Anais de Tëmallön; Os Livros Sagrados escrita por P B Souza


Capítulo 12
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu vou começar a contagem de capítulo de novo, o anterior foi o 1 da parte 2, e esse agora é o 2. E quando chegar na parte 3 (que já estou fazendo!!!) Vamos voltar pro 1 tudo de novo.
Bem, espero que gostem desse capítulo (eu amei o final dele)! Boa leitura



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— Incomodo?

Despertou de súbito, os braços tentando se segurar, agarrou, sem querer, a coxa do homem de roxo, então se endireitou depressa e olhou para o homem sentado ao seu lado no banco.

— Eu... Não, digo...

— É compreensível o cansaço. Eu mesmo não durmo a quase um dia todo. Permita-me; chamo-me Turmo de Gÿrvanza...

— O que fizeram com Kaedra? — Alek interrompeu o homem e Gÿrvanza fez uma careta.

— Sabia que me cortaria, pelo que falam de você, não é dos mais educados, mas esperava que sua primeira pergunta fosse sobre sua família e não sobre uma criminosa qualquer que conheceu há menos de uma parte-de-ciclo.

— Minha família, vocês...

— Não fizemos nada, senhor Alek. — Gÿrvanza afirmou virando o torso para encarar Alek mais facilmente. — Talvez goste até mesmo de saber; garanti que o dinheiro chegasse a sua família, e sua mãe e as duas irmãs, até mesmo a defeituosa, estão sendo tratadas de forma digna. Até mesmo Kaedra, a prisioneira. Todas estão bem, mas em troca, e eu sei que isso é pedir demais já que sequer me conhece e levando em conta sua personalidade ao que Alagorv me disse, tendencioso a ser moralmente irredutível em seus princípios, eu gostaria de pedir, em nome do Rei dos Reis, sua colaboração e cooperação.

Alek abriu a boca, mas assim que ia falar, todo o Jardim estremeceu. Sob seus pés, sentiu um leve tremor. Agarrou-se ao banco. Vai desmoronar. Mas o homem ao seu lado não pareceu se preocupar em nenhum instante. Então todas aquelas dezenas de piscinas artificiais, lâminas d’água com centímetros de profundidade, pareceram ganhar vida.

Jatos d’água subiram até um metro do chão, esguichando água pela manhã deixando a umidade tomar conta do ar. Vários outros pombos saíram das árvores e Alek viu até mesmo um esquilo correndo de um arbusto florido.

— O jardim de Efreanon é um lugar lindo, sabe quem ele foi?

— Um rei. — Alek respondeu.

— Sim, o primeiro Rei dos Reis. Ele era um mago, hoje em dia ninguém fala disso e muito é oculto, as pessoas preferem lembrar-se de sua política e não de seu poder, esquecem-se porém que muito de sua política foi feita graças aos seus poderes. — Gyrvanza suspirou, então se levantou, olhou para Alek que percebeu que devia levantar também. Ele começaram a caminhar pelo Jardim. — Eu sempre gostei de andar aqui pelas manhãs, mesmo com o incidente no interior do Pilar, não achei justo cancelar uma rotina tão boa e saudável.

— Efreanon era um mago, então como tudo isso aconteceu? Digo, com os magos?

— Efreanon foi rei há muito tempo, e então os Hasgyz não existiam apenas os Carza. Mas mesmo que a Ordem existisse, do que serviriam? Efreanon usava magia negra, a Ordem de Hasgyz não o aceitaria ou toleraria, e foi por causa desta magia que influenciava as pessoas ao seu redor, que a Ordem de Carza caçou e fez com que o rei reinasse não mais! — Gÿrvanza explicou. — Eu achei que você soubesse dessas histórias, dos Nove Reis Magos.

— Sei pouco, você disse que quer minha cooperação...

— Sim, eu disse. — Gÿrvanza não pareceu se importar com a mudança de assunto de Alek, na verdade, abraçou a ideia como se a conversa fosse agradável, mas irrelevante. — É algo trivial até. Quando Alagorv lhe viu, não pode se conter, é de sua natureza estudar tudo, até mesmo pessoas. Peço perdão por isto. — Apontou para o corpo de Alek, como se mostrasse os estragos das experiências de Cnaeus Alagorv. — Já, inclusive, o repreendi. Infelizmente não há muito que possamos fazer após o estrago ter sido feito. O que podemos fazer é trabalharmos para construir algo melhor, um futuro melhor para todos. É isso que quero com você, por isso preciso que coopere, que me diga, sem rodeios e sem mentiras, a extensão dos seus poderes.

— Eu primeiro preciso saber se minha família está bem, e Kaedra. Provas, não palavras!

— Providenciarei. — Gÿrvanza garantiu. — Um encontro talvez?

Alek arregalou os olhos. Foi um rápido sorriso que surgiu. Alagorv disse que isso era impossível... se fosse assim... Gÿrvanza é superior a Alagorv.

— O parque ainda está fechado?

— Sim, e continuará enquanto estivermos aqui. O que precisamos conversar não pode ser escutado por mais ninguém. Deve ter notado a diferença entre os guardas que lhe escoltaram e os que protegem o Jardim neste momento. — Gÿrvanza abriu um paco sorriso. — Agora, não desviando do assunto, suas habilidades, Alek...

— Eu pouco sei sobre isso. É coisa que aprendi por acaso, nunca controlei muito...

— Não. — Gÿrvanza então parou de andar e se virou encarando Alek. Sua expressão se tornou irredutível, como a parede indestrutível do Pilar. — Não me engane, ou protele, ou me trate como tolo. Eu conheci seu pai e ele não teria ido embora sem lhe ensinar nada. A Ordem não funciona assim!

Alek então perdeu-se nas desculpas. É verdade? O que havia provando aquilo se não palavras? Pior, o próprio homem falara de Efreanon e de como usara os poderes negros para influenciar as pessoas ao seu redor. Alek olhou para o homem em roxo, sabia que ele era um mago, podia sentir em sua presença, mas além disso, chegara a tal conclusão com toda aquela conversa, o homem falava da ordem como se fosse parte dela. Meu pai nunca me falou de ti, você não o conhece!

— Você mente. Ele não foi embora, não foi isso que aconteceu!

— Você é ingênuo, mas isso é perdoável dado às circunstâncias. Ele foi embora, criança. Eu sei disso porque foi eu quem o mandou ir!


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Notas finais do capítulo

E ai? Alek tá salvo ou tá ferrado? haha.
Obrigado por lerem, e quem puder, deixa um comentário para fazer esse escritor feliz! :)
Até o próximo pessoal!!!



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