Silent Pain - Love Doesn't Have Legs escrita por UnknownTelles


Capítulo 7
Bancando Cupido


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por ler até aqui e acompanhar!
Em breve estarei lançando uma nova história, quando tiver postado vou adicionar o link para vocês.

Boa leitura!



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Kelly despediu-se de mim e foi para o trabalho. Meu pai que estava na cozinha fazendo o almoço não demorou muito para me chamar para comer.

Enquanto saboreava o prato delicioso, desfrutei mentalmente da ideia de ter ganhado um dia de folga que se tornava duplamente especial. Por ser sexta-feira, estaria com mais dois dias livres para descansar antes de mergulhar segunda-feira no meu mais novo problema e dor de cabeça chamado Evan.

O dia seguiu tranquilo. Pude colocar algumas leituras em dia e ajudar meu pai a arrumar a casa. Kelly voltou à noite quando tinha terminado o turno na padaria, ela ficaria conosco o final de semana inteiro, deixando o apartamento livre para Kyle e a nova namorada. Segundo, Kelly ela era a melhor dentre todas com as quais ele ficou.  Geralmente, Kyle tendia a escolher mulheres um tanto quanto liberais, não gostavam muito de compromisso fosse com o relacionamento, fosse com a vida. Porém, dessa vez parecia diferente, aparentemente a garota tinha bacharelado em artes cênicas e tinham um bom emprego, além deles estarem oficialmente juntos há dois meses — o namoro mais longo que ele teve foi de 3 semanas. 3 semanas! Contudo, dessa vez prometia ser diferente. E o mais incrível era que eles se conheceram no Joe's no mesmo dia que Kelly fora para casa de Jonathan.

Quando ela chegou à noite ficamos conversando por horas. Passamos o sábado inteiro jogando Banco Imobiliário e Scotland Yard, mas Kelly sempre desistia no primeiro caso. Não acertava um. 

Quando o final de semana estava para acabar eu já estava a par de toda a história de cada um dos funcionários da padaria onde Kelly trabalhava, além de saber que a professora de defesa pessoal dela quebrou o pé enquanto fugia de um assaltante e que por isso teria as manhãs livres por duas semanas.

Era domingo à tarde, quando meu pai e eu sentamos no sofá para assistir qualquer coisa na TV enquanto Kelly tomava banho. Um documentário histórico bem interessante estava passando na hora que meu celular acusou uma mensagem.

Achei estranho, então peguei-o imediatamente para verificar de quem era. 

Número desconhecido.

"Você me enganou!"

Encarei descrente a tela do celular. A pessoa nem se identificou e já estava me acusando.

"Quem é você, vítima?"

A resposta foi quase que imediata.

"Evan."

Arregalei os olhos. Era quem?

"Aparentemente, Jonathan distribui meu número para qualquer um."

Adicionei o número do culpado na conversa.

"Qualquer um?" Perguntou.

"Bom, até o momento você ainda é qualquer um. Fui ensinada a não falar com estranhos, principalmente os que conseguem o meu número sem meu consentimento. Esses são os mais assustadores."

"Está flertando comigo, Sarah?"

Tentei ignorar as pontadas de ansiedade que pareciam perfurar meu estômago ao vê-lo usar meu nome pela primeira vez. 

Como seria ouvi-lo pronunciá-lo em voz alta?

"Não sei do que está falando. Não está sendo muito convencido?" Flertando? Ele tinha o ego muito grande para alguém que tremia só de ver outra pessoa.

Evan estava agindo muito diferente e me peguei pensando que talvez o medo dele de outras pessoas pudesse ser a proximidade física. O que me deu uma ótima ideia.

"Srta. Bright, me surpreende você falando tanto", Jonathan entrou na conversa. "O que pode ser tão interessante a ponto de manter uma conversa com o idiota do meu irmão?"

"Evan estava para me contar como foi que eu o enganei", respondi.

"Evan?" Jonathan chamou.

Número desconectado. Evan saíra da conversa.

"O que aconteceu?" Perguntei.

"Não sei. Como foi que você enganou Evan?"

Não precisei pensar muito para responder.

