Tudo por você escrita por Lilissantana1


Capítulo 19
Capítulo 19 - Penélope e Dean


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Eles agora parece que finalmente vão se acertar. Será? Com a Penny tudo é inesperado. BJO às meninas que estão comentando. Adoro. Miss, Carina, Manusinha, rosas, Anna, Gabi, Sra, Mary, Beca, Doida. Amei os reviews de cada uma.



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PENNY

 

Mundo a fora as mulheres, por mais experientes, conscientes, inteligentes, poderosas que sejam, acabaram sucumbindo quando o assunto é amor ou sexo. Sem dúvidas você perde qualquer razão quando se apaixona por alguém . Você perde totalmente o rumo quando seu coração aquece e manda impulsos elétricos para cada célula do corpo.

Era assim que me sentia.

Perdida, envolta em um mundo de variadas sensações. Com a mão dele a deslizar debaixo da jaqueta, sobre o tecido do suéter. E a outra a brincar com os fios da minha nuca. Dean me olhava com serenidade. Parecia tranquilo. Mas respirava com agitação contrastando completamente aquilo que eu via com aquilo que eu sentia dele.

— Isso quer dizer que você aceita minha sugestão?

Ele perguntou com o rosto bem perto do meu.

— De nos conhecermos melhor? - questionei.

— De nos conhecermos melhor. - afirmou.

Puxei o ar com calma antes de sugerir.

— Aceito. - ele sorriu mais e eu investi – Se você aceitar minha exigência... - mesmo que a racionalidade não estivesse me comandando naquele momento, ainda havia uma zona racional em mim, e devia agir antes que ela desaparecesse.

— Que exigência Penny?

Me olhou desconfiado.

Tomei ar e fui adiante. Era um pedido idiota eu sei. Mas não poderia deixar de fazê-lo.

— Não vamos contar a ninguém sobre isto.

Dean apertou a testa, numa expressão esquisita. Não compreendeu o meu modo de ver as coisas.

— Por que não?

Sorri de leve.

— Só enquanto nos conhecemos melhor. - informei sem realmente responder ao questionamento. Usando os mesmos argumentos que Dean usou.

— Afinal, ninguém precisa mesmo saber de nada. Esse assunto é de interesse apenas nosso.

Ladeando a cabeça ele me olhou, mostrando que percebeu a artimanha e só depois falou:

— Você quer ficar escondido do pessoal... - deu de ombros – Isso não faz sentido Penny!

— Talvez não faça... - desviei os olhos do rosto dele para a pele do pescoço onde uma veia pulsava de acordo com o ritmo cardíaco. - Mas até eu me sentir mais segura...

Ele se reclinou, encostando a cabeça no apoio do banco, me olhando firme.

— Não tem nada a ver com se conhecer melhor não é? Ou do pessoal se intrometer... O fato é que você ainda não confia em mim.

A voz soou chateada.

Fui sincera colocando de lado um certo sentimento desagradável por talvez magoá-lo.

— Em parte é isso... mas também é muita mudança pra mim.

Mesmo que eu estivesse apaixonada por ele. Estar a fim de mim não queria dizer que um dia ele se apaixonaria ou não me magoaria. Então, o melhor mesmo era ir com calma. A maldita parte racional do meu cérebro estava bem ativa apesar de tudo.

Naquele momento ali, era apenas ele e eu. E de verdade que pretendia continuar desse jeito. Sem ter de responder perguntas a ninguém. Aturar olhares e provocações que os “nossos” amigos costumam fazer. Que eu sei... já vi. Já ouvi. Especialmente, não queria que Josy soubesse. Não sei porque, mas acho que ela ainda está a fim de Dean.

— Você tem medo de quê Penélope?

Pelo jeito ele ia insistir no assunto. Suspirei.

— De tudo... - falei desenhando o contorno do botão da camisa dele com a ponta do meu dedo.

— Prometo que vou agir corretamente com você.

Nossos olhos se encontraram quando ele concluiu a frase.

— Pode não acreditar, mas eu sei ser um namorado. Um bom namorado.

Meu peito inflou diante daquela palavra.

— Você está me pedindo em namoro?

— Estou... não sei se ainda se faz isso, mas parece que com você tudo é diferente. E eu faço mesmo tudo o que você me pedir...

— Qualquer coisa? - perguntei tentando esconder o quanto me sentia feliz em ouvir aquelas palavras. E o medo alucinado de acreditar em cada uma delas.

— Qualquer coisa. - confirmou deslizando os dedos pelo meu pescoço, me fazendo arrepiar inteirinha.

— Até sair pelado deste carro e dançar no meio da rua?

— Se você sair de cima de mim posso cumprir o pedido agora mesmo. - respondeu de imediato.

Fiz suspense por alguns segundos e por fim falei.

— Não precisa... só me prometa que você vai me dizer quando quiser acabar com as nossas ficadas... e que ninguém vai saber de nada por enquanto.

Um longo suspirou escapou dos lábios dele.

— Nós nem começamos e você já está pensando no fim?

Foi minha vez de dar de ombros.

Ele me apertou em seus braços.

— Você não prometeu... - sussurrei perto do rosto dele antes que não pudesse ver aqueles olhos safados.

— Prometo. - falou sério – E você vai me prometer a mesma coisa... me avisar antes de pular fora.

Eu? Será que ele achava que havia a mínima possibilidade de alguém como eu dar um fora em alguém como ele? Me movi mostrando o quanto considerava aquela sugestão ridícula.

Parecendo se incomodar comigo Dean rebateu.

— Eu prometi, você também vai prometer.

Suspirei me sentindo uma completa idiota.

