The daughter of Alpha escrita por Katherine


Capítulo 13
Como deve ser


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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As árvores passavam rapidamente pela janela do carro, Carly reconhecia aquele caminho, Edward não estava levando-a para sua casa, ou para a reserva. Olhou para o vampiro incrédula e o mesmo lhe lançou um olhar ingênuo, como se não soubesse o motivo de tudo aquilo. A verdade era que o leitor de mentes realmente estava pronto para levar a filha do Sam até a reserva de La Push, ou até mesmo a sua casa, mas sua briga com Jacob Black nunca havia o agradado, e mesmo que o lobo fosse a parte mais interessada em ter a Uley consigo, Edward teria um ponto de confiança com o mesmo e automaticamente conseguiria afastá-lo de sua Bella. No momento em que os pneus do carro se prenderam de vez no chão, em frente à casa dos Swan, Carly novamente fuzilou o homem ao seu lado, enquanto o mesmo saia do automóvel. Ela o acompanhou, nenhum pouco satisfeita. Isabella e Jacob estavam lado a lado na porta da casa. Um belo casal, pensou a garota.

— Sabe que precisa da minha ajuda! – disse.

— Ele também – rebateu, apontando para Jacob com a cabeça.

Carly parou no caminho. Enquanto o triângulo se aproximou dela, mantendo certa distância.

— Obrigada – Jake agradeceu à Edward.

— Você está bem? – Bella perguntou, recebendo um sorriso falso em resposta – Edward, vamos entrar?

— Sim – puxou a namorada pela cintura, enquanto andavam abraçados para dentro da casa – Se precisarem de algo... É só chamar.

— Valeu.

Pela primeira vez nas últimas horas eletrizantes ela sentiu medo. Fazia frio, e o vento insistia em trazer o cheiro de Jacob para suas narinas, trazendo a terrível sensação de dor e fraqueza. Aquilo não poderia ser considerado algo saudável, nenhum relacionamento deve fazer com que você se sinta de tal forma. Ou então, poderia ser a saudade. A terrível saudade esmagadora capaz de fraquejar até mesmo o coração mais gelado, o coração mais teimoso.

— Onde você estava com a cabeça? – perguntou, não se preocupando em conter a dor na voz.

Droga, por que ele tinha que dirigir a palavra à ela?

— Você não tem mais nada com isso, Jacob – cuspiu as palavras – Ainda não ficou claro?

— Não, e nem acho que vá ficar.

— Tudo bem, isso já não é um problema meu.

Jacob deu um passo à frente e ela recuou no mesmo momento. Houve um suspiro pesado da parte dele, enquanto a menina controlava a respiração para não se entregar facilmente ao cheiro tão familiar.

— Não faz isso, por favor – pediu – Eu sei que fui um idiota, de novo. E não posso prometer que não vou errar com você de novo, e mais uma vez. Só não quero precisar ficar longe por mais nenhum segundo. Carly, você quase me matou de susto!

— E veio pedir colo pra sua amiga, Jacob? Mais uma vez?

— Não, não, não! Edward me ligou, enquanto eu estava procurando você feito louco por toda Forks, disse que sabia onde você estava e que levaria-a até a casa de Bella. Por isso eu vim! – garantiu – Eu não posso mais suportar a ideia de ficar longe por mais nenhum minuto.

— Você me magoou demais, Jacob! Esperava o que? Que eu perdoasse todos os seus erros pra sempre? Isso só provou o quanto você não me conhece. Amar é uma coisa, se sacrificar é outra.

O Black passou as mãos nervosamente.

— Não vou pedir pra me perdoar. Trai sua confiança, não foi? – ela assentiu – E se eu recupera-lá?

— Não gosto de promessas.

— Não estou fazendo uma – defendeu-se – E você não precisa me prometer nada. Só seja sincera, tudo bem?

— Eu sempre sou – cruzou os braços na altura do peito.

Ele quase sorriu, aquela marra toda era o que fazia ainda mais especial.

