Like a Vampire escrita por NicNight


Capítulo 15
Capítulo 15- Apenas sacríficio


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo hoje? Sim, senhores XD
Espero que gostem, amanhã tem mais ♥
Não se esqueçam de comentar com suas críticas.



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Narração Sofie

Após Lua ter saído correndo aos prantos pro banheiro, eu e as meninas ficamos um pouco perdidas e paralisadas por alguns segundos por conta da discussão. Mas todo esse choque não demorou muito tempo para acabar, e nós saímos correndo atrás da mais nova.

Eu sabia muito bem o que Lua estava passando, mas não podia dizer que Subaru estava completamente errado. Por mais que Subaru tivesse explodido, Lua de vez em quando passa dos limites.

—Lua, abre essa porta...- Marie bateu na porta do banheiro várias vezes enquanto falava- Não fica assim...

—Eu não quero!- A voz de Lua gritou do outro lado da porta- Por que todo mundo me trata como uma criança? Ninguém consegue ver que eu já tenho quinze anos?!

Ela fala como se fosse adulta...

—15 anos... – Victoria sussurrou, enquanto mexia nas pontas de seus cabelos castanho-claros- Uau, que adulta.

Nikki revirou os olhos e bufou, como se estivesse xingando Lua ou Victoria em seus pensamentos. Depois disso, deu um murro na porta.

—LUA HERBERT!- Ela gritou tão alto que por alguns segundos eu imaginei que poderia ficar surda- É MELHOR VOCÊ ABRIR ESSA PORTA, POR QUE SE VOCÊ NÃO ABRIR, VOCÊ SABE MUITO BEM QUE EU VOU ARROMBÁ-LA!

—V-você podia ter sido um pouco menos violenta, Nikki...- Sarah disse, enquanto se encolhia um pouco atrás de mim- Não podemos arrombar a porta de uma casa que praticamente não é nossa!

Como assim?

—Praticamente não é nossa?- Foi a minha vez de retrucar- Por Deus, nós vivemos aqui á quase... dois, três meses e ainda não podemos nos considerar moradoras daqui?! Isso é completamente irracional, Sarah!

—E o que segue o raciocínio na nossa vida?—Marie deu de ombros- Eu sempre digo e vou repetir: Nenhuma de nós acreditava em seres sobrenaturais antes de virmos pra cá, e agora vivemos com seis vampiros e temos um irmão lobisomem!

—Eu acho que vocês estão saindo do tópico, garotas- Victoria deu uma breve risada irônica- Não se esqueçam de que a única razão de estarmos aqui é a Lua ter se trancado no banheiro.

Nikki bufou e sussurrou um ‘’Estou ficando sem paciência’’ e esmurrou a porta de novo.

—EU NÃO VOU SAIR!- A voz de Lua me assustou novamente- EU... EU VOU ME AGARRAR NA PRIVADA!

—Oh, que ótimo, pois assim eu posso arrancar você junto com a privada!- Nikki disse, um sorriso sarcástico passando por seu rosto.

O que diabos elas estavam falando?

Malucas... e pensar que elas são minhas irmãs.

—O que está acontecendo aqui?- Ouvimos a voz de Reijii e nós quatro (Já que uma estava trancada no banheiro e a outra se preparando para arrombar a porta) viramos, somente para vê-lo parado no meio do corredor, com seus outros cinco irmãos.

Nikki parecia não ter percebido a presença dos garotos, já que ela deu alguns passos pra trás e chutou a porta para arromba-la sem dó nem piedade.

Um grande ‘’BAM!’’ fez todas nós darmos um pulo de susto.

—Argh...- Reijii resmungou- Como se não bastasse Subaru...

—Caramba... ela é forte...- Ayato disse, com a boca escancarada.

—Você só percebeu isso agora?- Eu disse, encostando meu pé na parede.

—Se essa garota é forte assim com a porta, imagina na cama...- Laito riu pervertidamente, recebendo um olhar raivoso de todos os meninos e de nós.

—Fala sério...- Marie disse, revirando os olhos.

Nikki estendeu o dedo do meio para o ruivo.

—Shu, Subaru, dêem um jeito em suas noivas, se não eu mesmo darei um jeito nelas!- Reijii disse, arrumando seus óculos- Victoria, venha comigo.

Ele passava a mão pelo rosto como se o estresse tivesse o preenchido.

Bem, eu não o culpo, sei bem como é que é ter uma vida assim.

—E quanto nós três?- Sarah disse, apontando pra mim, pra si mesma e para Marie.

—Teddy disse que quer ir embora, Sah-chan- Kanato disse, olhando com os olhos arregalados para Sarah.

