Estrela da Alva escrita por Princesa Dia


Capítulo 8
Visita


Notas iniciais do capítulo

Vindo com a cara mais deslavada, fingindo que eu não atrasei o capítulo por uma semana(*  ̄︿ ̄), sorry.

De qualquer forma, mais um capítulo. E como prometido, uma surpresa.
*Para aquelas pessoas que estão acompanhando 'Estrela da Alva' desde o início, de antes de eu reeditá-la, vai perceber que esse é um capítulo totalmente inédito e que também teremos uma participação especial nesse, espero que goste, Enjoy. ♡.

OBS.: Informações adicionais no fim. (❁´◡`❁)



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POV. Bella Swan

 

Ao final da primeira semana eu estava destruída, apesar de ter me adaptado completamente à rotina de aulas e de conversar com todos, a ausência de Edward me feriu profundamente, ele não havia aparecido em nenhum dia após o nosso reencontro e eu sabia que a família dele estava me odiando por isso, principalmente Rosalie, que não poupava olhares furiosos em minha direção; eu decidi me manter o mais distante possível, principalmente depois da quarta-feira, quando Alice tentou se aproximar de mim na hora do almoço, eu entrei em pânico, com medo de que ela viesse me acusar assim como a vampira loira, do seu olhar de desprezo e de ouvir que eu havia deixado de ser importante pra ela, então me esgueirei covardemente para fora do refeitório e assim foi também no estacionamento e nos dias consecutivos. Eu estava desesperada para manter esse confronto o mais distante possível.

Na sexta-feira à noite Charlie estava preocupado, ele não havia me dito nada, mas eu o conhecia como a palma da minha mão.

—O que foi? -Sondei enquanto jantávamos, ele me encarou surpreso.

—O quê? -Franzi a testa o analisando minuciosamente.

—Você está nervoso. -Ele desviou os olhos embaraçado.

—Não estou não.

—Você está, Charlie; eu reconheço os sinais. -Ele engoliu em seco. -E então? -Charlie apertou o garfo entre os dedos batendo-o repetidamente em seu prato.

—É que...

—Pare com isso! -Exigi quando aquele barulho começou a incomodar.

—Me desculpe.

—O que foi, Charlie?

—É que...

—É que...? -Incentivei impaciente, ele suspirou.

—Billy e Harry me chamaram para pescar amanhã. -Franzi a testa confusa.

—E o que tem isso?

—Eu não queria ir.

—Você com certeza quer ir, querido. Você só não quer me deixar sozinha em casa, estou certa? -Anuiu. -Charlie, eu não sou mais criança, posso me virar sozinha; não quero que mude sua rotina apenas porque estou aqui. -Ele apertou os lábios.

—Não posso te deixar sozinha.

—É claro que pode, e vai. Não quero vê-lo aqui amanhã -Sentenciei recolhendo os pratos na mesa e levando-os para a pia.

—Mas...

—Nada de “mas”, eu vou ficar bem, acredite; além do mais, eu pretendo aproveitar a sua ausência para fazer uma faxina aqui em casa e colocar alguns trabalhos em dia.

—Mas a casa nem está suja. -Argumentou franzindo o cenho.

—Não discuta comigo, Charlie Swan.

—Ok, ok… tudo bem. -Eu ri. -Você tem certeza? Se quiser pode vir com a gente. -Sugeriu.

—Pescar...? -Questionei com uma careta. -Não, obrigada. Sabe que não é o meu forte.

—Vamos lá, Bella. Billy ficará feliz em vê-la.

—Eu sei disso, mas terei que declinar do convite; estou cansada, a semana foi corrida, tudo que eu quero é ficar em casa. Além do mais, sei que você e aquele velho sem vergonha só querem me colocar em situações constrangedoras na frente dos outros. -Acusei, Charlie riu.

—Não te colocamos em situações constrangedoras. -Defendeu-se.

—Uhum... Não mesmo. -O sarcasmo era evidente em minhas palavras.

—Tudo bem, se não quiser ir... Só não diga que não a convidei, Billy arrancaria os meus órgãos se ouvisse isso. -Falou com um leve tremor, sorri.

—Não se preocupe. De qualquer forma, eu agradeço. -Ele assentiu. -Agora eu vou subir, a louça é sua hoje espertinho, eu lavei duas noites seguidas. -Charlie fez uma careta.

—Ok. -Respondeu contrariado e eu ri.

—Boa noite, C. -Murmurei dando um beijo em sua cabeça.

—Boa noite, mãe. -Respondeu enquanto eu me afastava em direção às escadas. Entrei no quarto e segui direto para o banheiro, fiz minha higiene, vesti a minha camisola rosa-bebê e voltei para o quarto me enfiando debaixo das cobertas. Eu estava tão cansada que logo adormeci.

