Histórias do cara do balcão. escrita por Mestre do Universo dos Vermes


Capítulo 12
Sobre rãs e diversão.




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Hey!

...

...

...

Uau, eu realmente estou ficando sem ter o que dizer, não?

Bem, pra falar a verdade, já me surpreende termos chegado tão longe! Sabe, não são muitas as pessoas que continuam voltando para as minhas histórias. E a maioria do povo que fica tempo suficiente acha que eu estou inventando tudo...

Não que eu não entenda o ponto de vista deles, mas, francamente, você realmente acha que eu tenho imaginação o bastante para inventar tudo isso? Além do mais, se eu fosse inventar, eu com certeza não inventaria histórias nas quais eu sou sempre demitido!

E eu provavelmente colocaria um dinossauro na história... Sabe, daqueles bem grandes, com asas e que cospem fogo? Afinal, se é para inventar, eu posso muito bem chutar o balde e deixar completamente não plausível!

Enfim, eu queria agradecer, de verdade, por você ainda voltar. Sabe, não é muito comum ter conversas assim, de pessoa para pessoa, por aqui. Tá bom que já não era a coisa mais comum do mundo antes da guerra... Todo mundo só ficava nos celulares e tudo o mais... Mas, depois dela, a coisa parece que piorou! Sei lá, vai ver é o medo constante da derrota, o fato de o extermínio populacional deixar os sobreviventes com muito trabalho a fazer ou, provavelmente, é só porque eu fico isolado num balcão no quarto andar, mas não aparece muita gente só para jogar conversa fora.

Mas, ei, que papo deprimente. Vamos parar com o baixo astral porque ainda nem é hora para despedidas! Eu realmente preciso de assuntos melhores... Ou simplesmente parar de falar tudo que vem à mente. Qualquer um dos dois serviria.

Bem, receio que não tenho muito a dizer... Não tenho mais nem a Suzanna/Soreny/Serna para passar aqui de vez em quando! Falando nela, nunca mais tive notícias... Bem, ela deve estar bem, sei lá... As coisas ficaram tão esquisitas depois do nosso último jantar.

Falando em jantar, adivinhe só? Eu consegui um jantar decente ontem! E, como todas as minhas melhores refeições, foi de graça! Como eu consegui um jantar grátis se a única pessoa com sanidade questionável o bastante para me pagar um foi embora? Fácil: eu me infiltrei num almoço dos colarinho branco!

Não, provavelmente não foi uma ideia muito sensata... Mas desde quando eu faço coisas sensatas? Além do mais, a comida valia a pena!

...Acabei de me tocar que essa é, sim, uma boa história. Ou, ao menos, boa o bastante para mim. Quer ouvir?

Muito bem então:

"Eu já vinha ouvindo uns rumores dessa 'reunião executiva ou seja lá como os caras de colarinho branco chamam' há algum tempo. Pelo que entendi, o chefe ia dar um jantar para discutir novas estratégias de guerra ou qualquer coisa assim.

Que foi? Não é exatamente fácil conseguir fofocas completas e objetivas quando, tecnicamente, nem se tem permissão para sair de detrás do balcão.

Ênfase no 'tecnicamente'. Mas, desde que eu não saísse por longos períodos de tempo, nem fosse em lugares inconvenientes demais, nem deixasse as pessoas erradas me verem, estava tudo bem. O resto é juntar comentários daqui com boatos dali e costurar a informação para se encaixar.

Dos dois um: ou você consegue um boato confiável ou encaixa tudo errado e acaba com uma história extremamente improvável e muito errada. O segredo é saber diferenciar um do outro.

Enfim, voltando ao jantar: parecia uma informação confiável o bastante e eu estava muito a fim de ter um bom jantar. Valia a pena arriscar. Bem, talvez não 'valesse' exatamente a pena, mas meu estômago tem mais autoridade para influenciar minhas decisões que meu cérebro.

