Second Chance escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 7
Evitando


Notas iniciais do capítulo

Edward/Belle p.d.v



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Edward p.d.v

 

– Você tem certeza disso? – Jacob me perguntava pela milésima vez nessa manhã. Isso já estava me dando nos nervos.

– Tenho. Leva os outros no seu carro.

– E o que você vai falar pra ela?

– Eu invento algo na hora.

– Eu duvido que ela vai aceitar isso.

– Ela não tem outra escolha.

– Por quê você não faz isso lá no Colégio? É muito mais fácil e você não corre o risco dela inventar que vai a pé de qualquer jeito. Ela parece ser bem teimosa. – Igual a Bella. Eu resolvi ignorar o seu pensamento.

– Por que lá ela pode fugir de mim. – Eu sorri para Jacob, que estava visivelmente preocupado com a minha idéia, peguei as minha chaves e fui até a minha BMW.

– Eu ainda acho que isso não vai dá certo. Você só vai deixá-la mais estressada.

– Jacob, cala a boca. Eu já estou atrasado.

 

Eu entrei no carro e dei a partida. Eu não queria ficar para a explicação que Jacob teria que dar aos outros. Eu não queria sentir a falsa esperança que iria brotar em seus pensamentos. Eu estava indo para me desculpar, e nada mais.

 

 

Belle p.d.v

 

 

O despertador tocou e eu levantei meio desanimada. Pelo menos eu acordei na hora certa dessa vez. Fui ao banheiro e fiz a minha rotina de sempre. Só que dessa vez eu consegui pentear o meu cabelo sem nenhum problema. Uma coisa boa só pra variar. Coloquei um calça jeans, uma bota preta de cano longo por cima da calça, uma regata branca e uma blusa de moletom por cima. É, acho que isso dá pro gasto. Peguei o livro que eu estava lendo, Vampire Diaries: O Despertar, e fui até a escada da entrada da casa e me sentei. Não ia nem tomar um leite com achocolatado de tão enjuado que meu estômago estava. Abri o meu livro na página 57 e comecei a ler.

 

Passaram-se 20 minutos e Jacob ainda não havia chegado. Eu iria acabar me atrasando. Resolvi ir a pé. Isso não pode continuar. Vou ter que falar para a minha mãe convencer o meu pai a pagar um carro pra mim. Duvido que ela vá querer fazer isso, minha mãe é muito orgulhosa, mas eu preciso de um carro urgente. Se bem que o mais  difícil vai ser convencê-lo a me dar um carro. O meu pai é muito pão duro.

 

Eu já estava a uns 100 metros longe de casa quando uma BMW prata começou a andar lentamente ao meu lado. Fala sério! Uma chuva fina começou a cair e o vento frio se intensificou. Eu estava quase que congelando. O vidro escuro do carro abaixou, e quando eu olhei lá dentro eu pude ver o rosto de Edward Cullen. Argh!

 

– Entra no carro, se não você vai acabar congelando. – Ele me deu um sorriso educado quando falou isso. Até parece que eu ia entrar naquele carro. Depois de tudo que ele fez, eu não aceito nem uma balinha vindo dele.

– Não obrigada, prefiro ir andando. – O seu sorriso desapareceu e ele começou a falar em um tom urgente.

– Olha, desculpa eu ter agido feito um idiota. Eu não sei o que me deu. Eu prometo que eu não vou ser mais rude com você e que vou te deixar em paz...

– Se você quer me deixar em paz, então o que está fazendo aqui?

– Jacob acordou atrasado hoje e pediu para que eu viesse te buscar. É só por causa disso que eu estou aqui. Então, eu resolvi aproveitar a oportunidade e te pedir desculpas. –  Nota mental: matar o Jacob quando eu tiver a chance. – Então, desculpas aceitas? – Eu refleti durante um tempo e resolvi aceitar as desculpas.

– Tudo bem. Mas isso não quer dizer que agora somos amigos e que eu confio em você. Isso só quer dizer que eu estou sendo tolerante.

– Como quiser. Entra no carro agora, eu te levo até o colégio.

– Não, pode deixar que eu vou a pé. Eu estou mesmo precisando fazer exercícios.

– Você vai chegar atrasada.

– Eu não ligo.

– Vai acabar adoecendo. Isso se você não congelar antes.

– Isso é só detalhe. – Eu olhei para ele e pude ver que ele estava aborrecido. Eu não ligo a mínima se eu o irritei ou não.

– Como você consegue ser tão teimosa?

