A outra Potter e a Viagem no tempo escrita por billie packwood


Capítulo 8
Animagia




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       Dois dias já tinha se passado desde a lua cheia e até agora as coisas estavam calmas, calmo demais para o meu gosto, nenhum ataque de comensal da morte, e a buldogue da Parkinson não apareceu outra vez, isso está me deixando com os nervosos a flor da pele.

          Estava terminando de vestir a minha saia do uniforme quando parei em frente ao espelho, encaro a minha barriga ainda plana, mas apenas de imaginar que existe alguém ali já faz um sorriso brotar em meus lábios.

            - Lucy, já está na hora do café. - Minha mãe entra no meu quarto sorrindo. - Olhando se sua barriga já cresceu?

            - Ainda é muito cedo para isso mãe. - Digo pegando minha camisa na cama. - Todos já estão na mesa do café?

            - Sim, quando eu sair de lá todos já estavam se acomodando á mesa. - Ela me ajuda a vestir a capa com o brasão da corvinal. - Como está se sentindo?

             - Muito bem...

             - Digo em relação a Draco. - Minha mãe sorrir por cima do meu ombro.

              - Eu achei que ele ia demorar muito mais tempo para... Para querer ficar comigo aqui nesse tempo. - Faço terminando de arrumar a gravata. - Bem, vamos que eu estou morrendo de fome.

             Encaro seus olhos verdes exatamente iguais aos meus e sorrio, dou um  abraço rápido nela e saio quarto. Quando cheguei na sala foi um choque, claro que eu já tinha visto aquela cena, mas sempre quando vejo fico impressionada, nunca pensei que ia ser tão fácil juntar eles, mas fazer oque né? A vida é uma caixinha de surpresa.

             Sento ao lado de Gina que comia uma torrada distraída, solto uma risada baixa enquanto bebo um pouco do meu suco de abóbora, Gina sempre foi muito fácil de se ler, porque ela sempre demonstra suas emoções pelo olhar e isso é muito bom mesmo, para mim. Assim que termino o meu café da manhã fico encarando cada um deles, mesmo com dificuldade eles tinham conseguido passar pelo feitiço do patrono, eles foram muito bons, não desistiram, não se deram por vencidos, bem acho que foi por isso que escolhi eles para essa missão, mas agora eu não sei qual é a próxima matéria a ser ensinada, bem, minha mãe já sabe que os marotos são animagos, acho que essa poderia ser uma boa matéria para ser explicada agora...

              - Lucy? Lucy! - Sinto alguém me sacudir pelos ombros e me viro assustada. - Até que em fim.

              - Qual o problema Victorie? - Pergunto me levantando.

              - Me diga você, faz quase uma hora que você está parada aí, olhando para o nada. - Ela sorrir me olhando. - Estava pensando no bebê?

             - Fala baixo, o Draco nem sonha com isso. - Reclamo raivosa. - Todos já sabem?

              - Ah você sabe, fofoca na boca da família Potter/Weasley, é fofoca de todos. - Ela rir da minha desgraça. - Você não contou para o Draco?

              - Não contou oque para mim? - Me viro realidade e dando de cara com Draco. - Oque está escondendo de mim Lucy?

             - Bem, eu vou deixar vocês dois conversando. - Ela me lançou um olhar recriminado antes de sair.

             Respiro fundo tantas vezes que sinto meu peito doer todas essas vezes, depois de alguns segundos volto a olhar para os olhos cinzas confusos que esperam uma resposta minha, me aproximo dele o fazendo sentar em uma das cadeiras da mesa. Como você fala para um rapaz de dezesseis anos que um mês atrás nem sabia da sua existência que você está grávida dele de uma versão de universo alternativo? Penso completamente nervosa andando de um lado para o outro.

              - Dá para parar de andar como uma barata tonta e me contar logo. - Pergunta completamente nervoso.

               - Eu estou grávida.

               Naquele momento parecia que tudo passava em câmera lenta, ele ficou mudo de olhos arregalados, eu já estava nervosa antes, agora eu estou paranoica, fico tão nervosa que as cadeiras começam a levitar, as vezes quando perco o controle as coisas ao meu redor começam a levitar e as vezes até explodirem, e isso não é nada bom.

