Amantes da Paixão escrita por Gil Haruno


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap. gente! Até o próximo! Beijos!



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Eu estava plenamente convicta de que meu romance proibido não duraria muito. Seria como os romances que acontecem nas férias de verão... intenso e rápido. Mas... uma atitude atrevida fez com que Eu começasse a duvidar do nosso Adeus e, foi aí que nossa avalanche de paixão se tornou densa e constantemente viciante.

—Todos já foram?

Confirmei balançando a cabeça. –Seu irmão foi o último a sair.

Convencido de que estávamos a sóis, Sasuke enfiou a mão no bolso. –Quero que você feche os olhos.

—Para quê?

—Não será surpresa se Eu te contar o que é.

—Está bem! – Obedeci meio trêmula. Gentilmente ele segurou minha mão e pôs a ‘surpresa’ na palma dela.

—Pode olhar.

Cheia de ansiedade abri os olhos rapidamente. Lá estava uma chave, com nossas iniciais.

—Uma chave... – Olhei-o sem entender.

—É a chave do nosso apartamento. – Disse esbanjando sensualidade no olhar. –Eu disse que teríamos um.

                         

                                  Capítulo 3

Trabalhei por toda a tarde angustiada, engolindo raiva e choro. Passei horas e horas com os olhos mergulhados na tela do computador a fim de me distrair. Não importava o que Eu pensasse ou fizesse, a voz de Sasuke estava lá por perto, trazendo-me recentes recordações desagradáveis.

—Deve ser um saco ficar sentada nessa cadeira o dia todo, não é?

Inesperadamente cruzei o olhar com Naruto. Senti constrangimento em vê-lo, mas o sorriso escancarado do jovem deixou-me à vontade para falar.

—Naruto... – Levantei sentindo as pernas bambear. –Eu...

—Já entendi. – Interrompeu-me mantendo o sorriso. –Você já tem alguém. – Concluiu dando um leve suspiro. –Eu já imaginava.

—Desculpe.

—Desculpar pelo quê? Eu é que peço desculpa por ter sido tão persistente. – Ele coçou a nuca, rindo alto. Obviamente ele estava tão embaraçado quanto Eu. –Espero que seu namorado não seja ciumento. Ainda podemos ser amigos?

—Mas é claro que sim! – Sorri aliviada para ele.

—Maravilha, então! O que você acha de jantar comigo essa noite? Como bons amigos, óbvio.

—Eu vou adorar!

—Sinto muito, meu caro amigo, mas... – Sasuke se posicionara entre nós, com um ótimo humor. –Vou precisar da minha secretária por mais algumas horinhas. – Encarou-me, simpático. –Você não se importa de ficar mais um pouco, não é, Sakura?

Respirei tranquilamente... por dentro, meu sangue fervia. Era de duvidar à hora extra espontânea, porém, Eu não podia ir contra o meu trabalho.

—Você vai me perdoar, não é Naruto?

—Contanto que você aceite o convite outro dia. – Brincou.

—Não se fala mais nisso. – Lancei um olhar perigoso a Sasuke, mas ele estava distraído com o embaraço do amigo.

—Deu minha hora. Só vim mesmo falar com você, Sakura.

—Obrigada por ter vindo.

—Vou com você ao térreo. – Sasuke entrou com Naruto no elevador.

—Primeiro: um sermão na frente de todo mundo. Segundo: a cobrança pontual. Terceiro: hora extra. – Karin passou por mim, com seu deboche. –O que acontecerá quando o seu chefe te chamar a atenção numa quarta vez? – Apertara o botão do elevador. –Não sei o que você vez para perder tanta credibilidade, Saku, mas seja lá o que for, estou adorando cada momento! Tchau, querida! Até amanhã! – A ruiva entrara no elevador, mandando beijos.