Quando desci na manhã seguinte ainda era cedo e Charlie ainda não havia levantado, aproveitei para fazer o nosso café da manhã e quando eu me preparava para colocar a mesa a campainha tocou. Franzi a testa reconhecendo o cheiro de chocolates e rosas, andei a passos apressados em direção à porta.

—O que aconteceu? -A garota sorriu.

—Bom dia para você também. -Respondeu dando um beijo em minha bochecha e entrando na casa, revirei os olhos.

—Lizzie, por favor, o que aconteceu? -Pedi angustiada. Fechei a porta seguindo-lhe até a sala.

—Não aconteceu nada, eu só vim te fazer uma visita.

—Mas você não deveria estar na Itália. -Ela fez um gesto displicente com a mão.

—Isto é apenas um detalhe. Onde está Charlie? -Apertei os olhos já entendendo o que estava acontecendo.

—Charlie Swan, foi você quem a chamou!? -Gritei indignada.

—Pelas barbas de Merlin. -Lizzie reclamou se encolhendo, ainda foi preciso gritar mais duas vezes para que Charlie aparecesse com o rosto inchado e confuso.

—Eu chamei quem? -Seus olhos se arregalaram surpresos. -Lizzie!?

—Oi, maninho. -Charlie desceu as escadas pulando dois degraus de cada vez e a envolveu em um abraço apertado, ele a levantou do chão, girando-a, assim como tinha feito comigo no aeroporto.

—Meu Deus, como eu estava com saudades. -Ela riu.

—Também senti sua falta, tampinha. -Charlie se retesou incomodado.

—Nós temos a mesma altura, Lizzie.

—Agora.

—O que faz aqui? Aconteceu alguma coisa? -Ele a encarou preocupado, que fez uma careta.

—Então você não a chamou? -Inquiri ainda incerta. Charlie negou.

—Ei, eu ainda estou aqui. -Nós dois a encaramos. -O que foi?

—Você não nos respondeu. -Charlie e eu apontamos ao mesmo tempo, ela revirou os olhos.

—Vocês dois são muito chatos. Eu já disse, vim fazer uma visita.

—Eu pensei que você só visitasse a Itália. -Charlie acusou.

—Isso é ciúmes, chefe Swan? -Ele revirou os olhos.

—Não, é claro que não.

—Uhum... sei... de qualquer forma, eu vim porque precisava verificar o que estava acontecendo aqui. -Explicou. Charlie e eu trocamos um olhar nervoso.

—Tudo bem... -Lizzie o encarou desconfiada.

—Você sabe, não sabe?

—Eu não. -Se apressou a dizer. -Eu... estou de saída, vou pescar com Billy e Harry. -Comunicou já se afastando em direção as escadas.

—Espera, Charlie. O que você está escondendo? -Exigiu caminhando em sua direção. Ele me lançou um olhar em pânico.

—Não estou escondendo nada. -Rebateu pulando para longe dela.

—Se não está escondendo nada, por que então não me deixa te tocar?

—Eu... eu... preciso ir. -Falou disparando escada acima. Se não fosse tão trágico, a situação seria cômica. Lizzie se virou para mim desconfiada.

—Pode começar a falar. -Rolei os olhos tentando conter o nervosismo.

—Você está paranoica, amor.

—Sério!? Eu acho que não.

—Esquece isso. Você veio passar o final de semana ou apenas o dia? Posso preparar o seu quarto. -Suspirou me lançando um olhar desconfiado.

—Vou ficar o final de semana, meu Bebê não vai se importar. -Abri um sorriso zombeteiro.

—Se você diz... -Lizzie riu revirando os olhos.

—Vai fazer o quê hoje? -Dei de ombros.

—Faxina, trabalho, livro ou filme, cama. -Ela me lançou um olhar incrédulo.

—Não brinca. -Sorri.

—Eu não estou. -Lizzie abriu a boca para reclamar, mas eu a interrompi. -Já tomou café? -Ela meneou a cabeça. -Então venha, eu já estava pondo a mesa quando você chegou. -Lizzie sorriu animada. -Charlie, desça para o café. -Gritei do primeiro degrau.

—Eu estou bem. -Revirei os olhos.

—Desça logo. -Lizzie soltou uma risadinha jogando a mochila em cima do sofá e me seguindo em direção a cozinha. Ela me ajudou a preparar a mesa enquanto me contava as novas, Charlie apareceu minutos depois e se sentou o mais distante possível enquanto ela o encarava risonha; em um dado momento, Lizzie avançou sobre ele na intenção de pegar em seu braço, mas eu fui mais rápida a prendendo pelo ombro. -Elizabeth!!! -Repreendi, ela riu enquanto Charlie a encarava de olhos arregalados.