—Oy, Chichinasi- Ayato me chamou, me puxando- Você tem que vir comigo.

Eu revirei os olhos e concordei com a cabeça, porém batendo na mão com que ele segurava meu braço.

Ele não tinha o mínimo direito de me tocar assim.

—Vamos, Laito- Marie disse, batendo no ombro de Laito- Eu preciso ir pro quarto.

—...- Ele ficou em silêncio por um tempo- Okay, Bitch-chan~~

—Você precisa ir pro quarto e está chamando ele?- Victoria disse, arqueando uma sobrancelha- Não o dê falsas esperanças, irmã.

Marie deu uma piscadela pra sua irmã mais nova.

Subaru puxou Lua pelo braço até o quarto, resmungando algo sobre como ela era ‘’problemática’’

Deuses..

Aquela casa estava ficando mais doida a cada dia...

—____________________________________________________

Após o jantar, nós resolvemos que talvez darmos uma volta pelo jardim da mansão seria uma boa coisa para relaxarmos, o que talvez fosse realmente uma  coisa certa.

A única vez que nós todas havíamos vindo aqui, fora pra tentarmos fugir.(somente tentarmos, porque uma aranha e minha querida irmã Victoria estragaram tudo), mas aquele lugar era extremamente relaxante: Um cheiro de grama cortada, terra molhada e rosas que deixava o lugar extremamente aconchegante, o silêncio que era cortado por somente nossos passos e breves risadas e as estrelas e a lua, que brilhavam fortemente e iluminavam nosso caminho.

Eu nunca fui de notar muito em como a natureza era bonita, porém eu tinha que admitir que aquele era um lugar muito bonito em um dia mais bonito ainda.

—Oh, está chuviscando- Victoria estendeu a mão para o céu, e pudemos ver algumas gotas de água caindo nela.- Acho melhor nós entrarmos...

Eu espirrei uma vez quando algumas gotas de chuva gelada pingaram na ponta do meu nariz. Já fazia um tempo que eu não via chuva, que pra mim era a melhor coisa do universo.

 -Eu não acho que entrar na casa é o que nós realmente queremos- Nikki disse, suspirando- Fala sério, nós ficamos lá mais de 10 horas por dia e não interagimos com ninguém que não seja eles ou nós mesmas!

—Ela está certa!- Marie disse, enquanto passava a mão em seus cabelos já um pouco molhados.

—O que é aquela casa ali atrás?- Sarah disse, a boca cheia do pedaço de bolo que estava comendo.

Ela apontou para alguma coisa que estava atrás da gente

—Por favor, engula antes de falar alguma coisa.- Eu disse, revirando os olhos.

Ela sussurrou um ‘’desculpa’’ antes de abocanhar outro pedaço do bolo.

Olhei para trás e pude ver um grande cômodo. Não havia nenhuma janela que complementava as paredes brancas, apenas uma grande porta de madeira.

—Parece que isso apareceu bem na hora certa pra gente- Lua disse, e todas olharam confusas para a garota de óculos- O quê foi? Nós não vamos entrar lá?

—E por que nós deveríamos?- Victoria disse, enquanto tentava aquecer a si mesma.

—Bom, está frio, está chovendo, e a gente não quer ficar com os meninos por mais tempo- Lua disse, como se fosse óbvio- Então vamos ficar naquele quarto lá, pelo menos vamos poder ficar sozinhas, longe da chuva e quentinhas!

Bem, na realidade os meninos que não querem ficar mais com a gente. Principalmente depois de Lua ter se trancado no banheiro e Nikki ter arrombado uma porta.

Todas nós nos entreolhamos por um tempo, antes de concordarmos.

Quando chegamos na frente do grande quarto, eu percebi que aquilo com certeza era maior do que eu imaginava.

Hesitante, eu empurrei a porta para abrir a passagem.

E todas nós entramos ao mesmo tempo. E eu me arrependi de ter chegado lá na hora.

O cômodo era destacado por paredes esverdeadas e grandes colunas que enfeitavam várias partes, além do chão ser totalmente branco.

Porém a parte mais assustadora do cômodo eram as bonecas em altares.

Todas elas eram extremamente parecidas com mulheres humanas e todas usavam vestidos de noivas, mas nenhuma delas tinha um rosto feliz.

—O que... diabos é isso?- Sarah perguntou olhando para os rostos assustadores das bonecas.

—Bonecas de cera?- Marie disse, parecendo tão aterrorizada quanto nós- Elas são... Doentias...

—Meninas, olhem isso- Victoria nos chamou, apontando para uma placa que havia no altar da primeira noiva do cômodo.

