Amantes da Paixão escrita por Gil Haruno


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap. Beijos!



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Lembro-me quando o primeiro presente fora entregue. Depois de um mês e meio de encontros – no mesmo motel de luxo até nosso apartamento existir –, Sasuke me dera um vestido vermelho, inesquecível. A partir daquele dia Eu soube o que era elegância... Fora a introdução de uma nova vida regada de presentes caros.

—Puxa vida! – Ino rodopiou ao sentir na pele um vestido da Dior lhe cobrir as curvas. –Nunca vi um de perto! – Seus olhos azuis lacrimejaram. –Deve ter custado uma fortuna!

—Pois é. – Olhei o vestido repetida vezes. –Isso está saindo dos limites.

—Deixa Ele te dá as coisas! Não seja boba! – Incentivou maravilhada. –Quem disse que ser a outra não tem vantagens?

A outra... Aquele era um título vulgar que Eu não queria na minha ficha, mas, naquela altura de minhas escolhas, tal menção vinha-me a calhar.

 

                               Capítulo 2

 

As pessoas começavam a se apressarem para suas casas ou para qualquer outro lugar longe da empresa. Calmamente organizei minha mesa, para o dia seguinte, e guardei minhas coisas. A luz acesa na sala de Sasuke conseguia distrair minha atenção.

—Por que você sempre olha para lá quando todos estão indo embora?

Perguntou Karin, referindo-se a sala de Sasuke.

—Por que você tem sempre que ser enxerida? – Peguei minha bolsa, às pressas. –Qual é a tua, hein? Está sempre me tratando com desconfiança e apatia. Você não era assim quando sentei nessa cadeira à primeira vez.

Ela cruzara os braços. –Eu não mudaria se você não tivesse mudado.

—Eu mudei? Será que você pode me dá um pouco de explicação sobre isso?

Ela sorriu debochada. –Você se excluiu de nós, completamente. Parou de falar sobre você... Não aceita mais nossos convites para sair... – Olhou-me de cima abaixo. –Sequer nos deixa entender como, de um dia para o outro, você começou a se vestir tão bem. – Sua expressão tornara-se medonha. –Eu já verifiquei sua folha de pagamento, você não teve aumento em um ano. Então, pode me passar a mágica de render o salário?

De repente, outras garotas nos cercavam. Senti-me encurralada por todas elas. Eu sequer havia imaginado que minha rotina discreta acabaria chamando tanta atenção.

—Vocês me convidaram para sair uma única vez, por que Eu era a única de guarda-chuva numa tempestade repentina. – As enfrentei furiosamente. –Você, Karin, disse que Eu tinha que aprender a me vestir bem. É o que Estou fazendo. Com licença.

Abri caminho entre elas, cheia de urgência. Os cochichos acabaram me incomodando, mas os ignorei. Mesmo apressada e com as pernas trêmulas, ouvi Karin dizer: –Não sei o que está acontecendo, mas vou descobrir.

Senti um grande incômodo... Karin estava, de fato, se tornando uma ameaça.

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—Ela falou desse jeito?

—Sem pôr uma única vírgula. – Confirmei a Ino. –Aquela garota nunca se importou com o meu bom dia. Ela sempre fez questão de mudar de calçada quando me vê por perto. Agora, reclama da ‘minha’ indiferença com ela e as amigas da empresa. – Joguei uma latinha de cerveja para Ino.

—Será que ela não está suspeitando de você e seu chefe?

—Se ela soubesse de algo, já teria espalhado para toda empresa. Karin não perderia a chance. É a cara dela ridicularizar as pessoas.

—Uh. – Murmurou com cara de quem queria atropelar um inimigo. –E não vamos fazer nada? A bonitinha te encurrala na parede e vai ficar por isso?

Sorri para ela, compreendendo a raiva súbita.

—Por enquanto ela não está me fazendo nada.

—Você já teria batido nela se fosse na época dos nossos quinze anos.

—Sim, Eu já teria, no entanto, não somos mais àquelas garotas briguentas que brigavam por qualquer coisa. – Ino suspirou derrotada. –Vou continuar ignorando a ruiva até que ela se canse.

