Casamento forçado: A descoberta do amor escrita por LiraStar


Capítulo 1
Um




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Esta pode não ser a mais bela história de amor, onde há príncipes, cavalo branco, castelos e dragões, mas há o verdadeiro amor.

Eu, Elisa Lewis, 19, solteira, cursando faculdade e agora prestes a ir a um intercâmbio.

Minha rota de ida: Coreia do Sul. Sou de Londres.

Chego ao aeroporto coreano, meus olhos passeiam pelos rostos bonitos, peles brancas perfeitamente maquiadas e os fofos olhinhos puxados. Entre essa multidão, há um rapaz de terno, óculos e profundos olhos azuis. Loiro também. Este é Alek, o secretário de meu pai, mandado especialmente para mim como um cão de guarda. Alek acena, e eu não me alegro muito, afinal sempre fomos distantes um do outro. Para mim, ele se aparenta mais a um robô do que um ser humano.

— Olá senhorita, seja bem vinda à Coreia! – Dou um sorriso amarelo tentando esboçar algum ânimo.

Vim aqui para procurar algum tipo de liberdade, então vejo que estou encarcerada como este cão de guarda enviado para me vigiar.

Alek abre a porta de uma BMW preta, e faz gestos com a mão me convidando para entrar.

— Senhorita, primeiro iremos passar em frente à sua faculdade, e logo após mostrarei seu novo apartamento.

Eu acenei com a cabeça, e não falei nada.

Encostei a cabeça no banco de couro preto e vermelho, posicionei meus fones e os aumentei ao máximo, fechei os olhos e me deixei levar pela canção.

Não sei quantos minutos se passaram umas duas músicas talvez, e sinto mãos frias tocarem o torso da minha mão me incomodando.

Lentamente abro os olhos e me deparo com o olhar de puro azul de Alek.

— Senhorita, chegamos em casa. – Ele tenta sorrir acolhedor, mas falha miseravelmente.

— Em casa? – Pergunto atordoada por causa do breve cochilo. – Não iríamos passar primeiro pela faculdade?

— Sim, mas percebi que a senhorita estava muito cansada devido à viagem, então preferi ir para sua casa direto.

O agradeço mentalmente.

Eu saio do carro me espreguiçando, e Alek me olha de lado e sorri como se visse algo engraçado e eu simplesmente ignoro.

— Esta é a sua senha, precisara dela tanto para destrancar a porta principal, como a porta de seu apartamento.

Pego o cartão dourado e ele novamente sorri. – Tente! – Ele falou apontando para uma grande porta de vidro.

Fui de encontro com a fechadura e digitei os quatro números: 2510. O aniversário da mamãe. Meus olhos lacrimejam e Alek me estende um lenço. – Seu pai quis assim. – Foi tudo o que ele disse.

Entramos no prédio e outros homens entraram atrás, com minhas malas. Vou de encontro ao elevador e Alek aperta o botão indicando que o elevador abrisse.

— Seu andar é o ultimo, ou seja, o décimo quinto.

— E os vizinhos?

— Não se preocupe. Só tem dois apartamentos: o seu e de outro rapaz.

— Ah...- Assim que fecho minha boca, um homem alto entra no elevador, ele superava o Alek na altura, e olha que ele era alto.

— Desculpe, é pro 15º? – O desconhecido falou em tom respeitoso e sério.

Tudo o que consegui fazer foi balançar minha cabeça como uma lagartixa desnorteada.

— Sim. Você é? – Perguntou Alek em um perfeito coreano

— Sou do 15º. Vocês são os proprietários do outro apartamento?

— Ela é.

— Ah... Bem-vinda! – Ele dá um sorriso e deixa á mostra seus belos dentes que em conjunto formavam um sorriso perfeito.

Novamente só acenei com a cabeça.

Chegamos ao décimo quinto andar, e as portas se abrem. Eu saio feito uma estabanada, tropeçando no nada, quase caindo.

— Cuidado. – O estranho fala baixo depois de me sustentar em seus braços.

Eu o encaro e ele sorri.

— Obrigada. – Falo olhando para baixo.

Ele me solta depois de perceber que minhas pernas podiam sustentar meu corpo, e eu sinto falta do calor que ele emanava.

Alek me guia a porta do meu apartamento, e eu novamente olho de relance para o desconhecido. Assusto-me com o barulho que a porta fez ao se abrir.

O desconhecido entra, e eu o perco de vista, e logo faço o mesmo entrando em meu apartamento.

— Senhorita, este aqui é seu apartamento. Dois quartos, sala, sala de jantar, um escritório, cozinha, lavanderia, e tem um pequeno jardim.

— E você Alek, ficará aonde? – Eu perguntei enquanto passeava os olhos pelo apartamento.

— Minhas coisas ainda não chegaram, então hoje ficarei em um hotel, quando elas chegarem me mudarei para cá. Assim foi como o seu pai ordenou.

Eu não me incomodo com a notícia. Alek é frio e vive se esgueirando pelas paredes, é calado e não me incomoda.

— Hum, tudo bem então.

— Senhorita, qualquer coisa é só me ligar. – Ele abriu a porta, e saiu andando pelo corredor até o elevador.

Meu celular vibra em meu bolso e vejo uma mensagem. Alek.

“Amanhã virei buscar você para ir para a faculdade, por isso esteja pronta às oito.”

Uma mensagem fria e seca, e é assim que ele é.

Jogo-me no meu sofá, e adormeço em cima das malas.

 


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