‘’Clarice McGonnagol,1857-1859, 1ª noiva, filha de Marcus McGonnagol e Lindsay McGonnagol’’

—Primeira noiva...?- Eu sussurrei pra mim mesma- A primeira noiva... dos meninos?

—Eles têm mais de cem anos?- Nikki parecia confusa- Isso faria sentido, já que eles são vampiros e todo esse tipo de coisa.

—Espera, isso não pode ser verdade, se todas as bonecas desse quarto foram noivas deles...- Sarah disse, bagunçando seus cabelos- Então... nós seremos as próximas?

—A gente realmente tem que fugir- Nikki disse, coçando os olhos, porém parecendo preocupada.

—Garotas- Marie disse, apontando para o fundo do comôdo-Existe um altar vazio, venham!

Corremos até lá, e enquanto isso passamos por outras bonecas assustadoras: Quarta noiva, Vigésima noiva, Quinquagésima noiva... Eram tantos números que até mesmo eu comecei a ficar com a visão embaralhada.

E nós chegamos ao último altar. Era o único vazio, não havia nenhum sinal de que uma noiva havia passado por lá.

—O que está escrito na placa?- Lua disse- Vocês estão na minha frente, não consigo ler!

—Está escrito, ‘’Yui Komori, 2016-**** (Paradeiro desconhecido), filha de Seijii Komori e mãe desconhecida’’ – Eu disse, mordendo o lábio.

—Então essa é a famosa Yui...- Victoria suspirou- Ela fugiu...?

—Diz ‘’Paradeiro desconhecido’’, então provavelmente sim- Nikki disse, tirando sua franja do rosto.

—Ela deve ter conhecido essa sala e fugido que nem nós estamos querendo fazer- Sarah disse- Deuses, quem foi o doente que criou essa sala?

—Eu não faço a mínima ideia- Marie disse, e olhou pra nós, decidida- Mas uma coisa eu sei: Nós temos que achar essa garota.

—O QUÊ?- Todas nós gritamos juntas.

—Por que você quer encontrar a única noiva que se safou do inferno que é viver aqui?- Eu perguntei, arqueando uma sobrancelha.

—Marie está certa.- Nikki disse, ficando ao lado da loira- Ela pode saber de coisas que a gente não sabe ainda.

—A gente vai morrer.- Victoria disse- Foi muito bom enquanto a gente viveu!

—Victoria, não fica assim...- Sarah disse, abraçando sua irmã mais velha- A gente vai sobreviver, se ficarmos uma com as outras, eu sei que vamos conseguir!

Dei um sorriso de canto, porém o tirei do meu rosto logo.

—Ok, mas como vamos encontrar essa garota?- Eu disse, colocando as mãos no bolso- Primeiro, ela pode estar em qualquer lugar DO MUNDO. Segundo, nós não temos a mínima ideia de onde começar. Terceiro, os meninos vão ficar com muita raiva quando a gente sair daqui. E quarto, nós não sabemos nada sobre essa menina.

—Eu tenho uma ideia!- Lua disse, levantando a mão- Mas pode ser idiota...

—Fala logo, Lua- Victoria disse, com um olhar esperançoso.

—Mas...- Ela começou- Pode ser-

—FALA LOGO!-Nós gritamos em coro.

—Ok, ok, não precisa de vocês gritarem- Lua disse- Olha, tentem entrar na minha mente: Nós temos um irmão lobisomem. Lobisomens tem um olfato muito apurado e conseguem rastrear coisas e pessoas, né? Nós pegamos um cobertor ou sabe-se-lá-o-que do quarto da Yui, pedimos pra ele cheirar e ajudar ele a rastrear essa garota, ele consegue, e nós achamos a Yui!

Houve um silêncio no quarto.

—VOCÊ É UMA GÊNIA, LUA!-Victoria disse, e correu para abraçar e girar no ar a mais nova.

—Pelo menos é a única opção- Nikki suspirou, e eu concordei com a cabeça.

—Nossa, obrigada meninas, vocês conseguiram acabar comigo- Lua disse, se fingindo de triste.

—Eu vou ligar pro Jackson- Marie sorriu de orelha a orelha- Isso vai ser incrível!

—Mas pode dar errado também- Eu disse- Vai que, sei lá, eles lavaram o cobertor.

—Sofie, seja mais otimista!- Sarah disse, puxando a parte de trás da minha camiseta- Isso vai dar certo!

Marie se afastou para ligar para o nosso irmão.

—Jackson? Você está bem?- Marie disse, coçando a cabeça, envergonhada- Eu estou bem também! Aqui... eu e as minhas irmãs precisamos da sua ajuda...


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