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—Se esse é o problema, amanhã mesmo assinarei a demissão dela.

—Não! – Intervir diante de uma decisão momentânea. –Ela precisa do emprego tanto quanto Eu.

—Tem certeza que você vai preferir à invasão de Karin a demissão dela?

Sasuke havia entregado o futuro de Karin na empresa em minhas mãos.

—Não quero que você a dispense. Não foi fácil para ela está lá.

Defendi a ruiva mais uma vez, mesmo sabendo que Eu me arrependeria da minha decisão.

—Por que está tão pensativa?

Quando ele intencionara um carinho em meu rosto, inexplicavelmente fugi dele.

—Foi a primeira vez que senti medo de sermos descobertos. – Sasuke nada disse, mas não tirara os olhos de mim. –E só estamos nisso há um ano... Fico imaginando por quanto tempo terei que me esconder.

—Eu já disse que isso vai acabar logo.

—Quando? – Ousei perguntá-lo. Eu nunca tinha confrontado ele daquela forma. –Será que você tem mesmo uma data prevista?

Ele saiu da cama e foi ao meu encontro. Encaramo-nos duramente.

—Você nunca me pressionou como está fazendo agora.

—Tenho o direito de pressioná-lo, certo? – Perguntei sarcástica. –Você prometeu me levar para conhecer todo o clã Uchiha. Prometeu que vamos namorar, noivar e casar.

Vi ele respirar com precisão. Eu nunca havia colocado ele numa berlinda.

—Não posso cumprir minha promessa da noite para o dia. Você terá que ser mais paciente.

Dei as costas a ele. A janela aberta fora meu foco.

—Estou sendo paciente, mas... estou começando a me dá conta de que não conseguirei levar essa vida por mais um ano. – Virei para ele. –Fui educada para ser uma esposa e não amante. – Vesti um blusão e calcei meus chinelos.

—Aonde vai às três da madrugada?

—Vou dar uma volta.

—Ficou louca? – Ele segurou meu braço, impedindo-me de sair. –As ruas estão quase desertas... Você quer ser violentada por aí?

Livrei-me do agarro dele sem alardes. –Então, me leve para casa.

Fora a primeira vez que pedi para ir embora. Normalmente custava-me muito deixar o apartamento.

—Sakura... – Ele segurou os meus ombros. –O que aconteceu? Por que está agindo assim?

Eu já havia dito tudo que ele precisava ouvir, não estava mais em meus domínios convencê-lo de algo, Eu sequer queria ter influência no divórcio dele.

—Você vai me levar ou posso pedir um táxi?

Insistir mantendo a cara emburrada. Sem ter outra opção, Sasuke se vestiu. Nenhuma palavra fora dita durante o caminho. Ele manteve seus pensamentos em segredo e Eu fiz o mesmo.

—__________****___________

—Você não vai vê-lo hoje?

Saí do banheiro secando os cabelos. –Não. E não pretendo vê-lo tão cedo.

Ino parou de se maquiar para olhar na minha cara. Fingi ser imune a cara de surpresa dela.

—Você estava tão certa do que queria. Foi a ruiva da empresa que te deixou insegura?

—Ela, a família de Sasuke, a sociedade, e... meus pais. – Caí sobre a cama, encarando o teto vago. –Estou cada vez mais me dando conta de que não poderei manter esse caso por mais tempo. – Ino se sentou ao meu lado. –Eu não sei mais o que é ser sincera comigo e com os outros. E não é só isso. – Levantei. –Não saio mais com meus amigos. Não danço mais em público... Tenho vivido mais escondida naquele apartamento que solta no meu trabalho. Estou sufocada!

Ino segurou minha mão. –Se você não está feliz, então é hora disso acabar.

Olhei-a um tanto apreensiva. Eu não esperava que Ino radicalizasse meu desabafo.

—Eu sou feliz quando estou com Sasuke, mas... – Fiquei de pé. Andei em círculos. –Está sempre faltando algo. Você me entende?

