Second Chance escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 2
Sensação Estranha


Notas iniciais do capítulo

Belle p.d.v



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– Belle levante, ta na hora.

– Mãe! Não são nem oito horas!

– Não me interessa. Eu preciso que você me ajude na limpeza da casa.

– Mas você não contratou uma equipe de limpeza pra cuidar disso antes da nossa mudança?

– Aparentemente eles não fizeram um bom trabalho. Levanta querida, temos muita coisa para fazer. Você ainda tem que desocupar a sua mala.

– Argh! – eu coloquei um travesseiro em cima da minha cabeça e tentei dormir de novo, torcendo para que a Carol não lembra-se de mim tão cedo.

– Eu não vou falar de novo Belle! – eu escutei o grito dela vindo lá de baixo. Que saco! Eu odeio dia de faxina, eu odeio ter que organizar as minhas coisas, eu odeio atividades do lar. É um saco.

– Eu já estou indo Carol!

– Como é?

– Mãe! Eu disse mãe! – Carol odeia quando eu me dirijo a ela pelo seu nome. Ela acha uma atitude muito fria. Eu acho normal. Me levantei e arrumei minha cama. Fui até o banheiro e escovei os meus dentes, voltei para o quarto para trocar de roupa e prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo bagunçado. Comecei a tirar as minhas roupas da mala quando a Carol entra no meu quarto, de novo.

– Não vai tomar café?

– Não to com fome.

– Mesmo assim. O dia vai ser longo, não custa nada você comer algo. Eu não sei quando que o almoço vai sair.

– Eu não gosto de tomar café, lembra? Me deixa enjoada.

– Isso é frecura sua. – eu revirei os meus olhos e continuei arrumando as minhas roupas no armário. Carol saiu e eu pude ouvi-la descendo as escadas.

 

Organizei as minhas roupas em meia hora. Fui até o porão e peguei alguns produtos de limpeza. Meu quarto não estava tão sujo então não demorei muito nele. Eu fui até o guarto da minha mãe, que ficava no final do corredor, e a encontrei espanando os móveis. Ótimo, com o quarto dela eu não precisaria me preocupar tão cedo. Fui até o banheiro e fiquei com repulsa na hora de limpar o vazo e a pia. Estava pura sujeira. Desci as escadar e encontrei minha mãe limpando a cozinha. Decidi limpar a sala e, enquanto eu limpava, reparei que os móveis estavam todos gastos pelo tempo e alguns ainda estavam manchados. Quando eu terminei, nós duas fomos limpar o porão. O local estava pura poeira e nos deu bastante trabalho para limpar. Ficou faltando a garagem, mas guando chegamos lá percebemos que ela estava bem limpa.

 

– Pelo menos isso eles fizeram. – eu acenei concordando com a minha mãe e me virei em direção à casa. Já passava das três da tarde e eu estava morta de fome. Precisava comer algo com urgência. – O que você quer comer querida?

– O que tem pra comer mãe?

– Bem...

– Você ainda não fez as compras, não é?

– Não. Mas nós temos leite e cereal...

– Mãe!

– Eu estou brincando querida. Que tal comermos fora? É uma boa, não acha?

– Claro, mas espero que eles cozinhem melhor do que você.

– Hey, não zombe dos meus dotes culinários.

– Você tem algum? – Carol deu um leve tapa no meu braço enquanto eu ria da cara dela.

– Entra no carro logo, ou você prefere que eu compre algo e cozinhe?

– Não, eu já estou indo. – sai correndo e entrei no carro que, como de costume, estava aberto. – Alguém ainda vai roubar esse carro. Você tem que trancá-lo mãe!

– Me diz querida, quem vai querer um carro velho desse?

– É, tem razão. – apesar de estar em boas condições o nosso Toyota Aygo já estava bastante velho. O modelo era de 2060, não sei como que ainda estava suportando. (n/a o ano da fic é 2090, eu sei que é meio cabuloso, mas os cullen geralmente esperam 80 anos pra voltar para alguma cidade, então tem 81 anos que eles foram embora de forks. Não esperem nada futurístico aqui por que eu não vou entrar em detalhes sobre isso.)

Fomos ao restaurante mais perto que havia. Eu pedi um hamburguer vegetariano acompanhado de batatas fritas enquanto minha mãe pediu uma porção de camarões empanados com batata frita.

 

– Isso serve de tira-gosto, sabia?

– Não enche Belle.

– E nem faz bem pro coração.

– O meu coração está ótimo.

– A pressão também...

– Belle cala boca ou eu juro que te coloco pra lavar o carro.

– Tudo bem, você é quem sabe. Só estava tentando ajudar.

 

Terminamos de almoçar, ou melhor, lanchar por que quando saímos do restaurante já passava das cinco horas, e fomos para casa. Eu tomei um longo banho e depois fui entrar na internet. Eram 20:35 quando Carol entrou no meu quarto para falar comigo.

 

– Querida?

– O que foi mãe?

– Você está bem com tudo o que está acontecendo?

– Claro, por que não estaria? – Para dar mais força à minha mentira eu dei um leve sorriso. Eu queria que continuássemos como a família feliz que éramos. Mas as coisas não são bem assim, e se essa era a decisão deles eu não iria me intrometer. – Mãe, você são adultos e sabem muito bem o que fazem. Eu não posso entrar no meio, e pra mim está tudo bem. Isso é normal. Casais se separam todo dia. Eu já estou bem crescidinha para entender isso.

– Obrigada minha filha. Fico feliz que você compreenda a nossa decisão. Eu só temia que você se abala-se com isso.

– Não se preocupe. Eu estou bem, sério. – Carol me deu um leve sorriso e me deu um beijo na testa.

– Desligue o computador e vá se deitar. Amanhã você tem que levantar cedo para o seu primeiro dia de aula e Jacob vai passar aqui para te pegar. Esteja pronta às sete e meia.

– Espera, quem é Jacob?

– É o garoto de quem eu lhe falei. Você vai adorar ele. Ele é lindo e super divertido.

– Mãe!

– O que foi? Você bem que está precisando de um namorado. Desde o William, você nunca mais saiu com ninguém.

– Mãe, você mesmo disse que ele tem namorada e eu vou sair com alguém quando eu quiser ok?

– Tudo bem minha filha, você é quem sabe. Agora desliga o note book e vai dormir. – eu revirei os olhos e desliguei o meu note book. Fui até o banheiro escovar os dentes e quando eu estava na porta do meu quarto eu gritei um boa noite para Carol.

 

Sentei na minha cama e tive um sensação estranha. Me levantei e fui até a minha janela para abri-la. Eu a abri ao máximo e sentei novamente na cama. Não sei o porque, mas eu estava ansiosa e, ao mesmo tempo, impaciente. Aonde eu estou com a cabeça? Por que diabos eu fiz isso? Eu deitei em minha cama e fiquei olhando para a janela como se eu espera-se que algo fosse acontecer. E foi assim que eu adormeci. Olhando para a janela e imaginando o que poderia surgir dali. 

 


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