DeH; A Fé do Oleiro escrita por P B Souza


Capítulo 1
Passado e futuro




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Dias completos de confusão e trevas esgueirando-se às beiradas, nos becos e nas vielas junto dos miseráveis e desgraçados.

O sol nasce não para iluminar, mas para jogar sombras densas contra os já invisíveis que vagueiam caminhos tortuosos e sem destinos, sombras que confundem e desnorteiam, e os já perdidos caem nas trevas do desespero, abraçados pelo abandono se veem isolados da salvação, incapazes e impuros, a cada alvorecer na crença de salvação com a luz, perdem-se nas trevas de suas sombras, seguindo caminhos que levarão à destruição, ignorantes, abandonados.

Mas não mais!

*****

No sudoeste de Javargh, próximo dos acampamentos militares, a Olaria Duhrnimo preparava-se para abrir suas portas, mas Morton Duhrnimo sequer animava-se com a ideia. Os tijolos que sua família fabricavam há quase duzentos ciclos se tornavam cada vez menos requisitados naqueles dias de conflagração internacional. Do outro lado da rua, nove casas abaixo, o curtume recém-inaugurado recebia mais e mais pedidos, pois as armaduras precisavam de couro para proteger os soldados do frio ao norte.

Assim, Morton pensava no dia que fecharia suas portas. Antes, patrão de setenta e sete funcionários mais os que contratava esporadicamente, agora eram oito e hoje ele mandaria mais um embora sem ter como pagar as moedas de Java que prometera. Seu ofício era mais que cozinhar tijolos, era arte.

Morton aprendera com seu pai e este com o pai dele, como da terra seca e poeirenta erguer paredes que mantivessem o calor do deserto do lado de fora e o frescor do oásis do lado de dentro das casas. Aprendera como selar os tijolos, aprimorara aquelas técnicas contratando estudiosos que usavam ditos feitiços para enriquecer o barro cozido, artistas que desenhavam nos tijolos e nas colunas harmoniosos entalhes, mas tudo aquilo se tornara um luxo que a conflagração não necessitava.

— Bom dia senhor Morton. — Disse a filha de um padeiro que vivia três ruas a cima, ela passava a pé ao lado de sua liteira carregada por um capataz. — O de sempre?

— Hoje não minha querida. — Respondeu à doce menina de cabelos encaracolados na altura dos ombros escuros e brilhantes a óleo.

A filha do padeiro parou por um segundo colocando as mãos na cintura e fez uma expressão que poderia ser desconfiança, mas mesclava-a com um encantador sorriso de quem não perdia o bom humor.

— Ora, ora, senhor Morton, começo a pensar que achou outra padaria por estas bandas que não estou sabendo?

— Oh, não, minha querida. Antes fosse. — Sorriu com seu jeito deselegante e desgrenhado para a moça. — É só a falta de Javas mesmo.

— Pois então lhe darei o pão de bom grado, e quando puder pagues. Não dá pra trabalhar sem encher a barriga pela manhã! — Foi até a liteira que estava parada ao lado, a sua espera.

— Não é preciso, minha querida, seu pai não gostará nada disto quando souber…

— Com meu mais me entendo eu, senhor Morton. — Enfiou alguns pães em um saco de fino de tecido trançado e entregou nas mãos de Morton. — Passo amanhã para pegar o saco, sim.

E com um sorriso seguiu seu caminho deixando Morton com o saco de pães e uma dúvida em sua mente. Quando o oleiro olhou para o lado, prestes a retornar a sua olaria, viu a criatura. Era um homem, não havia dúvidas, mas aquele ser estranho usava sempre um capuz pesado de couro cobrindo seu rosto, escondendo sua face, e mesmo assim dois rubis brilhantes, chamas vivas no lugar dos olhos, brilhavam incessantemente.

— Ainda hoje renascerá na luz! — Ele disse, mas sua boca não se abriu ou som foi emitido.

