Histórias do cara do balcão. escrita por Mestre do Universo dos Vermes


Capítulo 21
Despedidas... Foi um prazer.




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Hey!

Legal te ver por aqui, que bom que você apareceu!

Como você está? Tudo bem?

Sinceramente, eu não tenho certeza de como eu estou. É uma mistura de empolgação e tristeza com uma pitadinha de medo. Vai ser meio chato deixar o prédio depois de cinco anos... Eu tive meu primeiro emprego aqui! E todos os empregos que o sucederam também! Por outro lado, vai ser divertido explorar o que restou do mundo com nada além de uma mochila nas costas, um sorriso no rosto e um espírito aventureiro meio sem noção. E, é claro, existe aquela pontinha de medo que acompanha qualquer aventura...

Ainda não faço ideia do que vou fazer, mas garanto que vai ser muito divertido!

Quanto às despedidas, já me despedi de todo mundo por aqui. Algumas foram emocionantes (não a ponto de arrancar lágrimas, mas algumas pessoas realmente alegam que vão sentir minha falta), algumas foram bem chatas (no estilo "vou embora", "tá, tchau") e algumas pessoas comemoraram quando souberam da novidade... Entre elas, o Sr Sans-cullote e o Sr Dragão (lembra deles? O colarinho branco e o bibliotecário, respectivamente).

A Chef Olga disse que estava feliz por se livrar de um incendiário maluco em potencial, mas me abraçou e me deu um milhão de recomendações ("não ponha fogo em nada", "não fale com estranhos", "não roube tortas de estranhos", "não ponha fogo em tortas roubadas de estranhos"...). Além disso, ela me deu "suprimentos" para a viagem! Ou seja, agora minha mochila está cheia de frutas secas, biscoitos duros, barras de cereal e outros alimentos quase não perecíveis que garantem a sobrevivência. Ela também me deu uma garrafa d'água.

Boas novas: de fome e/ou sede, eu provavelmente não morro!

Me despedi do Valtério/Vagner/Victor na cafeteria e ele é um dos que alegam que vão sentir minha falta. De acordo com ele, as coisas vão ficar muito paradas por aqui sem minha presença! Deixei nosso tamagotchi com ele porque, vamos ser francos, ele é um pai um milhão de vezes melhor que eu. Eu seria capaz de perder o Ryngo/Romero/Rettro em um país e só me dar conta quando estivesse em outro! Ele vai ficar muito melhor por aqui.

A Dra Acre foi bem fria, mas eu sei que, lá no fundo, ela vai sentir minha falta. Ou, pelo menos, é a ilusão que eu gosto de acreditar. Ela só me disse um "já vai tarde"... Mas ela também parou o trabalho dela para me dar um aperto de mão, o que, na língua dela (que eu poderia chamar de "Dra Acrês") significa que eu sou importante o bastante para conquistar alguma parte do respeito dela.

Ninguém no topo da cadeia alimentar foi muito reativo à minha demissão... Alguns comemoraram, como eu já disse, mas a maioria só ignorou completamente o acontecimento. A Cachinhos Dourados nem apareceu para me dar um tapinha nas costas ou me xingar por qualquer motivo... E a Branca de Neve só me deu meu último salário e saiu sem mais palavras. Estritamente profissional.

A tia da creche (lembra dela? A pessoa que eu posso ou não ter arruinado o casamento e a relação extraconjugal) disse um "bem feito, finalmente aconteceu!" e fez um gesto não muito educado para mim... Acho que ela ainda está meio chateada comigo por tudo. Mas, antes de eu ir embora, ela me deu uns cookies, daqueles de aveia que sempre ficam na creche para as crianças.

Lembra que eu disse que jamais comeria um biscoito dado por ela por medo de envenenamento? Pois é, eu mantive a promessa! Mas distribuí os cookies entre as criancinhas enquanto me despedia delas.

Espero sinceramente que não estivessem envenenados.

Até dei um tchau para o novo recepcionista! Não que a gente tivesse intimidade nem nada... Só que eu sou aquele tipo estranho de pessoa que força amizade com todo mundo e, nesse caso, se despede de todo mundo quase literalmente.

Acho que, agora, só falta você.

Então... Tchau? Sei lá, foi um prazer te conhecer, de verdade, mas não acho que a gente vá se ver de novo... Afinal, eu vou partir por aí sem rumo e, acredite, sou péssimo em manter contato! E a gente nem sabe o nome um do outro nem nada... Mas quem sabe a gente não se esbarra por aí? Não no meio de uma guerra, eu espero... Ou, pelo menos, não de uma causada por mim!