– É até fácil. – Eu pude ouvir ele resmungando algo, mas eu não dei a mínima. Ele desligou o carro, saiu dele e veio direto na minha direção. O que foi agora? – O quê?

– Você vai entrar nesse carro. Eu não quero ser o responsável por você ter pegado uma pneumonia ou algo parecido.

– E você não será. É só você ir embora e falar para todos que não me achou. – Eu continuei andando sem olhar para trás. Até que eu senti alguém puxar o meu moleton. – Hey! Me solta!

– Eu prometi ao Jacob que eu ia te levar e eu vou te levar.

– Eu tenho certeza que ele vai compreender se eu me recusar a dividir o mesmo espaço que você! Já basta a aula de Biologia. – Edward soltou um grunhido. Eu olhei para ele achando aquilo meio estranho. Ele parou o grunhido, me puxou pelo braço e me colocou em cima do seu ombro. O que ele pensa que está fazendo?

– Se você não vai por bem...

– Me põe no chão! O que você pensa que está fazendo? Tire as suas mãos de mim, merda!

– Você vai por mal. – Ele abriu a porta de trás da sua BMW e me jogou lá dentro. Enquanto eu levantava, para ir até a porta, abrila e sair correndo, ele já estava dando a partida no carro.

– O que você pensa que está fazendo? Me deixa sair daqui inferno!

– Seus pais não te deram educação não? Não é bem visto uma moça falar palavrões.

– E desde quando inferno é palavrão? Hey! Você não disse que não ia mais me encher o saco e que não iria mais fazer coisas idiotas? Isso, com certeza, não é algo muito esperto de se fazer.

– Eu sei, mas toda regra tem sua exceção. Prometo que depois de te deixar no Colégio eu não vou chegar perto de você outra vez. A não ser na aula de biologia, mas eu vou providenciar para que isso também não seja um incômodo.

– Tudo bem faça como quiser. Eu não dou a mínima! – Eu crusei os meus braços, me afundei o máximo que pude no banco e fiz a melhor cara de emburrada que eu pude. Isso era infantil, mas eu não estava nem ai. Ele olhou para mim pelo retrovisor e sorriu. – O quê?

– Você...bem...é uma atitude meio infantil a sua, mas você fica linda quando está emburrada. – Eu fiquei meia surpresa com o elogio. Cheguei a pensar que ele estava era caçoando de mim. Mas eu olhei bem pra ele e eu vi que ele não estava. Ele estava até meio sem graça com o que acabou de falar. Eu murmurei um “obrigada” e essa foi a nossa última conversa dentro do carro.

 

O trajeto foi feito em silêncio. Assim que ele estacionou eu pulei para fora do carro sem ao menos agradecê-lo. Não iria me dar esse trabalho. Olhei para os lados para ver se ninguém havia visto eu chegando com ele. Não havia ninguém no pátio. Ótimo. Eu estava atrasada.

 

As minha aulas foram tranguilas. Inventei que estava com cólicas para não ter que jogar vôlei e a desculpa caiu como uma luva. Na hora do almoço eu sentei novamente com Alice, Renesmee e Jacob. Eu queria trucidar o Jacob, mas depois que ele me pediu desculpas eu deixei essa passar. Alice me elogiou pelo meu look. Ela disse que as botas são melhores que os meus tênis cafonas e fora de moda. Eu acho que o meu All Star é tudo de bom e nunca vai cair de moda.Eu não olhei para a mesa dele novamente.

 

Estava na hora da aula de biologia. Eu consegui chegar mais cedo na sala dessa vez e por isso eu peguei o meu livro para ler na sala enquanto esperava.

 

– Oi. – Eu levei o maior susto. Quando ele havia chegado aqui? Eu nem percebi ele sentar. – Desculpe se eu a assustei. Você deveria estar realmente concentrada nesse livro.

– Oi, não assustou e sim eu estava.

– O que você está lendo? – Eu levantei a capa para que ele pudesse dar uma olhada e responder a sua pergunta. – Gosta de vampiros?

– São legais. – Ele deu uma risada como se estivesse rindo de uma piada particular. Eu estava morrendo de curiosidade para saber o que era, mas eu não iria falar mais com ele. Ele percebeu o meu desinteresse em manter uma converssa e permaneceu em silêncio até a chegada do professor.

 

O Sr.Smith entrou empurrando um suporte que estava servindo de apoio para uma televisão. Iriamos ver um filme sobre a “Origem da Vida”. Aff. As aulas dele eram uma das mais chatas.

