Fighting for Love escrita por ParkLucy


Capítulo 6
Um pingo de coragem e esperança


Notas iniciais do capítulo

Volteeeei amores, alguém ainda ler? kkkk mds

desculpem pela demora, eu escrevo quando posso :/ mas espero que gostem e ignorem os erros, não tive tempo de revisar



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Pepi abre os olhos lentamente, porém logo volta a fechá-los, devido à grande claridade do local. Ele sentia seu corpo pesado, como se tivesse sido pisoteado por milhões de cavalos gigantes.

Novamente o moreno se força a abrir os olhos e ao se acostumar fica maravilhado com a vista, um grande campo, com uma grama bem verde e cheia de vida, haviam muitas flores espalhadas, dando um colorido ao local. Pepi não se lembrava de ter visto aquele lugar em algum local da floresta, onde ele estava?

  Um som de gargalhadas chama a atenção do moreno e então ele percebe uma garota a alguns metros de distancia, ela usava um longo vestido branco e uma tiara de flores na cabeça, seus cabelos eram longos e pretos, brilhavam sob a luz do sol. Ela corria pelo campo, com os braços esticados e sorria, como se estivesse se sentindo livre.

Pepi não conseguiu evitar um sorriso, podia sentir a liberdade que aquela garota sentia. Então o moreno se levanta e começa a caminhar até a moça, estava fascinado por ela.

Tão linda, tão meiga, seria um anjo? Ele morreu e estava no céu?— ainda fazendo essas perguntas em sua mente, Pepi continua seu caminho em direção ao pequeno anjo de cabelos escuros.

— Não pode ser – Ele fala baixinho e chocado ao perceber quem era a garota de vestido branco. Era a mesma garota que encontrou no mercado mais cedo, o estranho que estava com ela a chamou de Nay.

Logo Pepi sente seu coração palpitar mais forte dentro do peito. Ele para a alguns metros dela e se contenta em apenas admirá-la. Nay logo nota sua presença e lhe dirige um sorriso meigo e verdadeiro, fazendo as pernas do moreno estremecer e seu corpo inteiro se arrepiar. Aquele sorriso ficaria guardado em sua memória como o sorriso mais perfeito que já vira na vida.

— PEPI – Nay fala ainda sorrindo e corre para perto do moreno – Como é bom vê-lo.

— Você é real? Isso é real? – Pepi pergunta, nada daquilo poderia ser real, pois a ultima coisa de que se lembra é de está correndo na floresta com Jaebum, eles fugiam do guarda da rainha – Onde estamos?

— Você precisa acordar, Pepi – Nay fala gentilmente enquanto chega mais perto do mais alto.

— Você é linda – Pepi apenas ignora o que a garota disse e fala o que está em sua mente. Estava louco para tocá-la, sentir seu corpo perto do seu novamente – Vamos nos ver novamente?

 Nay sorrir com as palavras de Pepi e faz um leve carinho no braço do moreno, descendo até sua mão e entrelaçando seus dedos nos dele. Em seguida deposita um beijo terno na bochecha do maior, causando um arrepio em ambos.

— Você precisa acordar – Ela volta a falar com seu tom gentil no ouvido de Pepi.

...

Pepi abre seus olhos assustado e se depara com a escuridão da noite. O lugar estava tão silencioso que o único som era o barulho dos animais no meio das arvores. Ele faz menção de se levantar do chão frio, mas logo se arrepende ao sentir uma pontada de dor muito forte lhe incomodar na cabeça, fazendo-o levar a mão até o local que doía.

— Aish – Pepi resmunga baixinho ao constatar que havia sangue em sua mão. Então ele se lembrou do que aconteceu. Dos guardas... de correr na floresta com Jaebum.... de bater sua cabeça no tronco da arvore.

— Espera, onde está o Jaebum?  - Pepi pensa em voz alta e rapidamente se senta, ignorando a dor na cabeça. Ele força a vista para tentar enxergar naquele escuro e olha em volta. Porém, o moreno para ao notar um corpo caído ao chão bem perto dele, seu coração para de bater por alguns segundos ao reconhecer os cabelos escuros ondulados de Jaebum.

— JAEBUM – Pepi grita desesperado ao constatar que aquele corpo que tinha uma flecha nas costas e muito sangue, era seu amigo. Rapidamente engatinha até o corpo inerte de JB – não pode está morto.... não pode.