           - Por favor Fala alguma coisa. - Peço pegando as mãos dele e colocando entre as minhas. - Eu não queria te contar dessa forma, mas você não me deu escolha.

            - O seu pai sabe...? -Pergunta simplesmente.

            - Sim, ele foi o primeiro a saber na verdade. - Dou de ombros tentando não parecer nervosa com aquilo. - Então?

            - É... Uma notícia inusitada. - Ele fala como se tivesse em transe. - Por que se levar em consideração, eu nunca te toquei de forma mais íntima.

             - Isso é verdade, mas eu não contei oque aconteceu antes da viagem acontecer. - Coro lembrando daquele dia. - Era seu aniversário de dezessete anos, minha mãe não tinha deixado eu te visitar naquele dia, então passei a tarde toda imaginando algum modo de te ver, então eu montei o plano perfeito e fugir.

        Flashback:

        Antes das sete da noite eu saio de casa escondida e pego carona com o noitibus que me deixa ao lado do terreno da família Malfoy, corro com toda velocidade para a casa e assim que chego ao lado da janela do quarto dele começo a escalar a parede, quando consigo me segurar pelo parapeito da janela dou um impulso e entro no quarto.

           Levanto-me limpando a minha roupa e o cabelo para poder ver ele com um pouco de dignidade, até que a porta do quarto é aberta bruscamente e lá estava o motivo pelo qual eu fiz essa loucura toda, Draco por um momento ficou paralisado, mas logo abriu um sorriso fechando a porta atrás de si.

           - Eu não pensei que a surpresa era você. - Diz me abraçando pela cintura.

            - Ora... Pensou que seria uma foto minha dizendo feliz aniversário? Não seja tão bobo Malfoy. - Sorrio quando ele entrelaça seus dedos no meu cabelo. - Preferir vim pessoalmente.

             - Esse foi o melhor presente de aniversário, ganhei uma Potter. - Rir e logo me beija, me pegando no colo e me colocando no meio da cama.

           Flashback off:

          Assim que terminei de falar o silêncio caiu na sala, olho para Draco que estava olhando para o nada tentando raciocinar tudo que eu tinha contado sobre nois, suspiro e me levanto saindo dali para deixá-lo pensar sobre o assunto.

            Vou atrás dos outros para esquecer aquela conversa pelo menos por algumas horas, tudo que eu preciso agora. Assim que chego na sala e encontro Sirius, Lysander, Lily Luna e Tiago Sirius conversando, estranho não ter encontrado eles com o resto do pessoal, sento numa poltrona próxima a lareira olhando para eles.

            Quando recebi minha missão nunca passou pela a minha cabeça que eu veria aquela cena, o passado, o presente e o futuro numa mesma sala.

             - Onde estão o resto do pessoal? - Pergunto fazendo eles me olharem assustados. - Oque foi?

             - Não vimos você chegar. - Sirius diz me encarando. - Pensamos que estava custindo o tempo livre como os outros.

              - Tempo livre? Sirius, vá chamar os outros agora por favor. - Mando me levantando. - Não podemos ter tempo livre, estamos no meio de uma guerra e não de um piquenique.

              - Tudo bem eu vou, só não acho bom encontrar todos se pegando, mas tudo bem. - Reclama saindo da sala precisa.

              Sento de novo no sofá de olhos fechados, tempo livre, como no meio de uma guerra teremos tempo livre? Eles parecem que ainda não entenderam, quanto mais demoramos com essas aulas, mais ele fica forte, e por algum motivo algo me diz que ele já sabe da nossa existência e isso está começando a me assustar. Meia hora depois, o que para mim pareceu um século, eles entraram na sala precisa, olho para casa rosto ali seria, e eles ainda tem a ousadia de sorrirem cinicamente, respiro fundo e com um estralar de dedos tranco a porta de entrada e quardo a chave no bolso da minha capa fazendo eles me olharem assustados e confusos.

              - O que significa isso? - Minha mãe pergunta abraçada ao meu pai.

              - Significa que ninguém entra ou sai da sala precisa. - Digo seria. - Eu preciso que vocês parem de achar que não estamos em guerra, pelo amor de Merlin, ele está cada dia mais forte e vocês estão tendo um "tempo livre"...

               - Lucy, para!

