apenas estivesse esquecido de mencionar.

— É claro. - sorrio para ela, numa tentativa de esconder o nervosismo.

— Minha mãe ligou. Disse que conseguiram as passagens pra hoje, mas chegarão só às 16h00. - Johanna informa, me lembrando que minha mãe havia comentado que Rachel e Edward (os pais de Johanna) também viriam.

— Que bom. Ao menos chegarão a tempo do jantar! - digo e a morena confirma.

Manu e eu nos despedimos do casal e rumamos para o aeroporto. Durante todo o caminho minha filha foi contando sobre a festa de ontem, então acabei entretendo com a conversa e relaxando por um momento. Mas, enfim chegamos ao aeroporto. Quando o vi saindo do avião ao lado da minha mãe, meu coração disparou e eu imaginei que pudesse ter uma parada cardíaca a qualquer momento. Eu achei que sim, mas definitivamente não estava preparada para esse momento.

Manuela correu em direção aos dois. Minha mãe foi a primeira a abraçá-la, e depois quando foi a vez do meu pai, a loira veio em minha direção!

— Parabéns, meu bebê! - mamãe diz, me enlaçando com os braços.

— Obrigada, mãe! Mas eu já tenho praticamente 30. Bebê tá bem longe, não acha? - brinco e ela dá de ombros.

— Não interessa! Você pode ter 70 anos, que ainda vai ser meu bebê. - afirma, me fazendo rir. Meu pai passa por nós nos ignorando, conversando com Manuela que conta animada sobre a piscina enorme da casa dos avós paternos.

— Como foi o vôo? - pergunto, ajudando- a com as malas. Manuela estava alguns passos a frente indo em direção ao meu carro, ao lado do meu pai, que por sua vez nem fez questão de sequer dirigir o olhar para mim, como de costume.

— Foi bem! Não sou muito fã de voar, você sabe. De qualquer modo, foi bem. - ela sorri.

— Johanna disse que tia Rachel só conseguiu as passagens para o próximo vôo. - comento.

— É, ela deixou pra comprar quase que de última hora! Ainda bem que deu tempo. E sua sogra? Vamos mesmo comemorar seu aniversário na casa dela, certo? Estou animada para conhecê-los. - dona Clara tagarela, empolgada.

— Sim, vai ser lá. Eles também estão animados para conhecer vocês! E, só pra deixar claro, ela não é minha sogra. É avó da Manuela! - respondo, ignorando o olhar que minha mãe me lança. Um olhar muito parecido com o de Johanna hoje mais cedo, como quem diz "Me engana que eu gosto".

— Fantástico! Prometo que seu pai irá se comportar. - ela sussurra essa última parte.

— Assim espero! - respondo.

***

— Gatinha, você vai fazer um buraco no chão, daqui a pouco. - Peeta diz, me segurando pelos ombros afim de me fazer parar de andar.

— Para de me chamar de "gatinha". - reclamo, o ignorando e me livrando de suas mãos. Ele ri.

— Eu quem devia estar nervoso, não você. Afinal, eu que vou conhecer seu pai que me odeia! - alega ele, sentando-se na espreguiçadeira da varanda da casa dos Mellark, calmamente.

— Sua calma me estressa! - reviro os olhos.

— Aparentemente, qualquer coisa está te estressando hoje. - dá de ombros. Outra vez o ignoro, continuando com minha inquietação. Quase dou um pulo quando ouço Manuela anunciar para Evelyn, que estava na cozinha, a chegada dos outros dois avós! 

Minha mãe, que já veio nos visitar diversas vezes, sabia muito bem andar na cidade sozinha. Então, não se incomodou quando os deixei na minha casa e vim para casa dos Mellark ajudar Evelyn com os preparativos do jantar.

— Relaxa. - Peeta sussurrou no meu ouvido, parando logo atrás de mim, quando já estávamos na sala para recebê-los. Manuela quem abriu a porta, os recebendo com um sorriso enorme.

— Vovó e vovô, esses são minha vovó e meu vovô. - a pequena os apresenta, rindo de sua própria frase.

— É um prazer conhecê-los. - minha mãe é a primeira a falar, simpática e sorridente. Evelyn e ela trocam um rápido abraço e depois ela dá um aperto de mãos com Richard.