O que eu fiz então? Bem, primeiro de tudo, tive que descobrir pelo menos data, horário e local aproximados. Isso significa muito tempo passado perto da lanchonete/restaurante/creche, porque são os locais com mais boatos correndo. Não sei bem qual é a ligação entre comida e fofoca, mas decididamente deve haver uma! Pessoas comendo quase sempre deixam algo escapar!

Quanto à creche, criancinhas repetem tudo que ouvem adultos dizerem e crianças maiores são subornáveis para funcionarem como mini espiões. Simples, não? Exceto, é claro, pela parte do suborno... Eu não tenho muitas coisas para oferecer de suborno! Sorte que boa parte das crianças aceita trocar informação por brincadeiras. Sim, eu acabo envolvido em piques-esconde e piques-pega meio constrangedores, mas eu não tenho mais exatamente uma boa reputação, então qual o problema? Não tenho o que proteger dos olhares julgadores dos outros.

Também tenho que subornar as tias da creche para não me dedurarem, mas isso também é tranquilo: enquanto eu brinco com as crianças, elas podem tirar um tempo livre, então é meio que ajuda mútua. Elas não me deduram, eu não passo mais tempo que o necessário e evito causar danos às crianças.

Até aquela tia da creche a qual eu posso ou não ter tido um papel para arruinar o casamento e a relação extraconjugal não me causa problemas. Tá bom que eu jamais aceitarei os biscoitos que ela me oferecer e que ela gosta bastante de incentivar as crianças a pensarem nas piores brincadeiras possíveis comigo (como ser o alvo de uma competição de arco e flecha, flechas de plástico com ponta de borracha ainda doem), mas tirando isso, não costumo ter grandes problemas.

Tirando aquela vez que eu consegui me entalar dentro de um armário quando estava brincando de pique-esconde. É injusto eu ser mais alto que as crianças e não ter tempo extra para me esconder! Não deixei as crianças chamarem 'um adulto para ajudar' (não é porque eu não tenho uma boa reputação que eu quero piorá-la), mas as convenci a pegarem algo oleoso da cozinha escondidas. Saí do armário com um boa ajuda do azeite de oliva.

Mas, ei, eu tenho quase certeza que essa não era minha história original, certo? Então... Sobre o que eu estava falando?

...

Ah, claro, o jantar que eu fui de penetra.

Vamos resumir assim: eu consegui, depois de alguns probleminhas, descobrir o dia, a hora e o lugar. Também fiquei devendo uma camiseta nova para o Viviano/Vilian/Vagner, porque sem querer derrubei café quente na dele quando fui tentar colher informações na cafeteria. Impressionantemente, ele não quis me bater/expulsar/banir para sempre da cafeteria.

Pensando bem, se ele não fez isso quando eu trabalhei lá e quase destruí fisicamente o local, ele não vai fazer isso por uma camiseta...

Mas eu estou dispersando de novo, né? Foi mal, eu não tenho muita atenção para ficar focado num pensamento por muito tempo.

Uma vez descoberto lugar e hora, faltava um detalhe: como participar sem percebido? Afinal, duvido que os caras de colarinho branco fossem gostar da minha presença. Principalmente se o Sr. Sans-culotte estivesse lá, o que provavelmente aconteceria.

Eu só tinha duas opções: aceitar minha situação e me contentar com um jantarzinho qualquer ou me disfarçar para tentar comer bem de graça!

Obviamente, a segunda opção pareceu a mais sensata.

Eles iam comer num restaurantezinho chique que a maior parte da população mentalmente estável passaria bem longe. Para mim estava ótimo! Só precisava tomar umas precauções antes.

Primeiro de tudo, pedi um terno emprestado do Valter/Volque/Volpi. De novo. Ele me emprestou de novo depois de uma conversa que foi mais ou menos assim:

"Me empresta seu terno?"

"De novo?"

"É."

"Pra quê?"

