Inabalável SARA escrita por tsubasataty


Capítulo 18
2.




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Cada um tem sua própria batalha.

 

— Vire a esquerda, agora continue reto nos próximos 3 quarteirões. – Iara dava as instruções até a casa de Sara, provavelmente o único lugar seguro em toda aquela cidade que em breve ficaria infestada de zumbis.

— Em cerca de uma hora eles devem chegar até o complexo – Mike disse, fazendo cálculos mentais rápidos – E em até duas horas vão estar avançando pela zona leste.

— Vai dar tempo – Sara disse, sem desviar os olhos da rua a sua frente.

Tom dirigia a 100 km/h e as feições em seu rosto estavam sérias, tensas. Tinha acabado de perder 2 companheiros e de jeito nenhum iria fracassar com mais alguém.

— Ali, é aquela casa ali! – Iara disse, apontando para uma residência de 2 andares.

Quando estavam chegando perto, viram de repente um enorme e desconhecido helicóptero preto avançando pelos céus.

— Aquilo não é da Ressurreição – Mike murmurou perplexo.

De quem será aquilo? – Iara indagou, mesmo sabendo que nenhum deles teria a resposta.

Enquanto seguiam em frente, observando atentos o helicóptero, viram do nada uma mulher surgir em cima do telhado.

Iara espremeu os olhos e levou um susto na hora.

— O que aquela doida está fazendo?! – ela disse, abrindo às pressas a janela. Começou a gritar – SARA! Sou eu, Sara!

Já estavam no início do quarteirão da casa de Sara quando os três viram algo que fez todos os pelos de seu corpo se arrepiarem de uma vez.

O grande helicóptero preto fez mira em algo que estava alcançando a zona oeste da cidade e, um segundo depois, todos ouviram a enorme explosão. No chão, protegidos por casas e pelo metal do carro, o trio continuou inteiro. Mas Iara viu com horror sua amiga ser atingida em cima do telhado por um vendaval que fez com que ela perdesse o equilíbrio e caísse rolando no telhado.

Um grito animalesco saiu da garganta de Iara quando ela viu a companheira cair de cima do telhado, em direção ao chão de sua casa.

Agora, mais do que nunca, eles precisavam correr.

De carro, conseguiram chegar rapidamente até a casa ao lado da residência de Sara. Usando as técnicas que aprendeu em seu treinamento, Iara abriu às pressas o portão e Tom levou o carro ali pra dentro. Fechou e trancou o portão e todos seguiram até os fundos da casa. Conseguiram colocar nas bolsas e mochilas todas as sacolas com frutas e peixes que estavam no carro e continuaram adiante.

— Não está aqui... – Iara disse, assim que chegaram ao fundo da casa – A corda para escalarmos o muro não está aqui...

Com uma veia de preocupação saltando da testa, Iara demorou a se lembrar de que havia uma corda em sua mochila. Quando enfim se lembrou, soltou um grito de exclamação e vasculhou suas coisas até encontrar o objeto. Entregou para Tom e, com uma troca de olhares mudos, ele entendeu o que ela queria que ele fizesse.

Rápido, Tom foi dando pequenos nós na corda e, quando terminou, entregou para Mike.

— Amarre na ponta de alguma flecha sua de metal e atire aqui – apontou em seguida para o alto – Temos que conseguir escalar este muro.

Trabalhando em uma sintonia absurda, o trio não demorou até conseguir colocar seu plano em ação. Assim que Mike, com sua mira perfeita, acertou a flecha no alto do muro, um a um, eles começaram a escalar o muro.

— Sara, Sara! Estou chegando, Sara! – Iara não parava de gritar, todavia tudo o que obtia em resposta era um silêncio absoluto.

Sua preocupação com a amiga estava nas alturas.

Iara, sendo a pessoa mais leve, foi a primeira a escalar. Quando chegou ao topo, jogou a corda de Sara na direção dos amigos e os dois escalaram rápidos por ali. Puxaram ambas as cordas de volta e desceram, novamente um de cada vez, o muro da casa de Sara.

Quando alcançou o chão, com horror, Iara viu onde estava a companheira. Seguiu na direção dela e ajoelhou-se com cuidado ao seu lado. Murmurou baixinho seu nome, colocando levemente a mão em seus cabelos ensanguentados, porém não recebeu resposta alguma.

Na frente do trio, Sara estava caída no chão, inconsciente e completamente imóvel.


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Notas finais do capítulo

Não sei o que dizer.....
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