Uma Senhora Para Pemberley escrita por AustenGirl


Capítulo 20
Inadequada?


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde gente! Como estão?

Primeiramente obrigado por comentarem e me apoiarem! Vcs são os melhores leitores que eu poderia ter! Amo vcs!

Não tenho muito a falar sobre o capitulo, então só vou desejar uma Boa leitura p vcs!



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Charles Bingley ainda tinha seu olhar fixo no par que dançava no meio do salão quando a voz de sua irmã o despertou.

— Até que ela não está tão mal. Continua sendo a mesma moça insípida que sempre foi, mas o vestido dela é lindo.— Caroline comentou olhando para Elizabeth e o senhor Darcy que estavam do outro lado do salão. — Porém eu aposto como foi ele quem deu aquela roupa para ela. Ela não teria condições de comprar.

— Caroline, não esqueça que em breve tudo isso aqui será dela. — Charles falou em um tom de repreensão. — Sei que você não gosta da senhorita Bennet, mas quero que a respeite. Se não o fizer por ela, faça isso pelo menos em consideração ao senhor Darcy, que é nosso amigo a vários anos.

— Claro que eu a respeitarei. — Disse Caroline. — Afinal eu não sou nenhuma tola. Não quero arriscar a perder a boa conexão que temos com o senhor Darcy.

Charles soltou um suspiro cansado. 

Certamente o senhor Darcy era um homem importante e rico, mas esses nunca foram os motivos para que ele o considerasse como amigo. Mesmo que o senhor Darcy fosse um pobre, ele o consideraria com o mesmo afeto. Já suas irmãs, só se importavam com dinheiro. Isso o envergonhava profundamente.

— Eles estão vindo para cá. — Falou Caroline ao observar o senhor Darcy e Elizabeth se aproximando deles. — Como eu estou?

— Está linda! — Charles elogiou e ela deu-se por satisfeita. 

Caroline sorriu para o casal que chegava e embora isso a mortificasse um pouco, ela estava firmemente decidida a tratar Elizabeth com cortesia. Afinal, não queria passar a impressão de que tinha inveja dela ou algo do gênero.

— Senhorita Bennet, a quanto tempo! — Falou ela com animação aproximando-se da futura senhora Darcy.

Obviamente Elizabeth estranhou o tratamento tão cordial, mas conhecia aquela mulher a tempo suficiente para identificar​ que era tudo era um fingimento. Embora detestasse aquela falsidade, não haviam motivos para que ela fosse grosseira para com a senhorita Bingley, então resolveu entrar no mesmo jogo e ser gentil para com ela também.

— Realmente muito tempo mesmo. — Elizabeth respondeu sorrindo. — Como tem passado? 

— Muitíssimo bem, obrigada. — Disse Caroline. — Mas não tão bem quanto a senhorita, eu aposto. — Falou em um tom sugestivo e ao ver que o senhor Darcy conversava com o seu irmão, ela aproveitou para falar a última parte alguns tons mais baixo para evitar que os dois a ouvissem. — Que grande negócio a senhorita fez não é mesmo? Sua mãe deve estar muito orgulhosa que a filha conseguiu fisgar um partido muito melhor que um clérigo ou um soldado raso. — Provocou ela deferindo-se ao senhor Collins e ao senhor Wickham.

— Sim de fato minha mãe está muito feliz. — Elizabeth respondeu sorrindo sarcasticamente. — E o principal é que o senhor Darcy e eu estamos muito felizes​ também. Me considero uma mulher de muita sorte, afinal, não são todas as pessoas que conseguem conquistar seu par ideal. Não é mesmo? — Perguntou e Caroline apenas sorriu, mas por dentro estava possessa de raiva.

Enquanto isso o senhor Darcy estava preocupado com o seu amigo.

Como o conhecia bem, ele percebeu​ a maneira melancólica que Charles Bingley olhava para Jane Bennet, enquanto a jovem dançava com o senhor Grimes.

O senhor Darcy ainda se recordava de como Charles era antes de conhecer Jane Bennet. 

Sempre se encantava com alguma moça que ele conhecia. Dizia estar apaixonado, mas bastava conhecer outra mulher, que a paixão anterior era esquecida. Porém agora era diferente pois mesmo depois​ de terem se passado meses o senhor Bingley parecia tão apaixonado por Jane como no dia em que se conheceram.