Morton sentiu um calafrio do começo ao final de sua espinha, fez pouco da criatura soturna que vivia naquele beco, e foi olaria a dentro.

Os fundos da propriedade compreendia grande terreno com fornalhas para cozer centenas de tijolos ao mesmo tempo, havia grandes tonéis para armazenas o barro fresco, e nestes tonéis pás deviam girar constantemente, movidas pela força de tração animal, porém as engrenagens não se moviam e não haviam animais atrelados aos aros, assim como não havia barro ou argila nos tonéis ou fogo nas fornalhas. A esquerda um armazém coberto com paredes finas e telhado de couro esticado guardava centenas de toras para alimentar as chamas das fornalhas, e a direita um segundo armazém, apenas com telhado em couro mas sem paredes, estava vazio. Ali deveriam ficar os tijolos, colunas, torres, alicerces e tudo que fosse fabricado,

Havia quatro dias que não fabricavam nada.

Morton foi para seu escritório, uma sala quadrada e apertada com cheiro de madeira tratada, janela para o armazém vazio, uma mesa grossa e na parede um grande escudo dourado decorativo, presente do falecido Rei Hovey Karsem, antes da dinastia Karsem ser deposta e o herdeiro fugir em exílio para sobreviver.

Agora, sem os Karsem, muitos negócios declinavam rumo a total falência. Morton odiava a nova rainha e suas guerras sem fim em busca do neto de Hovey, o ousado Maddock Karsem. Para Morton, a guerra era algo particular e indiferente para Javargh, a cidade definhava pelos caprichos da rainha que viva em seu luxo, ignorante das necessidades de seu povo, das necessidades de Morton.

Com o caderno de contas em mãos, olhou os números em desagrado. Serviu-se com um copo de água cristalina de sua taça, pois não bebia, nunca fora de beber. Tomou um gole pensando que sequer um pajem para lhe servir ele tinha como manter. Pior, seus já escassos funcionários tornar-se-iam menos.

Quando o almoço chegou e sua barriga pediu por alimento, Morton levantou-se de sua cadeira arrastando-a para trás no chão grosso. Cruzou a porta e viu três de seus funcionários a jogar dados em cima de um caixote de carga. Teria brigado com eles, mas o que eles fariam além de jogar dados? Não havia o que organizar, o que produzir ou o que fazer.

— Senêx, venha aqui. — Disse pra um deles. — Preciso falar com você.

Havia, ciente da queda nos pedidos, montado um esquema para aumentar a produção e incentivar os funcionários, ao mesmo tempo que os ranqueava decidindo qual deles cortar. Aqueles que conseguissem trazer novos contratos para a olaria ganhavam pontos, mantinham-se contratados. Naquela parte-de-ciclo Senêx conseguira não trazer nenhum contrato para a Olaria, nem naquela, nem na parte-de-ciclo anterior. Eram mais de oitenta dias sem produzir nada.

Então explicava seus motivos no escritório;

—… nossas contas não estão fechando, não há lucro. Você é um bom funcionário, Senêx…

— Não precisa explicar, chefe. — Senêx, um homem forte de braços rijos e cabeça achatada, respondeu. — Tá difícil pra todo mundo.

— Eu realmente não queria… não é algo… essa maldita guerra está nos destruindo um a um! — Reclamou sentindo a culpa da demissão, sabendo que aquele homem possuía família, diferente de Jeohr, seu outro funcionário. Por outro lado, Jeohr havia feito três contratos.

Não é justo com a família de Senêx que ele perca o emprego, mas não é justo com o esforço de Jeohr que eu não o valorize. Morton se via em um beco sem saída, então baterão à porta do escritório.

— Um contrato. — A voz de Sydór atravessou a madeira da porta e Morton se levantou no segundo seguinte.

— Não vá ainda! — Disse para Senêx, ajeitou-se nos panos que vestia e tentou esboçar um sorriso, com peito estufado saiu do pequeno escritório, escancarando a porta. — Bem-vindo à…

Viu então o homem, se é que podia chamar de homem.

