Second Chance escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 16
Grávida?


Notas iniciais do capítulo

Belle p.d.v



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Eu estava olhando para os lados que nem uma barata tonta à procura de Edward.

 

– O que foi? – Eu pulei quando ouvi a voz de Carol atrás de mim.

– Ai mãe! Que susto!

– Você não respondeu à minha pergunta. – Ela me olhava desconfiada e eu dei um sorriso fraco à ela.

– Nada, achei que tinha ouvido algo. Deve ter sido você chegando.

– Aham, sei. Eu trouxe pretzel.

– Não estou com fome.

– Mas é de açúcar e canela, como você gosta. – Eu sorri para ela meio sem jeito e acenti com a cabeça.

– Tudo bem, mas só um. O que sobrar eu vou guardar no armário para comer amanhã. – Ela sorriu contente com a minha resposta e me entregou um pacote com o pretzel. Eu o comi rápido e subi as escadas dizendo que eu iria tomar banho e ir para cama, já que eu tinha um dia cheio amanhã. Minha mãe concordou e, para a minha alegria, não ficou fazendo mais perguntas como de costume.

 

Eu subi as escadas e fui direto para o meu quarto. A primeira coisa que eu fiz quando cheguei lá foi ir até a janela e chamar por ele.

 

– Edward! – Eu susurrei e fiquei olhando para os lados à procura dele. Eu me sentia como uma idiota. Eu suspirei e sai de perto da janela. Quando eu me virei, eu deparei com Edward sentado todo à vontade em cima da minha cama. Eu tive que segurar um grito com o susto.

– Chamou? – Eu acenti com a cabeça e fui até a minha cama para me sentar ao lado dele.

– Credo, você realmente tem um bom ouvido. – Edward sorriu para mim e eu sorri de volta.

– Você não deveria estar tomando banho? – Vixe, quase esqueci.

– Bem lembrado. – Eu me levantei da cama e fui até o meu armário pegar uma calcinha e meu pijama. Antes de sair do quarto, eu me virei para Edward. – Nem se atreva a sair daqui. Fique sentadinho ai me esperando, ok? – Edward sorriu para mim e acentiu. – Ótimo, eu volto logo. – Eu fui para o banheiro, tranquei a porta, tirei a roupa e entrei no chuveiro.

 

Eu coloquei a água para ficar bem quente em uma tentativa inútil de tomar um banho relxante. Eu estava nervosa, e toda vez que eu lembrava que Edward estava, neste momento, no meu quarto e sentado na minha cama, o meu estômago se enchia de borboletas e meus músculos se contraíam tensos. Eu só não estava tão nervosa quanto a hora do nosso primeiro beijo. O meu coração parecia que iria expludir de tanto nervosismo, o meu rosto corava só de lembrar. Não só por causa do beijo, mas por que Edward deve ter percebido os meus batimentos enlouquecidos.

 

O meu banho havia durado mais do que devia, estava na hora de sair. Depois de me vestir eu escovei os meus dentes. Coloquei as roupas que eu estava usando na roupa-suja e fui para o meu quarto. Quando eu entrei, eu vi que Edward estava na mesma posição de antes, parecia até que ele era uma estátua já que nem mesmo a sua respiração podia ser percebida. Ele apenas virou o seu rosto em minha direção quando eu cheguei perto da cama e me lançou um sorriso torto. Como de costume, eu corei e meu coração ficou louco.

 

– Você tinha que parar com isso. – Edward me olhou confuso e eu sorri sem humor.

– Parar com o que?

– De ficar sorrindo torto para mim me deslumbrando. Isso é vergonhoso.

– Você quer dizer assim? – Ele sorriu torto para mim novamente e ainda inclinou um pouco a cabeça o que o deixou mais lindo ainda. Nem preciso falar qual foi a minha reação.

– Que droga, Edward! Não faz isso. – Ele riu e depois ficou sério.