Ele tentou puxar alguns assuntos com Charles, mas ele estava tão distraído que não dava atenção a nenhum deles. Em uma última tentativa para que o senhor Bingley parasse de olhar para a senhorita Bennet, o senhor Darcy fez-lhe uma sugestão.

— Por que o senhor não convida uma das moças para dançar. Há muitas senhoritas sem um par. — Disse ele o o senhor Bingley o olhou surpreso pela sugestão de seu amigo.

— Que contraditório isso não é mesmo? Em outros tempos seria eu a incentiva-lo a dançar. — Ele falou soltando um riso fraco. 

— Pelo visto as coisas mudaram. — O senhor Darcy falou e ambos riram. — Mas deveria levar a sério minha sugestão. Tente se divertir, pelo menos um pouco.

— Obrigado meu amigo. — O Senhor Bingley falou dando leves batidas no ombro do outro. — Mas por hora prefiro ficar aqui. Não me sentiria bem em dançar com outra dama no momento.

— Tudo bem. A decisão é sua. — Disse o senhor Darcy, e infelizmente teve de se afastar do seu amigo pois alguns outros convidados requeriam a sua atenção.

Naquela altura, todos os convidados já estavam presentes.

Elizabeth se esforçava ao máximo para dar atenção a todos, e embora fosse exaustivo ela estava gostando. A única coisa que lamentava era o fato de ainda não ter conseguido falar direto com o seu noivo e nem sequer dançar com ele. Por alguns momentos chegou a pensar que não conseguiria cumprir seus planos de declarar-se para ele naquela noite. 

Ela estava pensando nisso, quando a senhora Benson e a senhora Westwood aproximaram-se dela para conversar. 

— Senhorita Elizabeth, devo parabenizá-la, pois esta festa está maravilhosa!— Falou Anne Westwood sorrindo enquanto se aproximava dela.

— Agradeço o elogio, mas não mereço tanto crédito. Muitos trabalharam para que tudo desse certo. — Elizabeth respondeu. — Mas fico feliz que estejam se divertindo.

— Sim... Estamos. — Concordou ela. — Eu já estou um pouco velha para dançar, mas só de ver os jovens se divertindo é um regalo para meus olhos. 

— De fato. — A senhora Benson pela primeira vez falou, mas não tinha tanta empolgação como a senhora Westwood. — Adoro ver meus filhos dançando​. — Falou ela olhando em direção ao salão e um dos rapazes dançava com Kitty Bennet e outro com Georgiana Darcy.

Elas continuaram em uma conversa com Elizabeth e a senhora Benson raramente falava apenas concordava e sorria para o que as outras falavam. Isso fez com que Elizabeth pensasse que ela não estava realmente gostando dela, nem da festa. Mas isso não a importou muito, pois ela esperava esse tipo de reação das pessoas. 

Ela estava tão concentrada na conversa que nem percebeu que o senhor Darcy se aproximava dela. 

— Me concede a honra dessa dança? — Ele falou em um tom polido, mas Elizabeth percebeu o pequeno sorriso de canto que ele tinha. 

Aquilo era engraçado, pois já haviam compartilhado muitos momentos que aos olhos da sociedade seriam íntimos demais para um casal de noivos, mas diante das pessoas, tinham de agir com toda aquela formalidade. 

Elizabeth ficou feliz que finalmente poderia dançar com ele, mas resolveu provocá-lo um pouco.

— Eu não deveria aceitar. — Falou ela olhando para ele. — Não me sinto disposta a dar atenção a senhores que foram desprezados por outras senhoritas. — Falou a mesma frase que ele tinha dito sobre ela a meses atrás e ele riu pois sabia que ela estava brincando. — Mas já que o senhor é o meu noivo, creio que não tenho escolhas. — Disse ela e segurou a mão que ele lhe oferecia. 

A senhora Westwood e a senhora Benson olhavam intrigadas para a cena que se desenrolava e embora não entendessem o sentido das palavras de Elizabeth, elas entenderam que se tratava de alguma brincadeira entre o jovem casal.

— Creio que nunca serei perdoado pelo que disse no passado não é mesmo? — Disse ele enquanto dirigiam-se para o centro do salão 

— Eu já o perdoei a muito tempo. — Disse ela dando de ombros e ambos já estavam posicionados para começarem a dançar. — Mas isso não significa que eu esqueci. Então me reservarei ao direito de usar esse assunto ao meu favor sempre que julgar necessário. Ou apenas para provocá-lo. Dependerá do meu humor. — Brincou ela e ele riu. 