— Tempo perdido isso, mas está bem... prometo.

De repente o garoto na minha frente sorriu. Um sorriso tímido. Se aproximando sussurrou perto do meu ouvido:

— Esquisita!

— Cara de pau... - rebati imaginado como faríamos a proeza de esconder nossas ficadas e cumprir nossas promessas.

Ele insistiu:

— Metida!

— Arrogante!

— Desconfiada!

— Mentiroso...

Ele riu jogando a cabeça para trás.

— Cara! Eu gosto disso. - falou ainda rindo e logo depois me beijou me apertando contra o peito dele. Estava quase deitada no banco, de frente para ele. Senti o freio de mão no meu quadril e as mãos de Dean se ajustando. Quase inacreditável aquilo tudo. Um sonho. Ou melhor. Uma visão alucinada dos meus sonhos. Das vezes em que pensei como seria repetir o primeiro beijo.

Aquela posição não me permitia abraçá-lo como gostaria, mesmo assim, usufrui do peito e do abdômen sarado sem dó. Em determinado momento Dean gemeu. Aquilo queria dizer que estava indo bem? Provavelmente sim. Mas, também estava brincando com fogo. Mesmo sem ter condições de dominá-lo.

Quem era essa Penélope? Essa garota afoita que cruzou a barreira da segurança e se deixou apalpar dentro de um carro? Pior. Dentro do carro de um jogador de futebol que me beijou sem aviso há poucas semanas.

Enquanto essas perguntas aleatórias surgiam no meu cérebro entre um beijo e outro. Entre um afago e outro. Dean se afastou, me olhou sério. Os lábios úmidos abertos, respirando pesadamente. Levei pouco tempo para perceber que eu estava do mesmo jeito.

— Acho que a gente não vai conseguir esconder isso... - ele sussurrou com a voz rouca.

— O feriado está chegando... - retruquei quase imediatamente. - Vamos ficar alguns dias longe...

— Vários dias. - Dean emendou desviando o olhar brevemente, a ruga no meio da testa voltando.

— Você vai me ligar? - perguntei sem perceber que formulara aquele questionamento porque ele me ligar era importante para mim.

— Todos os dias...

Ele falou e eu acreditei. Merda! Eu acreditei. Estava mesmo perdida. Oh! Céus!

 

DEAN

 

Nos despedimos. Ela subiu para o dormitório. Eu dirigi para a fraternidade. Estava me sentindo bem. Estava feliz. Mas estava com medo. Critiquei Penélope pelos medos dela. Mas negar que eu também me sentia amedrontado diante dela, diante de como me sentia em relação a ela, seria estupidez.

Até porque, ela aceitou experimentar. Tanto quanto experimentou com Róger. Mas, isso nada significa a mais.

Concordei com aquele negócio de ficar escondido. Também prometi que informaria quando não estivesse mais a fim dela. Cara! Só a Penélope para pensar nisso! Ela me surpreende com esse negócio de ficar pensando em tudo. Não faz nada sem planejar. Se organiza para cada passo da vida.

Lembrei de Victória. Do que ela falou sobre a tia. Quem sabe o comportamento de Penny fosse um reflexo da educação da tia. Lembrei de Diana quase ao mesmo tempo. Sabia que não era fácil cuidar de um filho sozinha. E Victória sequer era mãe de Penny. Um pouco mais complicado... larguei a chave na mesa e vi o barulho das vozes que vinham da sala. Assim que ingressei no cômodo todos me olharam.

— Demorou! - Josy falou me encarando desconfiada. Com certeza acreditando estar certar quanto a suposição de que eu pretendia fazer algo depois de deixar Penny em casa. - Tava fazendo o que Dean? Agarrando alguma garota por aí?

Fingi não ouvir a última parte da frase e me sentei perto de Brendan. Lissa estava no colo dele. Olhando Alan jogar. Percebi que meu colega estava prestes a encerrar sua última vida.

— Cheguei bem a tempo de jogar. - retruquei. - Seu namorado já vai ser substituído.

— Sai pra lá Dean. - Alan ainda reclamou e segundos depois gritou irritado consigo mesmo por sempre cometer o mesmo erro na mesma parte do jogo.

— Falei! - disse pulando do meu lugar para sentar onde Alan estava e começar a jogar.

— Pra mim já deu. - Alan disse ficando em pé, e segurando a mão de Josy os dois subiram.

Quando eles sumiram de nossas vistas ouvi Lissa cochichar algo no ouvido de Brendan. Ele sorriu e a apertou. Eu poderia estar na mesma situação do grandão se Penny não fosse tão medrosa. Pensei sem prestar atenção ao jogo.

— Ih! - Brendan falou rindo – Já perdeu uma Dean?

Lissa o acompanhou.

— Acho que a Josy tem razão... pelo jeito andou agarrando alguém mesmo.

Mas, ali naquele ambiente havia alguém que me conhece bem. E foi logo explicando:

— Não importa com quantas garotas o Dean fique, ele nunca se distrai do jogo.

Passei os olhos pelo rosto do grandão. Não havia chances de Brendan saber o que ia na minha cabeça. Mesmo assim era preciso tomar cuidado. Prometi a Penny que eles não saberiam por enquanto. E apesar de não gostar muito disso, ia levar adiante a promessa.

Não sei por quanto tempo. Só esperava que ela não demorasse muito a confiar em mim.


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Notas finais do capítulo

Será q a Penny tem razão sobre a Josy?
Será que o Dean vai manter a promessa?
Será que tudo vai ficar escondido?
BJOOOOO amando ter todas vcs aqui, OBRIGADA!!!!!



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