Pokémon - Alma de Prata escrita por Lady Kitsune


Capítulo 3
Capítulo 2: A Jornada Começa!




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Silver observava em silêncio a paisagem através da janela, com seu rosto apoiado contra sua mão.

Os últimos três anos tinham se passado muito mais rápido, do que qualquer um poderia ter pensado. Silver estava longe de ser a mesma criança faminta e abusada, que Giovanni havia adotado. Sua confiança e autoestima estava muito maior e mais sólida, apesar de que seu nível de maturidade era muito maior do que uma criança comum. Sua aparência também estava diferente, mostrando aos poucos os traços bonitos e exóticos. Seus cabelos escuros tinham crescido, ao ponto de alcançarem a linha abaixo de seus ombros. Silver tinha escolhido deixar seus cabelos mais longos, devido ao fato de que, não importava o quanto ele tentasse, ele nunca conseguia mantê-los controlados por mais do que meio segundo. Seu rosto ainda mantinha um pouco de gordura de bebê e traços infantis, mas as suas maças da face estavam ficando mais salientes, carregando um bonito tom rosado que se destacava em sua pele clara. Seus belos olhos esmeraldas tinham ganhado um formato amendoado mais perceptível, envoltos pelos cílios negros espessos.

Por vezes, desde que tinha acordado naquela manhã, Silver tinha se perguntado se tudo não passava de um sonho. Ele finalmente tinha dez anos.

Finalmente… podemos começar a avançar.” Pensou, um pequeno sorriso se desenhando em seus lábios, enquanto retirava uma pokébola preta e dourada de dentro do bolso de sua calça, Olhando-a com carinho, Silver não podia deixar de sentir-se orgulhoso.

Durante os últimos três anos, desde que tinha recebido o pequeno Rockruff de seu pai, os dois tinham desenvolvido um forte laço de amizade e confiança. Eles tinham treinado todos os dias, muitas vezes batalhando contra treinadores que passavam pela cidade de Veridian, ou contra alguns dos funcionários da empresa de seu pai. Silver tinha se dedicado a ampliar o laquê de ataques, ensinando-o vários ataques, tanto ofensivos quanto defensivos, assim como tinha se dedicado a treinamentos físicos, para melhorar a velocidades, resistência e força.

Três anos de treinamento…

Três anos de preparação…

E finalmente chegou o momento.

Silver interrompeu seus pensamentos, quando sentiu o carro parando, notando uma grande movimentação do lado de fora. Curioso, ele inclinou sua cabeça pela janela, podendo ver uma grande multidão parada em frente ao que ele acreditava ser o laboratório do professor Samuel Oak.

Havia todo o tipo de pessoas lá: mulheres, crianças, homens e idosos, até mesmo um grupo de  adolescentes vestidas de líderes de torcida agitando pompons cor-de-rosa. Silver piscou algumas vezes, por um momento, pensando estar no lugar errado, o que ele sabia que não era o caso. Ele já tinha visitado o laboratório do professor antes, quando seu pai o tinha ido discutir algumas pesquisas sobre DNA pokémon, no ano retrasado. 

— Talvez eu deva pedir para eles se afastarem? – Sugeriu Eric, olhando para o filho de seu chefe com um pouco de receio.

Multidões eram sempre um assunto delicado, já que tudo poderia, muito facilmente, se transformar em uma grande confusão. Se algo acontecesse a Silver, enquanto o menino ainda estivesse sobre sua proteção, a última coisa que Eric teria de ser preocupar, era com o seu trabalho.

"Sr. Giovanni mataria, antes de me demitir." Pensou, estremecendo com o pensamento.

— Não precisa, Eric. Vou apenas passar pelo lado. – Respondeu, enquanto pegava sua mochila e destrancava a porta para sair do carro e voltava a guardar a pokébola luxo em seu bolso.

— Devo esperá-lo para levá-lo de volta a Veridian?

Silver apenas negou a oferta com um gesto mudo, antes de sair e se dirigir a escadaria do laboratório.