— Você. — Sussurrou olhando os feixes em chamas que lhe encaravam de volta.

— É hora. — O homem encapuzado disse, então, sem mais, levantou as mãos cobertas por luvas de couro e jogou o capuz para trás revelando sua feição monstruosa, entregando aos olhos de Morton o que sua mente já imaginava. — Quero erguer uma torre, a maior torre desta cidade.

— Por que uma torre? — Perguntou, desconfiado, olhando a crosta que cobria a pele. A criatura medonha parecia talhado na própria rocha, mas de certa forma aquela pedra acima da pele ainda parecia-se mais com pele que com pedra. — E quem é você?

— E quanto vai pagar. — Sydór intrometeu-se na conversa gesticulando com a displicência de alguém com pouca instrução, mas com ávida necessidade de moedas.

A criatura olhou para os três funcionários, então para Morton.

— Vocês eram mais ontem. O que aconteceu com os outros?

Morton não responderia, aquilo em nada interessava a criatura, que se queria o serviço feito, pagaria por ele em vez de questionar as formas como a olaria entregaria a encomenda. No entanto, Jeohr não era do mesmo pensamento.

— Só virão se chamados. Assim economizamos todos, nós e eles.

— Para que uma torre? É da guarda da cidade por um acaso?

— Ora, tem me visto dormir no beco há tanto tempo, achas mesmo que seria da guarda? — A criatura esboçou um pequeno e assombroso sorriso. — E a torre servirá para que assistamos as mudanças. Muito mudará em breve e precisarei ver tudo, sempre. Visitei dezenas de olarias nos últimos dias, estudei-as, mas esta se destaca das demais. Ela ficará feliz, não tenho dúvidas, e a torre será linda, um presente para Ela, claro.

Ela? Morton já sabia que a criatura não servia a guarda, mas talvez ainda fosse homem da rainha Lyris, a conquistadora. Qualquer filiação com ela parecia-lhe ruim, odiava a revolução de 500, odiava a nova rainha e seu governo de miséria.

— Não tenho interesse…

— Chefe. — Jeohr olhou de canto para Morton. — É trabalho…

— Para a mulher que nos tirou tudo! Ela é a causa de não termos…

— Perdão. — A criatura levantou a mão então, os dedos enegrecidos e encascados com aquela pele trincada e dura. — Acho que vocês não compreendem. — Então com um movimento de mão, tudo mudou.

Morton viu as paredes se desfazendo ao se redor, sem som algum, como se a Olaria estivesse sendo demolida debaixo d’água. Todos os móveis, paredes, toras de madeira, telhado, tudo caia para os lados como uma caixa se desmantelando, dando lugar para paredes novas que vinham do teto, mas não havia um “teto” era apenas em cima deles.

De lá veio as paredes azuis que compunham o firmamento tão alto como se pode imaginar, e o sol a brilhar forte iluminando a terra, uma terra escura e repleta de árvores pequeninas em todos os cantos, com vida selvagem a correr e no céu dragões voavam expelindo fogo por suas bocarras, aterrorizando os animais no chão.

Além, no horizonte, havia uma muralha beijada pelo sol, circundando uma cidade costeira e além apenas o mar. Dentro da cidade uma torre descomunal em rocha negra existia, como um farol aos marinheiros.

Os dragões, dezenas deles, voavam baixo agora. Um deles passou rente aos seus rostos e eles sentiram o calor do fogo queimando o chão aonde um boi corria em fuga, as chamas derreteram a própria terra, as garras agarraram o boi coberto de labaredas, e a fera subiu de volta aos céus, com a presa incinerada em sua posse. Ao redor deles as chamas queimavam com tamanha intensidade que aquela terra, após o incêndio, transformar-se-ia em rocha.