— Eu digo o mesmo! Estou animada com sua visita. Fico feliz que tenham vindo! - Evelyn, agora.

— Sejam muito bem vindos e fiquem a vontade! - Richard diz, receptivo, estendendo a mão para meu pai, lançando-lhe um sorriso simpático. O Everdeen lhe oferece sua mão em troca, dando-lhe um aperto de mão educado. E apenas acena para Evelyn, dando-lhe um breve e educado sorriso.

— E você deve ser Peeta? - minha mãe tira sua atenção do casal e volta para Peeta, que ainda estava parado alguns centímetros atrás de mim.

— Sou eu! É um grande prazer conhecê-la pessoalmente, senhora Everdeen. Já ouvi muito sobre a senhora! - o loiro sorri, se aproximando para apertar a mão da minha mãe.

— Igualmente! Manuela fala de você o tempo todo. E de como é maravilhoso! Estava ansiosa para conhecê-lo. - ela também sorri para ele.

— Peeta! - pela primeira vez na noite, ouvimos a voz do meu pai. Ele pronuncia o nome do Mellark de uma forma estranha, que não consigo identificar o sentimento que ele havia colocado naquelas letras.

— Senhor Everdeen, é um prazer conhecê-lo também! - Peeta diz, educadamente, estendendo a mão para um aperto de mãos com ele também. O moreno encara a mão do loiro por alguns breves instantes, como se ponderasse se devia ou não cumprimentá-lo. Então, estende sua mão, apertando a do outro firmemente. Nada de sorriso ou qualquer resquício de gentileza e satisfação real.

— Então, Evelyn, você precisa de ajuda com o jantar? - minha mãe oferece, quebrando a tenção do clima.

— Ah, já está tudo pronto, na verdade. Só preciso terminar de pôr a mesa e esperar por Finnick e Johanna! - Evelyn responde.

— Bom, posso ajudar nisso, então. Passei horas sentada em um avião e o resto do dia fazendo nada. Preciso me movimentar! - mamãe comenta, já seguindo Evelyn até a cozinha.

— Aceita alguma bebida, James? - Richard oferece.

—Claro! - estranhamente, meu pai aceita de bom grado. Peeta sorri para mim, tentando transmitir alguma tranquilidade e acompanha os dois mais velhos. 

Manuela e eu vamos até a cozinha, nos juntando as outras duas loiras.
Um tempo depois, Johanna e Finnick chegam, acompanhados de Rachel e Edward. Uma sessão de abraços e cumprimentos depois, logo estavam todos enturmados e, eu realmente me surpreendi quando notei meu pai conversando animadamente não só com tio Edward que é seu amigo, mas com Richard também! O mesmo não podia ser dito sobre Peeta. O loiro se deu super bem com o pai de Johanna, mas meu pai o desprezava completamente. Por fim, nos sentamos todos à mesa. O jantar se passou agradável. Os nossos quatro visitantes se interagiram muito bem, até mesmo meu pai, que apesar de estar bem sério o tempo todo, acabou entrando em algumas conversas.

Peeta ajudou Evelyn a tirar a mesa e depois a loira pegou na geladeira uma torta de morango, colocando-a no centro da madeira de mogno.

— Bem, como o intuito desse jantar é comemorar o aniversário da Katniss, sugiro que antes de nos servimos da sobremesa, façamos um brinde. - Evelyn começou, servindo mais um pouco de vinho em seu copo vazio. - Querida, parabéns mais uma vez! E, obrigada por fazer parte da nossa família. - a loira ergueu a taça, sorrindo para mim.

— À Katniss! - Richard diz, também estendendo sua taça, então todos fizeram o mesmo, brindando. Todos, exceto ele. James Everdeen!

Todo mundo notou. Todo mundo fingiu não notar.

— Obrigada! - agradeci sinceramente, com um sorriso, ignorando a situação. Eu estava cercada por pessoas maravilhosas que me amam e acabaram de fazer um brinde à minha vida. Não deixaria sua indiferença me atingir, não mais.

— Viva! - Manuela exclamou, nos fazendo rir.