               - Não, será que vocês so irão acordar para o mundo real quando os ataques começarem? - Pergunto e pego um jornal do sofá, abro na primeira página. - " Na madrugada de ontem, 7 de Outubro, uma família de trouxa foi atacada por comensais da morte, o casal tem duas filhas que no momento não se encontravam em casa, pela senhora descobrimos que uma de suas filhas , estuda em hogwarts, sendo então uma nascida trouxa. A senhora Evans afirmou que não conhecia os bruxos do ataque, mas fica feliz em saber que sua família está a salva..." e agora, vocês finalmente acordaram?

             Pergunto, mas não tenho uma resposta, jogo o jornal no sofá e abraço minha mãe que chorava silenciosamente nos braços do meu pai, conforto ela o máximo que posso e quando ela já está calma o bastante me afasto e volto a encarar a lareira, posso ter sido fria e sem sentimento, mas eu não sou assim, nunca fui, mas tem horas que eu tenho uma vontade de explodir e agora eu tinha perdido o controle.

               - Eu preciso que vocês se dediquem o máximo que podem para que isso não volte a se repetir. - olho eles. - Vocês podem, vocês são capazes de vencer eles se treinarem.

                - Ela está certa. - Gina fala chamando a atenção para ela. - Temos que treinar, temos que nos fortalecer e finalmente derrubar o reinado de terror dele.

               Todos sorriram e gritaram ofensas para Voldemort, sorrio timidamente e fecho os olhos e quando abro outra vez a sala estava diferente, os sofás tinham sumido junto com os pufes.

               - vamos para a aula do dia. - Sorrio pegando uns vídeos de poções.

               - Poções? Ah não Lucy, aulas de poções não. - Harry resmunga.

               - Calado quatro olhos. - Mando e dou um tapa na cabeça dele. - Essas poções são para vocês beberem...

               - Eu sabia! Mãe ela quer me envenenar. - Tiago Sirius diz se agarrando a Gina. - Eu sou muito novo para morrer.

              - Calado. Essas poções são de animagia. - Sorrio ao ver os rosto deles. - E antes que você fale que é ilegal mione, eu preciso avisar que o ministério não sabe da existência dessa poção, na verdade é capaz dele implorar para ter essa poção.

              - E oque ela faz de diferente? - Teddy pergunta ansioso e curioso.

              - Animagia multiplica. - Vejo que apenas Hermione, minha mãe e Alice segunda tinham uma vaga ideia do que era. - Você pode se transformar em mais de um animal.

              - Isso é impossível. - Hermione fala descrente. - A poção de animosidade ajuda um bruxo a visualizar o animal interior... E digo que temos... Apenas... Uma forma... - Ela vai parando de falar ao me ver se transformar numa sequência de animais até que volto a minha forma humana.

              - Porque não nos contou antes? - Harry pergunta com um olhar que me fez se sentir mal, ele estava decepcionado comigo.

              - Eu queria terminar primeiro a poção... Eu sinto muito se estou andando escondendo as coisas de vocês, mas acho que é necessário, agora eu não quero discutir isso. - Sorrio. - É que assim teremos vantagens, seja contra Voldemort ou contra os mesmos professores, bom... Tenho que explicar umas coisas para vocês; existem três tipos de animagia multiplica. - Eu aponto para um desenho de um homem rodeado por três símbolos que fiz aparecer na parede. - Este é a anima a tripla, ele é geralmente um bruxo normal, com talentos excepcionais com os elementos terra, água e ar, este bruxo vai ter um animal de cada elemento. - Suspiro e aponto para a segunda figura que tinha apenas um símbolo a mais.

              " Estes são um pouco mais incomuns, eles podem levar além das três formas animais, uma forma de animal mágico. - Aponto para a última figura que era rodeado por um círculo de símbolos. - Este é extremamente raro... Somente bruxos considerados poderosos que tem está forma... Eles podem se transformar em qualquer animal que se tenha conhecimento, as pessoas o chamam de mestre, acho que o professor Dumbledore se encaixa nesta forma."

            Suspiro um pouco cansada e e me sento de frente á eles que esperam por mais informações.

             - Quanto mais formas vocês tiverem, mais tempo demora para vocês domesticarem seus animais, mas eu tenho certeza que vocês vão se sair bem. - Olho para todos. - Isso... Se vocês quiserem se transformarem...

