Casamento forçado: A descoberta do amor escrita por LiraStar


Capítulo 3
Três




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O clima não é muito favorável hoje. É primavera, e às vezes chuvas momentâneas lavam as ruas de Seoul. Hoje eu tive uma boa surpresa: Alek se vestira como um homem comum e normal, nada de ternos e trajes formais. Seu cabelo loiro bagunçado com seus óculos fofos, ele estava lindo. A calça skinny o vestia bem e deixava a mostra seu corpo definido. Ele realmente era lindo, e agora está mais ainda.

— Nossa! Você está maravilhoso! – Eu bato palmas para ele.

— Obrigado, Liza. – Ele ajeita os óculos transparecendo um pouco de vergonha.

— Bem, vamos?

Saímos de casa e seguimos para o elevador. Esbarrei no vizinho, o insuportável Yoo Jung.

— Nossa garota! Vou começar a pensar que você adora esbarrar em mim.

Eu simplesmente ignorei a grosseria.

— Alek, onde vamos almoçar hoje? Eu não conheço Seoul muito bem, então quero que você me mostre um restaurante maravilhoso.

Alek sorri e ajeita os óculos.

Cheguei ao térreo, eu entrei no carro do Alek, mas dessa vez sentei no banco da frente. Ele me olha tentando entender algo.

— Esse é o começo da nossa amizade. Amigos que pegam caronas com outros amigos vão no banco da frente!

Ele dá a partida com um sorriso de canto, enquanto eu observo o Yoo Jung entrar em seu carro.

— Me desculpe Liza, mas você parece muito interessada nesse Yoo Jung.

— Eu? Interessada nele? Alek, por favor, me poupe! – Sorrio para ele em tom de zombaria e ele devolve com um sorriso sincero.

Eu fico um pouco assustada com essa dedução do Alek, e acabo achando que no fundo ele tem um pouco de razão.

Esse tal de Yoo Jung metido a inteligente, bondoso, mas na verdade é um “não me toque” mexeu comigo, apesar de ainda não saber se é de maneira positiva ou negativa.

Lembro-me que não posso me interessar por ninguém, afinal eu estou noiva de um rapaz que eu nem conheço!

Chegamos à faculdade, e logo vi aquela menina chata e insuportável esperando o Yoo Jung em um dos bancos perto do estacionamento.

Não é ciúmes sabe? Aquela garota só me dava nos nervos!

— Sunbaenim! – Ela fala em um tom exagerado, querendo parecer por fofa. Eca! – Que bom que você chegou, estava esperando você!

— Ah, oi pra você também. – Ele fala desanimado.

— Sabe, eu odiei aquela garota que a professora colocou como sua aprendiz

Na mesma hora que ela fala isso, eu abro a porta do carro e Alek sai junto.

— Sabe Alek, eu preferiria que você fosse mais direto comigo, não precisa falar pelas costas para pagar de bonzão! Então, seja corajoso e pode falar comigo, mas pela frente. – Fiz questão de olhá-la. O Jung só ria da situação.

— Você está se referindo a mim? – Ela se aproxima.

— Eu? Por que me referiria a você? Não sei se você é cega, mas eu estou com esse lindão aqui do meu lado, e obviamente eu estava me referindo a ele. – Juntei as mãos e fechei os olhos de uma maneira fofa.

— Você é muito sínica, garota! – Ela me olha de cima a baixo.

Eu quero provoca-la e só há uma maneira de fazer isso: A atacando.

— Sabe Yoo Jung Sunbaenim, acho que irei precisar da sua ajuda para recapitular a matéria. Desculpa ter negado pela ajuda. – Ele me olha nos olhos.

— Não era ele que iria te ajudar?

— O Alek? Ah não, ele é muito ocupado! Desculpa incomodar.

Ele suspira e isso me incomoda e logo após me puxa pelo braço me afastando da nojenta e do Alek.

— Eu sei que você só quer perturbá-la! – Ele fala sussurrando, ainda segurando meu braço. – Eu te ajudo se você me ajudar.

— Qual a parte que eu tenho que fazer nesse pacto?

— Dê seu jeito de tirar ela de cima de mim! Não aguento mais ela gritando pelos corredores “Sunbaenim! Sunbaenim!”. E então, o que me diz? – Ele ergue uma sobrancelha.

— Hum... Tudo bem então! Será um prazer me livrar dela.

Voltamos para perto do carro.

— À noite em minha casa, as sete! Ah, e eu odeio atrasos!

Bati continência em resposta.

Tá que eu não suportava o cara, mas, aquela garota era mais insuportável. Se não pode contra o inimigo, então, junte-se a ele!

Fomos juntos à sala, e como todos sabiam, meu lugar era ao lado do Jung. Ela, que o nome era Na Eun e eu vim descobrir agora, correu para o meu respectivo lugar, acontece que eu cheguei primeiro sentando-me na cadeira e sorrindo vitoriosa.

— Garota idiota! – Ela sai bufando pelo apertado corredor da sala.

Eu dou risada em meu intimo.

A aula passou-se rápido e o resto do dia foi bem agradável. Alek me levou em um restaurante maravilhoso, e comi a melhor carne grelhada da minha vida!

As aulas terminam e eu e o Alek seguimos em direção a linda BMW preta.

— Alek, vamos às compras! – Falei com convicção. – Espera que antes preciso desmarcar algo.

“Desculpa não ir ao encontro, é que surgiu algo urgente, mas, eu vou recompensar em dobro. Vou dedetizar aquele carrapato de você ou não me chamo Elisa Lewis. XOXO.”

Mandei um SMS para o Jung para que desmarcasse nosso compromisso de hoje à noite. Com esse noivado próximo eu não tinha cabeça para estudar.

— Como? – Ele parecia não ter entendido.

— Amanhã já é sábado, e eu não tenho nenhuma roupa apresentável para esse noivado arranjado! Preciso pelo menos causar uma boa impressão!

— Falando assim, parece que você gosta de estar noiva.

— A única coisa boa nisso, são as compras.

Ele ficou em silêncio e seguiu para o shopping.

Passeamos em quase todas as lojas, e não encontramos nada de interessante.

— Droga Alek, acho que estou ficando com bolha nos pés! Será possível que eu não vou encontrar nenhuma roupa para esse maldito noivado?

Alek estava mais cansado que eu, segurando as sacolas das comprinhas que eu tinha feito. Tá que era para comprar só um vestido, mas, foi só ver aqueles shortinhos e sapatos, nossa, me apaixonei!

— Essa é a ultima loja, Lisa. Tem que ter algo que te interesse nela.

Respirei fundo e fui em direção à porta da loja. O frescor que vinha de dentro por causa do ar-condicionado era realmente uma benção. Eu sentia que aquele vento fresco significava alguma coisa, e eu estava certa: O vestido perfeito para esse noivado falso.

 


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