De pé no centro de todo um andar, encarei o anoitecer com relutância. Por tantas vezes não me importei de ficar na empresa até mais tarde com Sasuke. Tínhamos sempre ‘algo’ para fazer nas horas estendidas de trabalho. Tédio e cansaço não faziam parte da nossa rotina a sóis no escritório. Entretanto, naquela noite, agiríamos como dois lunáticos por trabalho.

—Imagino que o senhor vai querer os dados da... – Sasuke passara por mim como se Eu não estivesse lá. –É hoje! – Apertei os punhos com força. –Se vamos trabalhar juntos, então...

Ele voltara a passar por mim, carregando a maleta e o paletó.

—Agora sim você está liberada.

Indignada fiquei. Catei meus pertences e o segui antes que o elevador fechasse as portas.

—Como pode ser tão arrogante? – Ele fingiu não me escutar. –Agora você vai controlar os meus passos na empresa? – Ele continuou me ignorando. –Isso não combina com você, Sasuke Uchiha.

—Muito pelo contrário, Sakura Haruno. – Ele me olhou com sarcasmo. As portas se abriram e ele fora o primeiro a sair.

—Combinaria mais com você admitir que está mordido de ciúmes! – Falei finalmente fazendo com que ele parasse.

—Eu disse a você que não poderíamos nos dar ao luxo de sentirmos ciúmes um do outro. – Virou-se. O vento soprava-lhe os cabelos negros e sedosos. –Só estou com raiva. Não confunda as coisas.

Baixei a cabeça, digerindo suas palavras frias. –Raiva de mim? – Olhei-o determinada.

—Vá para casa e tente chegar pontualmente amanhã. –Dissera caminhando ao estacionamento.

Completamente mexida pela situação, apressei os passos decidida a me afastar. Devo ter corrido entre as pessoas que encontrei no caminho. Possivelmente me choquei com algumas delas, mas não parei.

—_____________****______________

—Ele não sabe que você está indo passar o fim de semana em Konoha?

—Não. – Continuei arrumando a mala, tarde da noite. –Graças a Deus que hoje é sexta-feira! Eu não agüentava mais viver muda naquela empresa!

Vocês nem mesmo se olhavam distraídos? – Ino sorriu, imaginando possíveis deslizes.

—Aconteceu sim, várias vezes ao dia, no entanto, permanecemos controláveis.

—Uh. – Murmurou pensativa. –Aposto que você está doidinha para fazer as pazes! Vocês nunca ficaram tanto tempo sem se amarem.

Baixei a guarda, deixando que a observação sincera de Ino me atingisse em cheio.

—_____________****______________

Em Konoha

Desfiz a mala sem pressa alguma de levar os cabides ao meu velho guarda-roupa branco. Está no meu antigo quarto era, e sempre seria uma duas coisas mais fantásticas às visitas a minha querida cidadezinha.

—Você deveria ter deixado Eu reformar todo o quarto.

Minha mãe trouxera um copo e uma jarra cheia de suco de laranja.

—É o meu quartinho. O que seria da minha infância sem esse cômodo de paredes sujas de lápis de cera? – Rimos juntas, observando alguns desenhos.

—Acho que meus netos irão adorar esse quarto. – Disse minha mãe, pensativa. –Já posso imaginar essa casa cheia aos fins de semana. Rezo para que você e seu marido vivam aqui. – Perdi o meu sorriso diante do dela. –Por falar nisso... Você está namorando?

Normalmente minha mãe fazia-me aquela pergunta intimidadora sempre que Eu ia a Konoha.

—Continuo solteira. – E, é claro que Eu continuava despistando meu status pessoal.

—Ainda está solteira? – Decepcionou-se. –O que há de errado com esses rapazes de Tókio? Uma moça tão bonita sem namorado? – Questionou emburrada. –Se você estivesse aqui, já estaria casada!

—Estou começando a entender todo esse interesse.

—Não é pecado querer ver uma filha casada. – Cruzou os braços, fazendo bico. –Os pais de Ino estão loucos para ver o genro. Dizem que ele tem tatuagens. É verdade?

