A ilha - Livro 2 escrita por Letícia Pontes


Capítulo 3
Cpítulo 02 - Onde está Pietra?


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos a mais um capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/742746/chapter/3

IVO

Era incrível como aquele cara me deixava irritado só de estar no mesmo ambiente que eu. E pra piorar, tinha um nome que lembrava o meu. Aquilo também me irritava. Ele ser possivelmente alguém ruim me irritava. E a forma como olhava para Pietra, também me irritava.

Apoiei meu corpo em um balcão e fiquei olhando as luzes piscando por alguns segundos. Eu tinha deixado Pietra sozinha, mas eu não queria voltar lá. Talvez ela quisesse ver as amigas ou dançar com seu querido Igor.

—Aonde está a Pietra¿

Olhei para trás e vi toda a trupe dela parada me encarando de uma forma não muito agradável. Era óbvio que não aprovavam a nossa amizade recente.

—Por acaso esta escrito “babá da Pietra” na minha testa¿ - Falei rispidamente – Como é que eu vou saber aonde ela está¿

—Não seja imbecil, Ivo! – Uma das loiras, que eu nunca sabia quem era quem, falou -  Vocês vieram como um par, é meio óbvio que você seria a primeira pessoa a quem nós perguntaríamos por ela.

Revirei os olhos e apontei pra pista de dança.

—A ultima vez que a vi, estava dançando. Faz uns vinte minutos.

—Faz menos de cinco minutos que a Wanessa disse que a deixou lá atrás em um jardim, mas já procuramos lá, e ela não esta.

De repente gelei. Olhei para aonde estava a mesa do DJ, e não era mais Igor quem tocava. Aquilo não me parecia normal. Eu queria muito estar apenas sendo paranoico, mas aquilo realmente não em cheirava bem.

—O que foi¿ - Heitor perguntou olhando na direção em que eu olhava – O que tem de errado¿ Você sabe aonde ela está ou não¿

Comecei a andar em direção a nova DJ que mixava as musicas da nossa festa e fui seguido por todos os seis amigos preocupados da Pietra. Perguntei a DJ pelo Igor e ela não sabia me dizer por onde ele havia ido.

—Aonde você disse que a Pietra estava com a Wanessa¿ - Perguntei gritando para que as meninas me ouvissem e então elas me guiaram até lá.

O local parecia extremamente calmo, não havia ninguém além da gente ali. Infelizmente eu não soube disfarçar meu medo o que havia acontecido com a Pietra e agora eles não sairiam do meu pé até eu me explicar. Comecei a formular uma história antes que começassem a me fazer perguntas, mas já era tarde demais.

—Escuta aqui, cara – Fabricio que estava de mãos dadas com a Kamila, começou a falar me apontando o dedo – começa a falar tudo o que você sabe ou as coisas vão ficar muito feias para o seu lado.

Ele não me intimidava, mas eu precisava falar algo realmente.

—A Pietra estava desconfiada que o Igor quisesse fazer algum mal a ela...e agora...ele também sumiu.

Eles ficaram em silencio me encarando.

—O Igor¿ O Igor é apaixonado nela, porque ele faria algum mal a Pietra¿  - Heitor falou - Não nos convenceu, cara!

—Acreditem no que quiser. Eu vou procurar por ela, e que se danem vocês.

Voltei a ir em direção ao salão e então dei uma ultima procurada por lá antes de sair. Peguei meu celular e disquei o número dela. Caixa postal. Parei alguns segundos para pensar e então decidi ligar para o hotel.

— Por onde você pretende começar a procura-la¿ - Ouvi atrás de mim a voz de Heitor novamente e me virando, vi que todos haviam me seguido até lá fora.

—Hotel Boaventura , boa noite!

—Boa noite, sou um dos alunos hospedados em seu hotel, gostaria de saber se a Pietra, uma jovem ruiva, voltou ao hotel agora pela noite.

—Não, nenhum aluno voltou ao hotel depois que partiram para a festa.

—Tudo bem, muito obrigada.

Desliguei o telefone e repassei ao outros, sobre as duas ligações que eu havia acabado de fazer. Comecei então a andar na direção da praia, não estávamos longe da casa de Igor. Atravesse a rua e os outros me seguiram.

—Aonde você está indo¿ - Eliana perguntou

—Para a casa de Igor. Pode ser que a encontremos por la.

Não havia ninguém na casa de Igor e muito menos nada suspeito por la. Tudo era calmo e arrumado. Nenhum vestígio de nada ruim. Pensei rapidamente em algum outra lugar que poderíamos ir, e comecei a andar em direção a praia, aonde ela havia se afogado a alguns dias. Qualquer lugar que ela já tivesse estado, poderia ser uma pista. Mas lá também não havia nada além de areia e agua.

Sentei na areia seguida por todos os outros e liguei novamente para o celular dela, e em seguida para o hotel. Nada.

— O que vocês faziam sempre que saiam juntos¿ - A loira perguntou

—Andávamos de barco, andávamos na praia... - de repente me lembrei de um lugar. Aonde ela havia visto uns seres marinhos que eu como humano, não via. Levantei-me subitamente – Temos mais lugares para olhar.

O local permanecia assustador, silencioso e escuro, do jeitinho que eu me lembrava.

—Eu não entendo o que vocês vieram fazer em um lugar como esse.

—Ela queria me mostrar esse lugar que descobriu sozinha. – eu não poderia dizer que ali haviam coisas sobrenaturais e que por isso eu desconfiava que possivelmente ela pudesse estar lá.

Mas no fim das contas ela não estava mesmo. Eu até enfiei a cabeça debaixo d´água, pra surpresa dos outros que provavelmente acharam que eu estava doido. E enfim fomos ao local aonde eu e ela havíamos alugado o primeiro barco.

As meninas não paravam de reclamar que aquele lugar fedia e estava repleto de bêbados. Elas não estavam erradas. O local estava me parecendo ainda mais podre, porem mais animado do que antes.

—Ora vejam só, quem está por aqui. Veio alugar mais barcos, riquinho. – Era o homem gordo que nos alugara da primeira vez. Ele parecia debochar de mim.

—O Igor está por ai¿ - Perguntei esperando que ele soubesse de quem se tratava

—Igor¿ - O cara tentou e fazer de desentendido, mas ele era péssimo ator.

—O Igor saiu com o chefe – Um garoto mais novo do que eu apareceu com um saco na costas – Falavam alguma coisa sobre um peixe grande, e sobre ficarem ricos... – O menino sorria inocentemente enquanto falava

—Cale a boca, maldição! – O velho gritou e todos nós nos assustamos. – Vá encontrar Ludmila e a traga até aqui. E vocês, vão embora. Igor tem muito trabalho e não terá tempo para vocês.

—Estamos procurando a nossa amiga – Heitor começou a falar e eu tentei impedi-lo, mas ele não entendia o risco em que estaria nos colocando – Ruiva e com olhos de cores diferentes, você a viu¿

De repente ele abriu um sorriso amarelo e fez sinal para um dos seus companheiros que estava deitado no chão do barco. O cara começou a levar sua mão em direção a arma presa em sua cintura, então eu entrei em desespero.

—CORRAM! – gritei empurrando todos para que corressem e sem entender nada, todos me seguiram desesperados e atrapalhados.

Ouvimos tiros, mas corri sem olhar para trás, apenas sentindo que as coisas iriam piorar a partir de agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até depois de amanhã!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A ilha - Livro 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.