Silent Pain - Love Doesn't Have Legs escrita por UnknownTelles


Capítulo 14
Lar Doce Lar


Notas iniciais do capítulo

O capítulo fala por si só, milagrosamente não farei uma nota inicial gigantesca de novo...
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/741091/chapter/14

Parecia que o tempo tinha congelado. Na mesma posição em que eu ouvira a notícia eu permaneci por alguns bons segundos. Meus olhos nublaram a ponto de eu não conseguir enxergar mais nenhuma cor. Senti o chão sumir. Pela primeira vez me vi em vantagem por eu estar sentada em uma cadeira de rodas e não em pé.

— O que foi que disse? — Perguntei fracamente.

Eu só via preto à minha frente. O branco do hospital, a Sra. Roberts, tudo sumira da minha visão.

— Eu explico tudo quando você vier... Você está vindo, não é? — Perguntou Jonathan em dúvida.

Se ele estivesse na minha frente já tinha acertado o nariz. Kelly que me perdoasse depois!

Na verdade eu nem sabia quanto tempo era do hospital até o apartamento deles, mas daria um jeito. Entreguei o telefone para a Sra. Roberts sem prestar muita atenção no que estava fazendo. Na minha cabeça só conseguia focar em uma coisa: Evan. Eu previsava vê-lo com os meus olhos e confirmar eu mesma que estava bem. Porém, fui interrompida pela mão da Sra. Roberts que posou delicadamente em meu ombro.

Voltei o rosto para ela sem entender.

— Vamos — disse apenas.

Não deixei a surpresa me atrasar. 

— Obrigada — agradeci, então a segui o mais rápido que pude.

Ela andava em silêncio à minha frente respeitando o meu "passo". O estacionamento estava bem iluminado, mas pela saída pude ver que o céu já estava escuro. Entrei em um carro que não soube identificar, mas sabia que não era o mesmo que Hernández dirigia.  

E isso foi tudo que consegui absorver daquele momento. 

Como a Sra. Roberts conseguiu dobrar minha cadeira sozinha naquele salto agulha, ou quando ela começou a dirigir ou mesmo quando chegamos ao apartamento deles, eu não sabia. O caminho todo havia sido um imenso borrão na minha mente que só conseguia imaginar Evan deitado em uma cama todo entubado. Estaria ele recebendo todos os cuidados necessários? Eu sabia que ele não poderia ir para o hospital devido à antropofobia, mas será que ficar no apartamento realmente ajudaria naquela situação?

Mas qual era a situação?

Será que ele tinha sido atropelado? Ou caiu em um bueiro? Ou apenas torceu o pé e bateu a cabeça? Podia ser desde algo simples a algo mais complexo, mas na minha imaginação a única coisa que eu via era um caminhão de 50 toneladas fraturando todos os ossos dele. Por mais improvável que isso pudesse acontecer em frente a um prédio luxuoso na Upper East Side como o era o deles, foi uma situação assim improvável e de magnitude semelhante que aconteceu comigo e com os meus pais... Senti um arrepio correr toda a minha espinha quando a imagem surgiu novamente diante dos meus olhos.

Eu estava claramente exagerando, não estava sendo nada racional, mas não conseguia evitar a enxurrada de pensamentos que me consumiam mais do que me davam qualquer ajuda.

Passamos pela frente do prédio, recepção e elevador. Um por cento da minha consciência me alertava para alguma coisa que a Sra. Roberts estava falando para mim, mas eu não conseguia prestar atenção em nada. Conforme subíamos os andares um por um pelo elevador, sentia a gravidade me oprimir mais e mais. Um peso cuja ordem nem mesmo Newton saberia mensurar começou a apertar mais o meu peito. Era a mesma dor que senti quando recebi a notícia de que minha mãe não havia conseguido sobreviver ao acidente... Mal havia recebido as novas de que minhas pernas não funcionariam mais para toda a vida, mas aquilo parecia melodia para os ouvidos em comparação ao que soube sobre aquela que havia me dado a luz e amado de todo o coração, que cuidava de mim como se eu fosse muito preciosa, mas sem nunca me deixar de ter minhas próprias experiências.