—É sim, algumas. – Minha mãe ficara perplexa com tão pouco.

—Espero que ele seja um bom rapaz.

—Gaara é incrível! Eu nunca vi Ino tão apaixonada como ela está agora.

—Depois do namoro frustrado com Sai... – Tocou no assunto sempre motivada pela mesma questão. –Você vai passear com o seu pai hoje?

—Ele disse que ia me liberar esse fim de semana. Vou pegar minha bicicleta e visitar meus amigos.

—____________****_____________

 Voltei para casa no fim da tarde. O tempo era curto em Konoha para alguém que conhecia a metade da população dela. No dia seguinte, pensei freneticamente enquanto pedalava, acordarei bem cedo para aproveitar o domingo. Com pensamentos frescos circulando minha mente, avistei minha casa. As luzes já estavam acesas, antes mesmo de escurecer. Mas, – parei de pedalar e parei –, não fora as luzes a chamar minha atenção, porém um carro preto estacionado na frente da minha casa.

—Estou começando a ver coisas!

Soltei a bicicleta no chão e andei até o carro. Por fora, ele era igual a qualquer outra Mercedes, mas por dentro...

—Não pode ser!

Corri desajeitada. Eu não podia, naquele instante, acreditar no poder da minha mente. Sasuke não podia está ali! Não era possível que ele soubesse do meu paradeiro!

—Mãe! – Abri a porta de supetão. Um homem estava de pé na sala, observando os retratos da minha família.

—Que bom que chegou! – Minha mãe puxou-me pela mão, obrigando-me a entrar. –Acabamos de conhecer o seu chefe!

Aquela figura alta, de ombros largos, virou-se para nós, desestabilizando minha autoconfiança. Meus olhos tremeram de emoção. Nunca havia me sentido tão nervosa.

—Por favor! Sente-se! – Pediu meu pai, sorridente com a presença ilustre de um homem tão conceituado em sua humilde moradia.

—Obrigado. – Agradeceu sentando-se no lugar indicado pelo meu pai. –Como Eu disse, não quero incomodá-los.

—Incômodo! Uma pessoa como você incomodar... – Minha mãe ajeitou os cabelos, mais uma vez. –Fique à vontade!

—A casa é simples, mas tenha certeza que o senhor será tratado com toda atenção por nós. – Garantiu meu pai, exaltando a visita inesperada de Sasuke.

—Como achou a minha casa? – Longe da postura amável dos meus pais, fui o interrogando.

—Konoha não é um lugar expansivo. Parece que todo mundo se conhece aqui, afinal todos que perguntei sobre você sabiam, exatamente, de quem Eu estava falando.

—Todo mundo se conhece nessa região. – Enfatizou meu pai.

—Eu não sabia que o senhor se interessa por esse tipo de lugar.

—Você falou tanto de Konoha que fiquei com vontade de conhecer. – Ele virou-se para os meus, ocupando o mesmo sofá. –A vida atribulada que levo não me permite viajar muito. Foi muita sorte descobrir a calmaria dessa cidadezinha.

—É um lugar abençoado mesmo! Ainda não me conformo da minha Sakura ter saído dela. – Resmungou meu pai. –O senhor está com fome?

—Trate-me por você. – Sugeriu Sasuke, deixando meus pais confortáveis. –Fiz um lanchinho no caminho. Não se preocupem comigo.

—Um homão desses sendo sustentado por lanchinho? – Gritou minha mãe, deixando-me meio envergonhada. –Sakura e Eu iremos preparar uma comida bem gostosa para nós! – Levantou-se animada.

—Enquanto elas cozinham, a gente pode conversar mais um pouco.

—Claro. – Sasuke olhou-me discreto, mas prossegui meu caminho sem demonstrar interesse nele.

—Vejo que é casado.

A observação do meu pai fez com que meu trajeto fosse interrompido. Senti como se a terra fosse me engoli de vez.

—Sim, mas vou me divorciar. – Senti os olhos dele nas minhas costas.