Seria muito fácil e muito menos trabalhoso, aceitar a oferta de Eric, e voltar para Veridian de carro. Apesar de próximas, as cidades de Pallet e Veridian ficavam a quase quatro horas de carro. Andando, Silver levaria, em média quatro ou cinco  dias, respeitando um bom fluxo de caminhada, descanso, treinamento e captura. Ele sabia que muitos treinadores iniciantes iriam tentar percorrer o caminho mais fácil, tanto por inexperiente, quanto por preguiça. Ninguém os culpava ou julgava. Eles eram iniciantes, e ainda tinham que começar a compreender o caminho que escolheram.

Silver era orgulhoso demais para fazer isso, porém.

Ele não queria depender de ninguém em sua jornada. Mesmo que seu pai fosse o presidente da Rocket Interprese e Líder do Ginásio de Veridian, ele estava determinado a avançar com sua própria força e habilidade. Mesmo a oferta de uma ajuda financeira, que seu pai tinha lhe oferecido, ele tinha recusado. Quando Silver manifestou o desejo de fazer uma jornada, seu pai tinha criado uma poupança, onde ele tinha depositado parte de sua mesada nos últimos quatro anos. Uma parte bem substancial na verdade, já que ele nunca tinha sido o tipo de criança que gastava todo o dinheiro que recebi de seu pai. Graças a isso, ele tinha um ótimo capital inicial, que iria ajudá-lo no começo de sua jornada. Mais tarde, ele poderia conseguir mais dinheiro vendendo itens raros (Lucian e Will tinham lhe ensinado a detectar itens escondidos com seus poderes), sem mencionar o dinheiro que ganharia da própria Liga, cada vez que ele conquistasse uma insígnia ou vencesse uma competição oficial.

Depois de conseguir driblar a multidão, Silver notou dois garotos ao pé da escadaria. Os dois deveriam ter a sua idade. O primeiro tinha cabelos castanhos e usava uma calça jeans escura e uma camisa de mangas compridas azul royal, e estava se exibindo girando uma pokébola em um dedo, como se fosse uma bola de basquete. Silver não precisava nem mesmo conversar com o garoto, para saber que ele era algum pirralho mimado, que pensava que era invencível. Era idiota e imprudente ter esse tipo de pensamento, sendo que era evidente que ele era apenas um iniciante.

"Nada que Brock, ou Surge, não possam concertar." Pensou Silver, lembrando-se com carinho dos dois líderes que tinha conhecido na última festa de gala da Liga, em que seu pai o tinha levado.

Brock e Surgi eram dois dos líderes mais durões de Kanto. Mesmo se o desafiante usasse um tipo com vantagem, era muito provável que fosse derrotado. Brock tinha um forte conceito de nutrição e técnicas de criação por detrás da força de seus pokémons, enquanto Surgi contava com o poder bruto das técnicas de seis pokémon. Silver estava especialmente ansioso para desafiá-los.

Já o segundo garoto… Silver não sabia como descrevê-lo corretamente. Ele tinha cabelos escuros, em um estado ainda pior do que o seu próprio, antes que ele decidisse por deixá-lo crescer, e ao invés de uma roupa comum, ele estava vestindo um pijama verde. Talvez confuso e um pouco atrapalhado fossem boas descrições para aquele garoto.

A atenção de Silver foi desviado mais uma vez, quando o garoto de cabelos castanhos começou a fazer um discurso, para as várias pessoas que, ao que tudo indicava, tinham ido até para vê-lo partir.

— Muito obrigado, colegas e namoradas! Certamente, eu me tornarei um Mestre Pokémon! E mostrarei o nome dessa cidade, Pallet, ao mundo todo!

Um sorriso malicioso surgiu nos lábios de Silver.

Oh, então o garoto mimado queria ser um mestre pokémon?

Interessante.”

— Você fala um pouco demais, para alguém que apenas recebeu seu primeiro pokémon. – Falou Silver, alto o suficiente para atrair a atenção de todos, sua voz carregada de deboche.

Silver não era do tipo que zombava de outros treinadores… ele só não conseguia suportar tanto narcisismo e ego, em uma pessoa que nem mesmo havia estabelecido um elo básico com seu primeiro pokémon. Ele duvidava que aquele garoto tinha sentado com seu pokémon, conversado com ele e aberto seu coração, confiando a ele seus sonhos e segredos. Alguém que não foi capaz de fazer algo assim, não tinha o direito de fazer tal declaração.