Senti meu rosto arder e foi isso que me fez acordar. Eu não podia chorar, eu nem mesmo sabia o que tinha acontecido. 

E... Evan... ele nem era a minha mãe! Como eu podia comparar perdê-lo com quando eu a perdi?! 

Eu estava ficando louca! 

Era a falta de sono! Excesso de café! Amizade muito longa com a Kelly! Qualquer que fosse a explicação, não importava. Eu estava realmente ficando louca...

Por que... Evan? Porque ele...? Será que...? Evan? Não podia ser, não tinha como ser...

Esfreguei os olhos enquanto esperava a Sra. Roberts abrir a porta e subitamente senti todo meu corpo dolorido. Eu não estava bem, estava fora de meu estado normal. Era isso! Não tinha como ser o que eu estava pensando. Não tinha como eu... Pelo Evan? Não mesmo! Era só aquela situação toda que estava me deixando maluca.

Sim, era aquela família.

Nem bem ouvi o clique da fechadura abrindo, já pude ver um vulto rápido em minha direção.

— Sarah! — Jonathan exclamou. Ele passou pela mãe como se não existisse e veio até mim pondo as duas mãos nos meus ombros.

— Eu te liguei como louco. O que aconteceu com você? Está bem mesmo?

A Sra. Roberts que em todo o momento parecia não pertencer ao cenário, finalmente mostrou presença com um pigarro.

— Como eu disse, Jonathan — enfatizou o nome dele, parecia que estava dando uma advertência só com a entonação da voz —, a Srta. Wright encontra-se muito bem. No momento, não é a saúde dela que deveria estar te preocupado.

Meu amigo-quase-irmão levantou de sua posição e suspirou. 

— Sim, tem razão — concordou.

O que achei duplamente estranho.

Era bem verdade que minha mente não estava em seu perfeito estado de funcionamento, mas até mesmo meu cérebro louco não ia deixar passar despercebido aquela deixa. Primeiro que Jonathan não concorda que está errado, não diretamente daquele jeito. Eu o conhecia há pouco tempo, mas pelo menos aquilo eu sabia. Segundo que havia simplesmente algo estranho no tom de voz dele que me fez ficar desconfiada.

Alguma coisa não estava certa.

— É melhor nós continuarmos essa conversa do lado de dentro — sugeriu a Sra. Roberts.

Passei pelo batente da porta pela qual havia saído mais cedo naquele dia com a cabeça transtornada. O irônico é que eu não estava nada melhor, só havia piorado.

Eu sabia bem quais eram as regras de boa educação e etiqueta, mas naquele momento eu havia apenas ligado o "dane-se". 

— Ele está no quarto dele? — Fui direta.

Senti minha voz arranhar na minha garganta, parecia que não falava a séculos.

— Sim — ouvi Jonathan responder. — Me disseram uma vez que não seria bom deixá-lo fora do quarto dele quando desmaia.

Eu teria sorrido se fosse uma outra situação, lembrando do dia em que Evan tinha feito uma cena, pela segunda vez, e desmaiou em cima de mim.

Naquele momento não pensei no porquê da Sra. Roberts não contestar minha falta de educação ou de reclamar que era ela quem tinha  o direito de ver o filho primeiro, nem mesmo estranhei o fato de que ela não clamou tal direito, apenas levei a mão à maçaneta do quarto de Evan e abri de uma vez.

A primeira recepção que tive foi de uma corrente de ar frio me atingindo como um soco na cara. Aquele quarto estava congelando!

A uma determinada altura do chão, próximo do que poderia ser o teto pude ver uma pequena luz de led um pouco afastada. Supus ser o ar condicionado ligado na temperatura glacial. Tentando esquecer o frio que já começava a deixar meus dedos dos pés dormentes — estava realmente muito frio! —, entrei totalmente no cômodo.

Tudo estaria completamente escuro se não fosse pela luz fraca de um pequeno abajur ao lado de uma cama. Eu não conseguia ver o quarto nem nada que estivesse um metro longe da pobre luz. Fechei a porta atrás de mim delicadamente e deslizei para perto da cama já vendo a figura de Evan se moldar aos meus olhos. Seu corpo estava todo coberto por um edredon grosso. Conforme fui me aproximando e meus olhos ajustando ao escuro, uma faixa branca que contornava a cabeça dele como uma tiara da testa até a nuca me fez parar de respirar por um segundo. A luminosidade não me deixava ver muito, mas havia arranhões avermelhados em sua bochecha esquerda. Uma gaze quadrada cobria um possível machucado ao nível do supercílio direito.

