Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 1
O Reencontro!


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridas! Minha segunda fic, então já vou me desculpar antes por qualquer coisa. Realmente espero que vocês gostem. Deixem seus comentários pra deixar feliz.
Boa leitura!



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Sabe aquele momento em que você passa a odiar tanto uma música a ponto de querer jogar o celular na parede, por tocá-la? Pois é, é o que eu sinto agora. E não, não é uma música que me lembra algum momento  trágico da vida. Ou o despertador. Bom, mas ou menos, considerando que eu estava dormindo e fui acordada por ele as 08h00 da manhã. Em um SÁBADO.

— Bom dia, luz da minha vida! - Ouvi a voz estranhamente animada da minha melhor amiga, quando atendi.

— Por que toda essa empolgação logo cedo, Johanna? - Acabo soando completamente rude.

— Eita, que mau humor em. Até parece eu! Não posso mais ficar feliz? - Ela comenta.

— Pode ficar feliz o quanto quiser, mas definitivamente você não precisa me acordar tão cedo em um dos poucos dias que eu tenho o privilégio de dormir umas horinhas a mais. Por isso eu te odeio, nesse momento. - Respondo e ela ri.

— Desculpa, KitKat. Esqueci mesmo que é sua folga! Enfim, só liguei pra informar que nós vamos em uma festinha hoje. Nada de mais, coisa simples sem muita gente. - Johanna fala, animada.

— Não, eu não vou. Você sabe. Agora tchau! - Respondo impaciente.

— Ah, mas vai sim. Nem que seja amarrada! Deixa de ser chata e velha, sua cretina. - Reclama.

— Joh, nem começa. Você melhor do que ninguém sabe dos meus motivos. - Reviro os olhos.

— Sei, sei. Ta, mas não dá pra ligar pra Greasy hoje? Kat, faz um tempão que você não sai um pouco. Além disso, tem uma pessoa lá que você precisa ver. - Alega, insistindo.

— Ah, esse papo de novo? Por que você insiste em tentar me arrumar um encontro? Eu já disse que estou muito bem assim, não estou interessada! - Ela insiste em dizer o quanto seria bom pra mim ter alguém pra conversar, sair, namorar e, de acordo com ela, o mais importante, me proporcionar longos e deliciosos orgasmos. No entanto, continuo afirmando que estou bem como estou. O que não é mentira!

— Não, dessa vez não é isso, juro! Mas só te conto se você for. - A morena continua.

— Johanna... - Começo meu discurso de negação, porém ela me interrompe.

— Já sei. Mas só dessa vez, por favorzinho Niss! - Ela faz uma voz manhosa, engraçada.

— Joh... - Tentei novamente e de novo ela me corta.

— Ótimo, passo aí as 20h00. Beijos! - E desliga, antes que eu possa negar.

***

Quando chegou a noite, eu me vi pronta para sair! Aproveitei o clima quente da Califórnia e optei por um vestido simples, mas bonito, de comprimento até o meio das minhas coxas. Passei uma maquiagem leve e me limitei a deixar meus cabelos soltos, e uma sandália rasteira. Quando desci as escadas, 19h55, Johanna já estava na sala, com Manuela rindo em seu colo.

— Uau! Que gata! Se eu fosse lésbica, te pegava com certeza. - Minha amiga comenta, me fazendo rir.

— O que é lésbica, tia Joh? - Manuela pergunta e Johanna morde o lábio inferior antes de rir e responder.

— É uma mulher que quer namorar outra mulher! - Explica e Manu faz uma careta engraçada, concordando com a cabeça.

— A senhora está linda, mamãe! - A pequena se solta dos braços da minha amiga e corre em minha direção.

— Obrigada, meu amor! - Abraço-a e beijo o topo de sua cabeça.

— Então vamos? - Joh pergunta e eu concordo.

— Filha, eu não vou demorar. Mas não me espere acordada. Greasy ta terminando de fazer seu jantar, então coma direitinho e vá dormir na hora certa, ta bem? - Digo e ela concorda. - Ótimo! Dorme com Deus, amo você! - Beijo-a novamente, me despedindo.

— Também te amo, mamãe. Tchau, tia! - Ela me solta e volta a abraçar Johanna, se despedindo.

Durante o caminho, minha amiga me disse que iríamos na casa do Rodrigo, um antigo amigo dela. Era só uma festinha simples, pra poucas pessoas. Mas ela se recusou a falar quem era a tal pessoa misteriosa que eu deveria ver. Quando chegamos, após cumprimentarmos o dono da casa e algumas pessoas mais, não precisei que minha amiga dissesse nada. Logo o avistei, sentado em uma mesa junto com um outro homem. Nem tão diferente de seis anos atrás. Seus cabelos exageradamente loiros, seus braços ainda mais fortes muito bem a mostra na camisa azul que ele usava, combinando com a cor de seus olhos. Um "ar" mais homem, sem dúvida. E o sorriso. Aquele sorriso de tirar o fôlego de qualquer um.

— Sério mesmo, Mason? - Cutuco a mulher ao me lado, indicando disfarçadamente a mesa a frente.

— Oh, você já encontrou. Surpresa! - Ela diz, com uma falsa animação.

— Eu vou embora! - Declaro, pronta pra sair, mas ela segura meu braço.

— Sem essa, Katniss! Eu te trouxe aqui porque achei que seria uma boa oportunidade. - Alega.

— Boa oportunidade pra quê? Pra acabar com a minha vida? - Questiono, nervosa.