— Sabes que isso não é justo! — Disse ele. — Você tem muitas coisas para usar contra mim, e eu tenho a poucas para usar contra você. Estou em uma crescente desvantagem.

— Com o tempo certamente encontrará falhas minhas para provocar quando quiser. Mas enquanto isso não acontece, deverá se acostumar com a desvantagem. — Falou ela. 

Naquele instante a música começou e muitos passaram a prestar atenção no casal, mas para eles pouco importava os outros, pois era como se existisse apenas eles no centro daquele salão.

Elizabeth estava nervosa pois pensava em uma maneira de falar sobre seus sentimentos ao senhor Darcy. Durante a festa a todo o momento eles eram interrompidos por pessoas que requeriam a atenção deles, então ela pensou que durante aquela dança seria o melhor momento para falar com ele, já que ali ninguém poderia atrapalhá-los. 

— O senhor se lembra da primeira​ vez em que dançamos, senhor Darcy? — Elizabeth perguntou despretensiosamente entre um passo e outro da dança.

— Claro que sim. — Respondeu ele. — Como poderia esquecer-me. A senhorita bombardeou-me com perguntas indiscretas. — Troçou ele e Elizabeth riu.

— E o senhor não respondeu a nenhuma delas. — Ela retrucou divertida. — Pelo menos não satisfatoriamente. — Falou e então ficaram em silêncio por mais alguns segundos.

— O senhor ficou muito bravo comigo depois daquilo? — Finalmente ela quebrou o silêncio entre os dois.

— Eu diria que fiquei chateado, mas não com você e sim com a situação como um todo. — Explicou ele. — Ver que não era compreendido por você e que duvidava de mim, me deixou um pouco encolerizado. Porém logo passou.

— Fico contente em saber. — Falou ela e depois de pensar um pouco fez-lhe outra pergunta. — O senhor já gostava de mim naquela época? Mesmo que eu só soubesse lhe importunar? 

— Certamente que sim. — Disse ele. — Embora não admitisse isso, eu já a admirava profundamente.

— E quando o senhor descobriu que me amava? — Perguntou ela e viu a expressão de surpresa no rosto dele que pensou um pouco antes responder. 

— É difícil ter uma precisão com relação a esses assuntos. — Começou ele. — Sinceramente não sei lhe dizer o dia ou o horário em que meus sentimentos se manifestaram. Eu já estava no meio de tudo, quando nem sequer havia percebido que havia começado. — Falou ele e ela sorriu. Entendia como era. Assim como alguém que cai no sono, foi assim que ela descobriu seus sentimentos por ele. Lenta e gradativamente. — Mas creio que foi depois que partimos de Netherfield, que tudo começou a fazer mais sentido. A sua ausência, me fez ver o quanto sentia a sua falta.

— Como fomos diferentes nesse aspecto. — Elizabeth falou e naquele momento da dança estavam frente a frente, assim ela pode ver ele franzindo as sobrancelhas, sem entender o que ela queria dizer. — O senhor precisou da minha ausência para descobrir que me amava, e eu precisei da sua presença. 

O senhor a olhava e não sabia o que pensar sobre aquelas palavras. Estaria ela querendo dizer que o amava? Ele ficou parado por alguns instantes e até esqueceu-se de dar o próximo passo na dança. 

 — O que queres dizer com isso? — Perguntou ele saindo do seu torpor inicial e recuperando o ritmo da dança.

— O Senhor é inteligente Fitzwilliam Darcy! Sabes o que quero dizer. — Disse ela ostentando um sorriso no rosto, mas por dentro seu coração batia forte. — Eu o amo, Senhor Darcy. E foram esses dias que passei ao seu lado que me fizeram perceber isso.

Naquele instante a música parou e o senhor Darcy sentiu como se seu coração fosse parar junto com ela. 

Obviamente ele já havia percebido a muito tempo o quanto Elizabeth havia mudado de comportamento em relação a ele. As conversas que tinham, os beijos que haviam trocado... Tudo isso servia para ele como evidência de que Elizabeth poderia estar se afeiçoando a ele.

Porém, ele não quis se precipitar, pois já tinha feito isso uma vez e havia se enganado. Então, ele deu tempo ao tempo e agora ali estava a recompensa pela sua espera. Elizabeth o amava!