Imediatamente, após suas palavras, toda a atenção foi concentrada em Silver. Um par de anos atrás, ele estaria se sentindo desconfortável e envergonhado. Não agora, que ele tinha confiança em si mesma e, acima de tudo, confiança em seu parceiro pokémon.

Para a diversão do jovem psíquico, o garoto o olhou com raiva por ter seu ‘brilhante discurso’ interrompido, enquanto o outro garoto de cabelos pretos o encaravam com curiosidade.

— Você tem muita audácia para falar assim comigo, garoto. Principalmente, quando é óbvio que você está tão atrasado quando o Ash-boy aqui, para conseguir seu primeiro pokémon.

Silver sorriu seu lado, sua confiança não se abalando com as palavras fracas do garoto.

— Eu já tenho o meu primeiro pokémon. Só estou aqui para conseguir a minha pokédex e licença. – Afirmou tranquilamente, vendo o garoto estreitar os olhos irritado, enquanto o outro, Ash, o olhava cheio de curiosidade, provavelmente, tentando descobrir qual pokémon ele teria.

— Oh, se é assim, por que você não me mostra o quão bom você é, com uma batalha? – Desafio, um sorriso prepotente em seu rosto.

Era óbvio que ele acreditava que Silver não aceitaria a batalha.

E, normalmente, Silver não o faria.

Ele já tinha uma boa experiência em batalhas, assim como seu pokémon estava mais do que acostumado com ele, para confiar completamente em seus comandos. Seria apenas injusto, que ele aceitasse o desafio de um garoto que tinha recebido seu primeiro pokémon há poucos minutos. Silver não teria piedade do garoto, mas o pokémon… ele não mereceria pagar pela tolice de seu treinador.

Mas, talvez, ele abrisse uma exceção naquele caso.

Porém, antes que ele pudesse aceitar o desafio, uma voz o interrompeu:

— Melhor você retirar o desafio, Gary.

Os três se viraram na direção da voz, vendo o Profº. Oak parado ao pé da escadaria.

Samuel Oak era um homem que beirava aos cinquenta anos, com os cabelos castanhos grisalhos, alto com os olhos azuis escuros. Ele vestia uma calça marrom clara, uma camisa vermelha e um jaleco de laboratório branco. Sua expressão estava séria, enquanto seus olhos estavam fixos no garoto que havia desafiado Silver, Gary.

— Vovô… – Murmurou Gary, parecendo um pouco surpreso ao ver o pesquisador ali.

Vovô? Eu não sabia que o Profº. Oak tinha um neto da minha idade.” Pensou Silver, tentando encontrar algum tipo de semelhança entre o garoto e o pesquisador, apenas para não ver nada.

— Você precisa tomar cuidado com quem desafia, Gary. Neste momento, você não seria capaz de vencer Silver. – Declarou Samuel, antes de erguer seus em direção a Silver e sorrir para o garoto. – Já faz muito tempo Silver. Como está o seu pai?

Silver sorriu de forma sincera, toda sua pose defensiva e um tanto hostil desaparecendo, enquanto ele caminhava para mais perto do pesquisador.

— Ele está ótimo. Apesar de que parece ter havido algum problema em um dos centros de reabilitação, e ele precisou sair cedo. – Comentou, lembrando-se de como seu pai tinha ficado irritado, por não o acompanhar até o laboratório naquele dia.

Samuel riu ao escutar aquilo.

— Isso explica o porquê de ele não estar com você. Vamos entrar, sua pokédex já está pronta. Você também, Ash, a menos que não queira mais um pokémon.

— Eu quero meu pokémon! – Gritou Ash, antes de subir as escadas correndo, deixando os outros para trás.

Silver riu da forma quase desesperada, com que Ash tinha gritado, antes começar a subir as escadas ao lado do pesquisador.

Eles entraram no laboratório e Samuel os levou até a sala onde estavam seus computares. Silver notou a máquina com as pokébolas no centro da sala, onde as três pokébolas contendo os iniciais de Kanto deveriam estar. Imediatamente, Ash correu para as três pokébolas, pegando a que estava marcada com um adesivo de gota d’água azul.