Eu poderia me despedir em terassá, mas existem, tipo, uns 17 a 21 modos diferentes de se despedir em terassá, todos usados em ocasiões diferentes e com significados ligeiramente diferentes também... E meu terassá simplificado ainda não é tão bom para contemplar todas essas sutilezas!

Enfim... Já tagarelei demais, não? Está ficando tarde! Acho melhor acabar isso de uma vez, pegar minha mochila e cair fora. Rápido como arrancar um curativo (pelo menos só dói muito na hora! Depois passa!).

Gostei de te conhecer. De verdade.

Adeus.


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Notas finais do capítulo

Hey, pessoas!
Então... Autor falando aqui?
É, eu sei, esquisito... Pois é, eu existo. Prazer.

Não vou tagarelar muito, por mais que eu ame fazê-lo.
Ou pelo menos vou tentar, sem promessas.

Então, eu amo tagarelar nas notas finais, quem me conhece um pouquinho melhor sabe disso. Mas eu também nunca escrevo notas finais e/ou iniciais em histórias em primeira pessoa até o fim da história.
Por quê? Porque histórias em primeira pessoa devem ser contadas pelo personagem, ora! Ter a opinião do autor só atrapalha!

Ou seja, pois é, acabou oficialmente... Pode chorar e/ou ficar triste se quiser. Eu deixo.

Também pode pular todo o meu blá blá blá também se quiser... A história já acabou, sinta-se livre para partir.

Não? Tudo bem então:

Foram três meses e pouquinho de história. Três meses! Tem noção do que é isso?
Quando eu comecei, jurava que duraria, tipo, umas duas semanas no máximo e teria menos de dez capítulos!
Mas fico feliz com o resultado final. Foram três ótimos meses.
Fala a verdade, nem deu pra ver o tempo passar.

Eu, obviamente, não vou contar tudo que se passou na minha vida nesse tempo porque, bem, foram três meses e eu sei que ninguém está interessando na minha vida. Só vou dizer que foi um ano bem intenso para mim e que super valeu a pena.

Essa história inteirinha nasceu da mistura de um papo doido que eu tive com uma amiga há um tempo e um objetivo bem aleatório: provar que é possível fazer uma história inteira sem que nenhum personagem tenha, de fato, um nome!
Qualquer coisa que você possa ter aprendido nesse meio tempo foi puramente acidental. Não era meu objetivo!
Mas, se aconteceu, tudo bem.

Agora, vamos para a parte final dessas notas sem fim, certo?
Os agradecimentos!
Por quê? Porque há bem mais gente por trás de uma história que meramente o autor.

Primeiro, agradeço à LittleHobbit!
Ela nem leu essa história ainda, mas, sem ela, essa história nem existiria! Foi ela quem me deu toda essa ideia em primeiro lugar.

Também devo um agradecimento à Larissa Prescott.
Não, ela não comentou nenhum capítulo, não aqui pelo menos... Mas, acreditem, eu torturei muito essa pessoa nos últimos três meses para garantir que a história fosse a melhor possível!
Não me arrependo de nada!

E, é claro, agradeço aos meus leitores, porque, sem vocês, eu escreveria para as paredes! E, se fosse para escrever para as paredes, eu nem postava.

Lyes: a primeira pessoa a deixar um comentário! Me animou demais ♥

Lu Passos: por fazer comentários muito divertidos, favoritar e até escrever uma recomendação ameaçando as pessoas com chocolate!

Lorde Barão: pelos comentários enormes (eu sei que comentar não é fácil) e divertidos, contando até com links! (aliás, graças a ele eu conheci Homestuck...) Além do mais, ele sempre apontava meus erros porque, pra ser franco, eu raramente faço uma revisão decente antes de postar! Ah, e ele favoritou também. Êêê!

Pamisa Chan: pelos comentários cheios de entusiasmo e Caps Lock!

Rain: a pessoa que ficou mais íntima do meu personagem que eu! Estilo "melhores amigos" mesmo. Comentários carismáticos, conversas interessantes meio aleatórias e tudo o mais que você possa imaginar. Uma leitora difícil de se achar!

E, é claro, um obrigado aos meus leitores fantasma, porque eu sei que eles sempre existem e, bem, o importante é curtir a história ♥

Pronto, acho que é isso. Já dei a todos o devido crédito, etc e tal.
Ficamos por aqui então.
Quem sabe a gente ainda se vê por aí?

Bye!