O que ele mais quis naquele momento foi ir de encontro a ela e beijá-la.

Aquilo não era possível, assim ambos ficaram olhando-se nos olhos e a seguir deixaram a roda de dança. Tiveram de separar-se pois ele havia tirado Mary Bennet para a próxima.

Embora nenhuma palavra houvesse sido dita, eles já se conheciam o suficiente​ para reconhecer a felicidade no olhar do outro. Palavras não seriam o suficiente para expressar a alegria e plenitude que cada um sentia naquele momento.

Para o senhor Darcy foi difícil concentrar-se na dança, pois só conseguia pensar em Elizabeth. Então assim que a dança terminou ele foi até ela. Sem dizer nada a chamou e a levou pela mão para um dos corredores que ficava mais afastado do salão.

— Para onde está me levando? Não deveríamos sair dá festa assim. E se alguém nos ver? — Perguntou ela preocupada, mas ainda assim não hesitou em segui-lo.

— Não se preocupe! Ninguém nos viu, estão todos distraídos com a festa. — Disse ele e então pararam e ele a olhou nos olhos.

Aquele corredor era bem afastado, tanto que nem a música do baile podia ser ouvida direito. A iluminação era pouca, pois havia apenas um candelabro ali, assim ambos se encontravam na penumbra. Mesmo sem poder ver o rosto dele direito, era perceptível o quanto estava nervoso.

— Lizzy, é verdade tudo o que disse sobre seus sentimentos? — Finalmente ele perguntou.

— Claro que é verdade! — Indignou-se ela. —  Eu não brincaria com uma coisa dessas... — Ela falaria mais, mas não teve chance pois ele a calou com um beijo.

Embora ela não esperasse por aquilo, ela correspondeu, mas logo tratou de o afastar.

— O senhor está ficando louco? Que escândalo será se alguém nos ver! — Repreendeu ela, mas, no fundo, havia gostado daquilo. 

— Está certa, me desculpe! — O Senhor Darcy falou e se afastou dela.

— Está tudo bem. — Afirmou ela suavizando suas expressões. Não estava brava com ele, pelo contrário, estava radiante de felicidade, mas preocupava-se com a reputação de ambos, então teriam de parar com aqueles beijos, antes que fossem descobertos. — Será melhor voltarmos agora. — Disse ela por fim e ele concordou.

Para a segurança de ambos, o senhor Darcy foi na frente e alguns minutos depois Elizabeth foi também, mas tomou uma direção diferente. Assim eles chegariam na festa por direções diferentes e não despertariam suspeitas, pensou ela. 

Ela voltava estava para a festa, quando ouviu a senhora Westwood e a senhora Benson conversando em um dos corredores adjacentes. Ela não teria dado atenção a isso, mas ao ouvir seu nome sendo citado na conversa ela automaticamente parou para ouvir.

—  E então Olívia, o que achou da futura senhora Darcy? — Perguntou Anne e era perceptível o tom de desprezo com que ela falou as últimas palavras.

— Achei uma moça muito espirituosa, inteligente, bonita... — Olívia respondeu com naturalidade.

Certamente nenhuma das duas estavam conscientes de que Elizabeth estava ouvindo-as e ela sabia que era impróprio ficar escutando conversas alheias, mas ainda assim não conseguiu se afastar. Afinal de contas, não era sobre qualquer assunto que aquelas senhoras estavam falando. Era sobre ela. 

Assim ela continuou ali, sem ser notada pelas duas mulheres.

— Realmente, ela tem essas qualidades, mas, em contrapartida, as irmãs dela são insuportáveis. Viu a maneira como se oferecem para os rapazes? Sinceramente eu esperava que o senhor Darcy fizesse uma escolha melhor. Sempre me pareceu um homem tão exigente. — Disse Anne em um tom de completo desdém. 

— Não vi nada de tão reprovável no comportamento das mais jovens. Estão apenas aproveitando a festa. E quanto a Elizabeth, eu achei que você tivesse gostado dela. Afinal, você conversava com ela como se fossem velhas amigas. — Olívia falou, mostrando seu desagrado e sua crítica com relação as opiniões e atitudes de Anne Westwood.

— Em momento algum disse que não gostei dela. — Anne defendeu-se. — Gostei de conversar com ela. E além do mais é bom que eu faça amizade com a senhorita Elizabeth, já que em breve ela será a dona de Pemberley. Mas tens de concordar comigo que o senhor Darcy fez uma escolha extremamente imprudente. Elizabeth Bennet não é a mulher adequada para ele.