Senti meu corpo amolecer na cadeira vendo-o assim. Debrucei um pouco sobre a cama e então deixei minhas mãos pousarem nas dele e...

... Ele estava fervendo! 

Pus a mão em seu rosto, pois a testa estava coberta pela faixa, e só sentia mais calor irradiando de sua pele! Ele ardia em febre! 
Minha primeira reação foi a de chamar por Jonathan e a Sra. Roberts, mas lembrei então do frio insano que estava ali dentro. Precisava aumentar a temperatura e então iria atrás deles. Evan precisava de um antitérmico imediatamente! Por sorte, achei um controle na cômoda onde estava o abajur e parecia ser do AC. Deslizei a cadeira até a luz de led e senti uma rajada de vento frio me cobrir. Definitivamente eu estava bem embaixo do AC. Quem tinha sido o louco a pôr aquela temperatura no quarto dele? Estiquei o braço com o controle em mãos na direção da luzinha, mas não consegui fazer mais nada.

Senti um toque quente em meu braço dissipar todo o frio que eu senti um segundo atrás. Dedos calorosos percorreram suavemente meu braço até meu punho e então alcançaram minhas mãos deixando uma trilha elétrica por todo o caminho. Senti uma forma maior que meu próprio corpo irradiando calor atrás de mim bem próximo, até que um novo toque mais delicado, como veludo, chegou ao lobo da minha orelha.

— O que está fazendo, Sarah? — sussurrou Evan com a voz tão grave e rouca que me fez perder a noção, por um segundo, de quem eu era. Seu hálito conseguia me aquecer mesmo estando diante de todo aquele frio.

— Evan? — Encontrei a voz depois de tentar verbalizar algumas palavras mentalmente. Seu nome foi a única coisa que eu conseguira pronunciar.

— Quem mais seria? — Provocou com uma risada maravilhosamente macia.

Pelo jeito o sarcasmo estava intacto, bater a cabeça certamente não o ajudou a se tornar menos grosso. Já estava me preparando para respondê-lo à altura quando, em meio a todo aquele breu e sem ver nada do que se passava a mais de dois palmos à minha frente, senti-me sem peso. Era uma sensação completamente oposta a que havia sentido no elevador enquanto subia para o apartamento deles. Senti toda aquela preocupação que se tornava angústia deixar meu peito. Senti-me leve como uma pluma.

O que me fez lembrar exatamente da única vez na qual me sentira assim também.

— Evan, você não está bem! Olha a sua cabeça! Me ponha no chão! Agora! — Ordenei entredentes tentando não gritar e chamar a atenção dos dois que estavam do lado de fora. 

E certamente tentando não me concentrar na sua proximidade.

Senti o mesmo toque de antes alcançar minha orelha percebendo tarde demais que eram seus lábios e em como eram macios como veludo.

— Não — sussurrou.

Meu corpo todo tremeu involuntariamente, seu hálito quente me dava mais arrepios do que todo aquele frio. Ele me pôs sentada na sua cama e sentou ao meu lado com o corpo todo voltado para mim, a perna esquerda dobrada e a direita passando por cima do pé esquerdo.

Eu ainda não conseguia encará-lo. Com o corpo voltado para frente, eu disse:

— Pelo menos me deixe aumentar a temperatura do ar condicionado — um suspiro deixou os meus lábios em frustração.

Evan era mais teimoso do que uma porta — se é que portas podiam ser teimosas.

Quando tive coragem o suficiente para olhá-lo, senti que estava começando a me perder naqueles olhos castanho-avelã tão intensos. Involuntariamente meus olhos pousaram na ferida coberta por gaze em sua testa e então nos arranhões que pareciam bem dolorosos em sua bochecha. Sem pensar nas consequência de meus atos, pus a mão novamente no rosto dele, tocando levemente a ferida. A temperatura da pele me lembrou da febre que até então eu estava indiferentemente negligenciando.

