The daughter of Alpha escrita por Katherine
Os treinamentos haviam se intensificado nos dias anteriores ao encontro. Riley não aparecia a mais de duas semanas, não que Carly pensasse no mesmo o tempo inteiro, mas estava curiosa pra saber se o vampiro lhe ouviria ou continuaria a seguir os comandos de Victoria. Lobos e vampiros estavam na floresta, mais uma vez repassando o plano para que não houvessem duvidas. Jacob encontrou com Bella e o Cullen, mas não conversaram por muito tempo. Os nervos estavam a flor da pele, e o lobo agradeceu quando finalmente foram liberados para voltar aos seus respectivos a fazeres, e logicamente ele não pensou duas vezes antes de ir com Sam até a casa do Alfa. Fazia muito frio em Forks, e ao que indicava a previsão, no dia seguinte seria ainda pior. Emily e Carly estavam sentadas no sofá, assistindo o noticiário que continuava a falar sobre as mortes nos últimos tempos, quando seus respectivos parceiros entraram pela porta.
— Ei, que bom que chegaram! – a mais nova se levantou, correndo até o Black que a segurou-a nos braços, fazendo com que seus pés não tivessem mais contato com o chão por alguns segundos – Tudo bem?
Ele assentiu, acariciando a cintura dela.
— Alguma novidade? – dessa vez quem perguntou foi Emily – Como estão os meninos?
— Estão bem – Sam assegurou – Os mais novos cuidarão da reserva amanhã, não é seguro deixa-los sozinhos.
Carly engoliu seco.
— Edward? – proferiu o nome com receio na voz e sentiu Jacob tremer atrás d si – Está escalando as paredes?
Pelo o que conhecia do vampiro sabia que ele estaria surtando por ser tão protetor com Isabella.
— Eles vão ficar bem – o Alfa garantiu.
— Todos vamos – concluiu o filho de Billy.
O restante do dia passou lentamente. Os outros garotos estavam na casa de Sam antes que a lua estivesse no céu. Mesmo que quisessem passar a maior parte do tempo com suas famílias, estariam mais concentrados com os outros membros da matilha, conversando e simplesmente relaxando. Quando a ronda trocou pela ultima vez, a casa ficou quase que vazia.
— Vamos, Carly? – Emily perguntou atraindo a atenção da enteada.
— Aonde? – se remexeu nos braços do namorado.
— Sam sugeriu que fossemos para a casa de Sue, assim estaremos todos juntos.
Aquilo era estranho.
Emily e Leah na mesma casa?
— Está tudo sob controle – o homem garantiu ao ver a expressão de duvida no semblante do casal.
— Não sei. Acho que não é uma boa ideia.
— Você não tem escolha, branca de neve – provocou fazendo-a rolar os olhos.
— Na verdade... – Jacob chamou a atenção para si – Carly pode ficar lá em casa.
— Não. Não pode não!
— Qual é Sam? – bufou.
Ela ficou de pé.
— Ótimo! – sorriu – Vou pegar as minhas coisas.
— Carly...
Todos eles já sabiam que no fim o alfa acabaria cedendo, principalmente quando se tratava de sua filha. Apenas Rachel estava em casa, Billy ficaria fora junto com Charlie. Longe o bastante para que ninguém conseguisse encontra-los. Assim que entraram na casa se depararam com a irmã de Jacob com uma mochila nas costas.
— Oi casal – sorriu, cumprimentando-os.
— Oi – Carly lhe cumprimentou – Vai sair?
A garota lançou um olhar cumplicie para o irmão.
— Vou – disse – Inclusive, está na minha hora, tchauzinho.
— Rachel, estará segura amanhã, não é? – Jacob se certificou.
Ela assentiu.
— Não se preocupe. Divirtam-se!
Carly virou-se de frente para o namorado com o cenho franzido e braços cruzados.
Ele deu de ombros.
— Por que tenho a impressão de que isso foi combinado? – brincou.
— Rachel e Paul queriam um tempo sozinhos, eu apenas os dei.
Uma gargalhada escapou dela.
— Você é inacreditável, Jacob.
Sabia muito bem que ele e Paul não se davam bem, mas parece que pelo menos por aquela noite Jacob deixou as diferenças de lado e resolveu ajudar o cunhado.
— Quer alguma coisa? – ele perguntou, enquanto ela entrelaçava as mãos em volta de seu pescoço. Negou – Eu te amo.
Fechou os olhos, deixando que Jacob beijasse os seus lábios com delicadeza.
— Estamos sozinhos?
— Completamente.