"Se eu te contar, você vai virar meu cúmplice, quer mesmo saber?"

"Hm... É, eu quero. Não seria a primeira vez mesmo."

"Tá bom então. Eu vou me infiltrar num jantar do chefe só para gente do alto escalão só para comer comida boa de graça."

"Ah... Tá. Sabe, se você quiser, eu faço uma pizza pra gente. Seria de graça e você correria bem menos risco de morte ou demissão..."

"Nah... Já armei meu plano e tudo o mais. Mas relaxa, não é como se alguém consiga me demitir por muito tempo!"

"Ok. Pode usar o terno, só tenta não se envolver em nada ilegal demais dessa vez. E vê se não põe fogo em nada."

"Entendido! Valeu mesmo!"

Uma vez com o terno, o resto foi bem tranquilo.

Eu cheguei no restaurante assim que meu 'turno' de fazer nada no balcão acabou (e usei o tempo de fazer nada muito bem, armando os detalhes da minha ideia) e fiz questão de sair de fininho para garantir que ninguém perguntaria aonde eu ia. Eu passei gel de cabelo para mudar um pouco meu visual (nada muito arrumadinho, mas bem diferente do meu estilo de sempre, que é basicamente acordar, passar a mão e aceitar o resultado como meu estilo do dia) e coloquei óculos de armação simples com lentes de grau muito baixo (acho que 0,25 graus, ou seja, pouco demais para incomodar ou borrar minha visão. Tá bom que talvez eu acabasse com dor de cabeça depois... Ossos do ofício). O terno não era pra essa hora, então guardei numa mochila.

Eu sei que não parece grande coisa, mas uma mudança simples de estilo, como gel de cabelo e óculos, mais um pouquinho de atuação podem fazer toda a diferença. Eu não sou um grande ator nem nada do tipo, mas sei o bastante para saber que, se eu agir com um pouco mais de insegurança, andar devagar, manter o olhar no chão e falar baixo eu sou quase irreconhecível. Ninguém espera o cara que fala alto, mal respeita os chefes e tem ego demais para cérebro de menos de repente ser o cara tímido, acanhado e respeitoso.

E vice versa, se quiser a dica de camuflagem. Apenas seja o exato oposto de você mesmo, mas sem deixar muito forçado. Uma boa mudada de visual também ajuda.

Cheguei lá, pedi pra falar com o gerente (com um tom de voz baixo e de um modo tão educado que doeu por dentro) e me apresentei como um adolescente precisando urgentemente de uns trocados e me ofereci para fazer um bico de garçom só por aquela noite pela metade do preço usual. O gerente, como qualquer bom chefe louco por lucros, não perdeu a oportunidade de se aproveitar do pobre rapaz desesperado por uma grana e aceitou minha oferta.

Sobre me apresentar como adolescente, bem, adolescentes em geral são mais desesperados por dinheiro e mais fáceis de manipular, duas características que com certeza agradariam o gerente. E eu não sou exatamente muito mais que um adolescente (se você acreditar naquela teoria que adolescência vai até os 25 anos, eu ainda estou no finalzinho dela) e eu pareço mesmo mais novo do que sou, então por que não me aproveitar disso? Nem barba eu tenho direito (tenho um pelo aqui e outro ali, mas nada que você possa chamar nem de começo de barba), então não é uma mentira difícil de sustentar.

Passei um tempo usando um uniforme de garçom, tecido quente e não exatamente confortável, mas são os ossos do ofício (de novo). Fiz meu melhor para não incendiar nada nem estragar refeições (obrigado, período de experiência com a Chef Olga!) e, quando deu a hora do jantar 'reservado', tudo que eu tive de fazer foi garantir que eu seria um dos garçons a servir a comida de lá.