O que está errado comigo? 

Contudo, tão logo o toquei, seus olhos se fecharam e seu rosto reclinou na minha mão. Por reflexo, tentei retrair o braço, mas ele foi mais rápido e, movendo-se o mínimo necessário, segurou minha mão na mesma posição, como se a minha força fosse o mesmo que nada. Quando desviei a atenção de seu movimento e voltei-a para o seu rosto, vi seus olhos me fitarem com curiosidade. Senti todo o meu rosto enrubescer sem motivo algum e não consegui sustentar seu olhar sobre mim. 

Lentamente, ele deixou nossas mãos caírem em seu colo. Era incrível como eu perdia a total falta de controle da situação quando estava com ele. Evan podia fazer o que quisesse comigo e aparentemente todo o meu corpo só imitaria o movimento. 

Isso precisava acabar ali!

Puxei minha mão da sua e virei um pouco para a posição oposta. Queria demonstrar que estava desconfortável com a aproximação excessiva — mesmo não estando —, mas ele não tentou se afastar.

Depois do que pareceu milênios em um silêncio pesado, ouvi sua voz novamente:

— Sabia que você é uma péssima mentirosa, Sarah? — Disse ainda com aquela voz irritantemente grave e baixa que me dava sensações inexplicáveis.

— Não me recordo de mentir para você em nenhum momento para que chegasse à essa conclusão — respondi encarando-o de volta.

Um sorriso malicioso tomou forma em seus lábios perfeitos me deixando dormente.

Sem desviar os olhos dos meus, ele levou sua mão até à minha que estava em minha perna direita. Vagarosamente ele a tocou com a sua e, passando sua palma pela minha, entrelaçou nossos dedos. Tentando ignorar toda aquele sentimento que possuía meu corpo quando ele me tocava, tentei me concentrar no que ele estava fazendo. Na mesma velocidade de antes, sem em momento algum quebrar o contato visual, Evan levou o dorso de minhas mãos aos seus lábios roçando ambas as peles; e então passou-o pelo próprio rosto. Uma onda de calafrio subiu a minha espinha ao sentir sua barba áspera tocar minha pele, era uma sensação... boa.

Eu não tinha ideia de onde tinha ido parar minha consciência do que estava acontecendo, o presente era algo que parecia existir e não existir ao mesmo tempo. Eu não estava tendo completo controle sobre mim mesma. Na verdade eu nem sabia se que queria ter qualquer controle sobre mim mesma.

Sem eu esperar, pegando-me totalmente desprevinida, ainda com nossos dedos entrelaçados, Evan me puxou para mais perto de si parando apenas quando eu estava a centímetros do seu largo peito. Sua mão esquerda, a que estava livre, enlaçou a minha cintura com tal firmeza que tinha certeza que mesmo que empregasse todas as minhas forças e mesmo ele não estando exatamente na sua melhor forma, ainda assim não conseguiria me soltar.

Inclinando-se sobre mim, seu rosto deslizou pelo meu, sua barba fazendo cócegas em mim.

— Tudo mentira... — murmurou. — Toda vez que tenta se afastar de mim, usando palavras ou distância física, tudo não passa de uma grande mentira sua, Sarah — afastando-se apenas para ficar com o nariz a mililitros do meu rosto, sua mão soltou a minha e alcançou o meu queixo para me fazer olhá-lo. — Todas as reações que tem no momento em que a toco, desmentem toda a distância que você tenta impôr... E os seus olhos — pausou por um segundo como que pensando em algo —, são eles que sempre me dizem a verdade.

Pisquei algumas vezes absorvendo tudo o que ele estava falando. Era óbvio que ele estava tirando sarro com a minha cara, daqui a pouco Jonathan iria entrar no quarto e ambos diriam que eu havia caído em uma pegadinha em rede nacional. Não havia outra explicação. Onde era que eu estava com a cabeça? 

É hora de acordar, Sarah!

Sorri com escárnio e tirei aquelas mãos que pareciam pegar fogo do meu rosto.

— Sim, claro — eu disse. — Se você realmente sabe tanto sobre mim e sobre os meus olhos, então me conta o que eles estão te dizendo agora.

