Diário Pessoal do Capitão escrita por Arymura


Capítulo 4
Capítulo 4




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A campainha acordou Janeway, o susto revelava uma dor de cabeça insuportável.

Ela liberou a entrada sem nem se perguntar quem a procurava. Tentar lembrar-se decomo sintetizar uma xícara de café quente parecia ser uma tarefa tão difícil devido à dor, que não havia espaço na sua mente para outros pensamentos.

— Kathryn? Eu te acordei...

Ela reconheceu a voz de Chakotay, e o tempo pareceu parar. Enquanto ela tomava coragem para olhar para trás, seus pensamentos se tornaram uma tempestade, no peito o medo e a felicidade disputavam lugar. O tempo parecia ter parado, mas o sintetizador não. O líquido quente transbordou da caneca e escorreu pela mão de Janeway, fazendo ela gritar de dor e interrompendo seu transe.

— Você está bem? — Chakotay verificou a queimadura. — Talvez seja melhor o Doutor dar uma olhada nisso.

— Não, não é necessário.

— O que está acontecendo? Você está pálida e fria, parece que viu um fantasma!

— Talvez eu tenha visto, mas o que você quer me dizer?

— Os estudos do planeta chegaram e parece promissor, na verdade há muito tempo não encontramos um lugar assim. Eu não vejo a hora de ir até lá...

— Você não vai — disse ela sem titubear.

— O quê?— Chakotay se sentiu surpreso com a reação da Capitão.

— Isso é uma ordem, comandante!

— Eu não entendo...

— Mas você irá entender. — Janeway tocou a mão de Chakotay. — Confie em mim. Não deixe ninguém ir até lá, e me encontre na ponte daqui a seis horas.

— Certo.

Chakotay se retirou completamente confuso.

As horas passaram e, no momento marcado, ambos se encontravam na ponte, sentados em suas cadeiras.

— Ok. Eu ainda não sei o que estamos fazendo aqui, olhando para o planeta?

 

— Calma, logo você vai saber — disse Janeway com a segurança de quem conhece o futuro. —Só um pouco mais de paciência.

— Cap., estamos captando leituras estranhas vindo do planeta, parece que...

Tuvok é interrompido pela explosão, tudo havia se tornado pó diante de todos.

 

— Você me ama?—disse Kathryn no ouvido de Chakotay. —Isso é seu... — Ela entregou-lhe a carta.

Enquanto Janeway se retirava para sua sala, Chakotay tentava se recuperar do choque, mas o conteúdo da carta o faz ir atrás dela.

Na sua sala, antes que Chakotay chegasse, a Capitão recebe uma visita.

— Você veio me levar?— Janeway indagou a visitante indesejada.

— Claro que não! Você não me deve nada. Nem para o Q, então não deixe ele te enganar.

— E vocês como estão?

— Estamos bem, não que eu lhe deva alguma satisfação, e pretendo manter as coisas assim.Por isso, espero que nunca mais nossos caminhos se cruzem — a visitante respondeu em tom ameaçador.

— Compartilho do mesmo sentimento.

— Adeus, Kathryn. — A senhora Q se desmaterializou rapidamente.

Chakotay adentrou a sala abruptamente.

— Primeiro, a resposta é sim. Segundo, como você sabia o que ia acontecer, e como você conseguiu essa carta?

— Ah, meu amor, essa é uma longa história, que vai ficar para outra hora. Agora, me beije.


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