Pepi leva sua mão trêmula até o ponto de pulso de Jaebum e sente uma leve pulsação, o que fez o moreno soltar um suspiro aliviado. Jaebum ainda estava vivo. Mas precisava de ajuda, seu amigo não aguentaria muito tempo, precisava tirá-lo dali.

— SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA – Pepi resolve gritar, mesmo sabendo que os guardas poderiam está por perto, ele tinha esperança de alguém aparecer e salvar Jaebum. Lagrimas quentes começam a escorrer pelo seu rosto, estava desesperado e com medo de perder seu irmão. Era isso que Jaebum havia se tornado para Pepi... um irmão mais velho.

Com toda a força que lhe restava, ele arrasta o mais velho para perto de uma arvore e se encosta-se a ela, abraçando o corpo de Jaebum protetoramente, enquanto chorava por não conseguir ajudá-lo.

— você não pode morrer, JB – Pepi fala baixinho perto do ouvido do amigo, ainda chorando. Senta uma dor tremenda em seu coração que o esta consumindo por dentro, sem saber mais o que fazer o moreno grita, colocando para fora toda a dor e o medo que estava sentindo.

...

— SERÁ QUE AINDA ESTÃO ATRÁS DE NÓS? – Jae grita enquanto corria no meio das arvores, estava cansado e mal podia respirar, mas ainda assim não deixava de correr por medo. Estava desesperado também pois havia perdido Pepi e Jaebum.

— Não sei, não consigo escutar nada – Jackson responde, dando uma olhada em volta e não enxergando nada além de arvores e escuridão. Cansado de correr ele rapidamente agarra o braço de Jae e o puxa para se esconder no meio de alguns galhos.

   Tentando controlar a respiração, o chinês senta ao chão de olhos fechados, sentindo o seu corpo tremer devido ao medo. Jae senta ao lado de Jackson, também estava ofegante. A preocupação com os amigos o consumia cada vez mais.

— Jackson, onde será que estão JB e Pepi, será que estão bem? – o loiro fala chamando a atenção do chinês para si.

 Antes que Jackson pudesse responder a perguntar do mais novo, ambos se assustam ao escutar um grito, não muito longe. Um grito de sofrimento. Fazendo com que os dois se encarassem com os olhos arregalados. Jae sente todo seu corpo estremecer ao reconhecer quem estava gritando.

— PEPI – o loiro grita e levanta-se rapidamente, o que teria acontecido com o amigo? Será que tinham pego ele? Estava ferido? – JACKSON É O PEPI.

 O chinês congela ao escutar as palavras de Jae, havia criado uma grande amizade pelo moreno e não suportaria se algo acontecesse ao mesmo. Com esse pensamento ele se levanta, sentindo a adrenalina dominar seu corpo, tinha que ser corajoso por Pepi, salvaria o seu amigo.

— Precisamos encontrá-lo! Vamos Jae, por aqui – Ele puxa o loiro e corre na direção de onde veio o grito de Pepi, estava com medo do que encontraria no final.

— PEPIII, ONDE VOCÊ ESTÁ? – Jae grita em desespero, enquanto corria tentando acompanhar o chinês.

.....

— PEPIIIIIII – Pepi abre os olhos assustado ao escutar seu nome, um pingo de esperança acendeu dentro de si, era Jae. Estava aliviado por saber que o loiro estava vivo e estava por perto. Apertou mais o corpo de Jaebum contra si, parando de chorar aos poucos

— AQUIIIII, JAEE.... JACKSOON – ele respira fundo e grita com toda força que ainda lhe restava. Ele escuta passos cada mais perto, será que eram seus amigos? Ou os guardas da rainha? Então respira aliviado ao ver Jackson aparecer em sua visão, sendo seguido por Jae.

 O loiro estava paralisado com a cena que via, Pepi com a testa machucada estava encolhido mais a frente com o corpo inerte de Jaebum em seus braços. O desespero começou a tomar conta do corpo de Jae que correu rapidamente em direção aos amigos e se ajoelhou perto de Pepi, logo as lagrimas começaram a cair intensamente pelo rosto do garoto que olhou desesperado para Pepi, pedindo uma explicação.

— Bati minha cabeça e acabei desmaiando, quando acordei JB já estava assim. Ele está vivo, mas precisamos ajudá-lo, vamos levá-lo para aldeia, Byun saberá o que fazer – Pepi fala agora mais calmo com a presença dos amigos.