"Ele não me disse, mas acredito que tenha a ver com o meu livro. Eu posso ter usado a palavra 'ação' para descrever o gênero, apesar do livro ser todo de romance."

"Qual o nome do livro?"

"Orgulho e Preconceito."

"Jane Austen?"

Fiquei surpresa que ele soubesse.

"Já leu?"

"Li uma resenha na internet para fazer um trabalho de literatura inglesa quando estava no ensino médio! Hahaha"

Claro, não sei porque fui pensar que justamente Jonathan se interessaria por livros de romance.

"Mas é claro", respondi sarcasticamente.

"Posso ter lido uma resenha, mas te garanto que Evan não."

"O que quer dizer?" Perguntei.

"Carla tem meu número pessoal para emergências. Ela havia apenas me mandado uma mensagem para avisar que Evan estava comendo de novo como te contei ontem. Porém quando perguntei se fazia alguma ideia do porquê da mudança repentina, ela me disse que ele tinha saído do quarto pela manhã com um livro em mãos e pediu para ela levar o almoço lá. Quando ela bateu na porta dele com a bandeja na mão, ele mandou ela entrar e colocar na cama."

"E?" Não sabia onde ele queria chegar.

"Hahahahaha", foi só o que me respondeu.

"O que é tão engraçado assim, Roberts?"

"Sarah, você não tem ideia do que isso significa? Do que você fez?"

Franzi o cenho. Jonathan estava ficando louco. O que ele queria dizer com tudo aquilo?

"Não?" 

"Se eu contar aqui não tem graça. A menos que..."

"O quê?" 

"Vai estar ocupada hoje à noite?"

Repassei a minha agenda de compromissos na cabeça: ouvir Kelly falar de mais coisas sem noção à noite toda.

"Não, estou livre. Por quê?"

"Ótimo, vamos no Joe's conversar."

"Por que no Joe's?"

Não gostava de pubs. Tudo fedia a cerveja e mijo, além de muito suor. Também não era como se eles tivessem infraestrutura adequada para cadeirantes por lá ou o mais importante: não era como se as pessoas quisessemcadeirantes por lá. Elas iam para se divertir e esquecerem os problemas e não para sentir pena dos outros.

"Não quero ir para casa ainda." Respondeu.

Então ele não estava em casa. No trabalho provavelmente não estava porque era domingo; não acreditava que fosse um workaholic*.

Eu estava curiosa para saber o que ele queria dizer, mas essa curiosidade conflitou com o desprazer que sentia em ambientes como o do Joe's.

"Não sei, não gosto muito de pubs", digitei finalmente.

— O que te vidrou tanto nesse celular? — Kelly perguntou.

Ela se aproximou de mim e sentou no sofá ao meu lado enquanto enxugava o cabelo com a toalha. Meu pai que estava ao meu lado assistindo a TV concentrado, voltou a atenção para mim subitamente interessado no que eu responderia.

— Não o "quê", mas "quem" — corrigi. — Meu futuro cunhado.

Kelly levantou uma sobrancelha.

— Quem?

— Até onde me lembro só tive uma filha — respondeu meu pai.

Entreguei o celular para minha amiga para ler a conversa.

— É o namorado de Kelly.

Meu pai franziu o cenho.

— Não sabia que estava namorando, menina.

— Nem eu — respondeu ela.

Pegou o celular da minha mão e, apesar de não estar comendo nada, engasgou quando viu quem era; devolveu-me o celular rápido pretendendo não estar interessada, mas eu tinha certeza que passou os olhos pela tela tempo o suficiente para ter uma ideia de que não estávamos falando nada demais. Depois de uma série de tosse, disse: — Muito engraçado, Sassy.

Meu pai ainda estava perdido.

— Quem é?

— Jonathan.

— Que Jonathan?

— Jonathan Roberts.

— Aquele Jonathan? — Perguntou surpreso.

Assenti com um sorriso.

Ele parecia ficar mais confuso, talvez tentando entender como Kelly conhecia um dos meus patrões. Minha amiga, tentando fugir da situação, foi para o meu quarto e  pouco depois voltou com o celular nas mãos.

"Onde gostaria de ir então?" Reli a última mensagem De Jonathan umas duas vezes ainda sem saber o que responder.