— Ai meu Deus, até quando você vai fugir disso, afinal? Você quer saber uma novidade? Ele vai morar aqui na cidade. Exatamente, o homem que virou sua vida de cabeça para baixo vai voltar pra Califórnia. Mas você não esperava por isso, certo? Achou que podia fugir dele pra sempre? Adivinha? Não pode! - Ela me bombardeia com as palavras, também nervosa, porém se esforçando para não chamar atenção.

— O que? Por que você não me disse antes? - Pergunto, aflita.

— Porque ai você não viria. - Ela dá de ombros.

— Eu na acredito, Johanna! - Exclamo, aborrecida.

— Porque você não vai sentar e comer, aproveitando pra pensar sobre isso? Eu vou ali falar com o Rod. - Sugere, já saindo e me deixando sozinha. Acabo seguindo o que ela disse, me sentando em uma mesa qualquer.

— Katniss? - Ouço uma voz me chamar e me viro para olhar o dono dela. - Se lembra de mim? - O loiro sorri, sentando-se a minha frente. Oh, como eu poderia esquecer, afinal?

— Peeta! Lembro, claro. - Retribuo o sorriso. - Achei que você quem não se lembraria. - Comento e ele nega com a cabeça.

— Como eu poderia esquecer da mulher que tem os mais belos e encantadores olhos que eu já vi na vida? - Revida, me fazendo corar levemente.

— Obrigada! Pelo visto você continua o mesmo galanteador de sempre. - Brinco e ele ri.

— Geralmente minhas técnicas de sedução não falham, é verdade. Mas dessa vez estou apenas dizendo a verdade, e não tentando te levar pra cama. A menos que você queira! - Responde com um sorriso torto e eu rio.

— Dessa vez não estou bêbada, então você teria que se esforçar um pouco mais. - Constato, dando de ombros. Por algum motivo meu nervoso desapareceu, e por um pequeno momento, me esqueci de quem ele era.

— Tudo bem, dessa vez podemos ir com mais calma. Afinal, não somos mais adolescentes, e acredito que nos encontraremos mais vezes, devido minha mudança pra cá. - Ele ri.

— Então você desistiu de... Londres, né? - Pergunto, fingindo ser apenas uma pergunta casual.

— É, eu sempre fui apaixonado pela Califórnia. Cresci aqui. Enfim, Londres foi uma etapa importante pra mim, mas minha vida é aqui. - Afirma e eu concordo.

— Entendi! Que bom. - Digo. Então Johanna estava mesmo certa.

— E você, terminou a faculdade? - Pergunta, provavelmente se lembrando que quando nos conhecemos eu estava no terceiro ano da graduação.

— Sim, terminei há 3 anos! - Respondo.

— Legal. E você faz o que mesmo? - Mais uma vez, ele pergunta.

— Sou médica. Terminando minha residência em cardiologia! - Conto.

— Incrível! - Comenta ele.

— É, eu gosto bastante. Você faz o que? - Continuo assunto, afim de descobrir que tipo de pessoa ele é.

— Engenheiro Civil! - Responde sorrindo. Entramos em um papo animado sobre nossa vidas e empregos, até sermos interrompidos pelo meu telefone.

— Greasy, tudo bem? - Questiono, preocupada, já que geralmente ela não me liga quando está com a Manuela, a menos que seja importante.

— Mamãe, Greasy dormiu antes de mim. Tá aqui no sofá e roncando muito alto. Vou ter que acordar ela ou posso deixar ela aqui? Ela ta roncando muito alto mesmo, não sei se ela ta bem, por isso eu liguei. - Manuela fala, me arrancando uma gargalhada.

— Pobre Greasy. Você cansou tanto assim, a coitada? - Pergunto, ainda rindo.

— Nada disso! Nós só ficamos assistindo filme, oras. Assistimos Frozen e depois Moana. Ela dormiu antes de acabar. Será que ela ta passando mal, mamãe? - Minha filha pergunta.

— Oh, não. Ela é assim mesmo, meu amor! Você que nunca viu. - Comento e rio novamente, pensando na cena.

— Então vou deixar ela aqui mesmo, mamãe. To com sono! - Ela diz, bocejando.

— Tudo bem, vá dormir. Eu já estou indo, ta bem? - Respondo e ela concorda com um resmungo, provavelmente quase adormecida. Rio mais uma vez, antes de desligar. Guardo o celular, e quando volto a olhar pra cima, acabo encontrando o olhar de Peeta sobre mim, me observando atentamente.

— Você tem filhos? - Ele levanta uma sobrancelha.

— Hã, tenho uma menina. - Explico.

— Jura? Legal! Eu gosto bastante de crianças, apesar de não conhecer muitas. - Peeta comenta.

— Eu sempre gostei muito de crianças também. E depois que tive minha menina, bem, a gente acaba tento mais facilidade pra lidar com elas. - Digo e ele concorda.

— E seu marido? Não veio? - Percebo que sua pergunta foi só um modo indireto de saber sobre minha vida amorosa.

— Ah, bem, eu não tenho marido. É complicado! - Explico.

— Oh, sim. Me desculpe a curiosidade. - Ele parece sem graça, mas nego com a cabeça.

— Sem problemas! Mas, infelizmente eu tenho que ir agora. Parece que ela fez a babá dormir. - Falo e ele ri. - Foi bom rever você, Peeta! - Digo, me levantando, pronta para ir.

— Foi ótimo te rever também. A gente se encontra de novo? - Ele também se levanta, me acompanhando.

— Provavelmente. - Confirmo.

— Certo, então até logo! - Ele sorri mais uma vez, e eu retribuo.

— Até! - Me despeço e sigo até onde Johanna estava, avisando que chamaria um táxi e ia embora. Porém, minha amiga alegou estar indo também, então saímos juntas...

 


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Notas finais do capítulo

Olá de novo! Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários. Adoraria lê-los.
Até o próximo. Beijos!