Ela. Ele. escrita por Moon


Capítulo 1
Ela. Ele.


Notas iniciais do capítulo

Não tenho muito o que falar. Só foi surgindo e pa! hahaha É isso!



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Ela. Adorava o inverno (adorava todas as estações, na verdade). O dia estava lindo, como sempre. O sol brilhava alto no céu. Os pássaros cantavam. Algumas poucas árvores começavam a florir, mostrando que logo a primavera virá nos saudar.

Ele. Contrastava com aquele dia. Estava se sentindo nublado, não enxergava um palmo a frente. Seria uma bela Silent Hill, se fosse medonho, ao invés de triste.

Ela. Estava dando uma volta com seu cachorro, que andava animado ao seu lado. Pensava em como a reforma daquela praça tinha a deixado muito linda.

Ele. Caminhava a passos lentos, cabisbaixo, sem rumo. Não sabia o que tinha feito de errado para que aquilo lhe acontecesse. Afinal, fora sempre muito bondoso, tentava de tudo para dar o seu melhor.

Ela. Avistou um carrinho de pipoca. Amava pipoca! Ainda mais com manteiga! Com certeza sua preferida! Pongo, seu cachorro, também gostou de sentir aquele cheiro no ar.

Ele. Acabou sentando em um banco qualquer, perto de uma árvore qualquer. Não ligava muito para onde estava, só queria que toda sua angústia fosse embora.

Ela. Radiando alegria, com seu saquinho de pipoca, voltou a caminhar com Pongo, que a olhava com cara de pedinte. Sorrindo a menina dizia a ele “Garoto, sabe que não pode comer essas coisas! ”

Ele. Detestava o fato de não ser compreendido. Doía ver que não se importaram com o que dizia. Todos tiraram suas próprias conclusões, e ninguém procurou saber a verdade.

Ela. Sabia que logo teria de voltar para casa. Não podia se atrasar para o almoço. É domingo e sua mãe planejava um grande almoço em família.

Ele. Não sabia fazer outra coisa a não ser remoer e remoer. Sabia que ninguém tinha se preocupado com seu ponto de vista. Mas ainda assim se culpava por tudo que fez os outros pensar sobre si mesmo.

Ela. Jogou seu saquinho de pipoca vazio fora, voltou-se para seu pequeno amigo e disse “Vamos?! Tem petiscos para você em casa. ” Mas não esperava pelo que veio a seguir.

Ele. ... “Mas que po@#$”, exclamou. Uma garota ali perto estava gritando!

Ela. Corria atrás de seu cão! “PONGO! PONGO”, era o que gritava.

Ele. Viu a menina correr atrás de um borrão castanho, que corria atrás de um borrão menor branco.

Ela. Estava ficando sem fôlego, mas não desistia de seu bichinho.

Ele. Teve uma ideia. Esperou o borrão chegar perto dele para poder pegá-lo, e então a menina poderia alcançar o castanho.

Ela. Puxava Pongo pela guia dizendo “Nunca mais corra assim!”. Então virou-se para o garoto que lhe salvou “Desculpe! Não sei o que deu nele!”.

Ele. Segurava o branco no colo, que tentava se soltar a todo custo, enquanto o cachorro latia. “Acho que ele não é muito fã de gatos”, sorriu para ela.

Ela. Tentando controlar Pongo, sorriu de volta “Muito obrigada”.

Ele. “Não foi nada”

Ela. “Certeza? Você está sendo arranhado”

Ele. “E você quase arrastada”

Ela. “PONGO! PARA”, o cachorro parou. A dona não estava muito contente, mas ainda fixava o olhar no gato.

Ele. Acalmou o gato e olhou melhor para a menina. O cabelo castanho avermelhado. Os olhos castanhos. Um belo sorriso. E o rosto... O rosto! O rosto corado! “Bella?”

Ela. Confusa tentou ver se o reconhecia. Alto. Sorriso torto. Olhos verdes. Cabelo... Claro, o cabelo... Cor de cobre e totalmente desordenado. Como esquecer esse cabelo?

Ele. “Edward”. Dois anos. Dois anos se passaram desde a última vez que escutou seu nome ser dito por aquela voz.

Ela. Uau. Ela não acreditava nem um pouco no que estava vendo. Tinha sumido há dois anos, sem dar nenhuma explicação.

Ele. Sabia que, quando saiu dessa cidade, tinha deixado muita coisa para trás. Muitos i’s sem pingos.

Ela. “Quanto tempo”, ouviu ele começar a dizer. “Sim, você sumiu”, disse.

Ele. Concordou com um aceno. “Tenho tanta coisa para te contar”

Ela. “Imagino que sim”

Ele. “Poderia?”

Ela. “Por que não?”

Ele. “Hoje é domingo.”

Ela. “Sim”

Ele. “Como nos velhos tempos?”

Ela. “Às 17h”

Ele. “Mesmo lugar”

Ela. “Okay”

Ele. Sorriu, “Até logo”

Ela. “Até”

Ele. Que tanto se perguntava o que tinha feito de errado, não sabia que era para ter a chance de acertar.


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Notas finais do capítulo

É só isso! hahaha Agradeço a quem tirou um tempinho para ler! Obrigada!



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