Estrela da Alva escrita por Princesa Dia


Capítulo 13
Pesadelo ou sonho?


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente!

Como eu não postei semana passada, já me desculpando por isso (*  ̄︿ ̄), eu decidi postar mais um capítulo hoje, além do mais é um capítulo curtinho, então espero que gostem. ♡.



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POV. Bella Swan

Senti os raios da manhã invadirem o meu quarto e tocar a minha pele transmitindo um calor agradável ao meu corpo, suspirei abrindo os olhos lentamente e encontrando um ser parado em frente à minha janela, sentei-me imediatamente ereta.

—O que faz aqui? -Perguntei seca, ele me encarou com raiva.

—Precisamos conversar. -Sua voz firme não me intimidou.

—Não temos nada para conversar. -Respondi jogando os lençóis para o lado e me levantando, segui em direção ao banheiro, mas Edward pegou meu braço assim que passei por ele.

—Nós vamos conversar e você vai me explicar direitinho por que falou daquele jeito comigo nem que para isso eu tenha que te trancar neste quarto. -Puxei meu braço bruscamente enquanto nos encarávamos, Edward estava com raiva, eu podia ver em seus olhos, mas eu não estava nem aí, não depois de ontem.

—Quer saber por que eu  te chamei de idiota? -Questionei irônica, ele estreitou os olhos. -Por que você é. Agora saia do meu quarto. -Exigi irritada, mas ele não se moveu.

—Você não me conhece garota, não tem nenhum direito de me ofender daquele jeito. -Sua voz era cortante como gelo, mas eu não recuei.

—Ô peninha, você se ofendeu..? -Falei sarcástica, seus olhos se estreitaram em fendas, mas eu continuei. -Eu não estou nem aí para como você se sentiu, você não tinha o direito de me tratar daquele jeito e como eu já falei antes eu não vou aceitar mais as suas humilhações. -Rebati lhe dando as costas antes que ele pudesse me segurar novamente.

—E eu não vou admitir você se metendo na minha vida. -Ele gritou exaltado, mas eu continuei o meu caminho.

—Vá pro inferno e de preferência só com a passagem de ida. -Falei lhe lançando um último olhar mais gélido que as suas palavras.

Bati a porta do banheiro com força e me encostei à ela sentindo o meu corpo trêmulo; a quanto tempo não tínhamos um confronto como este? Mas o que eu poderia ter feito? Edward me tratou como se eu fosse um lixo ontem, eu não poderia simplesmente esquecer as palavras amargas que saíram da sua boca, senti as minhas pernas inesperadamente fracas e escorreguei pela porta até o chão. Edward de alguma forma se tornara essencial para mim, como o ar necessário, eu estava apaixonada por ele e não sei dizer como ou quando isso começou, só sei dizer que o amava com todo o meu coração e seria capaz de qualquer coisa por ele, mas Edward jamais corresponderia a esse sentimento.

Senti o meu corpo encontrar o piso gelado e me enrolei na forma fetal, como eu queria que minha mãe estivesse aqui nesse momento, senti as lágrimas em meu rosto e fechei os olhos respirando com dificuldade, uma sensação de calma inundou o meu ser ao me lembrar dos olhos chocolates da minha mãe, mas essa tranquilidade foi rompida por um grito cortante. Abri os olhos assustada e os meus sentidos se aguçaram com a possibilidade de um ataque, a escuridão havia tomado o ambiente tornando ele mais assustador, me encolhi no lugar onde estava. Uma silhueta ao longe me fez levantar cambaleante e seguir até a ela, suas passadas eram largas e decididas, eu conhecia aquele andar.

—Ei!!! -Gritei tentando chamar a atenção daquela pessoa, mas ele não parou, nem parecia ter me ouvido. -Ei!!! Espere.... volte aqui. -Gritei a plenos pulmões, dessa vez a silhueta parou; me aproximei cautelosa temendo ser uma armadilha, mas no fundo eu sabia que não era, minha cabeça estava aflita com a sensação de déjà vu e de alguma forma eu sabia que precisava pará-lo, eu precisava impedi-lo de continuar. -Joseph? -Ele se virou lentamente revelando olhos esmeraldas e o ar ficou preso em meus pulmões, um sorriso encantador que prendeu a minha atenção.

—Me perdoe, minha Bella.—Ele deu um passo para trás e o pânico invadiu o meu peito.

—Não. Edward, por favor, não vai. -Implorei com lágrimas em meus olhos, tentei me aproximar, mas eu não conseguia me mover; Edward se afastou mais de mim. -Edward, eu estou implorando. Não vai.

—Eu preciso. É para te proteger.

—Eu não quero que me proteja, quero que fique comigo.

—Eu não posso. -Sua voz chegou até mim como um sussurro ao vento e logo ele desapareceu me deixando sozinha com a minha solidão. Um medo sufocante povoava os meus pensamentos, a certeza de que algo terrível ainda estava por vir. Meus olhos percorreram freneticamente o local ao ouvir passos, mas tudo estava completamente escuro. Uma gargalhada estrondosa me fez estremecer, mas ainda sim permaneci no mesmo lugar.

—Ora, ora, ora, se não é a minha filhinha querida. Como vai às coisas Mary? Sentiu saudades de mim? -A voz irônica de Virgíny me deu vontade de chorar, mas me controlei, eu temia que o pior já tivesse acontecido.

—Onde ele está, Virgíny? -Perguntei com a voz firme, mas o nó em minha garganta me fazia ter dificuldades para respirar.