— Não – Jackson fala pela primeira vez, chamando a atenção para si. Recebendo olhares descrentes dos outros – Precisamos de ajuda de verdade, temos que levar Jaebum de volta para cidade.

— Para cidade? Está brigando não é? Os homens que fizeram isso com ele estão lá, todos nós morreremos se voltarmos – Pepi fala sem acreditar no que acabará de ouvir.

— Eu sei, mas lá tem um médico que poderá salvar Jaebum, tenho certeza.

— não temos dinheiro, Jackson – Jae fala sem retirar os olhos de Jaebum.

— Ele não cobra nada em troca, não temos escolha.

— Então eu vou com você – Pepi fala, faria de tudo para salvar JB.

— Não, você também está ferido Pepi, Jae vem comigo. Entraremos pelo muro e abrimos o portão para você.

— Então vamos, não podemos perder tempo – Jae fala e ajuda Jackson a pegar Jaebum, enquanto Pepi se esforça para levantar.

 Logo eles estavam novamente em frente ao portão da cidade, Pepi ficou escondido com Jaebum, atrás de um grande arvore enquanto observava Jae e Jackson indo em direção a ao muro por onde haviam entrado da outra vez. Pepi estava orgulhoso de Jackson, pois percebia o quanto o chinês estava se esforçando para ter coragem, assim como estava orgulhoso de Jae, que pela primeira vez estava cuidando dele e de Jaebum e não o contrario. Só esperava que eles sobrevivessem e Jaebum também.

....

 O vento soprava forte fazendo ranger as janelas do castelo, sinal de que uma grande tempestade se aproximava. A rainha estava inquieta em seu quarto. Naquela tarde tivera uma reunião com os conselheiros reais, estes não estavam felizes com a sua regência e se mostraram decididos a tirá-la do trono, ao menos a parte que não apoiava a sua regência, porém ainda tinha um pequena quantidade ao seu lado.

  Agora, mais do que nunca, precisa unir seus filhos em casamento ou perderá o trono para algum daqueles abutres. Não poderia entregar a coroa de mão beijada, a dinastia dos ossos sagrados tinha que prevalecer. Seu filho subiria ao trono.

Seu filho....

— Aquele inconseqüente, como pôde voltar sem avisar? Arriscando a própria segurança – a rainha SeonDeok sussurra com raiva e atira o pequeno vazo de flores que havia ao lado da cama em uma parede qualquer de seu quarto.

— pode entrar – SeonDeok volta a falar ao escutar batidas em sua porta. Quem poderia ser aquela hora da noite? Provavelmente sua criada com o chá.

A porta é aberta e Chul passa imediatamente pela mesma, faz uma reverencia em respeito à rainha. Seu semblante sempre tão calmo agora tinha um toque de cansaço e preocupação.

— Como foi a chegada de meu filho?

— Tivemos um problema majestade....

— O que aconteceu? – a rainha pergunta interrompendo o chefe da guarda e levanta-se parando em frente ao homem.

— Dois moradores acabaram vendo o rei, mas já cuidei deles e foram eliminados.

— Muito bem Chul devemos fazer de tudo para manter o Rei em segurança.

— Ele está escondido na vila, na casa do tutor Chan – Ao terminar de falar o soldado faz uma reverencia e se retira do cômodo.

A rainha respira aliviada, pelo menos o seu filho estava em segurança. Ela o escondeu por tanto tempo não só pela segurança dele, visto que o reino possuía muitos inimigos, mas também para garantir o trono de sua família. E durante todos esses anos esteve na regência do trono, para que o rei tivesse idade o suficiente para assumir. Não permitiria que um garoto inconseqüente de 20 anos atrapalhasse seus planos.

.............

O barulho dos pratos sendo lavados era o único som naquela cozinha. Mina não tinha sono, estava preocupada e com a mente cheia de pensamentos. Se ocupava com os serviço da cozinha para lhe manter distraída. Só assim não pensaria em Mark e na loucura que o mesmo fez mais cedo com a princesa.

Ao terminar de lavar o ultimo prato a morena olha em volta e suspira ao notar que não tinha mais nada para ser feito, tudo estava limpo e em perfeita ordem, não tinha mais como evitar a ida para casa. Então apaga todas as velas e tranca a porta, indo em direção a sua casa que não era muito longe.

