WSU's: Zenith escrita por Lucas, WSU


Capítulo 5
Capítulo V - Família é Para Sempre


Notas iniciais do capítulo

Nem temor nem esperança assistem
Ao animal agonizante; O homem que seu fim aguarda
Tudo teme e espera;
Muitas vezes morreu, Muitas vezes de novo se ergueu.
Um grande homem em sua altivez Ao enfrentar assassinos Com desdém julga
A falta de alento;Ele conhece a morte até ao fundo -
O homem criou a morte.



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Cesky Krumlov, o lugar que proporcionava rios de descanso. Espremida em meio à suas pequenas casas e bares, gigante por seus castelos imponentes.

Não só dos questionamentos existenciais vivia o casal fidalgo. Todas as manhãs colocavam as roupas aventureiras e tomavam o rumo das montanhas tchecas. 

Ele subia à frente segurando um pedaço de madeira, guiava a mulher e o filho, como uma família deve se estruturar.   

Os percursores do negativismo dizem que quanto mais alto estiver, maior será o tombo. A falha gera a queda. Como ser falho o ser que tanto subiu? O quê causa?

— Deixe-me mostrar à ele, Nina. 

Viktor pediu, ela atendeu e passou a criança aos braços dele.

— Tá vendo, amigão? É lá que você mora...— apontou — Esse aqui é nosso lar, um dia ele será todo seu. — balançou-o recebendo um indescritível sorriso em troca.

O espírito da curiosidade atazanava Nina. Dias de auto-questionamento. Seria mesmo dinheiro o assunto que o senhor Deszo Báthory, parente próximo de Viktor, tanto queria tratar? 

O tempo de convívio ajudava Viktor à perceber que havia algo de errado. 

— Quer me contar o quê foi? — ele aparentou ter se irritado, pois aquele momento deveria ser desfrutado.

— Acredito que já saiba. — Nina respondeu em tom parecido.

— O pouco que eu preservo é o tempo com vocês... Nada é mais importante, sabe disso, Nina... Não ouse destruí-los. — uma inevitável discussão?

— Por que isto te irrita? Por que ele quer tanto?

— Te faço as mesmas perguntas.

— Não cabe à você esconder isso de mim, Viktor.  

— Tudo que possa trazer perigo à família deve ser escondido, meu pai ensinou isso... Ou ignoramos e continuamos nossas vidas ou mergulharemos em primazia. — Viktor poetizou a fala imaginando que a segunda parte assustaria Nina. 

— É justamente por me preocupar com minha família que quero que você resolva este assunto... Resguardei essa ânsia por dois anos, tomei coragem de expô-la, você não irá ignorar minhas vontades. — mas foi Nina que assustou Viktor.

Nem o mais devastador dos tsunamis contém uma mulher irritada. Nem o mais silencioso samurai. Nem a mais insana da criaturas mitológicas. Nem o mais insano dos humanos. Nem Kraken. Nem Hitler.

***

A Rainha alisava os longos cabelo com as mãos. Sentada sob uma poltrona de pele de veado, ela olhava Vlad limpar o chão de madeira oleosa e reluzente. 

— Vlad... — ela chamou-o.

— O quê? — retrucou.

— ''O quê'' Não! Me respeite. Senhora! — exigiu.

— Senhora, explane. 

— Você acha que ela conseguirá? — disse com a voz tristonha.

Francamente, querida, eu não dou a mínima. — referenciou Vlad.

— Uma péssima resposta vinda de um ótimo filme. Que atrocidade, Vlad. — revoltou-se com a prepotência estampada em seu rosto. 

— Se isto te consola, então eu creio que sim. 

— Por que?

— Ela tem os requisitos... — começou a limpar a vitrola com um pano azul de bordas umedecidas - É corajosa, é curiosa, é bonita... aqueles olhos e aquele nariz... quando ela sorri... Ah... — distraiu-se com a imaginação — E ela tem o Diabo, tudo se pode quando se tem ele. 

— Nós temos ele também, eu fiz com que o tivéssemos. — orgulhou-se ela.

