Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 12
"Tudo bem? Tudo bem!"


Notas iniciais do capítulo

Olá! Espero que gostem.
Boa leitura!



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Pov's Katniss

— Então, no final das contas, você não transou com o Gale? - Mad arquea uma sobrancelha.

— Não! Ainda não acredito que ele ainda queria, mesmo depois do que eu disse. - comento e ela assente, enquanto toma uma gole de seu suco de laranja.

— Pois é. Que falta de amor próprio! - ela ri.

— Nem me fale! - rio também, negando com a cabeça.

— Falando no dito cujo... - ele indica com a cabeça para a entrada da cantina do hospital, onde estávamos almoçando. Viro discretamente para olhar e encontro Gale me fuzilando com os olhos.

— Ele parece irritado. - mordo o lábio inferior.

— Ele parece rejeitado! - corrige. - Mas enfim, e sobre o Peeta? Você ainda não sabe se ele ficou ou não com a garota? - pergunta.

— Não! Ainda não nos vimos. - suspiro! Ao mesmo tempo que eu penso que é melhor não saber, eu daria qualquer coisa para descobrir.

— Você pretende perguntar? - questiona a loira.

— Claro que não, Mad! Que direito eu tenho pra isso? - reviro os olhos.

— Vocês tem uma filha, oras. - dá de ombros.

— Isso não me dá acesso à perguntas sobre a vida sexual dele. - respondo.

— E como vai descobrir, então? - Madge me olha com uma sobrancelha levantada.

— Provavelmente, não vou! - dou de ombros.

— E vai ficar com essa dúvida te corroendo pra sempre? - pergunta ela.

— Aparentemente. - suspiro, cansada de pensar sobre isso.

— Que situação, em! - ela nega com a cabeça!


***

Era quase 19:30h. Ouvi o barulho do carro estacionando em frente minha casa. Senti meu estômago revirando de ansiedade. Não falei ou vi Peeta desde que tudo aconteceu ontem, e aparentemente, eu não estou nenhum pouco preparada pra isso. Estranhamente, eles não entraram de uma vez. Levantei para abrir a porta, quando ouço a batida e imagino que talvez eu tenha trancado e não me lembro.

— Oi. - ele cumprimenta, sério, com Manuela adormecida nos braços.

— Oi. - abro espaço para que ele entre.

— Ela dormiu no caminho do cinema pra cá. Estava bastante cansada! - comenta.

— Imagino. - respondo assentindo. Ele sobe as escadas, levando-a para o quarto. Alguns minutos depois e ele está de volta à sala.

— Bom, eu já vou! Até logo, Katniss. - sem me olhar, ele se dirige para a saída. Sinto que as coisas não deveriam ficar assim, e quando me dou conta, já estou andando apressada atrás dele.

— Peeta, espera! - chamo, fazendo ele parar de andar e se virar para mim.

— O que é? - ele diz, da mesma forma que eu fiz ontem quando ele me chamou na hora que eu estava indo embora.

— Eu...Bem, acho que... - mordo o lábio inferior, nervosa, sem saber ao certo o que dizer.

— Acha o quê? - o loiro levanta uma sobrancelha, aguardando.

— Não sei bem o que eu quero dizer! Eu só acho que a gente não devia deixar as coisas assim. - suspiro.

— Foi você quem deixou as coisas assim! - ele revira os olhos.

— Eu sei! Não sou boa pra lidar com esse tipo de situação. - falo e ele quem solta um longo suspiro, dessa vez.

— Tudo bem! - declara, e sua expressão séria relaxa um pouco.

— Tudo bem? - arqueo uma sobrancelha.

— Sim, tudo bem! Vamos só... esquecer tudo aquilo, tá bem? - ele sugere. Isso me parece uma boa ideia. Fingir que não aconteceu é sempre mais fácil. Talvez mais covarde, admito. Mas, mais fácil.

— Ótimo! - concordo e então, pela primeira vez desde ontem, ele sorri. Não um sorriso enorme e brilhante como de costume. Mas ainda sim um sorriso, o qual eu correspondo. Ficamos nos encarando por alguns minutos. Não sei o que dizer. Não acho que precise, de qualquer forma. Ele solta uma risadinha baixa e nega com a cabeça, depois se aproxima de mim e deposita um beijo na minha bochecha esquerda.