– Se eu pudesse ficar com o coração acelerado... – Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e meu coração disparou. Mas que merda! – ficar deslumbrado ou até mesmo sonhar com alguém, seria com você. – Eu senti as minhas boxexas arderem de vergonha, então eu abaixei o meu olhar e sorri envergonhada.

– Ok, então. Eu deixo você ficar me deslumbrando. – Ele riu e passou a sua mão fria, mas recomfortante, em meu rosto acariciando. – Agora levanta que eu vou arrumar a cama para eu dormir, já que você não dorme. – Ele riu novamente mas se levantou da cama.

 

Eu puxei o edredom da cama e coloquei o meu travesseiro e o edredom de dormir.  Eu deitei na cama e, antes de eu me cobrir, eu peguei Edward pelo braço e o puxei para a minha cama. Ele ficou rindo e sentou na beirada da cama, enquando isso eu fiz bico um enorme bico para ele. Não era exatamente isso que eu estava pretendendo. Ele riu e colocou o dedo indicador sobre os meu lábios e pressionou de leve, como se dissesse para eu sumir com ele. Foi o que eu fiz.

 

– O que você pretendia? – Ele inclinou a cabeça um pouco e ficou me analisando com os seus olhos curiosos. Enquanto ele esperava pacientemente pela minha resposta, eu me cobria.

– Eu pretendia fazer você deitar ao meu lado, assim eu poderia te abraçar e você não poderia fugir de mim. – Eu corei de leve, mas quando ele começou a rir eu fui me sentindo cada vez mais idiota e envergonhada. Droga! Odeio isso. – O que foi? – Eu disse sem olhar em seus olhos.

– Não que eu queira, mas eu poderia fugir a qualquer momento de você e você não poderia me segurar.

– Eu sei, mas eu gostaria de pensar que você não é capaz disso. Tira a graça das coisas, sabia? – Ele sorriu para mim e balançou um pouco a cabeça, depois me olhou.

– Tudo bem então. Chega para lá. – A minha cama é uma Queen Size, então cabia a gente sem nenhum problema. Nós ficamos deitados um virado para o outro.

– Você não dorme, certo? – Edward concordou com a cabeça mas levantou uma sombrancelha indicando que ele estava desconfiado. – Então o que você faz à noite para se distrair?

– Geralmente fazendo algo com os meus irmãos. Coisas bobas como apostar corrida, queda-de-braço e poker. Mas, agora, eu fico vendo você dormir...

– Que coisa chata. – Eu o interrompi e ele riu para mim.

– Não é chato, é interessante. Principalmente por que você fala enquanto dorme. – Ah, é. Eu tinha me esquecido desse detalhe que ele havia comentado hoje mais cedo.

– Você disse que eu falo o seu nome. É só isso ou tem mais?

– Bem, uma vez você disse: Eu também senti sua falta Edward e Espere, Edward não vá. – Eu o olhei confusa e surpresa. Por quê eu diria algo assim?

– O que isso quer dizer? Eu estava sonhando?

– Não sei, acho que sim. – Ficamos em silêncio por um momento, apenas olhando um o outro, até Edward quebrar o silêncio. – Aonde você morava antes e  por quê você se mudou para Forks? – Eu fui pega de surpresa pela sua pergunta, então acabei levando um tempo para responder pensando na melhor maneira de falar sobre isso.

– Eu morava em Bend, uma cidade em Oregon, com minha mãe e meu pai. Eu vim para cá com a minha mãe por que os meus pais se separam a um ano. Foi do nada. Meu pai chegou em casa do trabalho e disse para a minha mãe que queria conversar. Ele disse que estava apaixonado pela secretária de 20 anos dele, a Katy. Minha mãe ficou sem chão, mas ela tratou logo de arranjar uma casa para a gente se mudar.

– Você não quis ficar com o seu pai por causa dessa tal Katy?

– Não, apesar de não ir muito com a cara dela, eu concordei em mudar com a minha mãe por que eu não a deixaria sozinha.

– Concordou? A idéia não foi sua então?