— Mefisto é só um negociador... A senhora já leu sobre Goetia?

— Está na minha lista, querido. — pegou seu crochê verde e começou a manuseá-lo.

— Zagan é o sexagésimo primeiro dos demônios de lá, o maior potencial é dele, ou seja, ele pode ser o que Lúcifer nunca foi. 

— Sente-se aqui — bateu a mão no sofá preto que estava ao seu lado esquerdo — e me ensine. — Erszébet se interessou.

— Aprendi tudo na noite passada...

— Você é meu maior orgulho. — A Rainha sorriu pelo canto dos brilhantes lábios e passou os dedos nos lisos e pretejados cabelos de Vlad.

— Zagan foi uma troca de morte por vida. Naberius encontrou ele jogado à miséria em meio ao caos do Inferno e o criou, o criou como deveria ser criado, com valência. Os goéticos viriam reivindicar o direito pela posse do sexto círculo, mas aquele lugar era o coração dali. Goéticos atacam, Infernaltas defendem. A 'Cruzada dos Iconoclastas' vitimou cento e vinte mil defensores. Naberius encontrava-se escondido numa caverna durante o fim da invasão goética, e quando se viu impotente diante de um furioso Dantalion... ofereceu a criança, que foi aceita. Tempo depois, Dantalion abandonou-o e mais uma vez Zagan estava sozinho, ninguém ali possuía senso de lecionamento vital. Até que o invocaram ao mundo mortal, em 1997... — Vlad pôde respirar fundo.

— Quem invocou? 

— Alguma família norueguesa... — respondeu Vlad.

— Por que?

— Nem mesmo Mia sabe, senhora.

— Conte-me mais sobre ele, sobre Zagan. — pediu A Rainha.

— Os demonologistas acreditavam que Zagan ocuparia o cargo de Rei e Presidente do Inferno, o poder dele permitia isso, mas isso demoraria, havia uma hierarquia à ser seguida... A existência de Zagan acopla o comando dele por trinta e três legiões demônicas — tirou uma caneta e um papel do bolso — que se dividem em uma trinca: — Traçou três linhas paralelas no papel — A primeira constituí-se de antigos espíritos Hebreus, Persas e Fenícios. — desenhou uma seta na primeira linha e escreveu 'Força' — Estes representam a dor, são os mais violentos, mas ainda controláveis, por assim dizer.

— Então, primeiramente, a agressividade... Nada mal. — A Rainha continuou a tecer.

— A segunda classe engloba a inteligência, nela habitam os membros da futura nova leva de conselheiros do Inferno. Eles nascem com a intelectualidade embasada em pecados judaico-cristãos. Baphomet já foi um deles há muito tempo atrás, são grandes filósofos — utilizando o mesmo método, grafou uma seta seguida da palavra 'Sabedoria' — e justamente por isso sabem destruir vidas.

— Agem e depois pensam, parece-me tão comum. Gostei.

— E terceira e  última classe: A Destruição — seta e em seguida 'Caos' — Diferente da força, as almas destruidoras não têm nenhum tipo de raciocínio, a única e exceção é a desordem, eles são a essência da maldade. Interligados entre si, caso um se liberte das amarras racionais do hospedeiro, todos os outros também se libertam... — desenhou um círculo com um ponto ao meio na parte de baixo da folha — Essa é a vida deles, o ponto é Mia, a linha circular a racionalidade... — preencheu estas mesmas linhas com rabiscos — Estes riscos são eles. Se parte do pensamento lógico falhar, os espíritos usarão como uma válvula de escape para tomar posse do portador...

— Insanidade... Impossível para uma menina tão adorável. — A Rainha fez-se de inocente.

— Mas há a possibilidade mais assustadora, o 'Caos' — bateu a caneta no papel — é a linhagem sob a qual especula-se o fato de Zagan ter nascido com total autoridade. Em modo simples, ele decide quando as entidades podem se manifestar. Então, a humanidade deve torcer para que a relação dos dois seja verdadeira, pois caso contrário... É torcer para que Deus tenha piedade de nós.  