—Ô, se entendo! – Ela bateu nas minhas costas de leve. –Vamos sair para dançar. O que você acha?

O relógio estava lá, pendurado na parede, gritando que o dia ainda teria muitas horas para essa suposta diversão acontecer. Até lá, Eu teria que agüentar o humor azedo de Sasuke. Como ele não podia agir comigo como um marido emburrado com a esposa, ele me infernizaria nos mínimos detalhes.

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Pus a bolsa em cima da mesa. Como em todas as manhãs, chequei rapidamente a caixa postal do meu telefone, depois fui buscar um copo com café. À noite mal dormida estava me cansando ao extremo.

—Atrasada de novo?

Assustei-me com a voz repentina no meu ouvido. Sasuke passara por mim como um raio certeiro. Posicionou-se na minha frente e pôs as mãos nos bolsos.

—Desculpe. – Karin tinha saído da sala de Itachi no exato momento. Ela se pôs a escutar a bronca. –O metrô saiu um pouco tarde.

Ele me obrigara a inventar uma mentira ridícula para Ele mesmo. Sasuke sabia muito bem os motivos de meus atrasos. Os lençóis perfumados da cama dele me distraía perigosamente.

—Quero que você seja extremamente pontual a partir de amanhã. Estamos entendidos?

Constrangida, observei as bisbilhoteiras de plantão. Karin fora a primeira a abrir um sorriso de contentamento.

—Sim, senhor.

Satisfeito com a vergonha que senti, ele voltou para sua sala.

—Ora! Ora! Finalmente você virou uma mera mortal! – Zombou Karin, arrancando risos de suas bajuladoras.

Trabalhei engasgada com o que ocorrera mais cedo. Não era justo Sasuke misturar nossa vida pessoal com o trabalho. Deixei a cadeira e fui invadindo a sala do meu chefe. O Uchiha dedicou alguns segundos de atenção a mim antes de voltar a se entreter com o notebook

—Entendo que você está frustrado por causa de ontem, mas...

—O que Eu disse a você agora a pouco não tem nada haver com o que ouve ontem. Chamei sua atenção como qualquer outro chefe chamaria.

—Pois não deveria. Você sabe muito bem o porquê de meus atrasos.

Ele olhou-me furioso. –Especialmente ontem Eu não sei, já que não dormimos juntos. Você saiu do meu carro batendo a porta com força. Lembra?

Balbuciei qualquer coisa, embora Eu não conseguisse expressar a indignação que senti. Sasuke não daria o braço a torcer. Ele não confessaria que estava me punindo pela noite fracassada que tivemos.

—Eu estava mesmo desconfiada de que nosso relacionamento só fosse flores. Parece que os espinhos começaram a aparecer, justamente quando deixei de ser a ‘mulher’ que não o perturba o tempo todo.

Ele se levantou, bruscamente. –Você é mesmo uma garota imatura! Deveria ter um pouco de consideração pelos riscos que corro para vê-la. – Falou com cada veia pulsando em sua testa. –Por você, tanto faz se coloco o sobrenome Uchiha na graça da mídia negativamente. O que você pode perder? No máximo, seus pais irão se decepcionar e pronto. Mas, a calmaria não virá para mim também. Então, não me venha falar dessas tais flores até agora por que não há um dia sequer que Eu não tenha me deparado com os malditos espinhos!

Ele bateu contra a mesa, sem se importar se Karin ou qualquer outro funcionário estava por perto. Perplexa pela explosão dele – que Eu nunca tinha presenciado –, deixei a sala imediatamente. Por sorte, Karin tinha saído para almoçar.

—____________****______________

Quando o expediente acabou e a noite deu as boas-vindas, saí com Ino para dançar e beber.

—Eu nunca tinha me deparado com aquele Sasuke. Ele estava sufocado há bastante tempo.

—Você foi um pouco dura com ele, não acha?

De certo, acabei reagindo como se as pessoas ao nosso redor não tivesse tanta importância.

