Secretamente escrita por Carolinne


Capítulo 6
Capitulo 6




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Claire apertou seu trench-coat com mais força contra seu próprio corpo na falha tentativa de se sentir mais quente. O tempo estava frio, mesmo que só ventasse. Talvez fosse porque acordou cedo para assistir esse maldito teste. Seria motivo o suficiente para estar quase congelando nesse ventinho fraco? Não. Talvez fosse apenas um sinal de que era uma perca de tempo está sentada nessa arquibancada dura esperando a boa vontade do capitão começar esse teste maldito que já a estava deixando com muita raiva. Não gostava de quadribol, mas tinha que assistir, ver quem ocuparia cada posição, conhecer as habilidades dos novos e dos antigos jogadores, até mesmo as atitudes deles em quadra, tudo isso poderia lhe ser útil, e deveria ser observado com toda a cautela existente.

— Ei Potter! Você não vai vir? — o capitão gritou de onde estava, apenas a cabeça virada na direção da arquibancada. — Já vamos começar!

— Montague, pareço com alguém que vai jogar? — Claire gritou de volta, ficando em pé, apoiando-se na pequena barra de metal perto dos assentos, decidindo que estava cansada de ficar sentada.

Graham Montague corou furiosamente e ficou de frente com os jogadores, falando alguma coisa que não deu de entender muito bem, mas não se importou. Estava ocupada em não pensar em como era chato tudo isso. Olhou para os lados tentando se distrair. Não tinha muitas pessoas para assistir ao teste, mas também não podiam ser consideradas poucas, a maior parte era formada por pessoas de outras casas, provavelmente para espionar.

— Também está aqui para ver a Cassie tentando entrar para o time? — Uma voz particularmente irritante perguntou. Claire não era de ficar presa em pensamentos quando tinha uma conversa muito importante, por isso não se preocupou em prestar atenção. Isso não era nada importante, não quando estava sendo compartilhada com Darla Rosier. — Ela tá meio que fazendo isso escondido. O Lord das Trevas a proibiu de jogar quadribol, ele diz que é um esporte idiota.

— Nunca pensei que diria isso, mas concordo com Voldemort. — As palavras soaram esquisitas até para si. — Quadribol é perca de tempo.

Darla ficou pensativa, pela forma como olhava para frente e não pareciam registrar nada. Um feixe de raiva apareceu em seu rosto tão rápido como se foi. Claire conheceu muito bem essa expressão, já vira outras assim. Darla estava com raiva, mas não queria demonstrar. Será que gostava tanto de quadribol assim? Claire sorriu com a ideia de atormentar a garota de cabelos loiros com esse ponto fraco recém-descoberto.

— Se é perca de tempo por que está aqui, Potter? Você não parece o tipo de pessoa que gasta o seu tempo à toa.

— Quadribol é uma perca de tempo, apoiar as amigas não. Mesmo quando estão fazendo uma grande idiotice. Estou aqui aparentemente pelo mesmo motivo que você. — Claire se perguntou quantas vezes já usou sua amizade pela Cassiane como desculpa. Pelo menos a garota não era tão inútil quanto pensou.

— Ah, sim. Pensei que estava aqui para falar com seu irmão que acabou de chegar. De qualquer modo seus problemas familiares não me importam, de novela mexicana estou cheia, Até a aula de feitiços, Potter. — Com um pesado e dramático suspiro, Darla abriu caminho entre os assentos e seguiu seu rumo reto, não dando sinal de que ficaria para assistir ao jogo. Pela primeira vez Claire se encontrou lamentando a saída rápida da Rosier. Não por sua companhia ser boa, longe disso, mas queria descobrir como uma bruxa puro sangue sabia o que é novela, ainda por cima mexicana.

Um dia depois...

Claire tinha noção de que conseguia atrair os piores feitos possíveis. Não conhecia ninguém que depois de perder a primeira aula de defesa contra as artes das trevas também perdeu a segunda, então pelo menos esse feito podia ser considerado único. Mais um para sua longa lista. Consultou seu relógio decidindo que não estava tão atrasada quanto pensou, o que eram vinte minutos a mais ou a menos? Para ela não significava muito, mas tinha a leve impressão que Umbridge não concordaria, mas tampouco se importava. Seu péssimo humor do qual acompanhava-a desde o amanhecer não permitiria.