A Rainha iniciou o estralamento de seus dedos. Contemplou a aula de Vlad mentalmente enquanto perdia os olhares no quadro 'O Nascimento de Vênus' de Sandro Botticelli.

— Vlad, agora eu tenho certeza... — arregalou os olhos.

— De quê ela conseguirá, senhora?

— Também... Mas a principal convicção que tive com essa conversa foi a de que terei de implorar à Deus pela primeira vez em 504 anos.

***

Depois de andar sem destino, Mia e Zagan chegaram à região minimamente estressante de Budapeste. As vozes do mundo real, ausente de reis e rainhas, vazio de cultura artística, desprovido de diálogos soberbos.  

Entraram num pub das mesmas características acima. Infelizmente as coisas pareciam perder a magia e se tornarem cada vez mais normais. Sentaram, protocolarmente foram atendidos. 'Blá, blá, blá', um café para cada um.

— Certo, começamos bem... Achamos um lugar sem nos perder. — Zagan retomava as provocações. 

— O homem fugiu há 34 anos, Zagan... — disse enquanto olhava a foto que A Rainha havia lhe dado — Eu quero rir, por que aceitamos?

— Pra falar a verdade, eu não faço a mínima ideia. Talvez e com sorte, quem sabe não seja mais fácil que o esperado?

— Ele pode estar morto... — disse ela rindo.

— Não está.

— Como sabe?

— Não está. Garanto.

— As legiões não estão dispostas a ajudar? — riu um pouco mais.

— Elas vão, também garanto, só quero que caminhemos com as próprias pernas.

— Ela falou sobre uma cidade... Não me recordo o nome. — Mia espremeu o cérebro em busca do lugar.

— No condado de Fejér, era onde moravam, deveria ter prestado atenção.  

— É, esse mesmo! Ela disse que fica por aqui, temos um destino! — empolgou-se.

— 65 quilômetros pra lá. — mexeu a cabeça para oeste.

— Porra, decorou isso de onde? — era a vez de Mia provocar.

— Não queria que as legiões ajudassem? Pois bem... — explicou.

— Nossa, é assim que funciona? Quer dizer, cadê as criaturas horripilantes gritando de dentro de um portal de fogo? — decepcionadamente feliz disse.

— Não... Seria desnecessário... Imagine a reação dessas famílias tradicionais aqui ao redor? 

— Eu convivo com um demônio extremamente poderoso e bondoso... Me arrependo de ter usado heroína... faz esse momento parecer mentira, faz parecer que o efeito vai durar pra sempre... —incansavelmente ela riu. Zagan ficou sério. Porém cinco segundos depois cuspiu o café e começou á rir junto. 

***

Desistiram da cotidiana aventura e voltaram para casa. O caminho é curto, mas o silêncio entre dois é ensurdecedor de tão agoniante, o som que se percebe claramente é o dos pequenos barulhos de uma criança. 

Viktor era a pessoa errada, teve tudo o que queria, escondia-se atrás da desculpa de que não se importava com dinheiro. Mentira. É fácil para um herdeiro dizer isso. Se empenhou apenas para controlar seu primitivismo interior. Humanamente, Viktor era uma pessoa fraca. Teria tido mais sorte se fosse um lobo que, por vezes, se transformava em homem, e não o contrário.

Nina...

Santo Deus, que mulher.

Plebeia. Essa sim sabia como era avida lá fora, matar um lobo por dia. Família difícil, mas não a ponto de pobreza extrema. O primeiro contato com sangue não foi por estar brincando quando mais jovem, foi por ver o pai esfaquear a mãe e jogar o corpo ao seu lado, aos 5 anos de idade. 

Passar por uma tragédia não é exigência para se tronar forte e autêntico, mas pode ser um ótimo impulsionador. 33 anos de pura indolência.

— Você sabe o que fazer, vou colocá-lo à dormir. — autoritarizou ela assim que abriu a porta.