—Só o pressionei por que Eu queria realmente a certeza dele. Em nenhum momento tive a intenção de desdenhar o cuidado que ele está tendo com a família. Não fui imatura. Eu juro!

—Fique calma, meu bem. – Pediu entregando-me um copo cheio. –Você nunca o conduziria a magoar a família. Você fez o que Eu faria, cobraria uma promessa, e pronto. Cabe a seu boy dá um ponto final nesse casamento.

—Talvez ele não queira dá ponto final em nada, só está transando comigo para fugir de uma rotina chata. –Entornei o copo. Gemi quando o líquido desceu queimando minha garganta. –Vou aproveitar o fim de semana ensolarado. Irei para Konoha.

—É uma pena Eu não poder ir com você. Será que você pode trazer uns docinhos para mim? Minha mãe fez um monte de coisas acreditando que Eu teria folga.

—É óbvio que vou trazer tudo o que você quiser de lá. Mas não me responsabilizo se alguns doces sumirem.

—Eu sei onde você mora, viu?

Em meio a nossos risos, Gaara se aproximou com um amigo.

—Achamos as mulheres mais lindas da balada! – O ruivo tatuado beijou a namorada indiscretamente. –Trouxe um amigo para te conhecer, Sakura.

Observei o amigo de Gaara. Alto, moreno, forte, bonito... Ele tinha tudo para escolher qualquer garota da balada.

—Então, você é a famosa Sakura. – Ele foi logo se sentando ao meu lado.

—Desde quando Eu sou famosa?

—Minha galera freqüenta a mesma academia que você. – Eu já deveria imaginar.

—É. O lugar é cheio de pessoas jovens. Acho que nunca te vi por lá.

—Já deve ter me visto, mas nunca reparou em mim. – Droga! Puta mancada! –Tudo bem. Uma garota como você deve viver rodeada de admiradores. É normal não reparar em volta.

—Pois é, ultimamente estou focando muito em um só ponto. Preciso aprender a olhar para os lados.

Foi então que avistei Naruto, aparentemente distraído, mas Eu sabia que ele logo me veria ali, e continuaria seus ataques. Já era hora de ele se convencer de que não poderíamos ter nada além de uma saudável amizade.

—Escuta, – Eu nem me interessei pelo nome do rapaz –, será que podemos dá um beijo técnico? Tem um ex-namorado meu aqui e quero que ele não me perturbe.

—Será um prazer. Mas tem que ser fictício?

—Claro que sim, não te conheço. – E nos ‘beijamos’.

Conversa vai e conversa vem... o amigo de Gaara não se desgrudava mais de mim. Quem sabe se Eu tivesse dado um beijo real, bem ruim, ele já teria perdido o encanto.

—Vamos pegar mais cervejas.

Agradeci aos céus por ele ter saído por um tempo. Não se consegue dá atenção para um cara quando tem outro espetando sua mente.

—Graças a Deus ele se foi!

—Vocês estão se dando tão bem! E que beijo foi aquele?

—Foi um beijo técnico. – Ino riu. –A intenção foi de espantar o Naruto.

—O carinha que está a fim de você? O amigo de seu boy?

—O próprio.

—Ô esperta! Você não acha que é questão de tempo para o bonitão saber que você ficou com alguém na balada?

Dei de ombros. –Tecnicamente estou solteira. E foi um beijo técnico.

—Já que você diz. – Ela deu de ombros. –Só acho que você jogou muita gasolina numa fogueira intensa. Só isso.

—______________****________________

Àquela rotina de noites perdidas tinha de acabar! Gritei mentalmente mais uma vez com sono e com os pés doloridos. Graças a Sasuke acabei me habituando a noites cansativas e graças a ele Eu ia reeducar minha vida noturna.

Chamei o elevador. Assim que as portas se fecharam tirei o salto agulha, despreocupadamente.

—Droga! – Pus o salto de novo. –Quinto andar! Sério isso?

As portas se abriram e dei de cara com Itachi.

—Bom dia, Sakura.