– Não, foi do meu pai. Acho que ele queria a casa só para eles. No dia que a gente estava saindo de casa, a Katy estava entrando. A gente mal havia terminado de arrumar as malas e ela já estava de mudança lá em casa. A gente queria ficar em Port Angeles, por que é onde minha mãe trabalha, mas não achamos nada. Minha mãe encontrou um cara, que era o Jacob, e ele vendeu para ela essa casa aqui em Forks, então a gente veio para cá. – Nós ficamos em silêncio por um tempo. Edward se aproximou de mim e ficou acariciando o meu rosto fazendo o meu coração acelerar.

– Você ainda mantém contato com o seu pai?

– Eu falo com o Kevin de vez enquando. – Edward acentiu e foi se aproximando até me abraçar. Ele enterrou o seu rosto nos meus cabelos e depois beijou o topo da minha cabeça.

– Você deveria dormir. Está ficando tarde e você tem que acordar cedo amanhã.

– Mas eu queria continuar conversando.

– A gente conversa mais amanhã.

– Você não vai embora, vai?

– Não, eu vou ficar aqui. 

– Ótimo. – O seu peito tremeu por causa de sua risada que saiu meio abafada enquanto ele beijava o topo da minha cabeça de novo. Isso me lembrou de algo. – Você não disse que o meu cheiro te incomoda? Não está te encomodando agora?

– O seu cheiro não me encomoda, pelo contrário. Ele só é tentador. E sim, está me tentando um pouco agora mas eu posso lidar com isso. Eu sou bom em auto-controle, Belle. Tenho prática nisso. Agora durma. – Eu acenti e me aconcheguei mais a ele.

 

A sua pele estava me deixando com um pouco de frio, mas eu não me importava. Era quase que inacreditável que nós estávamos tão próximos depois do nosso começo nada amigável. Isso era totalmente contra os meus princípios, nem em um milhão de anos eu iria sair com um cara que me tratou mal na primeira oportunidade. Mas essa era uma exceção e a justificativa dele era boa, pelo menos para mim. Eu só não sabia o que nós éramos agora. Namorados? Ficantes? Eu não tinha certeza. Mas sobre três coisas eu tinha certeza absoluta. Primeira, Edward era um vampiro. Segunda, havia uma parte dele, e eu não sabia o quão poderosa ela poderia ser, que tinha sede do meu sangue. E terceira, eu estava incondicionalmente e irrevogavelmente apaixonada por ele.   

 

O meu despertador tocou e eu me espreguicei antes de levantar. Eu senti que estava faltando algo e eu estava certa, Edward não estava na cama. Eu me sentei na cama e chamei por ele.

 

– Edward?

– Sim? – Eu segui a sua voz e vi que ele estava sentado na cadeira de balanço que ficava no canto do meu quarto. Eu fui até ele correndo e me joguei em seu colo. Ele me olhou surpreso e eu sorri para ele. Ele sorriu de volta então e colocou os seus braços ao meu redor. – Quanta empolgação.

– É só que eu estou feliz por você ter ficado.

– Eu disse que ficaria, não disse?

– Por quê você está sentado aqui?

– Acabei de voltar, não queria te acordar. – Eu olhei para ele e vi que ele havia trocado de roupa. Então provavelmente ele havia ido tomar banho ou algo do tipo. – Vá tomar café, nós temos que ir para a aula.

– Tudo bem. – Eu me levantei de seu colo, peguei algumas pessas de roupa para me vestir no banheiro e, antes de sair do quarto, me virei para observar Edward. Não sei por que, mas a imagem dele sentado nessa cadeira de balanço me parecia familiar.

– O que foi?

– Nada. É incrivel como essa cadeira está em boas condições. Minha mãe disse que ela tão velha como essa casa.

– É, eu sei.

– Sabe? – Eu olhei para ele desconfiada e ele sorriu meio sem jeito.

– Vai tomar banho, eu te conto enquanto você toma café.