 

O filme acabou e nós tivemos que responder um questionário sobre o filme, que, diga-se de passagem, era ridiculamente fácil. O sinal tocou e eu arrumei os meus materiais para pode ir embora. Quando eu me levantei eu notei que o Edward já havia ido embora. É incrível como eu nunca percebo ele chegando ou saindo. Isso por que ele senta do meu lado.

 

Eu sai da sala e encontrei Jacob me esperando na porta ao lado de Renesmee.

 

– Oi gente.

– Hey Bells. – Eles responderam em conjunto e eu sorri com isso. Não demorou muito e eu já estava em casa. Não tinha nada para fazer. Não tinha dever de casa, não tinha o que estudar. Um tédio só. Então resolvi fazer o que não fazia a tempos. Resolvi tocar violino.

 

Eu tenho uma paixão muito grande por violino. É um dos meus instrumentos favoritos. Depois dele eu gosto de piano, mas eu não levo muito jeito pra tocar. Eu comecei a fazer aulas uma vez, mas eu sentia como se eu nunca fosse ser boa o bastante. O meu professor falava que era tudo questão de prática, mas eu sempre achava que havia algo errado. Sempre me vinha na cabeça a imagem de alguém tocando piano para mim e não eu tocando para os outros. Acho que esse foi um dos motivos que me desanimou. É estranho eu sei, mas muitos dos meus pensamentos são estranhos.

 

Por exemplo, eu morro de medo de parto, mesmo eu nunca tendo feito ou visto um. Eu também tenho medo de ficar em um piscina sozinha. Eu fico imaginando que a qualquer momento eu vou me afogar. É estranho.

 

Comecei tocando a Four Seasons do Vivaldi. É a minha paixão. Toquei por um tempo ela e depois parei por causa da dor no pescoço. Isso que dá ficar muito tempo sem tocar. Resolvi ver filme.

 

Olhei na pratileira e peguei Edward mãos de Tesoura. Um dos meus filmes preferidos do Tim Burton. Um dos maiores diretores que já existiu, pelo menos na minha opinião. Mas aí eu lembrei do idiota e troquei ele pelo Daybreakers.

 

Quando o filme acabou eu não sabia mais o que fazer, então eu fui terminar de ler o livro. Faltando dois capítulos para o final, Carol chegou do trabalho trazendo o nosso jantar.

 

– Oi mãe. – Ela colocou um pacote na mesa e sorriu para mim.

– Oi filha, como foi o seu dia? Olha, eu comprei Mc. Donald’s dessa vez. – Eu ri com isso por que na noite anterior ela havia trazido sanduíches do Burger King, e eu não gosto nem um pouco da comida de lá.

– O meu dia foi bom e o seu? – Mentira. Foi um completo tédio.

– Sem graça como sempre.

– Hum... ô mãe...

– Ah, não! O que você quer? – Eu ri e a abracei. Carol sempre sabia quando eu queria algo.

– Mãe, por que você não pede pro papai me dar um carro? Não está dando certo eu ir todo dia com o Jacob.

– Por quê? Algo errado? – Carol me deu um olhar desconfiado. Provavelmente ela estava pensando que eu havia sido vítima de assédio.

– Não está tudo bem, mas eu não posso ficar esprolando ele mais. Ele não pode ficar sempre a minha inteira disposição.

– Belle, eu não queria... você sabe... ter que pedir isso a ele. Espera só mais dois meses e eu juro que consigo o dinheiro. – Já vi que isso vai ser complicado.

 

Fiquei meia hora tentando convercer ela de falar com o meu pai comprar um carro pra mim. Ela acabou concordando e prometeu ligar para ele no dia seguinte.

 

No outro dia, no Colégio, Edward não apareceu na aula de Biologia. Eu o vi na hora de ir embora e estranhei o fato dele não ter ido à aula, mas logo esqueci do assunto. Os outros dias foi a mesma coisa, mas foi na sexta-feira que eu percebi o que estava acontecendo. Eu estava indo para a minha aula de Educação Física e topei com ele no corredor. Ele estava vindo na direção contrária mas do mesmo lado que eu vinha. Ele passou para o outro lado e, em nenhum momento, olhou para mim. Ele estava me evitando.