Aquilo era tão controverso. A mesma mulher que a tratou tão bem, agora estava falando sobre ela com tanto desprezo, enquanto a outra, que Elizabeth achou que estava apenas a analisando, a defendia dos comentários impertinentes de Anne. 

Pelo visto o julgamento de Elizabeth sobre aquelas duas senhoras estava errado, e o pior era que aquela não era a primeira vez.

No início Elizabeth realmente achou que estava sendo bem recebida pelas pessoas, mas agora deu-se conta de que em grande parte tudo não passava de uma grande farsa.

Até mesmo Caroline Bingley era menos falso, pois embora ela se preocupasse em manter algumas aparências, ela nunca escondeu de Elizabeth que não gostava dela. Talvez a rivalidade com Caroline Bingley seria uma das poucas coisas verdadeiras que ela encontraria naquele meio.

Foram tantos dias felizes os que ela passou em Pemberley que ela até havia esquecido que a realidade era muitas vezes cruel. Amizades e casamentos eram sinônimos de negócios e isso a deixava enojada. 

— Eu não sei se concordo contigo. — Olívia mais uma vez posicionou-se a favor de Elizabeth. — É verdade que a senhorita Bennet não tem fortuna e conexões, no entanto percebe-se de longe que os dois se amam.

— Com certeza se amam! — Anne concordou. — Mas a questão é quanto tempo esse amor vai durar?

— Como assim? 

— A senhorita Elizabeth está com todas as vantagens dessa união. — Anne apressou-se em explicar. — Para ela não será difícil se tornar uma mulher rica e fazer parte da nobreza britânica. Mas e quanto ao senhor Darcy? — Perguntou retoricamente. — Amor não será o suficiente para que ele suporte os obstáculos que virão. Não serão todos que receberão bem a esposa dele. A própria Lady Catherine o renegou por causa desse noivado. 

Elizabeth ouvia atentamente e sentiu um arrepio cruzar por seu corpo ao ouvir aquilo. Ainda mais que ela se lembrava perfeitamente de cada palavra que Lady Catherine escrevera na carta que ela leu na biblioteca e de que ela também ficara preocupada com o fato de a senhora de Bourg ter renegado a família Darcy.

— Da maneira como falas até parece que é certo que isso acontecerá aos dois. — Olívia Benson falou. — Temos tantos exemplos de casamentos bem-sucedidos. E em muitos deles uma das partes não era nobre. Marianne e o Coronel Brandon por exemplo. 

— Marianne não tinha fortuna de fato, mas ela e as irmãs tinham um nome. E além do mais, o senhor Brandon não tem metade da importância do senhor Darcy. — Anne mais uma vez falou. — Acredite quando digo que a união do senhor Darcy com Elizabeth é imprudente. Amor é algo desejável, mas dinheiro e um bom nome são indispensáveis. Não demorará para que o senhor Darcy perceba a grande loucura que fez. 

Olívia Benson apenas balançou a cabeça em negação e soltou um riso anasalado. Embora não concordasse com as palavras de Anne Westwood, ela preferiu não discordar. Sabia que era em vão pois nada mudaria a opinião daquela senhora. Assim ela apenas mudou de assunto. 

Quanto a Elizabeth, ela sentia como se um grande nó estivesse se formado em sua garganta.

Ela não se importava que as pessoas não gostassem dela. Porém as palavras ditas por aquela senhora a afetaram profundamente e toda a felicidade que ela sentia por ter se declarado ao senhor Darcy estava sendo sufocada por aquela dúvida plantada por aquela senhora. 

Seria o senhor Darcy capaz de um dia deixar de amá-la? Será que um dia ele se arrependeria por tê-la escolhido como esposa? Só por pensar nessas possibilidades ela sentiu seu coração doer.

No entanto, com todas as suas forças Elizabeth tentou empurrar aquelas dúvidas para longe. 

Ele jamais a desprezaria. Ele a amava e tinha dado a ela muitas provas disso. O amor deles seria o suficiente para suportarem as diferenças. Era nisso que Elizabeth​ queria confiar. Precisava confiar. 


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?

Finalmente a Elizabeth se declarou :) O que acharam da cena?

E sobre a conversa da senhora Westwood, o que acharam?

Aguardo comentários! :)



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