Viktor disfarçava dizendo que seu primo queria apenas dinheiro. No fundo era uma desculpa para se livrar de qualquer provável responsabilidade. Ele não fazia ideia do que Deszo realmente desejava. 

Os dedos não queriam tocar os números no telefone.  

— Me diga que não é a Nina, por favor. — dizia a voz falhada do outro lado da linha.

Não é. — respondeu Viktor.

— Viktor, Viktor, Viktor... 

— Eu agradeço ter convencido ela à isto, Deszo. 

— Até mesmo um surdo perceberia a ironia raivosa da tua voz, primo. Nina não tem culpa alguma... É somente entre eu e você. — uma intimidadora voz.

— O quê você quer? Precisa de dinheiro? — questionou.

— Um político nunca precisa de dinheiro. Por mais que aumentemos cada vez mais nossos ganhos, não precisamos. Continua tão ignorante assim?

— Todos nós continuamos... Seja direto. — falou Viktor irritado. 

— Primeiro, aceite que ainda estamos no início. 

— Não há porquê negar, é claro que estamos.

Quinze anos atuando como Ministro de Relações Exteriores da Hungria fizeram de Deszo um grande conhecedor da natureza humana. Corrupto, xenófobo e elitista, ele e Viktor foram os que restaram da linhagem, o que tornou a relação dos dois extremamente frágil. 

Deszo não portava nenhum tipo de carma ou algo assim. Não era um vampiro de centenas de anos, não tinha um demônio preso ao corpo, muito menos um lobisomem como o seu primo. Era apenas um senhor de 59 anos, muito sábio, conhecia os segredos de cada húngaro na terra.

— Sabe que guardo muito carinho por você, meu primo... A última vez que nos vimos foi naquela terrível noite de natal... 

— Digo que tudo melhorou dali pra frente. — Viktor mantinha-se frio. 

A criatura dentro dele eclodiu espontaneamente em 25 de Dezembro de 2010. Viktor mal se lembrava do passado com A Rainha, mas eis que durante a celebração a fera atacou deixando marcas nas onze pessoas que estava ali. Nina e Deszo foram atingidos fisicamente, o nível de compaixão que restava dentro do gigantesco lobo evitou que morressem, as outras nove tiveram ossos e pele dilacerados. Por sorte, eram nove vidas sem relevância, ninguém sentiu falta.   

— Estou feliz por você, Viktor. Têm um filho, uma bela mulher, aliviou o problema... Preciso te ver pessoalmente. — ao fundo pode-se ouvir Deszo expelindo a fumaça. 

— Realmente, não é por dinheiro... — fingiu estar surpreso.

— Como eu disse: Não preciso. Aceita? — perguntou Deszo.

— Não.

— Sabe que é questão de tempo até que Nina te obrigue, certo? 

Viktor ficou em silêncio. Um amarelado sorriso.

— Era justamente o silêncio que eu esperava. Deixou uma mulher te dominar... Não estou surpreso. — provocou Deszo.

— Báthory. O senhor sabe como são as mulheres dessa família.

— Então assume a condição... 

De novo, Deszo silenciou Viktor.

— Venha quando puder, rapaz. Eu vou fazer-lhe uma oferta que você não poderá recusar. 

***

Felizmente, Mia descobriu rápido para onde deveria ir. Não queria perder tempo dentro daquele lugar corporativista. Diferente das pessoas ali, tomando seus cafés antes de partirem à mais uma jornada de servimento escravo aos burgueses.

— O quê quer fazer? Seduzir homens e tomar o dinheiro deles de novo? — disse Zagan enquanto Mia abria a porta e saía.

O fim do conto de fadas era definitivo. Sem mais as doces palavras da Rainha, sem os tês belos irmãos vampíricos, sem um castelo de metros intermináveis. Apenas o mundo real com a rudez de sempre. É claro, 'real' não era um conceito que fazia sentido na vida de Mia. 

Em tempo: A realidade é um termo criado com o intuito de dar sentido a limitação da consciência humana. 