– Tudo bem. – Eu sai correndo do quarto e pude ouvir a risada do Edward antes de trancar a porta do banheiro.

 

 

Eu peguei o meu copo de leite quente do microondas, coloquei achocolatado e fui em direção à mesa. Puxei uma cadeira e me sentei de frente para o Edward.

 – Então?

– Então? – Ele me olhou com uma cara de desentendido.

– Fala logo, Edward!

– Tudo bem, tudo bem. Eu já estive aqui antes. Digo, antes de você se mudar. A Bella morava aqui com o pai dela. – Será que as coincidências não vão terminar nunca? – Depois que ela morreu, o pai dela entrou em depressão e Jacob foi quem deu mais apoio a ele, já que eu estava ocupado tentando não arranjar um jeito de me matar e tentando cuidar da minha filha...

– Se matar? Você ficou maluco? Você tinha uma filha para criar e... – Eu pude sentir as lágrimas se formando em meu rosto. Só de pensar que o Edward tentou acabar com a própria vida me fazia entrar em desespero.

– Belle, calma, já passou. Eu não quero isso mais... – Ele secou as minhas lágrimas e eu fui me acalmando e me sentindo cada vez mais uma idiota. A gente nem estava junto, e eu já sentia como se pudesse levar um tiro por ele. Isso não fazia o menor sentindo. Primeiro por que ele não seria machucado pelo tiro, segundo por que eu parecia que já estava nutrindo um amor por ele maior do que o nosso tempo de convivência exigia. – Eu queria no início por que eu não sabia o que fazer. Mas depois dos meus irmãos, pais e o Jacob gritarem muito comigo eu enxerguei o que eu tinha que fazer. Eu tinha que cuidar da minha filha que precisava de mim. Eu não era um bom pai no início, mas agora eu acho que eu melhorei. Eu tive sorte que a minha filha é bem compreensível. – Edward sorriu para mim e eu não resisti e sorri de volta. Minhas lágrimas haviam sumido, felizmente.

 

 Eu terminei de tomar o meu leite e Edward já estava com os nossos materiais na mão. Eu subi correndo para escovar os dentes e depois desci para irmos para o colégio. Eu iria com o Edward hoje.

 

Da hora em que chegamos até a hora de sairmos para o ensaio depois da aula as pessoas não pararam de ficar nos encarando e murmurando coisas. Alex falou comigo hoje antes do intervalo apenas para saber se estávamos ou não juntos. Edward chegou a tempo de me socorrer e eu sai com ele antes de dar a resposta. Almoçamos juntos hoje. Bem, eu almocei pelo menos. Conversamos sobre várias coisas e ele me fez várias perguntas do tipo: Qual a sua cor preferida? Você já teve animal de estimação? Qual o seu filme favorito? E eu aproveitei para saber mais sobre a vida dele. Quando eu olhava para a mesa, aonde os Cullen e o Jake estavam sentados, eu vi que todos eles estavam nos observando e sorrindo para nós. Edward disse para os ignorar e foi o que eu fiz, por que se não eu iria ficar constantemente envergonhada. O sinal anunciando o fim das aulas tocou e nós fomos em direção ao teatro para o ensaio do dia.

 

– Edward.

– O que?

– O que nós somos?

– Como assim?

– Eu quero dizer, nós temos alguma coisa? – Eu olhava para o chão enquanto caminhávamos e só levantei o rosto quando eu senti a mão dele tocar a minha.

– É claro que temos, você é minha namorada agora. – Eu sorri para ele e ele me deu um beijo no topo da minha cabeça.

