The daughter of Alpha escrita por Katherine


Capítulo 34
A verdade


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Era para esse capitulo ter saído ontem, mas ele ainda não estava pronto. Me desculpem.
Enfim...
Boa leitura!



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Carly.

 

Quando finalmente nossas malas estavam prontas decidimos visitar os Cullen, eu ainda não tinha visto Bella depois de sua transformação e estava ansiosa para rever Renesmee. É claro que o cheiro de Embry foi sentido à metros de distância da casa, fazendo Jacob não conter o riso. Eu sabia que de todos os nossos irmãos de bando ele foi o que mais lutou contra o imprinting e também contra a paz entre os frios e os quileutes – além de Paul – e agora ele tinha um imprinting por um deles.

Esme nos recebeu com um sorriso caloroso no rosto e eu fui obrigada a torcer o nariz discretamente por conta de seu cheiro. Não era algo insuportável na maioria das vezes, mas desta estava em uma intensidade consideravelmente e terrivelmente mais forte. Edward franziu o cenho, me encarando na ponta da escada.

Suma da minha cabeça, enxerido! — lhe falei por pensamentos.

Ele riu, parecendo ter acatado o meu pedido mesmo que não pudesse fazer nada para ignora-los, e moveu a cabeça, indicando para que o seguíssemos.

— Ela está dormindo – murmurou em um tom baixo ao chegarmos na sala.

Jacob soltou a minha cintura para caminhar até Embry e cumprimenta-lo, o mesmo analisava o pequeno pacotinho cor-de-rosa no colo da mãe recém-vampira, mantendo uma certa distância.  Isabella levantou o olhar em minha direção, não contendo o sorriso. Seus olhos alaranjados não me causaram surpresa. Ela estava bem melhor daquela forma.

— A imortalidade lhe caiu bem, Cullen.

Edward tomou Nessie nos braços e Bella levantou-se do sofá caminhando em passos rápidos até mim, puxando-me para um abraço apertado. Bom... apertado até demais. Ela suspirou emocionada me sufocando. Eu definitivamente não conseguia encontrar o ar em meus pulmões. Senti meus olhos arderem e a ponta dos dedos formigarem.

— Bella, você vai machucá-la – o leitor de mentes alertou-a.

No mesmo momento senti seus braços frios se afrouxarem, devolvendo-me o ar.

— Desculpa – sussurrou.

Dei de ombros me afastando.

— Sempre soube que você queria me matar – brinquei e ela rolou os olhos – Como você está?

— Bem – disse sinceramente – Nunca estive melhor.

Jacob se aproximou, recebendo o mesmo abraço sufocante, mas dessa vez Edward não precisou intervir, ela mesmo o fez, se desculpando. Aproximei-me do vampiro, acariciando o rostinho angelical da hibrida que dormia em seus braços, parecendo alguns meses mais velha.

— O seu cheiro... – Bella fungou o ar, com os olhos atentos em mim – É o mais forte de todos, Carly.

O vampiro me estendeu a menina para que eu pudesse segurá-la.

— Você gostou? – perguntei sarcástica – Posso passar o nome do perfume depois.

— Ela está certa – Edward defendeu-a com um sorriso brincalhão nos lábios – O seu cheiro parece realmente mais forte.

Lancei um olhar acusador para o vampiro.

Mantenha-se calado antes que eu mate você.

Ele deu de ombros, mostrando que ficaria quieto, mas os seus olhos permaneceram em minha mente.

— Obrigada por ter nos ajudado, Carly. Renesmee tem sorte em tê-la.

Sorri em resposta.

Não tinha como não se encantar pela garotinha.

— Vamos ficar fora por alguns dias – Jacob informou – Viemos nos despedir.

— Vão viajar? – a Cullen perguntou sem esconder o sorriso.

— Sim – ele respondeu.

— Isso é ótimo. Vocês merecem um pouco de paz!

Deixei com que o ar soltasse de meus pulmões de uma vez só, acreditando em suas palavras. Paz. Era tudo o que precisávamos. Tudo o que eu precisava para colocar os pensamentos em ordem.

Continuamos na mansão por mais alguns minutos e quando já estava ficando tarde o suficiente seguimos para La Push, junto de Embry, que passaria a primeira noite em casa desde que seu imprinting nasceu. Nos despedimos de Emily e meu pai – que me pediu para não o deixar sem notícias. Eu concordei, mesmo não estando tão certa de que cumpriria. Não queria preocupá-lo de forma alguma, mas seu olhar curioso toda vez que me olhava desde a nossa conversa não me agradava nenhum pouco.

Antes mesmo que o sol se pusesse no céu estávamos no aeroporto de Port Angeles onde pegaríamos o primeiro voo do dia.

— Está feliz, senhora Black?