Então ouviu-se um martelo retinir contra uma bigorna, a torre inteira desapareceu como se nunca tivesse existido, sumiu sem deixar rastros, e as paredes do céu caíram ao chão, e de cima deles caiam mais paredes, estas eram da Olaria. Morton recuou, assim como os outros, eles tropeçaram e apenas Sydór não caiu, pois se segurou na mesa aonde jogava dados antes.

Todos olhavam sem expressão enquanto a criatura erguia suas mãos para eles. Senêx saia do escritório, cambaleante.

— O que foi isso? — Senêx inqueriu, e a resposta veio com o mundo se desmantelando novamente.

A criatura balançou seus dedos pedregosos e todos estavam agora assistindo uma muralha e uma cidade em chamas. Os campos frente a muralha estavam desnudos, em terra batida e repletos de projéteis, um campo de batalha, campo de ninguém. A cidade tinha sua muralha intacta, com marcas do combate, mas sem perfurações visíveis. Mesmo assim, queimava!

Lá dentro o caos podia ser escutado, no entanto do lado de fora, no cerco, centenas de soldados estavam em pé, com as mãos apertando os cabos de suas espadas e nos olhos havia a vontade de matar, mas ninguém para matar. Era como um feitiço, o mesmo que fazia todos gritarem dentro das muralhas. Subitamente então a cidade inteira caiu em silêncio, pois todos haviam morrido ao mesmo tempo.

Então a visão levou-os para dentro de uma tenda, enquanto um homem agonizava e sua pele se encrustava, seus olhos queimavam, e seu coração se enchia daquela magia. O homem levantou-se depois, e partiu em caminhada pelos campos até a costa, junto do exército que se dispersou aleatoriamente, cada soldado para um canto, buscando pedras, barro, lenha. Em todos os cantos naqueles dias os soldados coziam tijolos e levavam para as criaturas, que se espalharam por todo o entorno da cidade. Milhares de quilômetros, cobertos por homens erguendo torres, como se fossem de vigia. E as criaturas encostavam nos tijolos, marrons e acinzentados e estes se tornavam negros, e então quando as torres se completavam, elas sumiam como se nunca tivessem existido, assim como as criaturas dentro delas. Já os soldados, vagueavam e morriam um a um, por vezes caçados pelos dragões.

As criaturas se trancaram nas torres erguidas e então a visão os levou para cima, para os céus, e Morton e os outros puderam ver os ciclos passar como segundos, e a terra, verde e prospera, secar. A muralha rachar e ruir, as armas de cerco se decomporem, os dragões minguarem sem comida, devorando-se uns aos outros enquanto, além do limite imposto pelas torres invisíveis, as cidades prosperavam. Havia terror naquela terra seca, cada diz mais seca e mais quente e mais morta. Além, havia beleza e prosperidade, as cidades cresciam em fulgor, e a paz reinava.

Uma cidade em uma das mais belas montanhas foi surgindo lentamente e o maior e mais ornamentado dos castelos fora erguido de seu sopé ao seu cume, e ali era o centro do mundo conhecido, a ilha inteira vivia ao redor daquela montanha, as histórias… Morton conhecia as lendas daquela montanha.

E então, do sul, do mar, de outra ilha, veio novos dragões, instilando terror em uma guerra que se alastrou por dezenas de reinos e devastou centenas de cidades, espalhando caos para todos. A própria montanha com o castelo ruiu, se desfazendo e afundando na terra, mergulhando no esquecimento do passar dos ciclos enquanto o cenário mudava, as estações passavam, os ciclos avançavam e o tempo nunca parava.

Aonde antes havia os dragões aprisionados, as torres, o campo e a cidade sob cerco, um deserto surgira. E milhares de ciclos passaram até que um vulcão explodisse, e as torres negras antes invisíveis voltassem a aparecer, explodindo e caindo, se desfazendo, e as criaturas que haviam por milhares de ciclos repousado no interior destas, estavam agora livres. E destas centenas de criaturas, uma caminhou até Javargh.

