Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 17
"...Eu não gosto de pessoas desejando o que é meu!"


Notas iniciais do capítulo

Oi, Oi gente! Segundo cap da semana.
Espero que gostem! Boa leitura!



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Pov's Katniss

— Espera, você tá falando sério mesmo? - pergunto, ainda sem acreditar.

— Seríssimo! Me mudarei amanhã. - Mad sorri abertamente.

— Mas, Mad, você não acha que tá indo rápido demais? Eu sei que não tenho nada a ver com sua vida, mas na minha opinião, é loucura. - comento e ela dá de ombros, nenhum pouco interessada na minha opinião.

— Loucura nada! Nós dois queremos isso, Kat. Diferente de você e Johanna, eu sou muito bem resolvida nessa questão. Sério, amiga, eu amo o Thresh como nunca amei ninguém na vida. E é isso que pessoas normais fazem quando se amam, elas se casam e constroem uma vida juntos. - retruca a loira, comendo mais um pedaço de pizza. Apesar de ainda estarmos de férias, saímos para almoçar juntas. Era sexta-feira, Manuela na escola e Thresh e Peeta trabalhando. E, mesmo só fazendo alguns dias, eu já senti falta da minha amiga.

— Pessoas normais casam e constroem uma vida juntos depois de um certo tempo de relacionamento. - rebato.

— Nós temos um certo tempo de relacionamento! - revira os olhos.

— Não chega nem a um ano! - lembro e a loira dá de ombros novamente.

— Não importa! Eu o amo, ele me ama. Vamos nos casar. E eu vou mudar para a casa dele no sábado! Ponto final. - ela fala, decidida.

— Então tá. Se é o que você quer. Fico feliz por você. - respondo e ela sorri.

— É isso aí, amiga. É isso que você deve dizer! - ela ri.

— Pelo menos Thresh é um cara legal. - comento.

— Ele é maravilhoso. - Madge fala com um sorriso bobo. Será que eu faço essa cara de idiota quando falo sobre Peeta?

Apesar de achar minha amiga meio precipitada, tenho uma certa inveja dela nessa questão. Digo, sobre ela ser tão decidida e corajosa. Eu sou uma grande covarde! Minha "história" com o Mellark já existe a bem mais tempo que a de Madge e Thresh, e mesmo assim nós somos o que? Não somos nada, exatamente. Apenas temos uma filha juntos e fazemos sexo casual escondido de todo mundo. As vezes, isso é meio frustrante.

***

— Mamãe, tia Joh disse que vem me buscar 19:00. - Manu informa, desligando o telefone.

— E já são 18:15. Então pode ir tomar um banho rápido, bonitinha. - digo e ela assente, indo para o andar de cima. Hoje é aniversário de 9 anos da filha de um amigo de trabalho de Johanna. Como de costume, Joh leva Manuela com ela. É o terceiro ano seguido que minha filha vai no aniversário da garotinha com a minha amiga, tanto que já viraram amigas.

Depois que Manu saiu do banho e já estava vestida com um vestido verde água e uma sapatilha branca, prendi parte do cabelo dela com um laço também branco. Ela se olhou no espelho e sorriu.

— Estou linda, não estou? - perguntou, rodopiando em frente o espelho.

— Você é linda, meu amor! - respondi sorrindo. 

Pouco tempo depois Johanna chegou junto com Finnick.

— Tio Finn! - Manu exclamou, correndo pra se jogar nos braços do loiro. Ele sorriu e beijou o topo da cabeça dela.

— E aí, boneca! - sorri, com ela no colo.

— Oi pra você também, Manuela! - Johanna fala, fazendo bico e Manu ri.

— Oi, tia! - a loirinha sorri e apenas acena, sem largar Finnick.

— Agora eu só ganho um aceno, não é? Ajudei tua mãe cuidar de você desde que nasceu, daí aparece esse aí é você me troca por ele dessa forma. Ingrata. - a morena reclama, dramática.

— Tia, nada disso. Eu te amo, tá bem? - minha filha diz, finalmente indo até Johanna e abraça ela.

— Ciumenta! - Finnick acusa e Manu ri.