 

O ensaio foi tranquilo e divertido. Ensaiamos até a parte em que Christian vai até o Moulin Rouge para falar com Satine e convencê-la de que ele irá ser o novo escritor da peça Espetacular Espetacular. O Srta. Wooberg havia chamado vários amigos dela para ajudar na peça. Me surpreendi ao ver Alice entre eles. Alguns desses amigos iriam ajudar na preparação e decoração do palco e também no figurino e maquiagem e era nessa parte que a Alice iria ajudar. Ela me disse que só estava ali para garantir que a peça não fosse um fracasso por causa da decoração e makeup. Outros desses amigos ajudavam na atuação. Faziam papéis de figurantes e um deles iria fazer o papel do Edward como Christian bêbado e acabado. Ele ficaria na sala montada no canto direito superior do teatro, aonde era o quarto do Christian e onde ele narrava e escrevia a história. A peça seria como se fosse as lembranças dele. O cara não se parecia nada com o Edward, mas Alice disse que com um pouco de maquiagem e barba na cara dele ele ficaria idêntico. Conhecendo a Alice, ela era capaz disso. Edward iria fazer uma gravação para que na hora da narração fosse a voz dele a repercutir e não a do cara. (n/a: quem viu o filme deve saber do que eu to falando, mas pra quem não viu há partes em que mostra o Christian alguns anos depois, barbudo e bebendo absinto escrevendo a historia de amor dele e da Satine na maquina de escrever dele e em aglumas partes ele narra uma coisa ou outra, mas a narração são seus pensamentos.) .Terminamos o ensaio às 16:00. Saímos do teatro sorrindo e de mãos dadas em direção ao carro do Edward. Iriamos para a casa dele ensair. Mas alguém o chamou e nós paramos para ver Katherine correndo em nossa direção.

 

– Edward, querido, podemos conversar. – A vaca falou ofegante e colocou uma de suas mãos no ombro do Edward enquanto puxava o decote dela para baixo para deixar os seus seios mais à mostra. Eu queria voar no pescoço dela, mas eu me segurei.

– Claro, pode falar. – Edward falou sério para ela nunca deixando de olhá-la nos olhos, o que a desgradou um pouco. Logo em seguida ele retirou a mão dela de seu ombro.

– A sós, eu acho melhor.

– Não, pode falar na frente da Belle mesmo. – Katherine me olhou com desdém e depois o olhou.

– Tudo bem, não diga que eu não avisei. Eu estava pensando... – Então ela pode pensar? Isso é uma grande descoberta. – Eu acho que a gente faz uma dupla melhor do que você e ela. Obviamente, eu sou bem mais bonita e sei atuar e cantar melhor. – Eu estava vermelha de raiva, mas eu me segurei para não fazer nada. Eu queria ver o que ele iria fazer. –  A Srta. Wooberg parece gostar de você, então por que você não pede para eu e a... ela ai, trocarmos de papel? Você não acha que seria melhor? Garanto que faço coisas que ela não faz. – Ela o olhou insinuante e ele sorriu. Meu coração apertou e eu pude sentir as lágrimas querendo se formar.

– Você está enganada. Belle é mais bonita e talentosa do que você. – Não sou não mas eu aceito o elogio. – Então, para que mudar o que já está perfeito? Tenha uma boa tarde Katherine. – Ele se virou e me puxou junto, deixando para trás uma garota pasma. Ela, concerteza, não estava acostumada a levar foras. Eu suspirei aliviada e Edward me encarou. – Você achou que eu iria aceitar a proposta dela? – Ele acusou e ficou sério.

– Achei. Quero dizer, ela não deixa de estar errada...

– Nem termine essa frase, Belle. Eu nunca a trocaria por nada nem ninguém, muito menos por aquela cabeça de vento. A mente dela é mais superficial do que a da Rosalie. E, acredite, eu não disse metade do que eu pretendia. – Eu sorri meio boba para ele e entrei no carro. Edward fechou a porta do carona e em segundos estava no banco do motorista.

– E por quê você não disse tudo? – Edward riu e segurou a minha mão.

– Eu não estou acostumado a ser sem educação, não se lembra quando eu fui com você? Eu acabo passando do limite. Além do mais, ela não vale o nosso tempo.

– Você poderia ter passado dos limites com ela sem problemas. – Edward sorriu e depois me olhou curioso.

