Casamento forçado: A descoberta do amor escrita por LiraStar


Capítulo 7
Sete




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Eu sentia a pele do meu abdômen queimar.

Todo meu esforço para por a água do ramyeon e esperar três minutos para cozinhar tinham ido por água abaixo! Ou melhor, para água em minha barriga.

— Ei, tá ardendo muito? – Baek In Ho tinha me pegado no colo e me levado para dentro do apartamento do Jung.

Era um apartamento limpo, organizado e cinza. Eu imaginei que seria assim.

— Um pouco, eu acho. O que faz aqui?

— É a louca da minha irmã! Ela insistiu que teria que vir ver o Jung, mas acontece que ela não o encontrou.

— Vocês o conhecem? – eu o senti gelar na hora.

— Um... Soube que você é a tal noiva dele. Parabéns.

— Não parabenize ela. Ela roubou meu oppa!

— Modos In Ha. – ele gritou. – Desculpe, eu não consigo controlar essa doida.

— Ah, tudo bem. Mas como vocês se conhecem?

— Ah, nós somos amigos. Desde o colegial.

— Amigos. Puff! – In Ha bufa encostada no sofá.

Seu irmão a olha e ela se ajeita na hora.

— Que bom que nada de grave aconteceu com sua pele. Acho que o ramyeon não estava tão quente assim.

— Obrigada.

O Alek aparece na porta.

— Lisa, tá tudo bem?

— Está sim Alek. Esses são Baek In Ho e Baek In Ha. Este é o Alek, meu amigo.

Eles se cumprimentam e eu vejo a In Ha comê-lo com o olhar.

Despedi-me rápido deles e voltei para casa.

Eu ainda estava abismada com o fato deles serem irmãos e serem tão diferentes.

XXX

Cinco dias tinham se passado e nenhuma notícia do imbecil.

Telefonei para o pai dele e marcamos uma reunião hoje às 06hrs.

— Olá. – a secretária do pai do Jung falou – Qual seu nome?

— Elisa Lewis. Tenho uma reunião marcada com o presidente.

— Ah sim. Ele a espera na sala.

Abri a porta e encontro o senhor grisalho sentado em sua poltrona.

— Oh, Elisa! – ele me recepciona com um sorriso. – Sente-se. Qual o motivo da sua visita?

— Olá senhor. – sentei-me – Vim porque estava preocupada com o Jung. Eu não o vejo faz cinco dias. Ele não vai para a faculdade, não atende ao telefone, então pensei que o senhor saberia do paradeiro dele.

— Ah, meu filho sumiu? Eu já esperava isso. Ele sempre faz isso nessa época do ano, não se preocupe.

— Algo em especial para ele fazer isso?

— É sobre a mãe dele. Ele deve voltar no final desse mês, não se preocupe.

— Ah sim.

— Sobre o casamento, pode ir organizando tudo. Antes de ele sair, ele já arrumou algumas coisas. Ele me pediu para te entregar isso, caso você viesse procura-lo.

Ele me entregou uma caixa de veludo preta.

— O que é isso senhor? – abri a caixa e tinha um lindo colar prateado com pequenas pedras brilhantes.

— Ele quer que use no dia do casamento. Era da mãe dele. O Jung diz que em alguns aspectos, você o faz lembrar-se dela.

— Ah... Vou cuidar desse colar com muito carinho.

Despedi-me um pouco intrigada com a situação e voltei para casa.

Voltei para casa com o Alek, que por sinal, andava bem estranho. Ele parecia não estar mais a vontade comigo além de atender as ligações bem distante de mim como se quisesse esconder algum segredo. Tá, vamos combinar que ele é outro esquisitão.

XXX

Passaram-se vinte dias desde o sumiço dele.

O Alek continua estranho e a única pessoa que eu considerava amigo, tinha sumido do mapa. A irmã dele ainda me importunava, mas eu criava paciência e fingia que as ofensas não eram para mim. Na Eun tinha fechado a boca e resolvido me ignorar. No fundo eu tinha pena dela, pois sabia que ela gostava dele, mas, o jeito que ela lidava com as coisas me dava nos nervos.

Eu cuidei de quase todo o casamento: Decoração da igreja e da festa, buffet, meu vestido de noiva, e quem ficou como as daminhas de honra foram uns sobrinhos do Presidente Jung que por sinal eram uns fofos. Os padrinhos seriam minha tia Suzy que veio me ajudar na escolha do meu vestido e a tia do Jung que era bem simpática. Ela estava feliz por ver seu sobrinho se casar, mas, aparentava preocupada.