— Tudo bem, eu te perdôo! - Joh diz à Manuela.

— Ei, eu também estou aqui. Se é que se importam! - avisei, chamando a atenção dos três.

— Olá, KitKat. - Finnick me abraça, sorridente.

— Olá, Niss! - Joh se aproxima para me abraçar também. - Manu vai dormir lá em casa, né? - pergunta, olhando primeiro para mim e depois para ela.

— Posso, mamãe? - a pequena pede.

— Claro! Só não esqueça que amanhã nós precisamos ir buscar a vovó no aeroporto às 11h. - lembro.

— Tá bem! - assente.

— Você passa lá pra pegar ela, ou eu trago? - Johanna questiona.

— Eu passo lá. Deixe ela pronta! - decido.

— Ok. Então, vamos! - a Mason chama os dois loiros e me abraça novamente, se despedindo.

— Tchau, mamãe! - Manu me abraça. Beijo sua testa e a abraço também.

— Até amanhã, filha. Te amo! - ela pega a mochila com roupas que eu nem havia reparado quando ela foi buscar e o Olaf de pelúcia, que Peeta deu de presente. Ela dorme com ele todas as noites.

— Tchau, Kat! - Finnick acena, seguindo as duas.

Amanhã é meu aniversário. Meus pais chegarão aqui na cidade e eu não estou muito empolgada, pra ser sincera. Bom, claro que eu quero muito ver minha mãe, mas... Evelyn deu a brilhante ideia de fazer um jantar amanhã, na casa dela, alegando que poderíamos comemorar meu aniversário e já aproveitar para meus pais e eles se conhecerem. Apesar de tentar, não consegui uma boa desculpa para não aceitar, principalmente depois que eu já tinha comentado que não planejava fazer nada para comemorar meus 27 anos. Contudo, não estou positiva para isso. Sei que foi boa intenção, porque gosta de mim e isso me deixa realmente feliz. No entanto, meu pai "comemorar" o meu aniversário, na casa dos pais do Peeta, não me parece uma boa ideia. Conhecendo meu pai e seu gene complicado, o mais sensato seria manter ele bem longe da família Mellark! O problema é que não tenho como fazer isso, o que está tirando meu sono.

Subi as escadas, fui até meu quarto. Eu estava cansada de pensar no meu pai, que tem me assombrado mais que o normal nos últimos dias. Precisava relaxar, parar de pensar nisso um pouco. Tirei a roupa e entrei no banheiro, ligando o chuveiro e deixando que a água quente caísse sobre meu corpo! Ouvi um barulho na porta, porém antes que eu pudesse me assustar realmente, sua voz me chamou.

— Kat, você está aí? - Peeta falou, provavelmente já dentro do meu quarto.

— No banho! - informei, mesmo que ele pudesse ouvir o som do chuveiro ligado se realmente estivesse dentro do quarto.

Alguns segundos depois a porta do banheiro se abriu, revelando um Peeta completamente nu. Ele sorriu e sem pestanejar, entrou no box comigo, se infiltrando debaixo da água quente.

— Então além de invadir minha casa, você invade meu banho também? - levanto uma sobrancelha.

— Eu bati, mas ninguém me atendeu. Como vi seu carro lá em baixo, sabia que não tinha saído e talvez estivesse dormindo ou sei lá. Então eu entrei e depois de procurar você pela casa toda, ouvi o barulho do chuveiro quando entrei no quarto! Eu até podia esperar lá fora até você terminar, mas achei realmente mais interessante entrar aqui com você. Principalmente porque seria uma tortura ficar sozinho lá fora, sabendo que você estava aqui dentro sem roupa. - ele responde com um sorriso malicioso e me puxa pela cintura, grudando nossos corpos.

— Você é um tarado, Mellark. - acuso e ele ri.

— Verdade! Mas só com você. - sorri e me beija, impedindo que eu responda.

— Você está atrapalhando meu banho. - finjo reclamar, já que eu definitivamente não me importava em tê-lo ali comigo.

