The daughter of Alpha escrita por Katherine


Capítulo 21
Pesadelo




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— Os Cullen ligaram – Jacob disse, abraçando a noiva.

Quando o dia amanheceu, durante a troca de ronda ele havia ido até a casa da mesma para que pudessem ficar juntos por algum tempo. Esperou Carly acordar e quando ela finalmente abriu os olhos puderam se juntar.

— O que queriam? – a morena perguntou ao coçar os olhos, ainda estava com sono.

A noite passada não foi uma das melhoras. Estava extremamente preocupada com a aparição de novos vampiros nas terras quileutes.

— Encontraram os tais vampiros – deu de ombros – De fato eram nômades e queriam algum tipo de informação dos olhos dourados. Mas, tanto faz. Calisle prometeu deixar bem claro que há limitações por esse território.

— Menos mal – suspirou, deixando o alivio tomar conta de seu corpo. Não era um dia muito agradável, chovia e o vento era bastante forte. O casal se limitou a ficar na varanda da casa, onde teriam mais privacidade naquele momento. Jake puxou-a ainda mais para os seus braços, na tentativa de aquece-la – Sabe, estava conversando com o meu pai hoje.

— Hum – murmurou.

— Pensei em ir visitar os meus avós – falou, olhando-o – Realmente estou com saudade deles.

O moreno sorriu sem mostrar os dentes.

— Parece bem legal.

Ela uniu sua mão com a dele, por um momento podendo ouvir somente o barulho da chuva.

— Quer vir?

Jacob assentiu, encostando o queixo sob a cabeça da garota.

— Quando pretende ir?

— Ainda não sei – falou – O mais breve, se possível. Vocês pegam férias das rondas ou algo do tipo?

Ele riu.

— Não. Mas temos total liberdade para dar um tempo quando quisermos – explicou – Claro que o Sam fica marcando tudo o tempo todo, mas por ele ter sugerido acho que é mais fácil.

— Ótimo – falou, exausta.

Voltaram a se abraçar e ficaram assim por mais algum tempo.

— Você está bem? – ele perguntou.

— Sim – disse se encolhendo – Acho que vou gripar.

— Está quente mesmo, talvez seja melhor entrar.

— Pode ser – deu de ombros, se rendendo aos dizeres do noivo e adentrando pela porta da casa.

Jacob não permaneceu ali por muito tempo, tinha assuntos a resolver na oficina. Carly não pediu que ele ficasse, realmente achava que não conseguiria se manter acordada por alguns minutos e simplesmente subiu para o seu quarto para descansar. No fim do dia, quando a lua já estava no céu, o celular do Black tocou sob a bancada com o nome Seth piscando no visor.

— Alô.

— Oi Jake, sou eu.

— Aconteceu alguma coisa? – perguntou.

— Mais ou menos – gaguejou – Quer dizer, eu acho que sim.

— Fala logo, Seth. Onde você está?

— Na casa do Sam. Cara, acho melhor você vir pra cá.

O moreno largou a oficina da forma que estava e correu para a casa do Alfa, encontrando Embry e Seth no primeiro andar.

— O que foi? – perguntou rapidamente.

— Não sabemos – Embry falou, com os braços cruzados na altura do peito – Carly está ardendo em febre.

Não era uma noite muito agradável, mas o tempo estava comum para aquela época do ano em Forks.

— Levaram-na ao médico?

— Não – suspirou – Sam acha que isso pode ser não-normal.

— Como assim? – passou as mãos pelos cabelos escuros

Seth tocou o ombro do amigo com cautela, podia ver que Jacob tremia da cabeça aos pés.

— Talvez ela esteja se transformando – sussurrou.

O transformo não esperou que mais nenhuma palavra fosse proferida por seus amigos. Andou rapidamente para o quarto da garota, onde além dela havia um senhor conhecido por ser curandeiro da tribo e Sam ao lado de Emily com os olhos atentos na menina. Carly estava deitada em sua cama de olhos fechados, encolhida e suava frio, apenas um fino lençol cobria suas pernas.

— Sam! – Jacob chamou o Alfa, pedindo uma explicação com o olhar.

— Não quis envolver o doutor vampiro nisso – deu de ombros – Com certeza seu diagnostico seria melhor.

— O que aconteceu?

Emily suspirou.

— Está ardendo em febre, achamos que não é algo natural.

O moreno assentiu.

— Entendi.

O curandeiro levantou-se da cama, pegando o seu equipamento e Sam o acompanhou para fora de casa enquanto os outros dois permaneceram no cômodo. A mulher se aproximou, tocando a testa de Carly e não pode evitar o sorriso aliviado.

— Já está um pouco melhor – anunciou.

Seth e Embry também se juntaram a eles para anunciar que teriam que fazer ronda, mas que deveriam chama-los a qualquer alteração no quadro da filha de Sam. O Black ficou ao lado da garota, com os olhos tão presos nela que eram incapazes de serem desviados. Suspirou pesadamente, tentando não imaginar em tudo que enfrentariam dali à frente. O pesadelo parecia nunca ter fim.


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