 

No sábado eu sai com Alice e Renesmee. Foi bem divertido. Alice comprou um monte de coisas para mim, e eu fiquei feliz por isso por que eu realmente estava precisando renovar o meu quarda-roupa. Na hora que ir embora eu perguntei para ela, apenas por curiosidade, por que o irmão dela estava faltando nas aulas. Ela disse que ele não estava faltando. Ele havia mudado a sua grade. Eu perguntei o por que e ela disse que “ele achou melhor assim”. Eu pude perceber o duplo significado nessa frase. Ele, definitivamente, estava me evitando. Ótimo, se é assim que ele quer é assim que vai ser. Pelo menos eu não vou ter que aguentar as suas idiotices.

 

Na semana seguinte, eu e minha mãe fomos até uma consessionária comprar o meu carro. Aparentemente o meu pai liberou a grana, o que é quase um milagre. Comprei um volvo prata XC60 ano 2045. Não era um dos melhores, mas era o que o dinheiro dava. Até que eu fiz sucesso com ele no Colégio, todos adoraram ele. A não ser os Cullen que riram ao verem o meu carro. Eu não sei qual era a graça mas nem me importei. Nem me dei o trabalho de perguntar pra Alice e pra Renesmee qual era a graça.

 

Os meses se passaram e eu nunca mais falei com Edward. Já estávamos nas provas finais e o Baile de Outono estava chegando. O tema desse ano era “Casa dos Montros”, iriamos todos nos fantasiar de alguma criatura assustadora. Eu estava indo para o meu carro quando Chris veio falar comigo.

 

– Hey, Belle.

– Hey Chris.

– Então... eu estava pensando... sabe, o Baile...nesse final de semana... você, bem, você... quer ir comigo?

– Bem... – Eu não estava muito animada para a festa e o Chris não era o tipo de par que eu queria, mas quando eu olhei mais adiante eu pude ver o Cullen parado ao lado do seu carro, segurando a lateral da porta e encarando. Por um impulso, eu aceitei. – Claro, por que não? Eu acho que você deve ser o único que resolveu me chamar então...

– Sério? Legal! Oh, mas isso não é verdade. O Jason iria te chamar, mas eu resolvi ser mais rápido do que ele. Então tudo bem, eu te pego as sete, pode ser?

– Tudo bem. Nós vamos combinar uma fantasia ou algo assim?

– Bem... eu estava pensando em ir de Conde Drácula, o que você acha?

– Tudo bem. Eu vou como uma vampira vitoriana então.

– Legal! Então está combinado. Te vejo amanhã. Não se esqueça, esteja pronta às sete.

– Ok. – Chris me deu um beijo na boxexa e saiu com um sorriso que ia de orelha a orelha. Eu provavelmente iria me arrepender disso, mas, no momento, eu não ligava. A Alex não vai gostar nada quando souber.

 

 

Edward p.d.v

 

Eu cumpri a minha promeça e a deixei em paz. Já fazia meses que não nos falávamos. Alice, Renesmee, Esme, Emmet e Jacob não estavam nem um pouco felizes com isso. Eu não me importei.

 

O dia em que ela chegou com o volvo prata no Colégio eu achei pura sacanagem do destino. Meus irmãos tiraram o maior proveito disso possível.

 

Alice, Renesmee e Belle se tornaram grandes amigas. Elas saim quase todo final de semana para fazer compras. Alice e Nessie faziam questão de encher a Belle de presentes. Se ela realmente fosse a Bella ela não gostaria disso, muito menos de sair para fazer compras.

 

Faltava um dia antes do Baile de Outono e eu não estava nem um pouco afim de ir. Até o Newton chamar ela para o baile. Eu não sei por que mas eu não gostei dele a ter chamado, menos ainda por ela ter aceitado. Eu fiquei meio nervoso e acabei amaçando a porta do meu carro. Ciúmes Edward? Eu apenas revirei os meus olhos para Jasper. Ciúmes? Até parece.

 

Os dois iriam de vampiros. Ridículo. Eu não estava nem um pouco afim de ir antes, mas agora eu vou. Eu iria apenas para ver o papel ridículo que os dois pagariam. Não que eles fossem os únicos que decidiram ir como vampiros, mas eu precisava ver pessoalmente como eles ficariam. Eu queria ver de perto o quão ridículo isso seria. Pelo menos era o que eu ficava dizendo para mim.

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Tipo, quase que não sai hoje o cap haha mas eu finalmente arranjei um tepo pra postar *--* para aqueles que leem o Vale das Lamentações, a clarissa que ta fazendo cap agora e talvez ela poste hoje. O cap provavelmente vai ser grande e a gente ainda tem que responder os reviews, e tipo, foram muitos reviews duma vez. Obrigada a todos que comentam beijos