— Então vou ajudar. - o loiro pega a esponja e me vira de costas para ele, esfregando minha costas nuas. Depois me abraça, distribuindo beijos pela minha nuca e ombros, enquanto sua mão sobe com a esponja pela minha barriga e seios, até chegar no pescoço. Quando a água limpa toda a espuma do meu tronco, Peeta deixa a esponja de lado e leva suas mãos aos meus ombros, massageando-os.

— Você está muito tensa, morena. - comenta, sem deixar de massagear.

— Assim você me acostuma mal, querido. - digo, adorando a massagem, que eu de fato precisava.

— Nada disso, vou cobrar. - fala e eu rio.

— Tudo bem. Isso está tão bom que eu te dou o que quiser. - respondo e ele gargalha.

— Olha que eu vou levar essa frase muito a sério, viu? - diz com um tom malicioso e eu rio. Um curto tempo depois, ele para com a massagem. Suas mãos descem novamente pela parte anterior do meu tronco, parando em meus seios. Os beijos voltam. Na nuca e depois trilhando um caminho de um ombro até o outro.

Uma mão deixa meu seio e desce pela minha barriga, meu ventre e pela parte externa da minha coxa esquerda. Depois, a mesma mão passa para a parte interna da coxa e sobe lentamente até minha virilha, posteriormente levada à minha intimidade. Ele toca meu ponto mais sensível, me fazendo soltar um gemido baixo. Então, me penetra com um dedo.

— Peeta. - gemo, extasiada pela sensação deliciosa. Ele continua com os movimentos, de forma lenta e torturante, depois aumenta o ritmo, e segundos depois volta a diminuir. Em algum momento, sem avisar, ele tira o dedo de dentro de mim, me fazendo soltar um som em protesto. Mas, antes que eu possa reclamar, ele me penetra novamente, mas dessa vez não com os dedos, entrando por completo dentro de mim. Agora as duas mãos estavam nos meus seios novamente, apertando-os e massageando-os enquanto ele se movimentava dentro de mim, em um vai e vem, com estocadas fortes e rápidas. Apoiei minhas mãos na parede, me inclinando um pouco para frente, facilitando o trabalho dele.

— Oh, Peeta... Aaah... - gemi alto. Ele beijava minhas costas e gemia junto comigo. Algumas estocadas depois e então soltei um gemido mais alto, seguida por ele, quando gozamos ao mesmo tempo! Minhas pernas estavam bambas e eu me sentia extasiada. Peeta me virou de frente para ele, sorriu e me deu um beijo casto nos lábios, antes de desligar o chuveiro e pegar duas toalhas para nos enxugar. Sequei meu corpo e me enrolei na toalha. Peeta fez o mesmo, depois me pegou nos braços e nos conduziu para fora do banheiro, me colocando carinhosamente sobre a cama.

— Aposto que seu banho foi muito mais interessante com minha companhia. - ele diz, se jogando de costas na minha cama.

— Acho que não tenho como negar. - sorrio, virando meu corpo para ficar deitada lateralmente. Peeta faz o mesmo que eu, ficando de frente para mim.

— Seu pai só pode ser cego ou um idiota mesmo. - o loiro comenta, de repente.

— Por que? - levanto uma sobrancelha, sem entender o motivo pelo qual ele tocou no assunto.

— Porque você é perfeita! Então, se ele não enxerga isso, é porque é cego ou idiota. - responde com aquele sorriso torto que me faz estremecer. Sinto minhas bochechas quentes e me dou conta que estava corando.

— Obrigada! - agradeço sinceramente, ainda sem graça.

— Katniss, pelo amor de Deus. Nós acabamos de tomar banho juntos e transar no chuveiro, como você ainda consegue corar de vergonha depois disso? - ele gargalha.

— Você me deixa sem graça ainda. E não acho que um dia vai parar de acontecer, independente de tudo. - respondo e ambos rimos de novo.

— Como se sente sabendo que você vai virar uma anciã amanhã? - pergunta, brincando com uma mexa do meu cabelo.

— Anciã? Eu só tenho 27. Estou na flor da idade, meu bem. Diferente de você, que é um idoso rabugento! - revido dando língua, como uma criança.