Fitei-o desafiadoramente, duvidava que ele, mesmo com todo o sofrimento e dor pelos quais tinha passado, poderia sequer imaginar o que eu sentia.

Um sorriso fraco e sincero chegou aos lábios dele.

— Medo — respondeu depois de algum tempo. 

Permaneci na mesma posição atônita com a resposta inesperada. Sem qualquer tempo para me recompor, aquele sorriso malicioso que eu já estava começando a conhecer bem tomou conta dele novamente. Em uma velocidade surpreendente para quem tinha batido a cabeça, Evan deitou na cama e me puxou do seu lado. Quando tomei ciência da situação, um dos braços estava me envolvendo fortemente trazendo todo meu corpo para perto do seu, enquanto que com o outro ele ajustou as minhas pernas — que claramente não podiam mover por si só — para moldarem nas suas.

— O que você pensa que está fazendo?! — Repreendi tentado me afastar para levantar.

Todos os esforços foram pateticamente inúteis, só consegui me cansar mais.

Quando finalmente desisti de tentar me soltar, seu corpo entendeu a desistência do meu, o que o fez trazer-me ainda mais para perto de si. Com sua pele tão próxima do meu nariz era impossível não ficar embriagada com aquele cheiro de novo. Parecia que era a única coisa na qual meu cérebro conseguia se concentrar. Além da pele dele ainda estar fervendo...

A febre! 

Aquele idiota me tinha feito esquecer totalmente do que era prioridade no momento.

Pela segunda vez!

— Evan, a sua febre... Eu preciso desligar esse ar estúpido e pegar um antitérmico.

Enterrando o rosto em meu cabelo, ele espalmou a mão esquerda nas minhas costas e prendeu a direita na minha nuca. A única coisa que disse foi:

— Hmmm... 

— Evan, eu estou...

— Sarah, fique quieta — ordenou com o hálito quente em meus cabelos. — Você está mais gelada que uma cuba de gelo. Acredito que isso já seja antitérmico suficiente.

Um risada suave subiu pelo seu peito como vibração. Estar tão próximo dele me fazia consciente de cada movimento do seu corpo.

Não pude evitar de rir também.

— Se você não percebeu, o seu quarto parece o próprio Pólo Norte!

— Eu prefiro o frio ao calor — murmurou tão baixo que mal pude compreender as palavras.

Parecia que ele estava caindo no sono e senti meu próprio corpo ceder. Eu não era forte o suficiente para resistir a uma cama macia em um clima ártico com um cobertor um tanto quanto especial depois de um dia longo e exaustivo. Se eu não saísse dali imediatamente, minha mente e corpo provavelmente cederiam ao cansaço também.

Depois de alguns minutos de silêncio sussurei:

— Evan?

Supus terem se passado 20 minutos, mas naquela situação poderia bem ter se passado apenas 5. 

Eu já não estava mais conseguindo vencer aquela luta. Meus olhos apenas me pediam para os fechar e dormir. Como que atendendo a esse pedido, senti os meus músculos relaxarem a tal ponto que sentir o corpo de Evan grudado ao meu já não era mais motivo de tensão, mas de conforto e calor bem-vindo.

Minha consciência estava perdendo para o inconsciente, mas ainda pude ouvir algumas palavras que já não tinha certeza se faziam parte da realidade ou não:

— Qualquer que seja o seu medo, ele não vai te alcançar aqui, Sarah.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, não acredito! Eu finalmente cheguei na parte que eu tanto queria e que todos esperavam!
Parece que se passou uma eternidade para chegar até que aqui...
Mas, falando sério: ME DIGAM, POR FAVOR, QUE SAVAN NÃO É A COISA MAIS FOFA DO MUNDO!
Misericórdia, eu tive quase um treco escrevendo esse capítulo e depois quase tive outro revisando porque eles simplesmente são uns fofos.
O pior é que eu não planejei nada, NADA! Quando comecei a escrever, só fui seguindo o fluxo porque quem fez a história mesmo foram esses dois. Parece até que eles têm vida...
Ai, ai, eu não sei porque sempre derreto com esses romances...
Enfim, espero que tenham gostado também.
Boa semana!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Silent Pain - Love Doesn't Have Legs" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.