Kelly sentou ao meu lado e ainda fitando o próprio celular disse:

— Kyle está perguntando se vai querer ir no Joe's hoje à noite.

Kyle conseguiu perfect timing na sugestão de lugar. Porém, não pude evitar fazer uma careta.

— Sabe que eu não gosto de ir naquele lugar — respondi.

Ela deu de ombros digitando alguma coisa, provavelmente a minha resposta.

— Eu sei, mas ele sempre pergunta quando vai para lá.

Ponderei por um momento suspirando logo em seguida. Eu realmente não gostava daquele lugar, mas havia a possibilidade de saciar a minha curiosidade e ainda fazer Kelly conversar decentemente com Jonathan de uma vez em uma mesma noite.

Dois coelhos com uma cajadada só.

Era uma escolha com dois prós melhores do que o único contra, mas ainda assim tive que lidar com a minha voz interna me alertando que eu ainda ia me arrepender de ir.

— Diz para Kyle passar aqui às 20:00 no máximo. Não quero ir tarde porque tenho trabalho amanhã.

Ambos Kelly e meu pai me encararam perplexos, parecia que os olhos iam sair das órbitas.

— Você vai? — Ele perguntou.

Digitei minha resposta para Jonathan, combinando o horário no Joe's. Já estava começando a me arrepender.

— Vou ficar no máximo uma hora, não mais. Preciso encontrar alguém lá.

— Quem? — Perguntaram em uníssono.

Sorri como quem sabe um segredo que ninguém mais sabe.

— Você verá — respondi para Kelly.

Ver Jonathan lá não seria totalmente inesperado para ela em parte porque já sabia que ele frequentava lá. Ela só não sabia que dessa vez, tinha sido eu a arranjar o pseudo encontro.
— Sarah...
— Não se preocupe, pai — cortei-o. — Eu não vou beber uma gota de álcool. Sabe que eu detesto até mesmo o cheiro.

Ele suspirou como que se rendendo. Eu sabia que acreditava em mim, mas era sempre superprotetor por causa da minha situação, ainda mais quando ia para lugares muito cheios.

Arrumamo-nos rápido — bem, eu me arrumei rápido, Kelly demorou duas horas inteiras para ficar pronta —, eu estava usando leggings e uma blusa longa com botões na frente. Ela usava um vestido cujo comprimento era altamente contestável, além de ser muito justo. Parecia que ia a uma boate e não a um pub.

Kyle não demorou muito para chegar, afinal já era 17:30 quando tinha mandado a mensagem para Kelly perguntando se iríamos. Quando entramos no carro, enquanto ele guardava a minha cadeira no porta-malas, fui então apresentada a nova namorada. Estranhamente, ela parecia normal. Fiquei feliz por ele finalmente ter achado alguém decente.

Seu nome era Lana. Apesar de estar sentada, ela aparentava ser alta e esguia; seus cabelos cor de ébano contrastavam com a pele marfim. Seus olhos eram acinzentados, mas não de uma forma monótona. Já Kyle era a versão masculina de Kelly.

Quando chegamos no tão odiado — por mim — Joe's, fiquei surpresa.

O pub era o mais frequentado da cidade por isso há alguns meses Joe havia expandido o lugar. Não era tão asqueroso quanto antes com as mesas soltando farpas de tão desgastadas, os estofados dos assentos saindo espuma e a tinta da parede descascando. Ele havia reformado todo o ambiente nas cores vermelho e branco. Visivelmente não era asqueroso, mas o cheiro de urina e álcool ainda era o mesmo de que me lembrava antes do meu acidente.

Já na entrada, muitos olhares se voltavam para mim. Não era como se eu quisesse chamar atenção, mas uma cadeira de rodas em um pub na sexta à noite não era exatamente a camuflagem perfeita. Suspirei já completamente arrependida de ter ido.

Sentamos em uma mesa próxima ao balcão. Kyle e Kelly levantaram para pegar bebidas e refrigerante para mim, aproveitei e mandei uma mensagem para Jonathan avisando que já o estava esperando. Não conseguia encontrá-lo em nenhum lugar visível, então concluira não devia ter chegado.

