Like a Vampire escrita por NicNight


Capítulo 4
Capítulo 4- Um passo mais longe (Parte 2)




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Narração Marie

Eu bufei algumas vezes enquanto Laito me puxava pelos corredores com uma velocidade quase que eu não conseguia acompanhar. Quase, nunca duvide de Marie Herbert e seus poderes de velocidade inexistentes!

Quando chegamos no quarto, eu me surpreendi. Era um quarto levemente... luxuoso. Bom, pelo menos pra mim, que passei minha vida inteira numa não-tão-pequena casinha. Mas eu não tinha tempo para prestar atenção na decoração. Ainda não havia entendido direito aquela história de ‘’noivado’’ com aqueles irmãos que conhecíamos a menos de seis minutos!

Arrastei minha mala até um armário qualquer que existia no cômodo e fui colocando minhas roupas(E tendo que dobrá-las, já que eu definitivamente não tenho paciência pra arrumar malas) dentro de uma gaveta.

—Então, Bitch-chan....- Laito começou, cantarolando o apelido nada amigável que ele havia me dado. Sinceramente, existia alguém que poderia gostar de ser chamada daquilo?- Como é sua família?

E deu uma risada irritante.

—Você acabou de conhecer ela, idiota- bufei enquanto dobrava uma das minhas camisetas que havia desdobrado quando eu pegagva ela do fundo de minha mala.

—Eu digo... sua mãe, seu pai, seus primos...- ele não retirava o maldito sorriso do rosto. O que me fez bufar.

—Nossos pais são diferentes- comecei, e ao perceber um olhar curioso vindo do mesmo,continuei-  Somos irmãs por parte de mãe. O pai meu e da Victoria são diferentes do pai da Sofie e da Sarah e do pai da Lua e da Nikki, entendeu?

Ele soltou um ‘’Aah...’’ e fez sinal para que eu continuasse.

—E também temos um irmão que simplesmente sumiu quando ele era bem novinho- meu olhar se voltou com raiva pra ele após algum tempo- Por que diabos eu estou contando minha vida pra você?

Eu me levantei, porém fui barrada por Laito, que me prendeu contra a parede

—Eu realmente não sei, Bicth-chan...- ele sorriu maliciosamente- Mudando de assunto, o que você quer fazer?

—O QUÊ- Eu berrei, sentindo minhas mãos começarem a tremer.

Eu só me acalmei quando a porta se abriu com um baque.

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Narração Victoria

Eu seguia aquele Sakamaki que eu já havia esquecido o nome pelos corredores... Aliás, aquela mansão era uma moradia ou um labirinto? Fala sério, aquela casa tinha mais corredores que tinham curvas e escadas que fazem giros do que tudo, alguém conseguia viver lá?

—É, garoto...- eu tentei puxar assunto- Você parecer ser o mais velho, apesar de ser o segundo nesse título. Por causa da responsabilidade e coisas do tipo.

—Meu nome é Reijii- Ele percebeu que eu havia esquecido o nome dele?- E isso é um elogio? Porque eu não sei como é o elogio de uma delinqüente.

Ele me chamou de delinqüente?

—Sim, foi um elogio- eu tentei conter a leve raiva que remoia em cada pedaço da minha alma.

—Enfim, suas coisas ficarão naquela gaveta...- ele mudou rapidamente  o assunto- Qualquer coisa é só me perguntar.

—Claro. Sr. Reijii- eu sussurrei, entre bufadas- Ah, Reijii... Eu reprovei em uma matéria ano passado, se não fosse muito esforço para sua pessoa, poderia me explicar?

—É, eu acho que sim.- Reijii jogou um pouco da sua franja negra para o lado- Se você não for burra e lerda, posso te explicar a matéria sim.

Dei um suspiro. Aquela seria uma longa convivência.

Narração Sarah

Chegando ao quarto, eu não demorei muito tempo para guardar minhas coisas numa gaveta qualquer enquanto Kanato conversava com aquele ursinho de pelúcia dele... Leddy, Teddy, Beddy?

Como era mesmo o nome daquela coisinha fofa?

Eu realmente havia esquecido...

—Você gosta de pelúcias, Sah-chan?- Ele me perguntou.

—Sim, e pelo que parece você tem umas bem legais por aqui...- eu sorri, pegando uma das pelúcias que estavam soltar por aí- Eu também tinha muitas na minha antiga casa... porém eu tive que vender todas elas pra vir pra cá.

—Isso é muito triste- ele se debruçou na cama, me olhando fixamente- Mas havia algum mais especial, certo?

—Sim- eu dei risada só de lembrar- Tinha o Pyonsuke, era um coelho cor de rosa que eu ganhei quando tinha uns 6 anos de idade, lembro que ele era o único que eu podia desabafar quando eu brigava com minha mãe ou com Sofie.

—Existem momento sensíveis que coisas inanimadas são mais compreensivas que coisas com vida. Principalmente adultos .- ele me respondeu, observando meu rosto.

—Com isso eu realmente não posso discordar.-  Joguei meus cabelos longos e castanhos pra trás.

A porta se abriu, exibindo uma Lilith e cinco certas irmãs minhas, incluindo uma Victoria e uma Nikki irritadas, uma Lua sorrindo, uma Marie com cara de confusa e uma Sofie meio bamba, se apoiando na mais nova das cinco.

—Kanato- a mulher de 21 anos chamou a atenção do de cabelos lilases- Reunião na sala, agora.

Kanato somente se levantou e saiu do quarto, sem perguntar nada.

—Oh, garotas- ela deu leves empurrãozinhos nas meninas da frente- Vocês podem ficar aqui, não é realmente um problema.

Todas minhas cinco irmãs entraram no quarto naquele exato instante e se sentaram ao meu lado quando a porta se fechou.

Um silêncio absurdamente constrangedor preencheu o ambiente, porém nesses momentos pude perceber mais detalhes das expressões de cada garota:

Marie estava parecendo irritada e confusa ao mesmo tempo que parecia querer vomitar. Aquele primeiro dia não era um dos melhores pra ela, e pra ser sincera, pra nenhuma de nós.

Victoria revirava os olhos a cada três segundos e parecia estar se perguntando o que ela havia feito para Deus castigá-la daquela forma, porém suas delicadas bufadas eram o único som que se era possível de ouvir no quarto.

Sofie estava um pouco pálida e seu olhar zonzo percorria curiosamente o quarto cheio de pelúcias. Provavelmente  estava tentando se distrair com algumas contas de matemática ou versos de livros  de detetives.

Oh... será que ela teve mais um ataque?

Já Nikki parecia querer que ela pudesse usar uma pistola de verdade(Se o fuzil dela já era aterrorizante, imagina uma pistola de verdade) agora mesmo. Me lembro que Lua comentou algo sobre “pessoas dizendo coisas nojentas sobre nossa mãe e Nikki ficando brava, porém sensibilizada”

Oh oh.... mal sinal para Shu Sakamaki.

E Lua estava como sempre, com aquele sorriso otimista e sincero no rosto que sempre melhorava o ambiente, por mais que ela não soubesse disso. Eu realmente não sei como conseguem dizer que eu sou a dona do sorriso sincero mais bonito das Herbert, me comparando com Lua, meu sorriso não passa de uma besteira.

—Ok, e agora, o que nós podemos fazer?- Victoria perguntou.


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