Lucky Charm escrita por vanprongs


Capítulo 1
Amuletos, percepções e tratos feitos.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem?
Quanta saudade eu tava de escrever uma Jily gostosinha para vocês! Bem aqui estou eu com um plot do @fanctions que na hora que me mandaram eu dei um berro (verdadeiro): EU VOU ESCREVER ISSO. Um dia depois e eu estou aqui, postando a história!
Esse plot vai ser dividido em duas partes, a primeira é essa bem levinha e como Sirius convidou a Lily para narrar um jogo do James.
Enquanto a segunda parte (que não é surpresa, porque né) é o brotp do pop Lily + Sirius narrando o jogo mais clássico do mundo Grifinória e Sonserina!
Espero que vocês tenham uma boa leitura e se divirtam. ♡



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i won't forget you even if you let me go.
 i won't regret you 'cause I'm the lucky one.

Era sábado de manhã. O primeiro jogo da Grifinória do ano. James estava em seu sétimo ano. Como ele conseguiria balancear suas responsabilidades como capitão do time e monitor chefe quase ninguém sabia, mas até aquele momento (trinta e cinco dias nas duas posições de comando) o maroto conseguira lidar super bem com os afazeres, principalmente porque seu relacionamento com Lily Evans havia evoluído de eu-não-saíria-com-você-nem-que-só-existisse-você-no-mundo para conversas civilizadas, livros emprestados e risadas fora de hora desde o final do sexto ano.

Ele lembrava do sábado chuvoso do ano passado quando subitamente na mesa de café da manhã enquanto ele enfiava um pão recheado com creme de baunilha e abóbora na boca, Evans lhe abordou.

— James, você poderia me emprestar algum livro de Quadribol? Eu tenho tido muito tempo livre e gostaria de saber mais... Já que Marlene sempre me faz ir aos jogos e talvez eu esteja gostando. – a ruiva comentou normalmente antes de dar um gole em seu suco de abóbora e levantar as sobrancelhas.

Potter balançou a cabeça ao ver a expressão de McKinnon a sua frente. Ele não deveria focar em nada relacionado a Lily, não naquele momento, mas era impossível. Afinal, Lily era seu amuleto da sorte. Nos últimos jogos do ano anterior James sabia que seu time só havia ganho, de forma invicta, porque Evans estava na arquibancada. Torcendo. Vibrando. E até mesmo gritando o nome do maroto para que ele corresse logo atrás do pomo e não ficasse sorrindo igual um idiota para ela.

— Ei, capitão. – Marlene o chamou. – Temos um jogo para vencer. Ou você se perdeu nessa mente esquisita que você tem?

O moreno riu e bateu seu ombro ao da garota quando passou pela morena, fazendo-a murmurar um xingamento baixo e segui-lo até a porta de saída do vestiário. Eles andavam lado a lado, em passos lentos e mais para trás do restante do time que conversava animadamente sobre a festa da vitória que aconteceria no Salão Comunal mais tarde. O capitão olhou para sua companheira de jogo que revirou os olhos. Eles sempre contavam vitória antes da hora, e isso os irritava demais.

— Ei, capitão. – uma voz chamou-o animada, fazendo com que o maroto virasse com um pequeno sorriso ao arrumar os óculos que estavam na ponta de seu nariz. Ele observou Evans ao lado de Remus, andando até os outros dois. – Bom primeiro jogo. – ela sorriu docemente fazendo algo se aquecer dentro de James ao ver as sardas de todo o rosto dela tão de perto.

Em questão de segundos Lily colocou-se na ponta dos pés e aproximou seus lábios da bochecha de Potter, deixando um leve beijo estalado ali. O garoto sorriu e bagunçou os próprios cabelos, um tique nervoso que ele sempre tinha quando estava perto dela.

— Obrigado, Lils. Nos vemos lá em cima.

— Espera. Eu sou sua melhor amiga e não ganho nem um abraço de boa sorte? – Marlene perguntou incrédula ao ver a ruiva se afastar do time.

— Eu tenho certeza de que você vai ser uma batedora maravilhosa hoje, Marls! – a garota que andava em direção a arquibancada da casa daqueles de coração de leão gritou e levantou a mão com o punho fechado. – Vaaaaaaaaai, Marlene! – torceu e soltou uma gargalhada, virando-se rapidamente e piscando para a amiga que lhe encarou sem emoção alguma.