— Omma, ainda acordada? – Mina pergunta ao fechar a porta de casa e encontrar Sunny sentada na mesa, parecia pensativa – OMMA?

 A senhora de cabelos claros finalmente nota a presença de sua filha de criação, olhando a mesma com carinho e responde:

— Querida, não a vi chegar – ela sorri gentilmente – estava na cozinha até agora?

— Sim, estava organizando tudo. A senhora está bem? – a garota pergunta estranhando o semblante pensativo da mais velha.

— Sim, estou ótima, apenas cansada. Não deveria ficar até tarde trabalhando, Mina.

— Já estou indo para cama, você deveria ir também, já está tarde Omma -  a morena fala e beija carinhosamente a cabeça da mais velha. Tinha muito carinho por Sunny, que tinha acolhidotanto ela quanto sua irmã Sana como filhas.

 Ao passar em frente a porta do quarto de Mark nota que a mesma estava entreaberta, não resistiu a vontade de entrar e empurrou delicadamente a porta para não fazer barulho e acordar o moreno. Ao entrar, encontrou o mais velho dormindo serenamente em sua cama. Dá um leve sorriso ao observar o maior, ele parecia ainda mais bonito assim, tão calmo e sereno.

 Mina não sabia em que momento tinha se apaixonado por Mark, apenas sentia seu coração acelerar sempre que o moreno se aproximava dela. Ao mesmo tempo sentia raiva por ele não perceber esse sentimento e, principalmente, por ele sentir amor por outra garota que não era ela, sendo que a princesa nem o amava como homem e sim como um irmão.

 A morena se rende a vontade de tocá-lo e se aproxima da cama, se ajoelhando ao lado da mesma. Faz um leve carinho nos cabelos de Mark, afastando a franja dos olhos fechados do rapaz.

— Eu te amo tanto, Mark Oppa. Como pode não enxergar isso? – Ela fala baixinho enquanto admirava a beleza do moreno – Como pôde arriscar sua vida daquela forma?

Mina limpa uma lagrima teimosa que rolava pela sua bochecha e aproxima seu rosto, selando seus lábios nos de Mark em um simples selar que foi o suficiente para arrepiar todo os pelos do corpo da morena. Selinho este que foi retribuído por Mark, como um reflexo.

A morena se afastou rapidamente e suspirou aliviada ao ver que o moreno ainda dormia, mas não pôde evitar um sorriso de felicidade enquanto levava os dedos até seus lábios, que a segundos atrás tinham os lábios de seu amor sobre si.

.............

Jae estava desesperado para salvar o amigo, sentia que poderia desabar a qualquer momento, mas tinha que ser forte, pois Jaebum sempre esteve ao seu lado para protegê-lo, agora era a vez dele de proteger o mais velho.

— Jackson, não temos corda para escalar o muro como da primeira vez – Jae fala um pouco mais alto devido a sua respiração ofegante e pelo gato do chinês está um pouco mai a frente.

Jackson para de correr ao ouvir o que Jae falou e olha em volta a procura de algo que pudesse ajudá-los o ou até uma esperança de uma idéia. Sempre se considerou esperto, mas não estava conseguindo pensar com toda aquela pressão e medo por Jaebum. Até que ver uma grande arvore ao lado do imenso muro da cidade e lhe vem uma idéia em mente, fazendo um leve sorriso brotar no rosto do chinês.

— Não precisamos de corda, vamos Jae – Jackson fala olhando para o loiro. Respira fundo e vai em direção a arvore, começa a escalar a mesma. O moreno sente todo seu corpo tremer devido ao medo, principalmente as penas bambas, mas tentava não transparecer e passar confiança a Jae.

Jackson continuou escalando, pulando de galho em galho com cuidado para não cair, evitava ao máximo não olhar para baixo. Então ele percebe que precisaria saltar ainda mais longe para alcançar o muro, o que o faz xingar baixinho e suspirar pesadamente. Ele fecha os olhos e salta, sem pensar duas vezes ou poderia desistir e sair correndo dali. No caminho, sente algo rasgando o tecido de sua roupa e cortando a pele do seu braço, sentindo uma ardência no local.

 Jae observava Jackson escalar aquela árvore gigante, não conseguia parar de pensar no quanto o chinês era louco. Mas não tinha outra alternativa, precisava entrar na cidade de qualquer forma, então logo seguiu os passos do moreno. Já numa altura considerável, Jae olha para baixo e sente um frio percorrer toda sua coluna, tenta ignorar a sensação e volta a subir, porém sente o galho abaixo de seu pé se partir, fazendo com que seu corpo despencasse e este ficasse pendurado entre os galhos.

