The daughter of Alpha escrita por Katherine


Capítulo 23
Arrependimento


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Quando o sol havia abaixado Carly encontrou-se com o pai na floresta, conforme combinado. Jacob também estava ali, acompanhando-a. O Uley estava em forma de lobo quando se aproximou com Embry ao seu lado, também em quatro patas. Sam surpreendeu-se ao ouvir os pensamentos do Black, que lembrava de sua conversa com a noiva pouco antes, da qual ele contou à ela quem ele realmente era, e a menina havia parecido mudar completamente os seus pensamentos em relação ao fato. Mas, não podia falar daquela forma. Cada um dos animais correu para longe, deixando a morena com uma expressão de dúvida no rosto, sem entender direito o que estava acontecendo. Jacob à tranquilizou dizendo que estavam apenas voltando à sua forma humana. Poucos segundos depois eles estavam próximos ao casal.

— Jacob – Sam o cumprimentou com um aceno – Então, mudou de ideia?

Carly sorriu para Jake, vendo-o sua expressão relaxar aos poucos.

— Acho que sim – disse com a voz baixa, não queria se comprometer daquela forma – Talvez, Sam.

— Não há motivos para temer – o Alfa o tranquilizou – Isso é seu e ninguém pode tirar. Então, não tente fugir do seu destino, Jacob.

— Não estou – garantiu.

— Então... Jacob é o novo Alfa? – Embry perguntou, entrando no assunto.

Os homens o encararam por um momento, antes de realmente responder. Mas a mesma não veio. Carly suspirou.

— Não vamos nos precipitar – ela riu tentando aliviar o clima – Temos um trabalho mais difícil para agora, não?

— Transformar você? Certamente!

— Vai ser divertido – falou, inclinando o corpo para que o pai pudesse beijar o topo de sua cabeça – Você sabe.

Andaram mais alguns passos encontrando uma pequena e simples clareira que tornaria os movimentos mais fáceis pela menor quantidade de árvores. Jacob e Embry encostaram-se em um dos galhos de árvore, com os olhos presos no pai e filha.

— Você cresceu com isso, Branca de neve. Sempre soube que esse mundo existia, então a resistência não vai ser forte, eu pelo menos espero que não, isso pode facilitar bastante o processo – ela assentiu, amarrando os cabelos em um rabo de cavalo – Dúvidas?

— Eu vou me transformar na lua cheia? – perguntou.

Ele deu de ombros.

— As chances são maiores. Mas não quer dizer que precise acontecer neste dia.

— Tudo bem.

— A primeira transformação é a mais complicada, você não sabe como fazer e também não faz ideia de como voltar ao normal. Por isso o treinamento, você tem pouco tempo, mas o pouco que souber pode ajudar muito.

— Legal – sorriu. Estava empolgada – Dói?

Ele suspirou.

— Um pouco. Você é forte, nem vai sentir.

— Um pouco? – Embry gritou de longe – Fale à verdade, Sam!

— Quieto – mandou, voltando-se a filha que estava com os olhos esbugalhados – Não o escute. Alguns fatores podem influenciar a sua transformação.

— A lua? Por exemplo.

Ele concordou.

— O medo, a dor e o sofrimento. Sentimentos fortes tem tanta influência quanto à Lua, e não apenas na primeira transformação, como em todas as outras. A raiva é a pior delas, você perde o controle quando se transforma e se estiver com raiva isso pode sair do controle.

Ela passou as mãos pelo rosto atenta a cada detalhe, na tentativa de controlar o nervoso de seu coração que parecia bater milhares de vezes mais forte.

— Tudo bem? – ele perguntou.

— Sim – sorriu – Continue.

No fim do dia, quando já havia trocado a ronda, Carly havia dado alguns pequenos avanços. Quando se concentrava podia notar seus sentidos mais aguçados, e isso significava que em poucos dias conseguiria andar entre patas. Mas estava cansada demais para continuar testando suas novas habilidades. Depois de um bom banho ela caminhou até a casa do noivo com Embry, que iniciaria sua ronda em alguns minutos, ao seu lado. Ambos ficaram sentados na varanda da simples casa de Billy Black quando o mesmo apareceu para jogar conversa fora. Billy já sabia da atual situação da nora e essa foi a pauta do assunto. Carly contou que estavam treinando e ele disse não conseguir esperar pela fogueira de boas-vindas. Ela já havia participado de algumas daquelas, mas não era ela a homenageada. Embry teve que ir embora, deixou Carly sob os cuidados do mais velho e seguiu para a sua ronda. O homem apenas encarava a menina, sentada na pequena escada com as pernas encolhidas, e o olhar fixo na floresta. Eles ouviam o barulho das arvores e dos animais, mas o silencio se tornou gigante naquele momento.

— Jake me contou sobre a linhagem – ela comentou, sem olhá-lo.

— Mesmo? – perguntou surpreso. Carly o encarou assentindo – Bom. Isso é muito bom. Jacob não fala sobre isso com ninguém.

Ela sentiu o fervor em sua pele, mas ignorou a sensação.

— Isso é bom.

— É. Você tem razão – eles se encararam novamente – Por que ele contou?

Ela deu de ombros.

— Não sei.

Claro que sabia. Mas não queria entregar Jacob em uma bandeja para o seu pai. Se ele não havia dito nada, era porquê tinha os seus motivos, não seria ela à dizer.

— É sobre ele ser o Alfa, não?

— Como... O quê? – riu pelo nariz – Jacob contou?

— Não, é claro que não. Seu pai contou.

— Hum... Meu pai?

— Sim – disse – Então, ele aceitou?

Ela franziu o cenho, não sabendo se era o certo lhe contar.

— Bom... não posso, Billy. Desculpe.

— Tudo bem – ele riu – Acho que já tenho a minha resposta.

Carly sentiu o cheiro se aproximando.

— Ele está chegando – disse à Billy, insinuando para que ele mudasse de assunto de forma cúmplice.

Em menos de dois segundos Jacob adentrou no campo de vista da dupla que sorriu sorrateiramente.

— Você está ficando boa nisso – o mais velho elogiou.

— Obrigada – a menina agradeceu, levantando-se para beijar o noivo que estava confuso – Senti seu cheiro.

— Grande evolução.

Carly rolou os olhos.

— Não desmereça a minha luta – dramatizou.

— Não estou – disse beijando o topo de sua cabeça.

Rachel apareceu na porta da casa com um envelope em mãos. O mesmo brilhava duas letras conhecidas, logo souberam do que se tratava. A irmã de Jacob lhe lançou um sorriso reconfortante.

— Chegou hoje – disse, entregando o envelope para o pai – É o convite.

Carly se remexeu desconfortável. Achava que já havia passado por aquela fase, mas não conseguia deixar de se sentir insegura em relação a Isabella. Virou-se para Jacob, percebendo o seu olhar distante. Pode ouvir a cadeira de Billy se arrastando pelo piso com a ajuda de Rachel, os dando privacidade.

— Jake – ela chamou – Tudo bem?

Ele a encarou sorrindo. Podia perceber que estava tenso.

— Sim – tocou os seus cachos com a ponta dos dedos.

— Mesmo?

— Estou pensando – suspirou – Só isso.

— Você... – engoliu seco – Está arrependido?


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Notas finais do capítulo

E logicamente terminamos com um pouquinho de suspense... Qual será a resposta?



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