— Eu pensei a noite toda, mas eu finalmente me decidi! Eu quero começar com Squirtle! – Declarou, ativando a pokébola para libertar o tipo água.

Silver franziu a testa por um segundo, notando que a típica luz branca, que caracterizava a saída de um pokémon da pokébola, não aconteceu. Olhando por cima do ombro do garoto, ele notou a pokébola aberta e… vazia. Parecia que alguém já tinha escolhido Squirtle.

— Um treinador que chegou na hora marcada, já escolheu Squirtle. – Cantarolou Oak, sua voz soando com um pouco de divertimento, enquanto caminhava até sua mesa e recuperava uma pokédex e cinco pokébolas padrão desativadas.

Silver mordeu o lábio para não rir, ao ver a expressão envergonhada de Ash, antes dele correr para a pokébola com o adesivo de folha verde.

— Se é assim, então eu escolho Bulbasaur!

Silver notou que, outra vez, não houve nenhuma luz branca.

É por isso que não se chega atrasado a um compromisso importante.” Pensou, lembrando-se das longas palestras de seu pai, sobre a importância da pontualidade e as consequências de se atrasar para eventos importantes.

— Quem cedo madruga, Arceus ajuda. Quem acordou cedo, levou o Bulbasaur. – Cantarolou Oak, diversão brilhando em seus olhos escuros, enquanto caminhava em direção a Silver.

Nesse ponto, Silver estava pressionando uma mão contra sua boca, para não rir abertamente da situação de Ash. Seus olhos se voltaram para o pesquisador, que estava lhe estendendo a pokédex e as pokébolas.

— Existe algum pokémon para ele ainda? – Questionou baixinho, pegando os itens e guardando-os no bolso de sua calça.

— Apenas o curinga. Mas quero fazê-lo sofrer um pouco. Isso vai lhe ensinar a não se atrasar para um compromisso. – Afirmou, olhando para Ash pelo canto dos olhos, vendo o garoto choramingar segurando a pokébola vazia do tipo grama.

Silver lançou um olhar de piedade para o garoto.

O ‘curinga’, era como os pesquisadores chamavam um pokémon aleatório, que não fazia parte do trio inicial de sua região. Não era algo ruim, realmente. Silver poderia ser considerado um treinador que iniciou com um pokémon ‘curinga’. O problema real dos ‘curingas’ que eram dados aos iniciantes, era que, muitas vezes, eles eram pokémons selvagens sem qualquer tipo de treinamento. E um pokémon assim, não iria confiar ou obedecer seu treinador facilmente. Era, justamente por isso, que os treinadores iniciantes acordavam o mais cedo possível no dia da distribuição dos pokémons. Ninguém queria começar com um pokémon desobediente.

— Você se lembra de como a pokédex funciona? E o sistema de limite?

— Lembro. – Afirmou, lembrando-se das explicações de seu pai, sobre as funções da pokédex e do limite básico de pokémons.

— Bem, nesse caso, tudo o que posso lhe desejar é uma boa viagem, muitas aventuras e bons pokémons. – Declarou Samuel sorrindo, antes de ouvirem o grito desesperado de Ash. Parecia que ele tinha tentado a última pokébola.

Samuel suspirou e se despediu de Silver, antes de se virar e ir repreender um pouco mais o outro garoto.

Silver riu baixinho, antes de sair do laboratório.

Assim que chegou do lado de fora, Silver fechou os olhos e se permitiu inspirar o ar lentamente, antes de soltá-lo. Pegando a pokébola luxo de seu bolso, seus olhos verdes esmeraldas brilharam em alegria, enquanto ele sentiu um tremor de emoção subir por sua coluna.

Finalmente… era oficial.

Sua jornada estava prestes a começar!

oOoOoOoOo

Giovanni caminhava a passos rápidos pelo corredor branco estéril, passando por vários homens e mulheres vestindo jalecos brancos impecáveis. Algumas vezes, essas pessoas se curvavam em respeito, ou sussurrando um ‘bom dia senhor’. Em um momento diferente, Giovanni teria parado para cumprimentar corretamente as pessoas, mas ele estava com pressa. Ele podia sentir a adrenalina correndo por seu sangue, enquanto um frio se alojava em sua barriga.