Encostei minha cabeça em seu pescoço, encarando nossos dedos entrelaçados.

— Soltando fogos de artifícios – sorri – Ansiosa por um tempo à mais com você, Jake. Tudo o que aconteceu desde que nos conhecemos... quer dizer, em algum momento tivemos isso de verdade? Um momento só nosso, sem problemas ou preocupações.

Pude ver pelo canto do olho o seu sorriso discreto.

— Não... pelo menos não por muito tempo. Estou considerando a ideia de ficar por lá. Praia... Sol... Nós dois.

Nos beijamos por alguns segundos.

 

— Estou tentada a aceitar a sua proposta.

 

 

 

******

 

 

 

Depois de algumas horas torturantes dentro de um avião chegamos ao nosso destino final. A paisagem de Tulum era tão linda quanto qualquer outra que eu já havia presenciado na vida. O hotel que ficaríamos durante aqueles dias era próximo à praia e bem reservado. Nos acomodamos melhor no quarto quando o celular de Jacob começou a tocar impaciente no bolso da calça. O fuzilei com o olhar e ele me lançou uma breve desculpa antes de atender o aparelho.

— Oi, Sam – houve uma pausa – Sim nós já chegamos.

Jacob me encarou com o cenho franzido.

— Nós íamos ligar, não faz meia-hora que chegamos no hotel. Deve ter acabado a bateria – disse – Você quer falar com ela?

Apertei os olhos com força.

— Seu pai quer falar com você.

Peguei o aparelho de sua mão, levando-o ao ouvido.

— Oi, Pai – suspirei.

— Tudo bem?— ele perguntou.

— Sim... aqui é muito lindo. Desculpe não ter ligado do aeroporto, acabei esquecendo.

Ele também suspirou.

— Não me deixe sem notícias.

— Não vou – garanti – Mas não se prenda a isso. Nós estamos bem. Tudo bem com você?

— Sim, está tudo bem. Estou preocupado com você na verdade. Jacob está perto?

Olhei em volta, Jacob não estava, mas eu realmente não queria falar sobre aquilo.

— Sim, está – engoli seco.

Outro suspiro, dessa vez decepcionado.

— Sei quando está mentindo, branca de neve. Tudo bem se não quiser conversar sobre isso, mas não pode fugir da verdade para sempre.

— São só por alguns dias, pai – passei as mãos suadas na saia do vestido – Me deixe fugir da verdade por uns dias.

— Sim! Não vou me opor a sua vontade— disse – Cuide-se, está bem?! Pode parecer muita responsabilidade para uma garota da sua idade e realmente é. Mas não se desespere. Não há nada nesse mundo que você não possa fazer.

Sorri reconfortada por suas palavras.

— Eu te amo tanto, Pai. Obrigada por tudo.

— Eu também te amo, meu anjo. Conte ao Jacob quando se sentir confortável, nem que tudo isso não passe de suposições – houve uma pausa – Ele é seu marido e merece saber.

Concordei. Ele estava certo.

— Vou contar hoje.

— Estou orgulhoso.

A porta do quarto foi aberta, dando origem à um Jacob radiante e sorridente.

— Preciso desligar – falei.

— Não se transforme em hipótese alguma, isso pode não ser bom – orientou.

— Okay...

— Divirta-se.

— Obrigada – sussurrei encerrando a ligação.                                 

Jacob pegou o celular de minhas mãos quando eu o estendi em sua direção e me puxou para um beijo em seguida. Fui tomada pela verdade nas palavras de meu pai no mesmo instante. Não importava o que fosse, ele merecia saber. Sendo real ou apenas suposições. Ele sempre estaria ao meu lado.

— Jake... – chamei entre o beijo.

— Hum? – seus olhos escuros entraram em contato com os meus.

Mordi o lábio inferior, tomando coragem.

— Quero falar com você.

— Fala, amor – suas mãos apertaram minha cintura com mais força, impedindo-me de me afastar.

Desviei meus olhos por alguns segundos, mas ele puxou o meu rosto com delicadeza, para fitar o seu semblante estampado de preocupação.

— Carly, o que houve?

Não era justo, certo? Estávamos viajando à procura de um pouco de paz. Eu colocaria outras questões no meio disso?

Sorri mostrando os dentes.

— Quero ir à praia – falei com firmeza saindo de seu aperto.

— O quê? – perguntou confuso.

— Eu quero ir à praia. Tipo agora. Não vou esperar nem mísero segundo, vem comigo?

— Hum.. era isso que queria me falar? – quis saber.

Assenti em concordância.

— Sim!

Sua feição mudou, desta vez para decepção.

— Carly, eu não vou sair desse quarto até você me dizer o que está escondendo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?
Vejo vocês nos comentários.
XOXO.



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