— Você ainda me ama?

Os braços caíram ao lado de seu corpo, aquilo sim havia sido o ápice da noite.

— Eu acho que nunca vou deixar – sussurrou, vendo os olhos do Black brilharem como nunca antes, nem mesmo como quando se viram pela primeira vez – Eu acho que nunca vou deixar de te amar, Jacob!

— Ótimo, porque eu nem quero deixar.

Ele grudou sua mão direita com a mão esquerda da morena, puxando-a para si. Os rostos tão próximos que Carly esqueceu de controlar sua respiração, esqueceu de tudo, de qualquer coisa que pudesse atrapalhar aquele momento. Novamente, ela estava nas mãos de Jacob. Quando as bocas se tocaram, pareciam anos que aquele gesto não se repetiam, e realmente só foram se separar quando o transformo ouviu a sirene se aproximando. Antes que a garota pudesse reclamar a viatura de Charlie parou logo atrás do carro de Edward.

O casal vinte não estava mais dentro de casa, claro que o vampiro havia escutado a sirene e saíram para que Bella não precisasse ouvir algumas indiretas do pai.

— Uma festa e esqueceram de me chamar? – brincou o xerife – Boa noite, crianças.

— Boa noite – Jacob, Edward e Carly responderam sorrindo.

— Fico feliz que acharam você, Carly. Seu tio foi até a delegacia dar queixa de sumiço.

A menina arregalou os olhos.

— Não se pode mais nem fazer compras nos dias de hoje, não é mesmo? – sorriu sarcasticamente.

— É mesmo – encarou os casais – É... como deve ser.

Jacob sorriu para Carly que rolou os olhos para o moreno ao seu lado.

— Apareça, Charlie. Billy reclama muito quando não está com ele.

— Nos veremos no final de semana – disse.

— Está de moto? – Carly perguntou. Jacob assentiu. – Acho que é hora de ir.

Se despediram brevemente dos outros presentes, subindo na moto em seguida rumo a reserva.

Jacob deixou a moto em sua casa e perguntou se Carly não queria entrar, mas ela negou. Disse estar cansada demais e que seria melhor deixar para outra hora. Era tarde, não haviam pessoas fora de suas casas. Os dois caminharam abraçados até chegarem frente à casa de Sam e Emily, em silêncio.

— Quer entrar? – ela perguntou.

— Outra hora – disse, colocando os cabelos dela para trás do rosto.

Carly abraçou o próprio corpo, por conta do frio, Jacob havia se afastado um pouco.

— Podemos conversar sobre o que aconteceu hoje?

— Com nós dois? – ela perguntou.

— Não, com você. Por ter sumido – disse.

Ela selou os seus lábios.

— Amanhã, tudo bem? Hoje não.

— Ok – concordou.

— Não vamos estragar hoje.

Novamente suas bocas se uniram, e Carly jogou os braços envolta do pescoço de Jacob, não pretendendo sair dali tão cedo. Seus planos foram interrompidos quando seu pai e Emily apareceram na porta da casa, pigarrearam para chamar atenção do casal.

— Boa noite! – Sam desejou, com uma voz grave.

— E aí – Jacob acenou, coçando a cabeça.

— Hora de entrar, não acham?

— Tudo bem – a Uley concordou, voltando-se ao ex namorado, ou atual? – Nos vemos amanhã?

Ele assentiu.

Beijaram-se uma última vez, com a supervisão do Alfa, e logo depois pai e filha entraram em casa, juntamente com Emily.

— Boa noite, sogro! – Jake gritou quando a porta foi fechada.

Carly riu vendo a carranca no rosto de Sam.

— Pode começar a se explicar, mocinha.

Ela beijou o rosto do pai.

— Amanhã, pai – disse – Amanhã.

Naquela noite Carly não pregou os olhos. Por euforia, por felicidade e por não saber o que lhe esperaria no dia seguinte. Mas de uma coisa havia certeza, muitas, muitas emoções.


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