—Que pena! – Lamentou meu pai, engolindo o constrangimento.

—____________****_____________

Sasuke não era muito de falar, mas se vira obrigado a tagarelar com os meus pais. A postura de que ele logo surtaria com tantas perguntas fez-me prender o riso, por inúmeras vezes. Sem dúvida, ele achara que Eu fosse salvá-lo da minha família, no entanto, deixei-o sufocado de interrogações. Era a punição que Eu dava a ele por tantos aborrecimentos recentes.

—E como anda o trabalho de nossa filha na sua empresa?

Sasuke finalmente havia se interessado por uma pergunta. Atencioso, ele olhou-me descritivo.

—Sakura é a nossa melhor funcionária. – Continuei comendo.

—É mesmo? – Minha mãe se envaideceu. –Ela estudou tanto para chegar aonde chegou! Você acredita que ela dormia sobre os livros toda a noite?

—E gastava toda a mesada com livros! – Completou meu pai, para o meu desespero. –Sempre soubemos que ela chegaria longe!

—Vocês estão me constrangendo diante do meu chefe. O que ele pensará de nós?

—Vou pensar o que sempre pensei, desde que a contratei. – Respondeu Sasuke. –Desde o momento que a vi entrar na minha sala, um pouco tímida... – Fora inevitável não cruzar o olhar com ele. –Tive certeza que ela era a mulher que Eu estava procurando.

Se meus pais não estivessem tão maravilhados com os elogios a filha, perceberiam que secretária e chefe estavam em outra dimensão.

—Que orgulho para nós ouvir isso! – A senhora Haruno entregou-se às lágrimas. –Desculpa, é que... nós sempre acreditamos na nossa filha.

—Obrigada mais uma vez por serem tão maravilhosos comigo, mas será que podemos mudar de assunto agora?

Terminado o jantar voltamos à sala. Ninguém parecia está interessado nas horas, no entanto, Eu estava. De maneira sutil Eu acabaria empurrando Sasuke para algum hotel ou pousada. Todo aquele contato íntimo com meus pais havia passado dos limites.

—O tempo passou tão depressa! – Espreguicei, fingindo está caindo de sono. –É hora de irmos para nossas camas, certo? Sasuke, no centro de Konoha há um hotelzinho legal. Nada comparado aos hotéis que você freqüenta em Paris ou New York, mas dá para sobreviver uma noite.

—Sim, Eu...

—Quanta insensibilidade com seu chefe, Sakura! – Repreendeu meu pai. –Temos um quarto vago.

—Agradeço muito, mas não...

—Meu marido está te convidando. Aceite! – Incentivou minha mãe.

Sasuke não sabia o fazer. De certo, se passaria por grosseiro por não aceitar, e magoaria meus pais. Porém, aceitando, ele sabia que Eu não iria gostar de vê-lo enfiado na minha casa, como um hóspede honroso.  Não era certo nenhum de nós estarmos lá, sustentando um romance proibido debaixo do teto da minha família.

—Eu sinto muito, mas...

—Ora! – Minha mãe o puxou pela mão, escada acima. –Não vamos deixá-lo dormir em um hotel! Que tipo de pessoas seríamos se nos permitíssemos ser tão insensíveis com o homem que reconheceu os esforços de nossa filha?

Engasgada de aflição abandonei o barco e me refugiei em meu quarto.

—É só uma noite. – Entrei debaixo do chuveiro do jeito que me vesti para passear. –Amanhã cedo ele vai embora.

—__________****___________

Duas da manhã... O sono havia fugido de mim como o controle da minha vida estava fugindo.

—Meu celular...! – Vasculhei minha bolsa, com urgência. –Que ótimo! – Atendi. –Que bom que você ligou Eu queria mesmo dizer que...

Fiquei com ciúme. — Ouvi sua voz trêmula. –Eu não sabia como... como te dizer que acabei burlando minha própria regra.

 


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