Encontrou uma cidade dominada pela Rainha que domara um dragão, que usava a fera que trazia caos para seus próprios fins. Encontrou a cidade tomada pela rainha descendente do rei que matará a mulher responsável pelas torres, pelas criaturas, pela paz. Ou que achava ter matado.

Os dedos pararam de se mexer e eles estavam novamente na olaria, menos atordoado e mais fascinados. A criatura olhava para um e para todos.

— “Ela” não é a rinha déspota que tomou esta cidade. Ela é a deusa que salvou o reino dos homens da ameaça dos dragões há milhares de anos, que ergueu o maior império que esta civilização já conheceu, ela é a Deusa que fundou esta cidade aonde pisamos agora. Arcaia, o seu nome. E os Kognar, há muito, a destronaram e derrubaram sobre ela uma montanha, mas não há morte para o eterno, não há morte para a Deusa. E Ela está retornando!

Morton e os outros se calaram. Não havia palavras depois do que viram, eles tremiam de medo, não de Arcaia, mas do dragão derretendo a terra com seu fogo ardente, dos dragões fazendo montanhas sucumbirem, dos dragões destruindo cidades. Medo puro dos dragões.

— Para servir, tornei-me imortal. A deusa concede esta dadiva para seus melhores súditos. E como eterno, vi por tempo demais, pensando eu mesmo que Arcaia jamais retornaria, esta ilha se despedaçar, caindo na depravação que os Kognar trazem. Não mais! Construiremos uma torre no coração de Javargh, e o dragão da Rainha nunca mais entrará na cidade, a rinha cederá ao desejo do povo, ao desejo da deusa, mas primeiro preciso erguer uma torre!

— O que você é? — Morton perguntou então.

— Um Nume. Me chamo Imaro, era, antes, um capitão no exército de Rubrum, sob comando do Príncipe Kedros, viram a história, havíamos cercado Caienu, e Arcaia colocou fim na guerra. Deu-nos a eternidade e em troca a servimos para servir a ti. Ao povo comum. E o povo deve servir a Deusa.

— Serviremos! — Jeohr garantiu olhando com uma devoção latente.

No coração daqueles homens uma nova esperança surgia, algo que apenas a magia podia nutrir. Para o Nume Imaro, aquele sentimento era comum já, mas ainda se lembrava da primeira vez nas graças de Arcaia, como se sentira.

— Não. — Então ele pontuou erguendo a cabeça e respirando lentamente. — Para servirem a deusa, devem merecer tal honra! Limparão seus pecados primeiro, Arcaia não aceitará imundice, qualquer desavença, qualquer crime, qualquer passado deve ser posto de lado, perdoado e esquecido, apagado. O verdadeiro alvorecer só chegará quando o homem deixar de odiar seu irmão igual. Assim como tu odeias o curtume no fim da rua pelo sucesso deste na guerra. Vocês se livrarão dos pesos em seus ombros, e então se juntaram a deusa, ou jamais a merecerão! — Imaro dizia para Morton, mas sabia que todos os outros possuíam seus pecados, e podia ver o pecado e os crimes de cada um deles. — Há época de grandiosidade para todos, mas nunca para todos ao mesmo tempo. É necessário esperar e compreender, mas mais importante; não desistir. Encher o coração de raiva pelo sucesso de seu igual não lhe trará benefício algum. Aprenda com a filha do padeiro que as moedas não são tudo, pois esta lição eu levarei também ao padeiro quando mais tarde ele bater em sua filha, e a ele oferecerei a salvação. E quando a deusa chegar, os opulentos terão de pagar, e ouro não será aceito. Vê, assim como eu ergo torres de barro, uso uma capa de couro, da qual não sei o ofício, mas necessito mesmo assim. Para tudo há um tempo e para todo tempo há uma necessidade. Sua hora chegou, a deusa chama!


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