— Vamos fingir que o desejo de bom jogo dela para mim foi mil vezes melhor do que para você, não aceito perder, principalmente para James Potter. – McKinnon murmurou ao olhar para o amigo pelo canto dos olhos.

— Que sorte você tem então em estar na Grifinória, meu bem, porque eu sou o melhor apanhador que Hogwarts já teve e terá o prazer de conhecer!

— Melhor que você.... Só seu filho com a Evans, hein Prongs? – Sirius surgiu ao final do corredor, indagando para o melhor amigo.

— Uh, Black. – Marlene o cumprimentou virando a cara.

— McKinnon, por favor,  não vamos fingir que nos odíamos. Eu sei que você me adora. – Padfoot soou convencido, fazendo o capitão revirar os olhos e passar pelo amigo, chegando perto das vassouras. – Prongs, tenho certeza de que você vai se sair muito bem hoje, estarei narrando tudo. Não me faça passar vergonha, por favor.

— Sua crença em minhas habilidades e no time da Grifinória fazem qualquer pessoa achar que você é meu fã número um, Padfoot.

— Mas eu sou! – o locutor soltou uma risada seguida de uivo e passou as mãos por seus cabelos compridos. – Bom jogo, Lene!

— Obrigada, querido. Espero que hoje eu não ouça nenhum comentário sobre como eu tenho malhado meus glúteos. – a morena piscou e andou até sua vassoura, ao lado do capitão do time.

— Como locutor eu devo comentar os fatos, McKinnon. Aceita ou surta, longe de mim de preferência. – Sirius informou ao dar passos até uma pequena porta no corredor. – Agora eu vou ao meu lugar. Bom jogo, suckers! – desejou e levantou os polegares sorrindo antes de sumir.

Logo os membros do time se reunião na frente do capitão que os encarou com um sorriso presunçoso ao segurar sua vassoura com mais força e trocar o peso do seu corpo de perna.

— Vamos mostrar que o time da Grifinória não teve uma temporada boa só ano passado.

E todos entraram no campo levantando toda a torcida vermelha e dourada que gritava o nome dos membros do time e os incentivava a jogar.

A professora chegou perto dos capitães e olhou de um para o outro, com um sorriso doce nos lábios.

— Lembrem-se das regras. Vamos jogar. – falou rapidamente e olhou para trás, onde Sirius estava, acenando com a cabeça para que ele pudesse começar a narrar.

— Primeiro jogo do ano é de leões e texugos, que o melhor time vença. E eu realmente espero que seja a Grifinória, ouviu Potter? Apostei alguns galeões que levaríamos a vitória, então já sabe. – Black começou a falar antes dos membros de ambos os times estarem no ar. – Agora vamos começar esse jogo!

Imediatamente os jogadores do dia deram impulso com seus corpos e foram para o ar, a professora e juíza liberou primeiro a Goles e sem demora os balaços, no momento em que os artilheiros e batedores começaram a jogar e os apanhadores apenas observavam tudo, ela liberou a mais esperada. O pomo de ouro.

James inclinou sua vassoura para baixo o mais rápido que pode e manteve seus olhos na pequena bola dourada que voava rapidamente pelo campo.

Os membros do time da Grifinória estavam em formação quando Fabian Prewett iniciou o movimento treinado há algumas semanas com Amelié Bones.

— Aparentemente Prewett achou que era uma boa ideia começar um movimento extremamente arriscado no início do jogo. – Black voltou a falar em um tom de voz esnobe. – Ouch, Diggory quase acertou um balaço no cara. Vamos com calma, Amos. O jogo começou não tem nem vinte minutos. E boa defesa, McKinnon! – ele parabenizou a menina e soltou um riso leve. – Aliás, muitos de vocês têm acreditado em alguns rumores sobre Fabian estar saindo com a Marlene e coisas do tipo. Eu posso afirmar que isso é totalmente mentira já que ontem a noite ao invés de descansar nossa adorada McKinnon estava… - um balaço passou raspando por Sirius que encarou a morena com um taco apontado para ele e uma feição nervosa. – Podemos ver que o time da Grifinória não está para brincadeira hoje, já que eu ia falar que você estava treinando. Meu Merlin, como você está estressada, eu sei algumas maneiras de te fazer desestress… - e antes que Sirius pudesse iniciar um diálogo com a jogadora, James passou em uma velocidade alta em frente ao melhor amigo fazendo-o se levantar e pegar o microfone. - ESSE É JAMES POTTER, MEUS QUERIDOS. ELE VAI ATRÁS DO POMO. OLHEM BEM PARA OS BÍCEPS MALHADOS DE JAMES, MENINAS, EU JURO PARA VOCÊS QUE É MALHAÇÃO DE VERDADE. – um cochicho no ouvido do menino foi feito por McGonagall. – Oh sim, perdão professora, eu sei que a narração do jogo não é lugar para arrumar namorada e eu não estou tentando. Só estou aumentando o fã clube do Prongs.