– Está com ciumes?

– Eu? Ciumes? Imagina! – Ele riu e depois me deu um selinho. Eu fiquei meio abobalhada no inicio por ter sido pega de surpresa.

 

Em menos de dez minutos estávamos parados na casa dele. Também, do jeito que ele corre. Assim que eu coloquei os meus pés dentro da casa, eu fui arrastada por Renesmee até o quarto dela.

 

– Renesmee? O que foi? – Ela ligou o som de seu quarto e colocou em um volume consideravelmente alto. – Pra que isso Renesmee?

– Eu preciso que você me responda algo. – Eu olhei para o som e depois para ela.

– Ok, Renesmee, pra que o som? E por quê você está falando meio susurrado?

– É para ninguém ouvir. Eu não quero alarmá-los sem ser necessário.

– Você não quer que eles saibam sobre o que vamos conversar?

– É.

– Esqueceu que seu pai é um leitor de mentes?

– Não se preocupe. Eu tenho anos de prática em disfarçar os meus pensamentos. Foi assim que eu fiz para ele não descobrir que eu não casei virgem. – Eu olhei para ela incrédula e ela sorriu para mim sem graça. – O que foi? Meu pai era muito chato na época e disse que Jacob não poderia me tocar até nos casarmos. É claro que isso não valeu de nada por que...

– Ok, ok. Sem detalhes sórdidos, só me diga o que você quer. – Não sei por que, mas era meio... nojento imaginar a Renesmee na cama com o Jacob.

– Certo. Bom, eu quero a sua ajuda por que você é humana e entende mais disso do que as minhas tias. E também por que eu confio o suficiente em você para saber que você não vai contar para o meu pai ou ele vai ouvir em seus pensamentos se não for nada. Ele ficaria preocupado mesmo que fosse só uma suposição e...

– Fala logo Renesmee!

– Ok, ok. É normal a menstruação atrasar?

– Ah, bem, sim é bem normal. A minha já se atrasou por um mês, mas não era nada. Era só que eu estava com ovários poliscístico ou algo do tipo. Por quê a sua está atrasada?Espera aí, você menstrua?

– É, eu tenho a infelicidade de ter um ciclo menstrual. Mas... e mais de um mês? É normal? – Eu olhei para ela desconfiada e ela me deu um olhar esperançoso.

– Fica aqui que eu vou na farmácia e já volto.

– O que você vai fazer?

– Comprar um teste de gravidez para você. – Eu sai do quarto e Renesmee estava estática, diria até mesmo que em estado de choque. Eu desci as escadas e na ponta dela estava Edward e Jacob me esperando.

 

– O que ela queria? Ela estava inquieta o dia todo, mas não quis me falar o que era.

– Belle, a Nessie está bem? Os pensamentos dela... o que ela está escondendo? – Eu suspirei e me virei para eles para responder.

– Ela está bem, provavelmente não é nada. Eu vou na farmácia e já volto. Edward, me empresta o carro?

– Farmácia? A Nessie está doente? – Jacob começou a subir as escadas mas eu o segurei pelo braço.

– Não, Jake. Deixa ela sozinha. Ninguém vai lá enquanto eu não voltar, ok? Se vocês forem lá ela vai acabar ficando nervosa e estressada. Quando eu voltar da farmácia e conversar com ela eu falo para vocês. – Isso era mentira por que se não fosse nada eu não iria dizer nada. Ou então eu iria mentir. Todos concordaram e Edward me deu as chaves do carro.

 

Edward quis vir comigo, mas eu não deixei. Enquanto eu dirigia até a farmácia eu não conseguia parar de pensar em uma coisa. A Renesmee... a minha Nessie, poderia estar nesse momento carregando uma criança.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Ok,ok. eu demorei mas foi por uma boa causa. Obrigada a Mariey que me deu ideia pro cap Então, obrigada a todos que comentam, amo cada review Amanhã tem cap de filhos da lua e o cap novo do Vale já foi postado. Beijos :*