— JAAAAE – Jackson se desespera ao ver o loiro quase cair – Se segura, coloca o pé no galho a sua esquerda.

O loiro faz o que Jackson pediu e sente firmeza novamente, soltando um suspiro de alivio. Com um impulso salta por cima do muro, caindo deitado ao lado de Jackson. O chinês imediatamente ajuda Jae a se levantar, fazendo uma careta de dor ao sentir o corte em seu braço arder.

— Está sangrando, Jackson. Sente-se bem? – Jae pergunta ao notar o sangue na roupa do moreno.

— Estou bem, vamos! Não podemos perder tempo. Jaebum não tem mais tempo – Jackson responde rapidamente e começa a correr em direção as escadas, porém para ao encarar uma espanca fincada ao chão. Eles precisariam se defender, estava na hora de colocar todos os ensinamentos de seu pai em prática.

 Pensando nisso, Jackson rapidamente puxa uma espada do chão, retirando com o pé a cabeça decapitada que estava empalada ali. Jae logo imita as ações do chinês, sem deixar de pensar no que aqueles homens tinham feito para merecerem um fim tão terrível.

— Já usou uma dessas, Jae? – Jackson pergunta sussurrando, agachado no final da escada enquanto olhava em volta a procura de guardas.

— Nunca, apenas facas – Jae responde agachado atrás do moreno.

— Fique atrás de mim e tente não morrer – Jackson pede e logo começa a correr até o portão da cidade. Pelo meio daquele caminho escuro e vazio.

— JACKSON – Jae grita ao ver um dos guardas da rainha se aproximar, este possuía uma espada levantada, pronto para atacá-los.

 Jackson vira na direção indicada por Jae e percebe um homem alto e corpulento correndo em direção a eles, tentando ignorar a tremedeira de seu corpo, ergue a espada e bloqueia o golpe do soldado e, colocando em pratica sua habilidade, o chinês ataca fazendo cortes no braço e na perna do soldado. Ele não teria coragem para matar agluém, apenas o impossibilitou de segui-los.

 O portão estava lotado de guardas o vigiando, todos bem armados e prontos para atacar, ao notar a ameaça Jae rapidamente puxa Jackson para se esconderem atrás de um pequeno muro a alguns metros dali.

— O que vamos fazer? São muitos, não podemos contra eles – o loiro sussurra com a voz trêmula pelo medo, ao mesmo tempo em que apertava o cabo de sua espada e espiava por cima do muro com cuidado para não ser visto.

— É não podemos contra eles. Precisamos de um plano – Jackson sussurra de volta enquanto espiava por cima do muro. O chinês olha em volta a procura de algo que pudesse ajudá-los, mas nada encontra.

— Uma distração? – Jae pergunta encarando o moreno.

Ao escutar o que o loiro disso, a mente de Jackson logo começa a funcionar – Pensa Jackson, pensa... – O moreno repetia mentalmente, até que se lembra da casa abandonada onde esteve com Pepi mais cedo.

— É isso Jae, uma distração – ele exclama e levanta com cuidado para não ser visto, pega uma tocha que esta por perto – Fica aqui, Jae.

Jackson corre para casa abandonada, não demorando a chegar e com a ajuda da tocha, coloca fogo nos pedaços de tecido velhos pendurados no teto, causando um pequeno incêndio. O fogo logo toma conta de todo o espaço, consumindo até as paredes de madeira envelhecida, gerando uma grande quantidade de fumaça que subia pelo céu.

 O pequeno incêndio foi o suficiente para chamar a atenção dos guardas que rapidamente chegaram ao local, vindo de toda parte. Jackson se esconde rapidamente e corre despistando os guardas que estavam mais preocupados em apagar as chamas daquela casa velha abandonada.

Jae volta a espiar por cima do muro e percebe uma grande movimentação dos guardas que logo começaram a se afastar na direção em que Jackson fora há alguns minutos. Existia uma grande quantidade de fumaça naquela direção.

— o que será que Jackson aprontou? – Jae fala baixinho para si, esperava que o chinês saísse vivo dessa, mas tinha que admitir que ele é muito esperto. O loiro se enconsta mais ao muro, temendo ser visto quando alguns soldados passam muito perto de si.