Em três dias, estaria casada e vivendo com um total estranho.

Resolvi ir às compras. Lá em casa estava faltando algumas coisas, então fui ensaiar como ser dona de casa.

Era uma tarde abafada em Seoul, abafada e movimentada. Estava tendo muitas apresentações de trainees na rua, o que eu sempre gostava de assistir e havia muitas barracas de comida de rua o que era uma delicia também.

Estou indo em direção ao supermercado, quando vejo alguém parecido com o In Ho.

Eu corro para agarrá-lo pelo braço e tenho sucesso. Era ele mesmo.

— Ah, oi. – eu tento sorrir – Você sumiu.

— Ah, oi – ele sorri amarelo aparentando estar surpreso – eu tive uns problemas para cuidar, desculpa.

— Ah, tudo bem.

— Está indo para o supermercado?

— Ah sim, lá em casa não tem nada e como não moro sozinha...

— Quer ajuda? – ele perguntou me encarando.

— Se não incomodar você

— Que isso... – seguimos andando para dentro do estabelecimento.

Fomos colocando algumas coisas dentro do carrinho e logo após fomos para o caixa.

— Ei, esse não é seu celular? – falou o In Ho enquanto eu pagava a conta.

— Humrum. – a moça me devolveu o cartão e então olhei para o celular.

“O Jung veio aqui e me perguntou onde você está então eu disse. Ele está indo ao seu encontro.”

Era uma mensagem do Alek.

— Algo de importante? – perguntava o In Ho curioso.

— Ah, não. É só o Alek.

Saímos do supermercado e sou surpreendida pelo Jung.

— O que você tá fazendo com esse cara? – ele me parecia furioso.

— Jung? O que tá fazendo aqui?

— Agora preciso pedir permissão para ir ver minha noiva? Ei seu idiota o que tá fazendo aqui? Querendo se vingar de alguma maneira usando ela para me atingir? Tá perdendo seu tempo!

— Hyung, que isso. Eu vim saber esses dias que ela é a sua noiva.

— O que tá acontecendo? – eu estava confusa.

— Vamos para casa agora! – Jung arrancava as sacolas do In Ho enquanto puxava meu braço.

— Seu idiota, tá me machucando!

— Larga ela! – In Ho gritava.

— É melhor você se afastar, ou não vai ser só o seu braço que vai ser dilacerado desta vez!

Eu juro que via ódio nos olhos do In Ho. Ele deu um passo para trás enquanto continuamos andando até o estacionamento. Ele abriu a porta do passageiro enquanto me atirava lá dentro com tudo.

— Dá para ser delicado pelo menos?

— Essa é a sua maneira de se vingar de mim? Você tá louca?

— O único louco aqui é você, me machucando e gritando com os outros. Ele é seu amigo!

— Ele nunca foi meu amigo. – eu o encarei nos olhos e eu vi um misto de tristeza, dor e raiva. Eu quis abraça-lo, mas me contive.

— Você pode me explicar o que houve?

— Você não precisa se interessar em nada relacionado a mim. Lembre-se: é só a merda de um contrato. Somente.

Ele deu partida no carro e foi correndo pelas ruas de Seoul.

— Tá que eu entendo que você tá com raiva de alguma coisa, mas, se quiser se matar, vá sozinho.

— Cala a boca.

— Vai devagar, por favor. – ele acelera mais um pouco – Eu disse, vai devagar idiota! – disse gritando.

— Você está se encontrando com esse cara agora?

— Ele é meu amigo.

Jung gargalha e eu me arrepio de medo

— Aquilo ali, não é amigo de ninguém, acredite em mim.

— E por que eu deveria acreditar em você? Sua pessoa não é nada confiável.

— Não importa. Não quero vê-la ao lado daquele cara.

— Você não pode mandar em mim. – Chegamos no estacionamento do nosso prédio. Saí do carro.

— Como você mesma diz, eu te comprei Elisa, ou seja: Você é uma propriedade minha!

— Vai sonhando.

Entramos no elevador.

Jung estava ofegante e com uma áurea triste.

Eu não sabia o que se passava, mas, algo de muito grave aconteceu com os três: Jung, In Ho e a In Ha.


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