"Fazer uma dama esperar não é muito cavalheiro de sua parte."

Cinco minutos depois ele respondeu.

"Não estou falando com nenhuma dama." Ele era um doce. "Já estou chegando."

— O que você faz? — Perguntou Lana.

Desviei os olhos da tela para focar na garota prodígio — só sendo um para aturar Kyle.

— Sou professora particular.

— De crianças pequenas ou grandes? — Ri de sua analogia a adolescentes.

Os dois irmãos chegaram com as nossas bebidas e alguns aperitivos.

— Sempre achei adolescentes crianças grandes — concordei. — Dou aula para qualquer idade, mas no momento tenho que cuidar de uma criança bem grande.

Sorri lembrando-me de Evan.

— Isso requer mais do que dom.

Ela pegou um dos copos que Kyle trouxe e levantou em minha direção para brindarmos — eu com a minha lata de refrigerante.

— O quê que você fez, Kyle? — Perguntei. 

—  Fiz quê?

— Como conseguiu conquistar uma garota que é muito melhor do que você?

Ele virou para a namorada fitando-a demoradamente com adoração. Eu nunca havia visto Kyle daquele jeito, muito menos com aquele olhar. Foi naquele momento que eu percebi que eles provavelmente ficariam juntos por um bom tempo, talvez toda a vida.

Não sabia explicar, apenas senti isso.

— Ainda estou me perguntando — ele sussurrou.

Lana corou levemente, mas eu não soube distinguir se era efeito do álcool ou de Kyle. Ele se inclinou e beijou-a de leve nos lábios.

Kelly que já estava começando a perder a sobriedade do meu lado vaiou. Não sei porque ela bebia, a sua tolerância para álcool era muito baixa, não fazia nem 15 minutos que estávamos ali e ela já estava quase bêbada.

— Arranjem um quarto, favor. Quando voltarem me tragam uma garrafa disso aqui! — Levantou o copo de vidro com um líquido âmbar dentro.

Suspirei pela forma lamentável que minha amiga se encontrava. 

Completou-se então uma hora desde a mensagem de Jonathan dizendo que já estava chegando e nem sinal dele.

— Por que decidiu vir dessa vez? — Perguntou Kyle.

Olhei para o relógio impaciente. 

— Marquei com alguém aqui.

Ele levantou a sobrancelha e debruçou-se sobre a mesa. Inesperadamente, Kelly socou meu braço com muita força. Muita força.

Ela perdia total controle de si mesma quando estava ébria.

— Ouch! Já é a segunda vez em dois dias, Kelly! — Reclamei massageando o lugar.

— Não vou me desculpar! — Gritou. — Você ainda não me disse com quem vai ter um encontro.

— Porque não vou ter um encontro! Eu vou me encontrar com alguém. 

— Ah, é mesmo? E que tipo de encontro é esse então? — Provocou Kyle.

Kelly tomou um longo gole de sua bebida e não reparou quando Jonathan parou ao seu lado direito. Ninguém na mesa reparou a presença dele, na verdade. Além de ter chegado silenciosamente, o barulho alto e a luz baixa não chamaram atenção do meu grupo para o estranho que parou ao nosso lado.

— O tipo de encontro casual onde dois amigos saem para tomar uma bebida — respondeu ainda de pé.

Minha amiga paralisou na hora com o copo na boca, ela estava de frente para Lana, mas já sabia quem era só pela voz. Seu corpo se tensionou por completo e quando abaixou o copo e olhou para cima quase engasgou, mas engoliu a bebida a tempo. Jonathan desviou os olhos de mim e focou em Kelly. Foi então que eu percebi que até aquele momento ele não a havia notado — talvez não esperasse vê-la ali —, porque a reação que teve foi instantânea quando a reconheceu: seus olhos se escureceram e as mãos ao lado do corpo se fecharam em punhos. Mesmo usando camisa e terno por cima, pude ver seus músculos se tensionarem — então ele tinha ido trabalhar, talvez por isso demorara tanto para chegar. Porém, quem em sã consciência trabalhava  em um escritório domingo à noite até às 21:00?