— DEU CERTO – Jackson exclama ofegante se jogando se jogando ao lado de Jae, assustando o loiro que leva a mão ao peito. O moreno estava ofegante e suado pela corria, tinha o rosto sujo pelas cinzas do incêndio que tinha causado há alguns minutos.

— Vamos, precisamos ser rápidos, logo os guardas estarão de volta – Jackson volta a falar e puxa Jae em direção ao grande portão de ferro – Eu abro e você vai ajudar o Pepi com o Jaebum, enquanto eu fico de vigia.

— Certo – Jae responde rapidamente junto com um aceno de cabeça e corre para fora da cidade assim que Jackson abre os portões. O loiro estava com o coração disparado, estava nervoso e com muito medo de perder JB. Afasta-se mais um pouco indo em direção a floresta até que encontra Pepi atrás de uma grande moita de folhas, com jaebum desacordado em seu colo.

— Jae que alivio em vê-lo – Pepi exclama ao ver o loiro se aproximar, sentindo uma pequena pontada de esperança dentro de si. O loiro sorri sem mostrar os dentes, o que era algo incomum vindo dele, que sempre tinha um grande sorriso no rosto.

Jae se abaixa junto aos amigos e faz um leve carinho nos cabelos de jaebum, sem tirar os olhos do rosto de seu hyung, sente as lagrimas molharem seu rosto novamente.

— Vamos, Jackson está vigiando, precisamos ser rápidos – Jae fala e ajuda Pepi a levantar Jaebum que estava completamente inerte, colocando o braço deste em volta de seu pescoço enquanto segurava a perna e suspendia o corpo de JB junto com Pepi. Juntos correm para dentro da cidade, Pepi sente mais um alivio ao ver Jackson, se preocupando com o estado do moreno que estava sujo e tinha sangue em seu braço.

 O chinês fecha imediatamente o portão após a passagem do trio e respira aliviado, ele se aproxima dos amigos e checa a respiração de Jaebum, a preocupação aumenta ao sentir que estava falha. Jackson encara Pepi e Jae com um olhar preocupado e sofrido.

— Ele não tem muito tempo, precisamos levá-lo até JungMyeon agora.

 Dito isso eles voltam a correr, com Jackson na frente guiando o caminho. A chuva não demora a cair, tornando ainda mais difícil o trajeto até a casa do médico. Jackson se esforça para enxergar no meio de toda aquela água, estavam completamente encharcados.

 O chinês suspira aliviado ao encontrar a porta vermelha da casa do médico e logo bate com força e desespero, não só pelo medo de que Jaebum partisse, mas por medo de que os guardas aparecessem e os encontrassem ali.

 A porta é aberta revelando uma garota um pouco molhada pela chuva e com uma expressão preocupada no rosto. Ela possuía longos cabelos castanhos e aparentava mais ou menos a idade deles, seus lábios era finos e bem delineados e tinha bochechas coradas. Jackson congela ao reconhecer a tal garota, era Dahyun, a moça que contava historias na praça todos os dias. O moreno sempre ia a praça escutar as historias da garota e também porque a achava muito bonita e vê-la todos os dias o deixava feliz, mesmo sem nunca ter trocado uma palavra com ela. Será que ela era filha do médico JungMyeon?

 Pepi ao notar que Jackson parecia novamente ter se perdido em pensamentos enquanto encarava a garota, se aproxima mais um pouco, chamando a atenção da garota para si, que se assusta ao perceber o estado de Jaebum, assumindo uma expressão de desespero em seu belo rosto.

— Precisamos da ajuda do Médico, por favor, meu amigo não vai resistir por mais tempo – Pepi fala com a voz trêmula devido ao frio que sentia, existia uma suplica em sua voz.

.....

— Entrem... Entrem, vou chamar meu Pai – Dahyun dá passagem aos garotos e os guia até uma parte coberta – ABOJI.

 Uma porta é aberta, um pouco perto de onde estavam revelando um senhor de estatura media, que agora possuía alguns fios brancos junto aos pretos em um coque bem arrumado. Im JungMyeon não tinha envelhecido muito, apenas sua expressão que entristeceu com o tempo devido a todo sofrimento que passou com a perda da esposa e do filho, tudo causado pela Rainha tirana.