—Eu não poderia deixar de tentar.

—Eu... eu já vou indo. -Balbuciou se levantando.

—Tome o seu café, Charlie. -Ordenei, ele meneou a cabeça.

—Eu já tomei. -Era mentira, é claro, Charlie mal havia tocado na comida, mas decidi deixá-lo escapulir.

—Tudo bem, mande um beijo para Billy.

—Tá, tchau.

—Tchau, maninho. -Lizzie caçoou, Charlie saiu como uma bala.

—Por Deus, Elizabeth, parece uma criança; viu como o deixou? -Reclamei ao ouvir a viatura arrancar na entrada principal.

—Eu só estava brincando. -Falou fazendo uma cara de bebê inocente, revirei os olhos.

—Brincadeira sem graça.

—Mas teve graça sim. -Resmungou fazendo bico, apertei os lábios tentando conter o riso.

—Termine o seu café.

Lizzie voltou a tagarelar sobre várias coisas e eu tive que me esforçar para dedicar a ela toda a minha atenção, no final ela me ajudou a tirar a mesa e a lavar a louça deixando tudo arrumado.

—Você não disse o que vamos fazer hoje. -Comentou quando terminamos de guardar tudo.

—Eu disse. -Lizzie fez uma careta.

—Você não estava falando sério. -Dei um sorriso travesso. 

—Eu estava.

—De jeito nenhum que eu vou te deixar enfurnada nessa casa um final de semana inteiro.

—E o que pretende fazer? -Questionei seguindo para a sala.

—Shopping. -Fiz uma careta.

—Não sei como você ainda não nos faliu. -Comentei pegando suas coisas no sofá e entregando a ela. Lizzie deu de ombros. -Vem, vamos arrumar o seu quarto.

O quarto dela era ao lado do meu, tinha o mesmo tamanho e também duas janelas que davam para a floresta, era creme com flores e ramos pretos. Segui até as janelas puxando as cortinas brancas para que a luz natural pudesse penetrar no ambiente.

—Precisa de uma reforma. -Reclamou jogando a bolsa em cima da mesinha redonda perto das janelas, revirei os olhos.

—Para você, todo lugar precisa de reforma. -Ela riu. -Eu vou buscar uma colcha limpa no meu quarto. -Informei já me direcionando para a porta, ela assentiu. Me apressei para fora deixando a porta aberta atrás de mim. Peguei no meu closet alguns lençóis limpos e uma colcha branca com flores rosas, quando estava voltando encontrei Lizzie sentada em minha cama com o retrato de Edward em suas mãos, estagnei surpresa; ela o virou para que a imagem ficasse de frente para mim.

—Sabe? Eu gosto dessa. -Engoli o nó que se formou em minha garganta, eu queria dizer que também gostava, mas em vez disso eu fiquei calada, não conseguiria proferir nenhuma palavra sem que desabasse. -Vamos? -Indagou devolvendo o quadro para o criado mudo e se levantando, assenti a seguindo para fora do quarto.

Durante toda a manhã Lizzie tentou me convencer a sair de casa, eu não queria, mas como ela fizera todo o esforço para me animar, decidi então ceder; almoçaríamos em Port Angeles e só então iríamos ao Shopping. Passamos a tarde enfurnadas em lojas e mais lojas, eu não me importava, gostava de passar esse tempo com ela.

—Você vai me dizer o que está acontecendo? -Sondou durante a nossa pausa na praça de alimentação.

—O quê? -Questionei com um sorriso confuso, ela suspirou.

—Eu passei a semana toda te ligando Bella e você estava sempre triste. O que está acontecendo? E não diga que eu estou paranoica porque até Lexi percebeu. -Meu sorriso desmanchou, meneei a cabeça.

—Não quero falar sobre isso Lizzie.

—Você precisa falar. -Encarei seus olhos verdes cheios de carinho e tomei coragem, contei a ela tudo o que aconteceu, Lizzie apenas me ouviu em silêncio, depois que eu terminei ela chamou a garçonete pedindo mais um milk-shake de chocolate. Esperei pacientemente. -Quando pretende contar a ele? -Sua pergunta direta me pegou de surpresa. Eu não tinha resposta.

—Eu não sei.

—Se demorar muito Tony pode não te perdoar.

—Eu sei. -Suspirei passando a mão pelo cabelo recém-cortado que agora estava na altura dos ombros.

—Eu não vou dizer nada por enquanto, mas você precisa resolver isso. -Assenti.