E no mesmo momento o beijo ficou mais profundo e a cada segundo, menos cauteloso. O Black conhecia o caminho de seu quarto de olhos fechados, então Carly simplesmente prendeu as pernas em volta da cintura do namorado, enquanto o mesmo se encarregava de transporta-los sem quebrar o contato de suas bocas. Ela imaginou que seus pés tocariam o chão, mas ao contrario disso, deitaram-se na cama sem se separarem por nenhum segundo. Carly sorriu entre o beijo, arrancando a blusa do moreno que logo voltou a dedicar-se ao pescoço da menina. Definitivamente não imaginava que a noite terminaria daquela forma, e sinceramente, não havia outra melhor forma. Inverteram as posições, dessa vez fazendo com que ela estivesse em seu colo. O lobo parou o beijo, sentando-se na cama enquanto ela prendia os cabelos em um coque alto.
— Não podemos – ele disse, ainda segurando firme na cintura dela.
— Só depois do casamento? – brincou, mordiscando seu queixo.
Jacob riu, beijando-a mais uma vez, dessa de forma calma e muito carinhosa.
— Casa comigo?
Carly riu sem mostrar os dentes.
— Eu diria que sim se não estivesse certa que esse pedido serve apenas para me levar pra cama – beijou o rosto dele, saindo de seu colo para sentar-se ao seu lado – Eu te amo.
— Não era brincadeira.
— Sei que não. Também não estava brincando – disse de olhos fechados.
Estava muito quente e o fato de o homem ao seu lado ser um aquecedor ambulante não ajudava.
— Carly! – sua voz saiu ofendida – O quê? Não pode pensar isso.
— Era brincadeirinha – falou, por fim largando o cabelo – Vamos nos casar. Um dia.
— Por quê não agora?
— Não está querendo provar nada, não é? – falou, desta vez preocupada.
— Não. Quero me casar com você porque te amo.
— E porque quer me levar pra cama – acrescentou.
— Talvez... – riu.
Ao lado da cama de Jacob havia uma pequena mesa de madeira, com alguns objetos, fotos e papeis, só então ela pareceu dar atenção ao envelope que havia ali. Franziu o cenho quando o namorado se esticou para pega-lo.
— O que é isso? – quis saber.
E naquele momento tudo pareceu serio de mais. Jake ficou de frente para ela, ainda sentado na cama e tirou dali de dentro um único anel, era muito lindo. Fino e delicado, com uma única pedra delicadamente posicionada.
— Um anel de noivado – seu olhar deixou o dela por um momento pra analisar a joia – Era da minha mãe.
A filha do alfa segurou na mão de Jacob por um momento.
— É muito bonito – sorriu sem mostrar os dentes.
— Diga sim – pediu – Já é seu, só preciso da permissão para coloca-lo.
— Você é louco – acusou.
— Casa comigo?
Seu sorriso tornou-se ainda maior. O quarto estava escuro, apenas com as frestas da cortina deixando que a claridade entrasse. Jacob era o homem mais bonito que ela já havia visto. O amava tanto, que chegava a doer. Sabia que aquilo não era simplesmente por conta do Imprinting.
— Sim, Jake. Caso com você!
E então, ele colocou o anel aonde deveria estar. Se beijaram por mais vezes. E mais. Até que então ela tomasse coragem para dizer.
— Devemos ser completamente sinceros um com o outro, não?
— Sempre – concordou.
— Quero ir com você amanhã.
O homem arregalou os olhos.
— O quê?
— Jacob, eu sei que posso conseguir com que as coisas não terminem tão ruins.
— Fora de cogitação!
— Por favor – pediu – Por favor, Jake. Deixe-me ajuda-los.
— Não.
- Por que não? Não diga que é perigoso!
— Mas é – falou como se fosse obvio.
Carly agarrou a sua mão novamente.
— Confio em você cegamente. Sei que nada vai acontecer comigo. Por favor, precisam de mim.
— Nós, ou Riley? – perguntou.
— Todos. Você, Isabella, Edward e Riley. Precisam de mim!
— Não posso permitir – tremia levemente.
— Olhe pra mim – segurou o rosto dele entre as mãos, o anel cintilando no dedo – Eu amo você, mas odeio me sentir fraca. Temos as nossas causas, Jacob. Pra você, a sua melhor amiga. Pra mim, Edward e Riley. São importantes e não quero que nada aconteça com eles. E além de tudo tem você! Não estamos juntos nessa? Então, deixe-me que lute ao seu lado.
— Carly... é inconsequente.
— Eu sou, Jake. Mas disso você já sabia.
— Se eu disser pra voltar...
— Não vai precisar – beijou os lábios dele novamente.
Em seguida se acomodou para dormir. Teria que vencer uma guerra.
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