— O que foi Filha, está bem? – ele corre em direção à filha, mas para ao notar a presença de rapazes que aparentavam a idade de sua filha ali, um rapaz em especial chamou sua atenção, pois seus olhos os lembravam muito os olhos de uma antiga amiga, a guerreira Kim Chi, que tinha falecido há alguns anos. O que chama ainda mais atenção é o garoto ferido nos braços dos outros garotos – Venham, coloque ele aqui. Dahyun traga água quente e toalhas limpas – ele volta a falar e guia os rapazes até o quarto que atendia seus pacientes, precisava ser rápido, devido a toda sua experiência apenas olhando, sabia que o garoto não tinha muito tempo.

 Rapidamente Pepi e Jae seguem a instrução do Medico colocando Jaebum em uma cama com lençóis brancos enquanto Dahyun foi providenciar o que o pai havia pedido. Jae não parava de estralar os dedos em nervosismo, não tirava os olhos de Jaebum por medo de fazer isso e seu amigo ir embora.

— O que aconteceu, rapazes? – Im JunhMyeon pergunta ao notar que a flecha nas costas do garoto possuía o símbolo da família real, o que aqueles garotos fizeram para provocar a ira da rainha?

— Eu não sei ao certo senhor, tivemos uma pequena discussão com os guardas da rainha e fugimos para floresta, mas eu acabei batendo a cabeça e quando acordei ele já esava ferido – Pepi responde rapidamente, decide esconder o real motivo que era o Rei, já que apenas em ver o rosto dele tinha causado toda aquela bagunça.

 O médico solta um suspiro pesado ao escutar as palavras do moreno de cabelos lisos, os soldados da rainha não atacavam sem motivos, mas ele decidiu por hora não insistir, tinha que priorizar a saúde do pobre garoto ferido. Parou para analisar a ferida nas costas do rapaz, estava muito funda, e tinha muito sangue no local e por toda as costas do garoto.

A porta do quarto é aberta, chamando atenção do médico, Pepi e Jae. Dahyun passa pela mesma, segurando uma bacia com alua e toalhas limpas jogadas nos ombros, coloca as coisas em uma mesa perto da cama e sente um aperto no coração ao ver o rapaz ferido, tão jovem e não merecia morrer assim. Tinha esperanças de seu pai poder salvá-lo.

— Obrigado Filha. Fizeram certo em não retirar a flecha ou o garoto não estaria vivo agora – O medico volta a falar, fazendo uma observação importante, pois a flecha era a única coisa que impedia a morte de jaebum. Tirando esta, poderia ter causado uma grande hemorragia e ele sagraria até a morte – vocês dois podem esperar lá fora, Dahyun preciso que me ajude.

 Logo Pepi e Jae, obedecem o medico e com muito pesar deixam o quarto, olhando uma ultima vez para Jaebum. Após a saída deles, JungMyeom solta um suspiro pesado e se prepara para puxar a flecha das costas do moreno de cabelos ondulados.

— assim que eu puxar, preciso que você use está toalha para fazer pressão sobre a ferida e estancar o sagramento – ele dá as ordens a Dahyun, que rapidamente segura a toalha e respira fundo.

 Então o medico puxa com cuidado a flecha das costas do rapaz, fazendo um grande jato de sangue sair. Dahyun logo faz o que seu pai ordenou e começa a pressionar a ferida enquanto o medico vai pegar o que precisa no armário.

— tudo bem querida, você se saiu bem. Pode ir, cuide dos outros garotos, alguns deles precisam de curativos – JungMyeom fala gentilmente ao notar que Dahyun tremia um pouco, segurou com carinho a mão de sua filha e assume seu lugar pressionando a ferida do moreno.

— Certo Aboji, por favor faça o possível para salvá-lo. Ele é muito jovem para ter esse destino agora.

......

— Estou te falado, Jackson esconde muitos segredos Pepi. Precisa ver como ele lutou contra os guardas e colocou fogo naquela casa abandonada para despistar. Esse cara é incrível – Jae estava contando a Pepi tudo o que aconteceu enquanto esteve na cidade com o chinês, estava impressionado com a esperteza e talento para espadas que Jackson tinha.

— Eu não duvido, Jae. Jackson tem um grande potencial – Pepi fala com um leve sorriso, nunca duvidou da capacidade do chinês, este que duvidava de si mesmo.