— Eu sei que hoje é o dia da Kat, mas eu queria aproveitar que todos estamos reunidos pra fazer um anúncio! Se importa, KitKat? - Finnick fala, me olhando.

— Imagina! - nego, fazendo um gesto para que ele continuasse.

— Bem, Johanna e eu... - ele dá uma pausa, pegando na mão da minha amiga, que se põe de pé ao lado do loiro. - nós estamos oficialmente namorando! - conclui, com um sorriso bobo nos lábios. A sala de jantar se encheu de murmúrios de satisfação e felicidade, com as palavras "parabéns", "que ótimo", "fofos" sendo entoadas de todos os lados.

Finnick encarou tio Edward e tia Rachel, na espera de uma reação.

— Estou feliz por vocês, crianças. Você faz bem à minha filha, querido! - Rachel diz, sorrindo para ele. Finn parece feliz e orgulhoso.

— Você me parece um bom rapaz. Cuide da minha filha, e ficará bem! - Edward diz, dando um tapinha de leve no braço do Odair que estava ao seu lado.

— Kat? - Finnick me encara, com uma sobrancelha levantada.

— O quê? Você precisa da minha permissão também? - pergunto, em tom de brincadeira.

— Na verdade, eu meio que preciso. De acordo com Johanna! - ele alega, passando a mão no cabelo, fazendo todos rirem.

— Concedida! - confirmo, rindo. - Como se eu já não soubesse! - completo, mais uma vez causando risadas.

— Cala a boca! - Johanna me dá língua.

— Como ela sabia? Você contou? - o loiro pergunta para minha amiga.

— Não contei! Mas, eu já te disse, Kat sempre sabe. Mesmo que eu não conte! - a Mason responde, dando de ombros.

— As irmãs esquisitas! - Peeta explica, com o apelido que ele nos colocou. Finnick concorda, parecendo ser o suficiente.

***

— Bom, apesar de seu pai claramente me detestar, até que não foi tão ruim, não é? - Peeta pergunta, me seguindo até o banheiro.

— Até que não. - concordo. - você não pode entrar aqui comigo, querido! - o empurro para fora do banheiro, fechando a porta atrás de mim. Alguns segundos depois, quando saio, ele está parado do lado de fora encostado na parede. Então prende meu pulso entre seus dedos, me arrastando até o quarto ao lado, que era o seu antigo quarto.

— Estou a tempo demais sem te beijar! - ele diz, me prensando contra a parede e tomando meus lábios com os seus, iniciando um beijo quente, como se fizsaae anos desde a última vez que nos beijamos, mesmo que só faça algumas horas.

— Peeta, pelo amor de Deus! Tem uma sala cheia de gente logo ali. - repreendo, interrompendo o beijo quando volto a raciocinar direito.

— Foda-se. - ele me beija novamente. É difícil resistir, mas preciso. Então, trato de afastá-lo de novo, depois de aproveitar por mais alguns segundos.

— Já chega! - declaro, me desvencilhando de seus braços.

— Chata. - reclama, me seguindo de volta ao corredor.

— É melhor você esperar um momento. Se voltarmos juntos, vai ser suspeito. - alego e ele concorda, indo em direção ao banheiro. Mas, antes de ir, ainda me rouba mais um selinho rápido. E, antes que eu pudesse me virar para o outro lado afim de continuar minha caminhada de volta a sala, ouvi sua voz.

— Katniss? - meu nome saiu firmemente por entre seus lábios, de um jeito um tanto surpreso, eu diria, mas ainda sim com seu tom frio de sempre. Há tanto tempo que ele não o pronunciava que eu nem me lembrava de como era meu nome na sua voz. Ele estava no início do corredor, para onde eu iria. Pela primeira vez em mais de 7 anos, estava realmente me encarando. Seus olhos cinzas fortes e raivosos fixos nos meus.

— Pai? - levantei uma sobrancelha, mantendo seu olhar, mesmo que minha vontade fosse de sair correndo dali...


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Notas finais do capítulo

Tchanam! Hahaha.
E agora? O que será que o pai da Katniss vai dizer? Será que ele viu o selinho que Peeta deu nela?
Façam suas apostas!
Beijocas e até breve! ❤



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