The daughter of Alpha escrita por Katherine


Capítulo 32
Suposições


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal.
Senti um pouco mais de facilidade para escrever essa capitulo.
Queria agradecer aos que comentaram o ultimo.
Espero que gostem!
Boa leitura.



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Carly.

 

 

Senti os braços quentes do meu marido envolta do meu corpo, em um abraço reconfortante. Fechei os olhos, aproveitando um pouco mais do seu toque. Estávamos em casa depois de alguns dias. Bella ainda não havia acordado, mas tudo estava sob controle, Carlisle nos garantiu. Tudo o que ouvíamos em La Push era relacionado ao Embry e o imprinting sofrido por Renesmee. Mal podiam acreditar que ele realmente teve um Imprinting com a filha de Edward Cullen. Aliás, nem mesmo Edward podia acreditar. Ele estava confuso e irritado... porém aliviado. Jacob e eu sempre lhe garantimos que nunca faríamos mal a sua filha, mas agora ele tinha uma garantia de que todo o bando estaria engajado para que nenhum mal atingisse-a, não eram somente palavras.

— Amor – ele chamou fazendo com que eu virasse em sua direção, sem descolar os nossos corpos – Vai voltar a casa dos Cullen?

Neguei com um aceno.

— Talvez depois – dei de ombros, sabia que Jacob queria conversar com os meninos mais novos da matilha, sobre os últimos acontecimentos – Vou ficar um pouco com o meu pai. Embry está com eles?

Jake assentiu sorrindo sem mostrar os dentes.

— Ele não consegue ficar longe por tanto tempo – zombou se afastando.

Faziam exatos dois dias do nascimento da hibrida e Carlisle nos indicou que certamente Isabella abriria os olhos vermelhos hoje. Talvez eu passasse por lá para vê-la, ou falar com Embry. Além do mais, Renesmee realmente era uma criança encantadora, não precisava de um imprinting para querer ficar perto dela, mesmo que tão pequeninha.

O Black me encarava com os olhos curiosos fixos no espelho.

Não havíamos conversado sobre o estranho acontecimento com o meu tio e aquilo nem estava me incomodando tanto quanto deveria. Ao que parecia, ele só havia levado um empurrãozinho de consciência o trazendo de volta para a realidade, e por esse motivo ele se afastou no momento em que eu mandei.

Fui arrancada brutalmente de meus pensamentos ao encaras as costas nuas de Jacob. Ele estava apenas com uma calça comprida, escura e sapatos, me fitando com curiosidade. Mordi o lábio inferior com força, suspirando. Ter uma vida social um tanto quanto agitada nem sempre era legal.

— No que está pensando? – perguntou, virando de frente para mim.

Reprimi a vontade de rolar os olhos.

Ele sabia exatamente o que eu estava pensando.

Caminhei rapidamente em sua direção, até que pudesse entrelaçar meus braços envolta de sua cintura, escondendo o meu rosto na curva de seu pescoço. Beijei o local delicadamente.

Jacob rosnou baixinho, me apertando mais ainda contra o seu corpo.

— Queria um tempo a mais com você – choraminguei ainda sem olhá-lo.

Ficar longe dele era como tortura para mim. A pior das torturas.

Senti sua mão quente acariciar minhas costas, por baixo da blusa fina.

— Vou garantir isso – disse um pouco irritado – Odeio ter que te deixar aqui. Sem mim.

Afastei-me um pouco, tocando os lábios com os meus. Ele sorriu, suavizando sua expressão.

— Me deixe com o meu pai.

O moreno assentiu, se afastando mais um pouco para vestir uma camisa azul escuro de manga curta. Antes de sairmos mandei uma mensagem à Embry, certificando-me de que sua cabeça ainda não havia sido arrancada.

 

 

 

 

***

 

 

 

 

— Branca de neve! – senti os braços do meu pai apertam-me antes que eu fosse capaz de cumprimenta-lo – Você não aparece faz um tempo.

Afastei-me um pouco dele, para que pudesse vê-lo cumprimentar Jacob com o olhar. Eu sabia que desde que me casei não estava sendo muito presente na casa de Emily e meu pai. Deveria me lembrar de vê-los mais vezes. Jake se despediu rapidamente, dizendo que assim que terminasse a conversa iria me buscar e eu concordei, mesmo que não precisasse.

— Está sozinho? – perguntei olhando em volta, quando adentramos pela casa – Onde está Emily?

Ele sorriu melancolicamente.

— Está com Sue – comentou sentando-se ao sofá e me puxando junto consigo – Embry, uh?

— Coloque um pouco de juízo na cabeça de seu irmão – brinquei e ele riu concordando – Como você está, pai? Me desculpe não estar tão presente desde que sai de casa... as coisas andaram complicadas.

Pude ver sua expressão mudar completamente. Seus olhos ficaram escuros e por mais compreensível que ele tentasse parecer, estava me amedrontando.

— Você e Jacob? – perguntou com a voz grossa.

Desviei meu olhar. Dependendo do que eu falasse um lobo preto explodiria perto da mobília de Emily e ela jamais me perdoaria por isso.

— Nós estamos bem – fui sincera – Foram dias conturbados. Só isso.

— Sabe que pode me contar o que quiser e quando quiser, não sabe?

Sorri voltando a encará-lo.

— Sei que arrancaria a cabeça de Jacob antes que eu tivesse a chance de falar – ele concordou seriamente – Não se preocupe, eu também posso fazer isso.

Concordou encarando a televisão desligada em sua frente.

— Ainda assim sinto que tem algo te incomodando. Você quer voltar, Carly? Posso conversar com Jacob sem mata-lo, sei que ele lhe daria um tempo.

Toquei o seu ombro, notando que os tremores estavam mais fortes.

