Meninos são idiotas, Justin Bieber mais ainda;

POV Chaz

- Ei, Chaz! – Ry falou, entrando no táxi.

- Hm?

- Fala pro Chris que ele é um idiota.

- Não, precisa Ryan. Eu já ouvi, não sou surdo como você. – Chris

respondeu se atravessando na minha frente.

Eles não paravam de gritar um com outro. O taxista me olhava assustado. Pois é, tio... Imagina suportar esses dois o dia inteiro.

- EEEI! – berrei. Assustando ainda mais o taxista, que devia ter uns 28 anos.

Coitado, é que ele não sabe da história. É que o Ryan acordou no meio da noite, encheu a cara do Chris com espuma de barbear, que ele diz ser dele. Mas eu sei que é do pai dele.  Quando o Chris acordou, pensou que fosse eu. Quando acordei, levei um soco  --‘  Fui tirar satisfação e descobrimos, foi o Ryan. Eu perdoei o Chris, mas ele e o Ry estão nessa briga até agora.

Sim, isso é confuso.

POV Bella

Eu estava nervosa. E se meu pai visse tudo? Isso é mau, muito mau.

- Bella? Bela Adormecida?

Eu ainda não havia notado. Eu ainda estava de pijama, sentada na cama. Minha cara devia estar ótima.

- Bella? Seu zumbizinho. – OK, zumbizinho? --‘

- Ham? Eu já acordei. Estou viva.

- Ok, é o seu pai. – ela falou cautelosa, gaguejando um pouco. – ele quer falar com você.

FUDEU! (desculpa os palavrões) Meu pai já sabe de tudo, ele vai me matar.

Peguei o telefone de mal vontade. Ouvi a voz dele, um simples Oi.

- Er, hum... Oi pai.

- Bella? Tudo bem aí?

- É, sim! – hesitei em responder.

- Huum... Eu imagino. Eu tenho um assunto a tratar com você.

Ai meu Jesus Cristinho! É agora. Ele vai me deportar pro Afeganistão.

- Olha pai, aquele beijo não foi nada, eu te juro. Nada mesmo. Ele me agarrou, é serio. Se aqueles homens não tivessem me arrancado de lá...

- Isabella? Que beijo?  - ele me interrompeu.

Ooops, ele não sabe do beijo. Agora sabe. Mas não sabe com quem. Eu joguei a história toda pra ele. Agora sim ele sabe.

- Nenhum, foi meu sonho! – expliquei. 

- Huuum, sei. Mas voltando ao assunto, é o seguinte: você já pensou em morar aqui comigo?

- Já, muitas vezes. Quando digo muitas foi a pouco tempo. Mas não. No momento não penso em morar com você, sua vaca e os bezerrinhos.

- Bezerrinhos? Vaca?

- Sim, sua mulher e seus filhos.

- Isabella, Bernardo e Mariana gostam de você. Clair também. Ela é como uma mãe pra você.

- De jeito nenhum, pai. Eu tenho uma mãe, Clair é só uma mulher pra mim. Tia, prima, amiga, muito menos mãe se enquadram no papel dela na minha vida. Entenda isso. E eu estou feliz aqui, tem a mamãe, ela precisa de mim. E eu já fiz vários amigos. – na verdade 2 – Não podia estar mais feliz.

- Se você pensa assim. – falou, tristonho. – Mas se mudar de ideia, eu estou aqui, ok?

- Tudo bem pai, tenho que desligar. Eu amo você.

- Eu amo mais.

- Não, é eu que amo mais. – falei, com voz forçada de criança.

- Então tá. Eu amo mais, tchau. – e desligou.

- Sinto sua falta. – murmurei, baixinho.

Escovei meus dentes, tomei banho; aproveitei e liguei pra Mariah. Ela quase surtou, me contou o que ocorria lá e tudo mais. Liguei a TV. Canal de noticias, Oprah outra vez não, E! News.

Esse mesmo, eu gosto da E!

A mulher falava com um sotaque californiano, que eu odeio. Poxa, a E! fica em NY e ela fala com esse sotaque? E ainda só falava sobre a Kim Kardashian. Eu odeio ela. Por vários motivos. Que todos já sabem. Foi quando ela tocou no nome do Justin.

- Justin Bieber, saiu hoje á manhã. Com a mais nova amiga, a socialite Kim Kardashian. Veja o VT.

“Justin e ela saiam do café, rindo, ela abraçava ele ás vezes. Kim chegou perto da câmera e disse: ‘Ele é um amor, eu podia até casar com ele!’ A repórter perguntou pra ele o que achava e eu simplesmente não acreditei no que ele disse. ‘Casar com a Kim? Sem problema nenhum! É o sonho de qualquer cara’. “

Isso foi a gota d’água pra mim. Eu já aturei demais.

“Estranho não? Justin Bieber, está... confuso? Esp...”

Não agüentei, desliguei a TV. Se aquela mulher falasse mais alguma coisa, eu ia até o estúdio colocar uma fita naquela boca dela. A raiva tomava conta de mim. Como o Justin teve coragem de dizer aquilo? Ele feriu meus sentimentos, eu me senti um lixo. Um nada. Uma ‘qualquer’. Ele me usou. Foi quando levantei do sofá e dei de cara com a minha mãe. Ela me olhava com solidariedade, um olhar de mãe.

- Se quiser privacidade, eu não entro no seu quarto. Pense bem, você já tem idade pra saber o que quer. Ele deve ter uma boa desculpa, mas nem sempre a melhor desculpa é verdadeira. Chore, o quanto puder. Te amo.

Então a lágrima teimosa que insistia em cair a tempos, caiu. E depois dessa, várias. Eu abracei minha mãe. Eu sempre achei ela tão louca, tão... Anormal. Mas agora vejo quem ela realmente é.

Eu passei o dia lamentando. A noite minha mãe saiu com o seu “namorado”. Sim, eles estavam sérios.

Eu decidi sair daquele quarto e enfrentar a situação. Fiquei brincando com o Freddie, meu porquinho-da-india. Até que a campanhinha toca. Dei de cara com um menino, bonito por sinal.  

- Oi, você deve ser Isabella. Eu sou o Chaz, amigo do Justin. Soube do acontecido, tia Pattie me disse que você morava aqui e...

- Pode entrar! –falei, animada. Esse Chaz me parece legal.