—Obrigada. -Murmurei, Lizzie anuiu um momento antes de chegarem com o seu pedido, ela agradeceu com um sorriso e assim que a garçonete se afastou ela tomou tudo de uma única vez, uma garotinha nos encarou de olhos arregalados e quando ela se inclinou para fazer a mesma coisa com o seu milk-shake de morango, Lizzie balançou a cabeça para ela que parou no mesmo momento. -Eu ia dizer que você parecia bem tranquila com tudo isso, mas acho que não. -A garota sentada em minha frente voltou a olhar para mim.

—Eu só preciso absorver, quem sabe mais tarde. -Anui.

Depois da nossa conversa voltamos para as lojas, mas a animação já não era mais a mesma, Lizzie estava distraída então decidimos encerrar nosso passeio e ir para casa, mas antes que pudéssemos nos afastar da última loja que estávamos, uma figura baixinha começou a se aproximar e eu entrei em pânico, era “Alice Cullen”.

—Vamos pelo outro lado. -Lizzie franziu a testa.

—Por quê?

—Eu explico depois. -Seus olhos encontraram Alice que havia sido interceptada pelo companheiro. -É ela? -Indagou com um leve sorriso nos lábios.

—É. -Ela me encarou com um olhar reprovador.

—Não vai fugir, vai?

—Eu não consigo Lizzie, vamos embora. -Choraminguei ao ver que Alice continuava se aproximando.

—Tudo bem. -Cedeu me puxando na direção contrária, olhei por sobre o ombro vendo Alice me encarar brava.

—Ela está com raiva. -Lamentei.

—Sim, eu sei. -Lizzie me arrastou para fora e assim que chegamos ao estacionamento ela tomou as chaves da minha bolsa. -Eu dirijo. -Apenas concordei vendo ela abrir a porta de trás e jogar as últimas sacolas lá dentro, mesmo que quase já não houvesse espaço. Entrei no carro enquanto Lizzie assumia a direção. -Você não poderá fugir para sempre. -Acusou.

—Mas ela estava brava, você viu.

—Eu sei, mas você precisa resolver isso mamãe, precisa deixar o passado ir.

—Eu não sei se consigo. -Lamentei.

—Tem que conseguir, eu não quero vê-la infeliz. -Olhei pela janela tentando conter as lágrimas que ameaçavam transbordar. -O marido dela é empata. -Soltou depois de um longo tempo de silêncio, encarei ela confusa.

—Quem? Jasper? -Ela assentiu.

—Ele estava tentando controlar a raiva dela, mas havia muitos outros sentimentos, a aura dele estava um pouco confusa.

—Você acha que ele pode ser também? -Lizzie deu de ombros.

—Teremos que investigar para ter certeza.


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Notas finais do capítulo

Antes de vocês saírem, eu quero explicar uma coisa pra vocês.

Elizabeth tem mais de um dom (isso vocês devem ter percebido). Seu primeiro dom é a "Empatia", ela pode sentir e influenciar os sentimentos de qualquer pessoa, como Jasper, e dependendo da força do laço com a pessoa ela pode senti-lo de qualquer lugar do mundo, esse dom geralmente não a afeta como faz com Jasper, ela tem a capacidade de bloquear todos os sentimentos externos, mas dependendo da força do sentimento e da ligação entre eles, como é com Bella, Lizzie pode sentir o mesmo sentimento em pequena porcentagem ou às vezes dobrado, algumas vezes ela pode passar muito mal com isso, ela pode se sentir quente e meio enjoada, às vezes sentir dores de cabeça e tontura, e pode ficar inconsciente por dias, dependendo da quantidade de energia gasta para estabilizar esse sentimento.

Seu segundo dom é a 'Telepatia', mas não exatamente como Edward. Lizzie pode saber o que qualquer pessoa está pensando, e qualquer segredo que o outro esteja tentando esconder naquele momento, mesmo que não esteja pensando nisso; no entanto, seu dom está limitado pelo toque, como Aro Volturi (se você se lembrar dele). Diferentemente de Aro, Lizzie não é capaz de ver todos os pensamentos já tido por eles, inclusive os passados, mas apenas os momento presente. Lizzie não precisa de muito tempo para capturar o pensamento que ela quer, apenas um rápido toque é o suficiente, mas ela precisa está bastante concentrada e ter em mente a informação que ela deseja se quiser saber dos pensamentos ocultos e deve incentivar a pessoa a conversar sobre isso. Dependendo do quão difícil a informação seja, ela pode sentir ume leve dor de cabeça e se sentir levemente nauseada.

E então o que acham? espero que tenham gostado...
Nos vemos no próximo, little stars. Bye Bye ♡.



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