— Pai, eu juro. Jake e eu nos amamos e está tudo realmente bem agora – massageei as pálpebras – Isabella e Renesmee nos tiraram um pouco dos eixos, mas agora está tudo bem.

— Dessa forma, fico feliz que esteja bem.

Ele abriu seus braços, para que eu pudesse me acomodar melhor ali, e assim o fiz.

— Pai? – o chamei quebrando o silencio que perdurou por alguns minutos – Leah e eu somos as únicas?

— Hum? – ele franziu o cenho sem entender.

— Conheço as lendas, mas não tanto quanto você – dei de ombros – Queria saber se eu e Leah somos as únicas mulheres.

Pude sentir ele ficar um pouco desconfortável e me afastei ainda mais de seu abraço, querendo ver o seu rosto.

— Sim, branca de neve. Leah foi a primeira da nossa tribo – contou – Não há registros sobre nenhuma outra mulher. Quando aconteceu, todos ficamos surpresos. Ainda é uma novidade grande. Não acreditei que aconteceria com você, mesmo sabendo que as possibilidades eram enormes.

Abracei o meu próprio corpo.

— Leah foi a primeira dos Quieleutes, ou... a primeira transfiguradora?

— Os dois – disse preocupado – Está tudo bem?

— Sim, só quero entender um pouco melhor como isso funciona.

— Achei que tivesse esclarecido todas as suas dúvidas.

— Não todas – murmurei – Sei que podemos parar de nos transformar e voltarmos a envelhecer...

— É doloroso – alertou-me – Extremamente doloroso.

Concordei.

— Se pararmos, o que acontece depois? Com o nosso corpo?

Ele parecia mais confuso do que antes.

— Querida, eu não consigo entender se continuar falando em códigos. Vá direto ao ponto, não pode ser tão difícil.

Suspirei me dando por vencida. Era constrangedor falar sobre isso com o meu pai.

— Tudo bem... se Leah e eu pararmos de nos transformar, nós poderíamos ter filhos?

Sam travou no mesmo lugar, me encarando com os olhos esbugalhados. Podia jurar que não estava respirando, mas seu coração batia rápido demais. Me xinguei mentalmente por ter ido tão direto ao ponto, afinal de contas, ele é o meu pai.

— Pai – o chacoalhei, mas não obtive reação.

Procurei o celular no bolso da calça pronta para discar o número de emergência, Jacob não demoraria para aparecer. Mas fui impedida quando seus olhos curiosos ficaram pretos novamente.

— O que quer dizer com isso, Carly? – perguntou de forma fria.

— Nada. Esquece.

Toquei o peito aliviada, tentando fazer meu coração bater em um ritmo moderado.

Seu olhar ainda estava sobre mim quando voltei a sentar ao seu lado.

— É só curiosidade, pai – lhe tranquilizei – Eu não vou te dar um netinho, relaxa. Isso nem é possível.

Ele franziu o cenho.

— Quem disse?

Parei estática no lugar.

— O que disse? – perguntei.

— Quem foi que disse que isso não é possível?

Pisquei uma vez tentando retomar a realidade.

— Jacob não negou – murmurei.

Por que? Ele não queria? Podia ver nos seus olhos o contrário.

— Talvez ele não saiba – deu de ombros – São suposições.

— Você pode me contar? – perguntei não importando em esconder o entusiasmo – Todas elas!

Ele concordou sorrindo.

— Sei que o ciclo para completamente quando são transformadas – ele disse – Descobrimos isso com a Leah. É um tanto quanto curioso o mesmo acontecer com você, afinal, então para quê serve sua ligação com Jacob?

— O imprinting?

— Sim, o imprinting é isso. Além do amor e de toda a magia é claro. Almas gêmeas ligadas... frutos para a tribo. Futuros guardiões da tribo – disse olhando as próprias mãos – Leah nunca teve um imprinting, talvez esse seja o motivo por não ter acontecido com ela.

— Eu também não tive – lhe lembrei.

— Essa ligação não é unilateral, filha. Você sabe disso! É diferente com humanos e transfiguradores, mas... dois dos nossos? Também é algo novo – ele riu sem humor – É ainda mais difícil de acreditar que não aconteceria com você.

Senti a dúvida estampar o meu rosto.

— Por que? – perguntei.

— Jacob é o neto do chefe – disse – E agora é o chefe. Quem seria depois dele?

Pensei por um momento.

— Rachel e Paul? – sugeri – Ela pode ter filhos.

Ele negou.

— O gene corre de pai para filho – disse – Você pode ser uma loba, mas se tiverem filhos, esse gene não será herdado de você. Se um dia Leah se envolver com um humano, o gene não será passado.

Mordi o lábio inferior sentindo minha cabeça doer.

— É confuso.

— Talvez seu corpo não reaja como o de uma humana normal... mas ainda assim reaja – disse dando de ombros – Como eu disse, muitas suposições.

Sorri em sua direção.

— Esclarecedor de qualquer forma.

Sua mente vagou para longe, o deixando distante, como se estivesse pensando em algo e depois me fitou com dúvida.

— Embry me contou que não conseguiu desobedecer a sua ordem a dois dias – desviei o olhar, ótimo, meu tio era um baita de um fofoqueiro – Carly, você foi filha de um Alfa, mas não tem o sangue de um nas veias.

Fiquei de pé.

Sentindo-me incapaz de continuar parada.

Mas o seu olhar ainda permanecia em mim.

— O que quer dizer? – perguntei roendo as unhas.

Seu olhar desceu para a minha blusa... especificamente para a minha barriga, como se pudesse ver através dela.

— Que talvez Embry não estivesse obedecendo o seu comando e sim o de um alfa.


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Notas finais do capítulo

Contem-me tudo e não me escondam nada!
O que estão achando?



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