Abriu a porta da sala, não precisou dar um passo para sentir o clima tenso que prevalecia. Algumas pessoas olharam para trás, a fim de ver quem teve a audácia de se atrasar para a aula, chegava a ser engraçado a cara de tédio de todos, como se esperassem que o pequeno barulho da porta abrindo fosse livrá-los do quer que estavam lendo.

— Detenção Potter — esbravejou a professora Umbridge, que estava parada no centro da sala, o rosto corado, chegando a um tom próximo ao de suas roupas vibrantemente rosa. Alguma coisa havia acontecido.

— Segundo o meu relógio, estou um minuto adiantada. Desculpe se confio mais nele no que em você. — Claire retrucou, achando o alvo perfeito para descontar sua raiva.

— Para. Fora. Da. Minha. Sala. Agora. — Umbridge chiou, apontando com a mão para a porta ao lado de Claire, que até então não tinha entrado.

A garota sorriu, a desafiando. Deu meia volta e sem fechar a porta saiu.

Algumas horas depois...

Detenções não eram para serem felizes, sim para refletir o que fez de errado, mas para Claire isso estava mais perto de uma tortura injusta do que qualquer outra coisa. Estava sentada ao lado de ninguém menos que o seu irmão — que também resolveu desafiar Umbridge —, ambos mutilando a própria mão com uma pena. Tinha como ficar pior? Melhor nem fazer essa pergunta perigosa que nunca foi nada mais que apenas uma deixa para uma catástrofe sem limites acontecer.

— Essa vaca sem leite vai me pagar. — Resmungou, olhando para sua mão sangrando. Se não tivesse uma boa caligrafia, estaria consideravelmente pior. — Pelo menos minha mão não está tão ruim como a sua.

— É o que acontece quando se fala a verdade por duas semanas. — Claire tinha certeza que Harry só disse isso para irritar Umbridge, já que ele não se importou em manter a voz baixa. Os irmãos não conversariam por vontade, pelo menos por um bom tempo.

Claire se irritou profundamente quando Umbridge pediu para ver o estrago causado pela sua pena assassina, ver o sangue jorrando das palavras cravadas permanentemente nas mãos. Depois que Harry mostrou a sua, ela se recusou a dar o gostinho de vitória para a professora, que por sua vez quase arrancou seu braço direito com a força que puxou sua mão na esperança de ver as palavras. Não conseguiu. A pele estava lisa e saudável. A cara de Umbridge foi impagável. Claire desejava que realmente não tivesse nada para mostrar para a professora, mas o destino não estava ao seu lado.

— Como...? Potter, você vai ganhar duas semanas por fingir escrever...

Claire levantou a mão esquerda com força, fazendo com que algumas gotas de sangue da ferida aberta escorresse pelo seu braço, algumas chegando a pingar no chão. Umbridge passou mais tempo olhando sua mão que passou na de seu irmão, e quando finalmente a liberou, Claire sentiu na profundeza de sua alma que teria que se vingar dessa mulher. Ninguém a machucava e saia impune. Ninguém.


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Notas finais do capítulo

Estou pior que a Claire para cumprir promessas... Eu sempre atualizo essa fic sábado, e quando falo que vai ser no sábado atualizo no domingo! Gente que que é isso? :D que loucura. Em minha defesa eu estava coordenando um evento beneficiente para crianças do qual eu sou a anfitriã. (Amo essas frases formais, não sei porque) É engraçado que a maior parte dos beneficiados eram mais velhos do que eu kkkk.
Agora, sobre o cap, SIM A CLAIRE É CANHOTA!!! #SouCanhotaComOrgulho é a frase que está estampada no meu caderno de fanfics, tinha que fazer essa garota ser canhota. É a vida de nós canhotos... Mas relaxem se tiver alguém contra os movimentos a favor da inclusão dos canhotos na sociedade, não é como se eu fosse passar cada paragrafo reclamando de abridor de latas, de portas, de carros, do bulling que sofremos, não vou fazer isso... Por hora.
Beijinhos ♥ ♥ ♥



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