Uma vez lá dentro, tranquilo quanto a ser reconhecido (ninguém olha muito para garçons mesmo, era só confiar que gel, óculos e uniforme eram o bastante. Nada entrega um disfarce mais rápido que medo de ser reconhecido), eu só precisei ir de fininho ao banheiro (onde eu escondi minha mochila previamente...) e trocar de roupa. Terno que causa boa impressão (o Valentim/Vick/Voyage tem bom gosto), mas não caro demais para chamar atenção, uma alteração no penteado, me livrei dos óculos (que maravilha! Já estava me dando dor de cabeça!) e passei de leve um lápis de desenhar sombras (aquele 6B que esfumaça, sabe?) nos pelos-que-ainda-mal-podem-ser-chamados-de-barba para escurecer um pouco. Parecer um adolescente é útil de vez em quando, mas, para me misturar entre os colarinhos branco, melhor ser mais adulto. Nem que seja um pouquinho.

O resultado final ficou não muito ridículo, o que já é o bastante para mim. Era só não chamar muita atenção! E, é claro, aproveitar a 'boca livre' enquanto pudesse. Eu posso não ser um mestre dos disfarces, mas dá pro gasto.

Comer comer, comer comer, é o melhor para poder crescer....

Eu me segurei muito para:

1: não cantar essa música em voz alta na hora.

2: não lamber os dedos enquanto comia.

3: não lamber o prato depois de comer.

Sério! A comida estava tão boa! Deixaria até a Chef Olga no chinelo!

Só não diz pra ela que eu disse isso, ainda consigo ouvir o baque da colher dela na minha cabeça pela última vez que eu tentei 'surrupiar' comida da cozinha dela...

O Sr. Sans-culotte estava lá, fiquei bem longe dele. O Sr. Fuinha também estava lá, mas, francamente, eu poderia chamá-lo de Sr. Toupeira-com-prisão-de-ventre se eu quisesse, porque o cara é quase cego quando se trata de pessoas! Ele quase não olha na cara de ninguém!

Bem, melhor pra mim, eu acho.

Tinha cada prato maravilhoso! Eu comi umas cinco 'refeições'. E ponho 'refeições' entre aspas porque era aquela comida chique enjoada na qual uma porção parece ter um quarto do tamanho de qualquer porção normal e razoável de comida. Por que parece que quanto mais a comida é 'esnobe', menor é a porção?

Enfim, comer, aproveitar, não ser reconhecido... Foi uma noite muito atarefada. Foi meio complicado depois que a reunião começou, porque, se alguém pedisse minha opinião sobre os assuntos 'importantes' ou mesmo questionasse minha presença ali, meu disfarce iria pelos ares.

'Ares' é uma palavra engraçada. É o plural de 'ar' e o nome do Deus Grego da Guerra.

Falando em guerra, agora que eu percebi que o nome é muito cabível nessa situação!

Eu sobrevivi mais da metade da reunião antes de ser descoberto, aí tive que sair correndo com várias rãs metidas nos bolsos.

Foi uma noite memorável. Muito divertida, se desconsiderar que eu deixei muita gente importante com raiva.

O motivo da minha identidade exposta? As rãs que eu mencionei.

Isso aí, rãs, eu juro.

Bem, deixa eu explicar: então... Por motivos que eu não entendo, pernas de rã são apreciadas na culinária esnobe e fresca, e elas estavam bem frescas mesmo... Matavam na hora para fritar.

E, bem... Se lembra do meu incidente com as lagostas e polvos? Foi o mesmo princípio. Eu não queria ver os bichinhos sendo mortos (bem, tecnicamente eu não via, mas eu sabia que estavam lá, era o bastante!), então fui salvá-los. Dica: um cara metendo rãs nos bolsos com certeza chama atenção, então eu meti toda a comida que consegui na boca e saí correndo com os bolsos cheios de anfíbios.

Foi uma saída cheia de classe, como você pode imaginar.

Se você nunca tentou sair correndo usando um terno com os bolsos cheios de rãs, eu garanto que é uma experiência muito interessante... Não que eu queira repetir tão cedo, ou tão tarde, ou repetir em geral.