Com um aceno Minerva fez com que Sirius senta-se novamente e bufasse, o moreno continuou a narrar o jogo sem muitas emoções por ter sempre seu ombro cutucado quando começava a gritar com o quão burro Prewett estava sendo em não fazer a maldita Goles atravessar um dos aros quando ele tinha oportunidade. Ou como Marlene estava sendo uma batedora excelente, principalmente por ter acertado a cabeça de Diggory. O que fez com que o time da Lufa-Lufa tivesse uma certa desvantagem por estar seu seu próprio capitão.

— AQUILO QUE EU VEJO É JAMES CHARLUS POTTER VOANDO FELIZ PERTO DA ARQUIBANCADA DA GRIFINÓRIA? – o narrador perguntou em um tom alto se colocando em pé em sua própria cadeira. – VOCÊ É MEU ORGULHO PRONGS. ISSO NA SUA MÃO É O POMO DE OURO NÉ?

James soltou uma risada ao ouvir Sirius narrar e piscou para Lily que o encarava de alguma forma encantada, deu um impulso em sua vassoura e foi para perto do amigo. Jogou o pomo para cima e o pegou novamente, piscou para McGonagall e ouviu a torcida de sua casa vibrar e começar a gritar seu nome.

— EU FALEI PARA VOCÊS QUE A GRIFINÓRIA IA GANHAR ESSE JOGO. SÃO DUZENTOS PONTOS PARA A GRIFINÓRIA CONTRA CEM DA LUFA-LUFA. TEMOS QUE MELHORAR OS ARTILHEIROS PRONGS, MAS FORA ISSO, VOCÊ FOI IMPECÁVEL COMO SEMPRE. O MAIOR JOGADOR DE HOGWARTS DE TODOS OS TEMPOS ESTÁ NO NOSSO TIME. – Black subiu em sua mesa e levantou os braços, apontando para Potter que ria do amigo. – E eu só tenho mais uma coisa a dizer, sei o nome de cada um que apostou contra o meu time, quero meus galeões. – disse baixo e fez uma reverência para a torcida e para os jogadores, virou e fez uma para os professores, recebendo um olhar severo de Minerva. – Sirius está indo para a comemoração.

Um tempo depois no Salão Comunal da Grifinória, James ria de algum comentário que Peter fazia sobre o quão incrível havia sido o modo que Prongs mergulhara no campo para pegar o pomo de ouro, o moreno de óculos tomou mais um gole da bebida contrabandeada pelos outros Marotos e olhou ao redor, encarou Lily que o observava e deu um sorriso para a ruiva, que lhe sorriu de volta prontamente.

— Eu estarei de volta em alguns minutos. – murmurou com a certeza de que nem Peter e nem Remus ouvirão e passou por algumas pessoas que o cumprimentaram pela vitória até conseguir chegar na ruiva. – O que achou do jogo hoje, Evans?

— Você foi bem. – Lily sorriu docemente com um brilho divertido no olhar. – Mas Marlene foi sensacional.

Potter deu uma risada nasalada e balançou a cabeça de um lado para o outro sem deixar os seus olhos castanho-esverdeados perderem o contato com os olhos verdes e brilhantes da menina.

— Um dia você vai admitir que eu sou um jogador maravilhoso, Lily. – ele disse sorrindo e a garota inclinou a cabeça para o lado, divertida. – O que foi?