—Quem? Seu namoradinho? -Perguntou dando voltas ao meu redor, seu vestido vinho e longo balançando, as mesmas palavras, as mesmas atitudes. -Bem... James esteve um pouco ocupado com ele. -Sua voz era fria e a sensação de fracasso invadiu o meu peito, as lágrimas que eu tanto segurei irromperam rolando por minha face.

—Eu vou matar você. -A desgraçada riu enquanto eu era sufocada pela culpa.

—Querida, sabemos que você jamais seria capaz disso. Você é uma inútil Mary, e quando eu tiver todos os seus poderes em minhas mãos eles serão bem mais aproveitados.

—Nunca. -Ela riu novamente.

—Esse momento está mais perto do que imagina, querida, mas antes eu vou fazer você sofrer. Eu vou fazê-la implorar pela morte. Eu vou tirar todos de você assim como sua mãe fez comigo.

—Não fale dela. Você jamais chegará aos pés da minha mãe, por isso que meu pai a escolheu e não a você. -Cuspi as palavras em sua cara e seus olhos brilharam com fúria contida, mas eu não tinha medo.

—Você pagará caro por suas palavras, garota. -Assim que terminou de falar ouvi novos passos, James apareceu arrastando um homem, eu sabia quem era, reconheceria os cabelos bronzes mesmo entre a multidão, ele estava ferido, muito ferido; a perna esquerda, o braço direito e os dedos em um ângulo extremamente assustador, o rosto inchado, talvez pelos socos que levara, o maxilar provavelmente deslocado, sangue escorria de todas as cavidades, ele sofrera nas mãos deles e ainda sofria.

—Não!!! -Gritei caindo de joelhos diante dele, sentia o meu coração morto naquele momento, o desespero já não podia ser contido. Ele levantou a cabeça com dificuldade e seus olhos me encararam com um pedido de desculpas, um pedido de desculpas que ele não deveria pedir, eu era a responsável por aquela atrocidade, eu deveria estar no lugar dele.

—Eu vou te dar o privilégio de ver o seu queridinho morrer.

—Virgíny, por favor... não... não faz isso. -Implorei ainda de joelhos, ela sorriu.

—E por que eu deveria ouvi-la, meu bem? -Olhei para o homem moribundo em minha frente.

—Eu... eu faço o que você quiser, qualquer coisa,  mas deixe ele voltar para casa.

—Bella, não... -O homem murmurou meio engasgado, mas eu o ignorei.

—Você, querida, fará o que eu quiser, você não tem escolha, mas o seu amiguinho... bem... acho que não tem finalidade nenhuma para mim, James...

—Não, por favor não... -Falei me arrastando até eles, Virgíny me agarrou pelos cabelos me fazendo levantar, tentei lutar sem sucesso; James o ergueu com agressividade e o mordeu, seus lábios se abriram em um grito, mas nenhum som saiu e eu vi sua vida se esvair pouco a pouco.

—Me perdoe, Bell's. -Seu sussurro foi como uma faca em meu coração, aquelas não eram as palavras de Edward que teve seu corpo jogado no chão já sem vida, as palavras eram de Joseph, pouco antes da sua morte; meu coração se comprimiu ainda mais e os soluços não demoraram a vir, Virgíny me jogou no chão ao lado do seu corpo e eu o abracei esperando quem sabe passar o calor do meu corpo para o seu já frio.

—Não... por favor... por favor... não. -Ouvi a gargalhada de Virgíny vindo de todos os lugares, me sufocando. -Edward, por favor, não me abandone... por favor, volte para mim... por favor... por favor.

—A culpa é sua, Bella. -Era a voz de Joseph e eu me senti fraca ao ouvi-la.

—Me perdoe, por favor... me perdoe...

—Bella! Bella! -Ouvi a sua voz urgente vindo ao longe e eu me assustei, me encolhendo mais ao seu corpo e cerrando os olhos firmemente. -Vamos lá amor eu estou aqui. -Arregalei os olhos ansiosa por vê-lo e ele estava ali, seus olhos dourados me encarando com preocupação, chorei ao vê-lo bem, ao sentir seus braços frios me envolverem e Edward me apertou mais em seu abraço, me agarrei mais a ele enquanto soluçava.

—Shiii... querida, calma foi só um sonho.

—Eu tive... tanto medo Edward... tanto medo de... de te perder. -Falei entre soluços, Edward afagava meus cabelos.

—Shiii... eu estou aqui, minha Bella. -Meus olhos subiram para os seus e naquele momento eu soube o que eu precisava, eu precisava dele, precisava senti-lo, não me importava as consequências do dia seguinte, eu o queria naquele momento. Me estiquei sobre ele alcançando os seus lábios, Edward não resistiu a minha investida; o beijo no começo foi calmo, tranquilo, mas logo passou a ser urgente, Edward também ansiava por isso, mas da mesma forma que começou também terminou.

—Bella...

—Por favor, Edward. -Falei com as lágrimas em meus olhos, não suportaria ser rejeitada mais uma vez por ele, Edward me encarou em silêncio e quando eu estava quase me conformando que não o teria mais, Edward me beijou, um beijo urgente e apaixonado. Eu não queria pensar em nada que não fosse ele comigo e em seus braços ao meu redor, Edward era a minha cura, a minha luz, a minha estrela da alva depois da noite escura, talvez eu não o tivesse pela manhã, mas eu o teria naquela noite.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, vejo vocês no próximo.

Bye bye. ♡.



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