— Boa noite, Katniss! - se despede, e sai.


***

* 5 meses depois *

Pov's Peeta

— Katniss preferiu alugar os brinquedos e fazer em casa mesmo, ao invés do salão. - comento. Minha mãe assente.

— Eu concordo com ela! Em casa as crianças vão ter mais liberdade. Sem contar que os brinquedos vão ficar o final de semana inteiro, não só uma noite. - ela diz.

— Mas, na casa dela tem espaço suficiente? - meu pai quem pergunta.

— Então, eu tava falando sobre isso com ela. A casa dela é grande, mas não tem muito espaço aberto! Então eu sugeri que fizéssemos aqui, tudo bem pra vocês? Afinal, no meu apartamento também não dá. - pergunto, mas sei que eles aceitarão de bom grado. Jamais que meus pais recusariam disponibilizar a casa deles para o aniversário da Manuela.

— Ah, mas isso nem é coisa que precisa perguntar, filho! - meu pai prontamente concorda.

— Óbvio! Porém, tem uma pequena questão... - minha mãe agora.

— O que? - pergunto e meu pai também a encara, sem saber do que ela falava.

— Não é nada demais. É só que Meg e o pessoal dela vem passar uns dias aqui em casa. Logo, eles estarão aqui no dia do aniversário. Se Katniss não se importar, então tudo bem! - explica.

— Não acho que Katniss se importaria. Até mesmo porque, tia Meg é da nossa família! - respondo. Bom, eu realmente não acho que Kat se importaria. Mas eu sim! Meg é irmã do meu pai. Ela, o marido Lenon e o filho Jack moram em Paris. E, digamos que minha "querida" tia Meg não é assim tão querida. Por toda a família, digo! A mulher sabe ser um tanto desprezível quando quer. Tenho medo do que ela possa dizer, quando conhecer Katniss e Manuela, já que quando ela soube que eu tinha uma filha, desaprovou completamente.

— Ótimo, então! Só, vamos mantê-la longe de Katniss e Manuela. - A loira diz.

— O quê? Mas porquê? Minha irmãzinha é um amor de pessoa, Evelyn! - meu pai diz, sarcasticamente, nos fazendo rir.

— Sim, um doce feito limão! - minha mãe ri e revira os olhos.

— Bom velhinhos, o papo tá bom, mas eu preciso ir agora. Até amanhã! - beijo o rosto dos dois, me despedindo.

Chego na casa de Katniss, Manuela que me recebe. Tínhamos combinado de jantarmos juntos hoje.
O combinado era chegar às 19:30. Porém, como eu estava sem nada pra fazer, acabei adiantando. Ainda é 18:20.
Adentrei a casa, e Manu me informou que estava indo tomar banho naquele momento, mas que eu poderia fazer companhia para a mãe, que estava na cozinha terminando o jantar. A loirinha subiu as escadas e eu me dirigi para o outro cômodo. Katniss estava de costas para a porta. O cabelo preso em um coque frouxo. Estava descalça, e usava um short perigosamente curto. Ela não parecia ter notado minha presença, continuando de costas, então se curvou para olhar algo no forno. Mordi o lábio inferior, tentando afastar todos os pensamentos impuros que acometeram minha mente ao ver seu bumbum empinado para meu lado. Céus, como faz pra não perder o controle perto dessa mulher? Ela é demais para minha sanidade mental.

— Por Deus, Katniss. Assim você me mata! - comento, então ela endireita a postura, virando de frente pra mim parecendo um pouco assustada, por fim notando minha presença.

— Santo Deus! Você precisa parar com essa mania de chegar do nada e silencioso, Peeta. - ela diz, com a mão no peito, representando o susto. Eu rio.

— Foi mal, eu ia pigarrear ou informar minha chegada antes. Mas você tirou toda minha concentração em qualquer outra coisa. - lanço um sorriso malicioso, correndo o olhar por seu corpo, me demorando um pouco mais nas pernas descobertas dela. Ela cora.

— Você é um mala, sabia! - ela revira os olhos, mas sustenta seu sorriso sem graça.

