She's Such An Actress escrita por Cherry Pitch


Capítulo 10
Entre Revelações e Caras do Tinder


Notas iniciais do capítulo

Primeira coisa: eu não postei capítulo esse tempo todo, porque eu... esqueci... e ontem que eu lembrei, não tinha terminado o capítulo extra que gosto de deixar guardado, então eu concluí aquele, e revisei esse hoje. Desculpa pela demora.
Segunda coisa: no início da fic, o plano principal era só ser uma fic jily, mas, durante a escrita, eu fui tendo outras ideias, além de ter me apegado aos personagens. Por isso, "She's Such An Actress" vai contar a história de outros ships paralelos a jily. Esses ships são: Fralice (Frank/Alice), Wolfstar (Remus/Sirius) e Dorlene (Dorcas/Marlene). Essas informações já estão na sinopse e nas notas da fic, mas achei que era melhor avisar por aqui caso alguém leia o capítulo novo só pela atualização do Nyah e não veja a sinopse/as notas toda vez.

Enfim, tem bastante coisa nesse capítulo, mas, mesmo assim, ele não foi dos maiores. De qualquer jeito, espero que gostem! :)



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Marlene McKinnon se encontra numa situação que nunca tinha pensado que um dia aconteceria: estava num bar, com uma caneca de cerveja — essa parte não era assim tão impensável — trocando desabafos com o cara do Tinder. Não eram desabafos normais, na verdade. Ali, naquela mesa de bar, Marlene tinha descoberto que o cara com o qual estava flertando no Tinder, na verdade era gay. Ele tinha se descoberto há alguns dias, e teve certeza naquele dia mesmo, ao… bem, não conseguir tirar os olhos da bunda do seu melhor amigo.

Ao lhe contar isso, o “cara do Tinder” — cujo nome Marlene tinha descoberto ser Sirius — parecia desolado. E desesperado, além de parecer totalmente genuíno, o que, de alguma forma, fez Marlene sentir que poderia confiar nele. E foi assim que, quarenta minutos depois, os dois conversavam sobre o quão merda era se apaixonar pelo melhor amigo — ou melhor amiga, no caso de Marlene.

— ...eu quero muito contar para o meu outro melhor amigo sobre isso, mas agora ele só pensa na “tal ruiva de olhos verdes” que está fazendo o filme dele e que, aparentemente, o estava traindo! É uma história super dramática, eu sei, mas eu precisava falar com-

— Espera aí! — Marlene interrompe Sirius, que gesticulava dramaticamente com as mãos durante seu discurso. — Ruiva de olhos verdes que está fazendo um filme e que aparentemente o estava traindo?! Por favor, me diz que o nome dela não é Lily.

Sirius encara Marlene fixamente e assente com a cabeça, devagar.

— Sim… pelo que eu me lembro, o nome dela é Lily… mas como você saberia disso?

Marlene gargalha ao ouvir a confirmação de suas suposições, pensando que Londres era uma bolha.

— Lily Evans é a melhor amiga do namorado de outra das minhas melhores amigas. Sem ser a Dorcas. — Marlene suspira ao mencionar o nome da melhor amiga por quem era apaixonada. — E… bem, ela não traiu o seu amigo…

— James.

— Isso. James. A história real não é essa, o que aconteceu foi… — Marlene suspira. — É uma história bem longa. Você quer mesmo ouvir?

Sirius apoia os cotovelos na mesa, se inclinando.

— Conte. Nós temos tempo.

[...]

— Você demorou, Sirius. — James diz, enquanto Sirius abre a porta do apartamento que dividiam.

— Sentiu saudades, senhora Black? — Sirius pergunta, ironicamente.

— Na verdade, foi Remus. Ele ficou tagarelando sobre você estar demorando demais a noite inteira, até eu sugerir que ele dormisse um pouco. Mas a condição dele foi que eu ficasse acordado ao invés dele para saber quando você chegasse.

Sirius ergue uma sobrancelha. Aquilo havia, de fato, o deixado surpreso.

— Achei que ele estivesse num encontro com aquela menina de cabelo rosa. — Sirius comenta, se perguntando se James tinha sentido a ponta de ciúmes em sua voz.

— Ele desmarcou. — James responde, se levantando do sofá. — Como você já chegou, eu vou dormir. Ou tentar.

— James, espera! — Sirius exclama, indo atrás do amigo, que já caminhava em direção ao quarto. — Eu descobri uma coisa hoje que acho que você iria gostar de saber.

James volta a se sentar no sofá e, dessa vez, Sirius o acompanha, contando palavra por palavra do relato de Marlene sobre a situação. Ao chegar no final, James parecia… chocado. Essa era a palavra que mais se aproximava ao estado de surpresa que tinha sido estabelecido nele.

— Então… Lily não estava me traindo. Ela estava… com medo. E provavelmente ainda está agora. E eu… eu só fiz ela sofrer mais. — os lábios de James tremiam. — Eu sou um babaca. Um, não. Eu sou o maior babaca que existe. Na verdade, eu sou o segundo. O primeiro é aquele desgraçado do Snape! — James diz, cerrando os punhos. — Eu vou matar aquele desgraçado, Sirius!

— James, tenta se acalmar um pouco. — Sirius diz, percebendo que o amigo estava à ponto de destruir alguma coisa no apartamento. — Você não pode fazer nada com o tal do Snape agora. Você deveria falar com a Lily amanhã, e tentar dormir um pouco.

Sirius consegue ver o corpo de James tremer. O Potter assente com a cabeça, em concordância.

— Eu… ok. Eu vou fazer isso. — James respira fundo e se levanta do sofá. — Hum… obrigado, Sirius. Por me contar.

Sirius assente com a cabeça e sorri levemente.

— Por nada.

[...]

Marlene finalmente chega em casa. Seguindo o ritual que sempre fazia ao voltar para casa de noite — se despir pelo caminho, largando roupas, sapatos e bolsa pelo chão —, caminha até o quarto. Ao chegar neste, se deita na cama, pensando na noite que tivera. Tudo tinha sido extremamente inesperado. O cara com quem se encontraria tinha se descoberto gay — e ela, a mesma coisa —, e eles tinham trocado confissões para outras pessoas, tinham descoberto dois amigos que se conheciam, e Marlene havia ajudado — pelo menos era o que ela achava que tinha feito — a ambos, revelando a verdade sobre tudo.

Sorrindo, a McKinnon fecha os olhos, pensando sobre o quão diferente das outras aquela noite havia sido. E que ela queria conversar com Sirius de novo. Ele era bom para conversar, e Marlene tinha que admitir que ficou curiosa sobre como a história dele com o tal de Remus ficaria. E talvez, só talvez, tivesse uma pitada de interesse próprio, já que conversar com ele a tinha ajudado a clarear as ideias em relação ao que sentia por Dorcas.

Dorcas. O sorriso de Marlene se abre ainda mais ao pensar na melhor amiga e no seu jeito doce. Ao pensar nela dançando na casa de Lily. Ao pensar nos flertes que as duas trocavam, que pareciam flertes “de amigas”, brincadeiras, mas que, para Marlene, eram mais que isso. Ao pensar em como ela sempre sabia a coisa certa a dizer, ou quando se calar.

Ao pensar em como ela estava inegavelmente apaixonada por Dorcas, e em como já não havia mais esperanças. Marlene já estava totalmente afogada naquele sentimento, e não tinha nada que pudesse fazer para mudar aquilo, ela gostando desse fato ou não. 


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? ♥



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