—Bom dia, senhor Itachi. – Eis um momento que é difícil até mesmo para respirar. Eu tinha mesmo que está no elevador com Itachi? Eu tinha medo de ser denunciada por um simples gesto.

—Provavelmente meu irmão vai está de péssimo humor pelos próximos dias, por isso vou te pedir para que você tenha um pouco de paciência com ele. Ok?

—Ok. Mas... quem sou Eu para não suportar um Uchiha, certo? – Ri da minha pergunta. –Ele está bem?

Perguntei ansiosa.

—Está sim. São só uns probleminhas pessoais que todo mundo tem.

O elevador abriu as portas. Simpático e educado, Itachi aguardou minha saída. Pensativa, fui à minha mesa.

—O que o senhor Itachi te disse para você está tão distraída?

Levantei a cabeça. Karin olhava-me confusa.

—Vai perguntar a ele!

A ruiva bufou de raiva. Levantou a cabeça e marchou a sua mesa.

—Eu não preciso perguntar! – Gritou. –Acabarei descobrindo por meus próprios meios!

Sentei. Baixei a cabeça e respirei fundo. –Ai, senhor! Dei-me paciência para aturar essa mulher.

Meu celular tocou. Era uma mensagem. –Sasuke? – Tratei logo de abrir a correspondência.

—Espero que você tenha se divertido muito ontem à noite.

Suspirei pesadamente. –Naruto... Como você pôde fazer fofoca de madrugada? – Minha cabeça começou a doer. –Vou passar o dia tomando café. – Levantei.

—Venha à minha sala.

Eu estava tão empenhada em chegar cedo que não me dei conta de que Sasuke chegara primeiro na empresa. Por um breve instante, pensei fugir dos meus compromissos.

—O que será que ele quer? – Perguntei em voz alta.

Sutilmente me encaminhei à sala. Bati antes de entrar e encontrei meu chefe de pé diante da janela, encarando o dia de sol cidade adentro.

—Espero que você tenha lido minha mensagem.

—Acabei de ler. – Falei ironicamente.

—Não me refiro a de agora, mas de ontem à noite. Já eram duas da madrugada.

Fiquei sem palavras. Meu celular fora desligado assim que deixei a empresa.

—Não imaginei que você fosse me mandar uma mensagem às duas da madrugada, depois de termos brigado feio.

—Também não imaginou que encontraria uma distração na balada? – Ele se virou para mim.

—Naruto foi correndo...

—Eu estava lá. – Interrompeu tirando todo meu fôlego. –Naruto não saberia descrever o vestido vermelho que te dei de presente.

Engoli a seco. Fiquei ridiculamente abismada! Sasuke estivera na mesma balada que Eu o tempo todo sem que Eu desconfiasse de sua presença.

—Você estava me espionando? – Indaguei incrédula.

—Fui ao seu apartamento na intenção de levá-la comigo, mas você já estava saindo com sua amiga. Acabei te seguindo por acaso.

—Deveria ter voltado.

—É. Eu deveria, mas... a ‘perseguição’ serviu-me para vê-la aos beijos com outro. Você nunca me contaria.

—Eu te contaria sim! Não duvide disso! – Esforcei-me para não exceder a voz. –Só beijei aquele rapaz por que Eu queria que Naruto não insistisse mais. Além disso, foi um beijo técnico. Não valeu.

—Um beijo técnico?

—É. Um beijo técnico.

—Não me pareceu fictício. Achei você muito bem à vontade.

—Sasuke! – Fui a ele. Cheguei o mais perto possível. –Será que você quer mesmo bancar o ciumento? Por acaso, não é a sua esposa que você beija o tempo todo? Nem preciso falar o que vocês fazem em quatro paredes. – Ele respirou profundamente. –Não é de mim que você tem que ter ciúmes, mas de sua mulher. – Afastei-me dele, com os olhos embargados. –Vou voltar para a minha mesa.

Deixei-o sozinho com suas decepções. De alguma forma, tomei coragem de não me importar com o que ele estava pensando de mim. Se nossa história teria mesmo um fim precoce, aos poucos Eu me encarregaria de matá-la aos poucos.

 


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