Mesmo sem saber o que estava acontecendo, Lana cutucou Kyle para levantar. Ele não parecia perceber nada, mas a garota já tinha notado o mais importante sem nem saber da história.

Garota de ouro. Mantenha-a para toda vidaKyle. Desejei em pensamento.

Se eu visse faíscas saindo de Jonathan e Kelly não ficaria surpresa.  

Coloquei as mãos nas rodas para achar meu caminho fora dali para dar privacidade, mas a voz de Jonathan me parou. Ainda sem olhar para mim, fitando Kelly intensamente, ele ameaçou:

— Se sair agora, não te conto nada do que quer saber, Bright.

Sentindo-me desconfortável como intrusa no meio dos dois, permaneci no mesmo lugar. Minha curiosidade estava falando mais alto que a minha sensatez.

Minha amiga desviou os olhos de Jonathan que pareciam queimá-la viva.

— Eu vou ao banheiro, Sassy — murmurou com a cabeça baixa. 

Ela levantou apressadamente e saiu esbarrando em praticamente todo mundo que estava em pé no caminho até o banheiro. Jonathan seguia-a com os olhos apertando cada vez mais forte o punho todas as vezes que a via tropeçar. Quando ela já não estava mais a vista, ele voltou os olhos para mim. Vi confusão e curiosidade neles.

— Vocês se conhecem desde quando? — Perguntou sentando-se à minha frente.

Sorvi meu refrigerante agradecida por estar bem gelado.

— Desde sempre — ele levantou uma sobrancelha. Suspirei. — Desde bem antes de vocês terem um caso.

Ele recostou no estofado do assento e cruzou os braços no peito.

— Você já sabia que era dela de quem estava falando sexta?

— Sim — sorri me divertindo. — E sei de mais uma coisa que poderia te interessar.

— E o que seria?

Dei outro gole no refrigerante.

— Nada nessa vida vem de graça, Jonas. Precisa me dar o que eu quero primeiro.

Ele levantou uma sobrancelha e então o seu rosto desanuviou com o entendimento.

— Evan — disse apenas. 

Assenti esperando enquanto ele apoiava os cotovelos na mesa e entrelaçava os dedos.

— O que é tão importante que aconteceu com ele para você fazer todo esse suspense? — Ele sorriu maliciosamente, mas não me respondeu. — Como almoçar, mesmo depois de alguns dias, pode ser tão especial a ponto de você precisava me contar pessoalmente?

— Não era algo que eu precisava contarpessoalmente.

— Então?

— Eu precisava ver pessoalmente.

Por mais que eu gostasse de enigmas e deduções, eu não estava entendendo aonde ele queria chegar.

— Não acho que esteja mais perto de entender do que estava mais cedo.

Seu sorriso se alargou.

— Você, querida Sarah, fez um milagre.

— Seja direto — estava começando a perder a paciência.

Ele deu de ombros.

— Evan falou com outra pessoa além de minha mãe e eu.

Ri com escárnio. Ele só podia estar brincando, ter me tirado de casa para me contar que Evan havia conversado comigo além dele e da mãe. Como se eu precisasse que ele me avisasse disso.

— Se você não tivesse me falado, eu não saberia que tinha me encontrado com ele, Jonas — sarcasmo escorria de cada palavra que saiu da minha boca.

Ele parecia o Cheshire com aquele sorriso assustador.

— Carla — disse apenas.

Franzi o cenho em confusão.

— A sua empregada? O que tem ela?

— Em todo o tempo em que nos mudamos para o apartamento e a contratamos, ela nunca viu Evan, Sarah. Eles se conheceram pela primeira vez na sexta-feira.
 

*Tradução literal do inglês: Viciado(a) em trabalhar.


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Notas finais do capítulo

Mas um capítulo, genteeee!
Como assim Carla nunca viu Evan? Ela faz o almoço e janta deles além de ficar no apartamento praticamente o dia todo!
Mais alguns esclarecimentos virão no próximo capítulo.
Leitores novos, se gostaram favoritem.
Leitores novos e antigos, se não for pedir muito, comentem seus pensamentos, é sempre um incentivo e estímulo para mim.
Boa semana!



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