              - Fica quieta Lucy. - Sirius manda fazendo todos ficarem surpresos. - Você acha que a gente ia desistir de um presente desses? - Ele me abraça e finge está chorando. - A nossa pequena está crescendo Tiago.

              - Ela está seguindo os passos do pai. - Meu pai sorrir para mim e quando ele termina minha mãe e Marlene dão uns tabefes na cabeça dos dois.

              - Bem vamos a poção. - Digo entregando um cálice para cada um.

              - Oque vai acontecer quando bebemos isso? - Teddy pergunta olhando para o cálice.

             - Vocês vão entrar em transe e irão visualizar suas formas animagas, depois vocês vão despertar. - Suspiro. - É melhor vocês sentarem no chão, boa viagem. - Eles tomam a poção e caem em transe imediatamente. - É melhor eu ajudá-los um pouco. - Eu retiro a varinha e começo a falar um encantamento para ajudá eles com as transformações.

              Uma hora depois eles vão acordando do transe, cada um falava de suas formas, completamente empolgados. Sem perder muito tempo eles começaram a tentar virar um animal, Gina, Harry, meu pai e minha mãe foram os primeiros a conseguirem, Gina se transformou em uma gata de peles ruivos, Harry em um tigre negro de olhos verdes, meu pai virou um leão e minha mãe uma leoa, assim que voltaram ao normal caíram cansados no chão.

 

             - Levem eles para descansar, e por hoje acho que já está bom. - Sorrio e vou para a cozinha.

             Estava bebendo água quando a cicatriz no meu braço doeu - nao é uma cicatriz igual a de Harry, então nunca doeu antes - Grito de dor deixando o copo cair e derrepente uma voz invadiu a minha mente.

             - Junte os comensais, está na hora de fazer uma visita aos Potter's. - Ele sorriu como se me visse. - Logo nos encontraremos Lucy Potter.

             Abro os olhos e vejo que estou deitada na minha cama, me sento e olho ao redor, pego um roupão e vejo a cicatriz, ela estava ardendo e sangrando, franzindo a testa toco nela que arde feito brasas.

              - Cuidado, vai acabar abrindo mais ainda a ferida. - Me viro e vejo minha mãe na porta.

             - Oque aconteceu?

             - Você não se lembra do que aconteceu lá na cozinha?

             - Só lembro da minha cicatriz doendo e mais nada. - Suspiro. - Odeio não lembrar das coisas.

             - Bem ouvimos você gritar e quando chegamos na cozinha você estava caída no chão desmaiada e com o braço sangrando. - Ela me abraça. - Você não sabe o medo que sentir ao te ver daquele jeito, meu anjo.

               - Estou bem.

               - Agora descansar e depois venha jantar.

               Ela saiu do meu quarto me deixando sozinha, suspiro jogando-me novamente na cama de olhos fechados, eu de alguma forma tinha conseguido mentir para ela, porque eu conseguia me lembrar perfeitamente oque havia acontecido quando apaguei, de alguma maneira que ainda não sei como explicar, Voldemort entrou na minha cabeça, porque isso era para acontecer com o Harry e comigo? Oque será que está acontecendo?

              Fico ali até que a porta de abre, Draco ficou me olhando por algum tempo sem falar nada, poderia ter se passado horas ali olhando para ele que não me importaria e não seria o suficiente, em cinco passos ele atravessa o quarto e me abraça, fecho os olhos com força sentindo aquele abraço.

              - Oque aconteceu?

              - Foi ele Draco, ele entrou de alguma forma na minha cabeça. - Sinto ele estremecer nos meus braços me fazendo suspirar. - Mas não quero que conte aos outros, primeiro quero ter certeza de como isso foi acontecer.

               - Tudo bem, mas quero que me conte tudo e não me esconda nada. - Ele diz segurado meu queixo. - Não esconda mais nada de mim.

              Concordo olhando nos olhos dele, quando ele se inclina para me beijar um clarão invade o quarto nos deixando quase cegos. Saímos do quarto para a sala tentando descobrir o motivo daquele clarão enorme, assim que cheguei me assustei com oque vir, aquilo não podia está acontecendo comigo.

            - Da próxima vez que sumir dessa forma, eu mato você Lucy.


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