— Há há, engraçada! Pra sua informação eu só sou 2 anos mais velho que você, bonitinha. - alega.

— 2 anos é muito tempo! Já posso até ver seus cabelos brancos de 30 anos. - implico.

— 29, ok? E eu não tenho cabelo branco. - reclama e eu rio da sua cara.

— Tá bem, vovôzinho! O que acha da gente comer? - convido, me pondo de pé a procura de uma roupa qualquer.

— Ótima ideia. Meu estômago tá roncando! - concorda, também se vestindo. Ele coloco a cueca boxer e não se dá o trabalho de colocar o resto da roupa.

— Vai ficar assim? - pergunto, analisando seu tronco nu. Aquele peitoral definido que tira toda minha concentração no mundo ao meu redor.

— Vou! E você, vai ficar aí me secando? - implica ele, com um sorriso convencido. Reviro os olhos e volto a me vestir, ignorando sua pergunta. Visto apenas uma calcinha de renda preta, e uma camisola curta de seda, também na cor preta.

— Não vou cozinhar! - informo, enquanto descemos para o andar de baixo.

— Eu muito menos! Pizza? - sugere.

— Sempre! - concordo.

— Ótimo, então vou voltar pra cima e vestir a calça pelo menos. - fala, dando a volta pra subir novamente.

— Ué, por quê? - questiono, sem entender o motivo da mudança de ideia agora.

— Porque não mesmo que eu vou deixar você abrir a porta para o entregador usando essa roupa. - declara, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Qual o problema? - pergunto, mesmo sabendo a resposta.

— O problema é que esse pedaço de pano que você chama de camisola não tampa nada do seu corpo, oras! E eu não gosto de pessoas desejando o que é meu. - afirma com a voz firme e decida. Por algum motivo sinto meu corpo estremecer e se arrepiar. Não sou capaz de responder, apenas dou de ombros e sento no sofá, ligando a Netflix a procura de um filme qualquer.

— Manu volta que horas? - questiona alguns segundos depois que está de volta a sala, agora vestindo a calça também (Mas ainda sem a camisa), enquanto pega o telefone para ligar para a pizzaria.

— Não volta! Vai dormir na casa da Joh depois da festa. - conto e ele assente.

Meia hora depois, a pizza chegou. Comemos, assistimos um filme de comédia escolhido por ele e dividimos uma garrafa de vinho. Ainda não era tão tarde, então decidimos assistir a um outro filme. Entretanto, eu desisti de prestar atenção quando Peeta decidiu que ficar me provocando beijando meu pescoço e passando suas mãos por todo meu corpo pouco coberto, era muito mais interessante do que o filme. Não demorou muito até que resolvessemos voltar para o andar de cima.
Algum longo tempo depois, quando já estavamos relativamente cansados e completamente satisfeitos, Peeta deitou do meu lado na cama, outra vez deitado lateralmente, eu na mesma posição, fazendo com que ficassemos frente a frente novamente, como estavamos mais cedo depois do banho. Ele puxou um lençol para cobrir nossos corpos despidos, me abraçou pela cintura, me trazendo para mais perto. Nossos rostos absolutamente próximos, com sua respiração batendo no meu rosto e seus lábios roçando nos meus lentamente. Depois verificou o celular para olhar a hora, que marcava 00h00.

— Feliz aniversário, morena! - Peeta sussurrou contra meus lábios, roçando nossos narizes e boca, mantendo seu olhar preso no meu. Sorri e murmurei algum agradecimento, enquanto deixava minhas pálpebras se fecharem, vencidas pelo sono. Senti os lábios macios do loiro tocarem os meus carinhosamente em um selinho, antes de cair na inconsciência...


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Notas finais do capítulo

Vocês pediram e eu atendi! Êeee.
Mentira, não é "vocês" porque só a Jessi pediu hahaha. Porém, suponho que todas concordamos que esse "love moment" deles pode durar mais um pouquinho, afinal todas gostamos né não? Kk.
Me contem o que acharam. Deixem suas opiniões, ideias e pedidos! São sempre bem vindos.
Beijocas e até o próximo! ❤



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