— Sem trapaças dessa vez, Zagan. Alguém vai se sensibilizar quando ver uma criança e uma garota perdidos por aí. — disse ela confiante. 

Sem olhar para a frente enquanto falava com Zagan, Mia esbarrou em um rapaz.

Poucos centímetros mais alto que ela, cabelo curto e colorido de azul, pulseiras divididas entre os dois braços, uma camisa preta com os dizeres 'Vodka, Helping Ugly People Have Sex Since 1643'.

— Me desculpe! — desesperou-se ela vendo o rapaz caído de joelhos — Mil perdões!

— Mas que porra! — o sujeito ergueu a cabeça e espantou-se ao ver o rosto de Mia — Acho que seria pecado não perdoar estes olhos... 

Ela estendeu as duas mãos e o ajudou à se levantar.

— Tá tudo bem com você? — Mia era adorável.

— Melhor agora... Muito melhor agora... — respondeu ele desnorteado, sem entender muito bem o ocorrido, não pelo tombo, mas por outra coisa — É seu irmão? 

— Sou o demônio interior dela.

— Zag... Não... — Mia riu falsamente — Ele costuma falar isso... Ele é sim, é... Meu irmão... Bjorn! — Esforçou-se para responder.

— Oi, eu sou o Bjorn. — Zagan estendeu a mão direita. 

— Bjorn, prazer...— cumprimentou-o — Rotten Boy. Qual o nome dá sua irmã?

— Vikernes, Miandrya. — ela respondeu — Rotten Boy, não é um nome...

— Não, não é... Mas pra mim é... Você quer uma carona?? — Rotten Boy chacoalhou a cabeça de repente. 

— Bem... Pra onde está indo? — disse Mia abrindo os braços e batendo-os contra as coxas.

— Quero chegar em Edimburgo, fica longe? — questionou sentando em um banco ao lado e acendendo um cigarro, Marlboro.

— Pelo que eu conheço da Europa, mais de dois mil quilômetros e uma balsa. — ela respondeu rindo.

— Sowieso... Pra onde querem ir? — deu uma tragada e cruzou as pernas.

— Fejér... Fica por perto...

Rotten Boy pulou repentinamente, por consequência engasgou com a fumaça. Mia bateu em suas costas.

— Dank... — engasgou mais uma vez — Hum, te deixo lá... Mas vai ter que me prometer algo antes...

— O quê? 

— Não pode contar à ninguém sobre mim.

— A única coisa que sei sobre você é o seu nome... — estranhou ela.

— O quê a CIA sabia sobre o Bin Laden? O nome... E o quê aconteceu? Ele morreu, mataram... — a cada palavra dita por ele percebia-se as influências do sotaque alemão, a constante puxação do 'R'.  

— O seu carro é algum desses? — Mia questionou olhando para a fila de veículos que se estendiam ao seu lado.

— Natürlich! — disse ele em alto tom de voz — Aquele! — apontou para um ao outro lado da rua.

— Não quer que contemos sobre você à ninguém, mas anda por aí em uma caminhonete verde com o rosto do David Bowie desenhado na frente. Boa estratégia.— Zagan voltava as provocações.

Rotten Boy caiu em meio à tudo. O Anjo da Guarda de Mia? Nunca se sabe, teria ela agora os dois lados? Bem e Mal? O Diabo e o Anjo? 

De qualquer maneira, aquelas três figuras, a criança de terno, a menina de cabelos descoloridos e o cabeça de caneta esferográfica, chamavam a atenção dos que passavam ali. Não poderia ser diferente, eles representavam a antonímia mínima da sociedade moderna, qualquer inócuo sem representatividade própria estranharia. 

— Espero que você não seja um serial killer, Rotten Boy. — disse Mia ao entrar no carro.

— Espero que você não seja mais uma ilusão gerada pela triptamina... — respondeu ele dando partida.

***

Vivendo como ninguém

Precisando de outro alguém

As grandes aventuras se formam 

E nisso os deuses nos apoiam

Para tudo existe um início

Aplausos.

 


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