— E então, o que teremos para o jantar? Estou faminto. - pergunto.

— Eu ia fazer outra coisa, mas Manuela me implorou pra fazer lasanha de novo. Se depender dela, comemos lasanha todos os dia! - comenta.

— Bom, eu devo admitir que tenho uma paixão absurda por lasanha, então não vou julgá-la. - rio. - A propósito, falei com meus pais sobre a casa. Eles disseram que obviamente a gente pode fazer lá. Porém, vai ter alguns parentes meus lá, se você não se importar deles participarem da festa... - conto.

— Óbvio que não me importo! Manuela também é sua filha, você pode convidar quem você quiser pro aniversário dela. - dá de ombros.

— Ótimo! - concordo. Ajudo Katniss a terminar o jantar, logo Manuela volta e se junta a nós.

— Já sei o que eu quero de presente de aniversário. - Manu anuncia, enquanto corta mais um pedaço da lasanha.

— O que? - pergunto.

— Um irmãozinho! - ela fala e Katniss engasga com o suco. Acabo rindo.

— Não vai dar, filha! - Kat responde primeiro.

— Por que você quer um irmão? Eu e sua mãe não somos o suficiente pra você? - questiono e Manu ri.

— Não é isso, papai. É porque bebês são tão fofinhos. A minha amiga Júlia ganhou um irmãozinho. Ele parece um boneco. - conta.

— Então pronto, vamos te dar uma boneca! - Kat declara.

— Mas boneca não fala, mamãe. E nem é de verdade. - Manuela contesta.

— Quando você crescer mais um pouquinho, nós te damos um irmãozinho tudo bem? - falo e ela parece pensar.

— Promete? - questiona.

— Prometo! - afirmo.

— Tudo bem! Então eu quero uma casa da Barbie. - ela sorri.

— Fechado! - Katniss lança uma piscadela pra pequena, fazendo-a rir.
O resto da noite passa normalmente. Depois de jogar "cara a cara" 3 vezes, Manu decidi dormir, cansada. Katniss a coloca na cama e logo está de volta.
Ainda eram 23h. Ficamos por mais um tempo conversando e dividindo uma garrafa de vinho. Depois de decidirmos tudo a respeito do aniversário da nossa filha, e de diversas conversas aleatórias, acabamos em um jogo idiota de desafios.

— Eu te desafio a comer um giló cru. - falo e ela faz careta.

— Sem chance! Eu odeio giló. E aqui em casa nem tem, meu bem! - ela nega. Então, talvez pelo efeito da pouca quantidade de álcool que ingeri, ou por loucura em um pequeno lapso de coragem, mudo o desafio.

— Certo! Então, eu te desafio a... me beijar. - estávamos no sofá, lado a lado. Proximos o suficiente para tocar os lábios um do outro com uma pequena inclinação. Ela analisa meu rosto, possivelmente com a intenção de descobrir se eu falava sério. Seus olhos demoram um pouco mais nos meus lábios, onde eu sustentava um leve sorriso de canto. Depois, nossos olhares se encontram novamente. Ela se aproxima de vagar, parecendo sofrer um conflito interno. Então, sinto seus lábios tocarem os meus suavemente. Ela pressiona sua boca na minha, por alguns segundos. Nenhum de nós ousamos nos mexer ou aprofundar o beijo. Isso provavelmente causaria mais uma situação constrangedora entre nós. Ela afasta levemente, mas ainda sinto sua respiração em meu rosto. Não abre os olhos! Levo uma mão ao seu rosto e repouso ali, acariciando-a. Ela inclina a cabeça, recebendo o carinho de boa vontade e sorri. A vontade de beijá-la pra valer parece que vai me sufocar. Sei que não posso, que complicaria as coisas. Então, apenas me aproximo novamente, deixo um beijo casto no canto de sua boca e me afasto.

— Até amanhã, Kat! - me despeço e vou embora, antes que eu perca o controle e acabe fazendo o que não devo.
Dormir é um tarefa difícil essa noite. E quando finalmente o faço, a morena domina meus sonhos...


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Notas finais do capítulo

Manuzinha é a melhor, né? Hahaha!
Se preparem para os acontecimentos do próximo capítulo kkk.
Beijinhos ❤



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