Eu fui correndo pra casa do Vitae/Veriano/Valtinho. Por quê? Porque era a única que eu tinha certeza que não seria expulso. E eu podia aproveitar e devolver o terno pra ele. Além do mais, eu não conheço realmente muita gente na cidade... Geralmente eu só fico no prédio.

Por curiosidade geográfica, o prédio fica isolado da cidade, a oeste da parte norte dela. Se essas coordenadas fizerem sentido pra você...

Enfim, chegando lá, eu fui recebido por um Valdir/Vilmar/Verón de pijamas e parecendo que ia para a cama. Olhei no relógio pela primeira vez desde que bolei minha estratégia toda e vi que já era bem mais de meia noite! Será que eu o tirei da cama? ... Bem, foi por um bom motivo.

Ele abriu a porta e me viu suado, ofegante e com várias coisinhas coaxantes nos bolsos da roupa dele. Normal. Ou, pelo menos, normal nos meus padrões.

A conversa que se seguiu foi mais ou menos essa:

(Me imagine meio ofegante no começo dela, correr não é meu forte)

"Me deixa entrar?"

"Tem sapos nos seus bolsos?"

"Rãs. Posso entrar agora? Não me sinto muito seguro aqui fora no momento..."

"Entra logo. Em que encrenca você se meteu agora?"

"Ah... Não tenho certeza. Na pior das hipóteses, irritei todo mundo dos três últimos andares, incluindo o chefe."

"...Nem sei por que ainda pergunto."

"Posso deixar as rãs aqui?"

"Hm... Claro, por que não? Só põe num lugar que não façam bagunça."

"Sério?"

"Claro."

"Não vai nem questionar?"

"É quase uma e meia da manhã, depois você me explica no café da manhã. No momento, só não faz muita bagunça nem incendeia minha cozinha de novo."

"Ah... Tá bom. Posso dormir aqui?"

"O sofá é todo seu."

"Valeu."

"Tranquilo, agora me deixa dormir."

Na manhã seguinte, tivemos que caçar rãs pela casa porque eu só as deixei soltas na sala e elas se espalharam.

Foi uma ótima manhã.

O Vicente/Vinício/Vietnaldo só me fez uma pergunta:

"A comida realmente valeu a pena tudo isso?"

"Com certeza."

"Tá bom então".

Depois de juntarmos todas as rãs, ele me prometeu que, à noite, se eu não me metesse em encrencas sérias ou fosse assassinado, ele me ajudava a libertá-las no lago mais próximo.

E foi assim que eu consegui um bom jantar grátis."

Olha... Não é que essa é uma história bem melhor do que eu pensei?

Há quanto tempo eu não contava uma história longa dessas, não?

Realmente, está sendo um ótimo dia.

E ninguém do "alto escalão" veio atrás de mim ainda, então acho que estou seguro.

A comida super valeu a pena! Se aquele restaurante não custasse os olhos da cara, um fígado, um rim e talvez uns 300 mL de sangue, eu com certeza o recomendaria!

Será que os colarinho branco ficaram muito mal com minha "invasão"?

Eu nem estava ligando para a reunião deles, só queria a comida!

Os assuntos pendentes ou seja lá como chamam eram tão chatos mesmo... Guerra aqui, guerra ali, estratégia aqui, derrota acolá... Um besteirol só. Ah, e, aparentemente, a Dra Acre canalizou a frustração dela numa arma química... Ou era biológica? Bem, tanto faz, só sei que o Anselmo talvez tenha problemas pela frente.

Espero que essa história toda de guerra não afete as rãs. Deu um trabalhão salvá-las da panela, não quero que seja tudo em vão por causa de uma guerrinha qualquer!

Agora é só esperar a noite e tentar não morrer no processo...

Ou seja, um dia muito divertido.


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