Os dois voltam ao lugar que Jackson estava, encontrando o chinês sentado no degrau. Aparentava está perdido em pensamentos. Antes que Pepi pudesse chamar a atenção do moreno, Dahyun aparece com uma caixa em mãos, o que fez Jackson se levantar na mesma hora e encará-los em silencio.

— Eu não me apresentei, sou Dahyun – a garota fala gentilmente, tentando aliviar um pouco da tensão que existia ali – notei que precisam de cuidados também, não se preocupem meu pai fará de tudo para salvar o amigo de vocês.

— obrigado, não temos como retribuir o que estão fazendo por nós. Sou o Pepi, estes são Jae e Jackson – Pepi sorri levemente, não podia deixar de notar na beleza da garota, mas nada se comparava a beleza de Nay, garota que não saia de sua cabeça.

A garota faz um reverencia cumprimentando os garotos, o que foi retribuindo imediatamente pelos três. Logo nota a ferida na testa de Pepi e o braço de Jackson sangrando.

Jackson....

Ela sentia seu coração acelerar de felicidade com a presença do moreno, ela sempre o via na praça escutando suas histórias, não sabia seu nome até o presente momento. Tinha ficado preocupada, pois Jackson não aparecia para ouvir suas historias já tinha alguns dias, estava feliz em vê-lo vivo. Ignorando seus pensamentos no chinês, ela vai até Pepi e pede para o mesmo se sentar para que pudesse tratar de seu ferimento, tinha aprendido algumas coisas com seu pai,

— não precisa retribuir nada Pepi, meu pai faz isso pelo simples fato de amar fazer o bem para as pessoas, ele nunca cobra nada em troca – ela volta a falar gentilmente e pega um pedaço de pano, coloca um pouco de remédio e começa a passar no ferimento de Pepi, que faz uma careta devido a ardência no local.

— Seu pai é um homem bom – Jackson fala pela primeira vez desde chegou naquela casa, ele tinha ficado em choque ao encontrar Dahyun ali, nunca esperou encontrar a garota fora daquela praça.

— Acha mesmo que ele pode salvar meu Hyung? – Jae pergunta com um tom de sofrimento em sua voz

— Tenho certeza, Jae – a garota responde encarando o loiro com um pequeno sorriso em seus lábios finos. Ela não pode deixar de notar na cor de cabelo diferente que ele tinha, se recordava de ter visto alguém com aquela mesma cor de cabelo no mercado uma vez.

   Ao terminar de limpar o ferimento de Pepi, ela cobre o mesmo e sorrir para o garoto. Logo vai até Jackson, sentindo seu coração acelerar a cada passo que dava em direção ao chinês.

Como pode ser tão lindo? – ela pensa sem desviar os olhos dele.

— Poderia tirar a parte de cima do kimono? Ajudaria para limpar o ferimento – ela pergunta e sente suas bochechas esquentarem.

— Claro – Jackson sorri levemente ao ver o rubor da garota, deixando-a ainda mais bonita. Ele retira rapidamente a peça de roupa, deixando seu tórax e abdômen a mostra.

Dahyun se impressiona com o físico dele, mas tenta disfarçar o olhar e tenta se concentrar no braço dele que estava coberto de sangue. Sorri ao ver a careta engraçada que o mesmo fazia devido à ardência em seu braço e assopra levemente a ferida dele, na intenção de aliviar a dor.

— Jackson, né? Me recordo de você na praça, ouvindo minhas historias – ela resolve puxar assunto.

— Eu adoro suas historias, melhoram meus dias – Jackson responde com um sorriso no rosto e encara Dahyun, se surpreendendo ao notar que a mesma o olhava também.

— Fico feliz que esteja bem, me preocupei quando não te vi nos últimos dias – ela fala e sente novamente suas bochechas esquentarem.

  Jackson não pode evitar um sorriso, ela se importava com ele? Tinha o notado?

— terminei, não se preocupe foi apenas um corte, logo estará inteiro – ela fala enquanto enfaixava o braço de Jackson – Vou preparar algo para vocês comerem, devem estar famintos.

Jae logo sente sua barriga roncar, percebeu que não tinha comido o dia inteiro, ele só pensava no medo de perder seu hyung, mas sorrio gentilmente em agradecimento a garota. Será que o medico conseguiria salvar Jaebum? Ele poderia se dar o prazer de ter esperanças? Rezava que sim.


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Notas finais do capítulo

então, o que acharam?????/ Comenteeem!!!
Até o próximo capítulo amores ♥