— Remus me falou que desde que eu comecei a assistir os jogos vocês não perderam nenhuma partida. – murmurou em uma confissão e fechou os olhos nervosamente. – Ele disse que de acordo com alguns alunos de todas as casas. – fez um gesto com a mão para tentar explicar. – Eu sou um amuleto da sorte da Grifinória.

Ele passou as mãos nos cabelos, bagunçando-os mais uma vez. Mordeu os lábios e a encarou. Ainda atônito. Deu um pequeno sorriso para ela e levantou os ombros, dando com eles, levemente.

— Talvez você seja meu amuleto da sorte, Evans. – James murmurou antes de tomar um gole de sua bebida.

— Potter, isso é firewhiskey? – a ruiva perguntou com uma ruga questionadora na testa e uma sobrancelha arqueada.

— Você precisa desencanar ou seu rosto vai ficar velho mais rápido, pimentinha. – Sirius apareceu colocando seu dedo na ruga de Lily que revirou os olhos. – Como eu ouvi toda a conversa de vocês, queria lhe propor uma coisa, Evans.

— Diga o que você quer, Black. – ela informou descrente e mudou o peso do corpo para a sua perna esquerda, cruzou o braço em frente aos seios e pôde observar que Remus, Peter e Marlene se aproximaram dos três.

— Você vai à todos os jogos da Grifinória, e caso cheguemos às finais…

— Mas é claro que chegaremos às finais. - McKinnon exclamou.

— Temos Potter e McKinnon no time, você acha mesmo que não chegaríamos? – Pettigrew perguntou confuso.

— Me deixem terminar… Você, Lily Evans, irá narrar o último jogo comigo. O que acha?

— O que eu ganho com isso? – a ruiva perguntou pensando na proposta.

— Nós prometemos não armar nada durante três meses. – Remus disse simplesmente encarando a amiga.

— Nós o que? – Potter perguntou virando sua cabeça para Lupin.

— Eu posso fazer isso. – Peter exclamou.

— Eu não acho que… – Black começou a falar e notou o sorriso nos lábios de Lily. – Desse jeito você toparia, pimentinha?

— Eu topo, Black. E pare de me chamar de pimentinha. – a sardenta falou em falso tom de nervoso e sorriu para os quatro. – Palavra de Marotos?

— Ah, qual é Lils, isso não é necessário. – James exclamou abaixando a cabeça e fingindo uma pode desanimada que quase a fez rir.

— Eu quero sua palavra, Potter, ou eu  irei parar de assistir os jogos.

— Palavra de Maroto. – Marlene falou prontamente chamando a atenção dos outros. – Qual é? Ela é nosso amuleto da sorte.

Os quatro meninos encararam a ruiva e depois encararam um ao outro, soltaram um suspiro frustrado e então Sirius esticou sua mão direita.

— Temos um trato, Lily?

— Temos um trato, Sirius. – ela respondeu com um sorriso e então encarou James que escondia um sorriso atrás do copo de bebida. – Mas essa bebida é contrabandeada, certo?

— Meu Merlin como você pode ser tão legal e descolada e no momento seguinte ser um pé no saco? – Black perguntou e esticou sua mão para McKinnon. – Venha Lene, eu vou lhe ensinar aquelas técnicas de relaxamento que lhe falei.

— Nojento. – Peter murmurou ao vê-los se afastar.

Lupin cutucou o ombro de Pettigrew e apontou a cabeça para onde outros alunos estavam, a fim de deixar James e Lily sozinhos e assim fizeram.

A ruiva encarou-o com um sorriso e colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

Eles conversaram por mais uma hora antes da menina andar até a escada que dava para os dormitórios femininos. O garoto chamou ela e colocou a mãos nos bolsos. sem graça.

— Você realmente é um tipo de amuleto da sorte, Lils. – murmurou antes de beijar a bochecha da garota e acenar, andando até a escada que levaria ao seu próprio dormitório.

Mas James conseguiu ver o quão corada e sem reação Evans ficou após o beijo e deu um pequeno sorriso consigo mesmo.

Um passo de cada vez. Era isso o que ele estava fazendo.


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Notas finais do capítulo

Ei, você terminou de ler!
Me diz o que achou por favor? É realmente muito importante para mim!

Lembra de me seguir no twitter: @rprongs e @prongkins, pra gente conversar! ♡

See ya, van prongs.