A pouco mais de uma hora, ele estava em um de seus Centro de Reabilitação, na cidade de Saffron, quando um ele recebeu uma ligação de um de seus pesquisadores. Dr. Fuji, um de seus mais brilhantes cientistas, que atualmente estava à frente de seu projeto mais complexo no laboratório da cidade de Lavender. Giovanni, cujo humor não tinha sido um dos melhores, desde que ele não pode acompanhar seu filho até a cidade de Pallet e se despedir corretamente, teve qualquer sentimento negativo substituído por uma forte expectativa.

Imediatamente, ele embarcou em seu helicóptero e voou o mais rápido possível para a cidade Lavender. Ele precisava saber se, finalmente, Dr. Fuji tinha sido capaz de completar o projeto. Entrando na ala de pesquisa restrita do laboratório, Giovanni foi cumprimentado com a vista do Dr. Fuji em frente a um grande computador, enquanto revezava olhares para a tela e para um ovo pokémon, com dezenas de fios conectados em sua superfície.

Giovanni sentiu sua respiração falhar por um segundo, enquanto olhava para o ovo.

Ele deveria ter o tamanho de um ovo de avestruz, o que indicava que era um ovo jovem. Sua superfície era de um tom lilás suave, com manchas roxas mais escuras.

— Dr. Fuji. – Chamou, sua voz soando um pouco rouca.

Fuji se virou para encará-lo, um grande sorriso em seu rosto e seus olhos brilhando em puro fascínio e satisfação.

— Conseguimos, Sr. Giovanni! Nós conseguimos! – Exclamou, cheio de alegria, voltando seu olhar para a tela do computador, onde dezenas de dados surgiam, rodeando a imagem do que parecia ser um pequeno feto ainda disforme. – Depois de mais de cem tentativas fracassadas, nós finalmente conseguimos estabilizar seu DNA. O feto é saudável até o momento, a atividade elétrica de seu cérebro é incrível até o momento. Posso arriscar o palpite, dizendo que ele será um tipo psíquico com esse tipo de atividade cerebral em um período tão prematuro de sua formação.

Giovanni fechou os olhos, um sentimento de realização preenchendo seu peito.

Eles tinham conseguido… depois de anos de pesquisa… depois de tantos fracassos… eles finalmente tinham conseguido. Verdade seja dita, aquele não era seu objetivo original, mas era algo ainda mais incrível.

Ele caminhou até o ovo, tocando sua superfície com cuidado e suavidade. Ovos de pokémon era tão sensíveis sendo capazes de sentir o mundo que os rodeava, mesmo antes do nascimento, ainda mais o ovo de um provável tipo psíquico.

— Quando ele estará estável o suficiente para ser levado? – Questionou, seus olhos nunca deixando o ovo.

— Hm… se a resposta biológica do feto continuar nesse ritmo, creio que em dois ou três dias. O senhor pretende leva-lo a uma das reservas, ou centro de reabilitação? – Perguntou, franzindo o cenho um pouco preocupado.

Aquele ovo não seria como nenhum outro pokémon. Ele era uma espécie completamente nova. Seria único até se tornar maduro o suficiente, para iniciar seus próprios instintos de reprodução. Fuji não conseguia acreditar que, colocar aquele ovo junto aos demais pokémons seria uma boa ideia.

— Não. Eu tenho outros planos para ele. – Afirmou, com um sorriso em seu rosto, afastando sua mão do ovo.

Dr. Fuji franziu a testa, tentando entender o que Giovanni estava planejando.

Algumas vezes, o líder da Equipe Rocket era muito misterioso.

oOoOoOoOo

Dentro do ovo, um pequeno ser se contraiu, em resposta os sentimentos que o cercavam.

Era tão estranho e um pouco assustador.

Em um momento, ele estava cercado por sentimento eufóricos, então ele sentiu como se algo o pressionasse, deslizando sobre ele em um toque agradável. Foi quando ele sentiu sentimentos de alegria e curiosidade cercando-o.

Ele conseguiu ouvir vozes, mas elas soando de forma tão estranha, ao ponto que ele não era capaz de compreender o que diziam.

As vozes pararam por um momento e ele sentiu-se estranhamente cansado. Era como se ele não tinha mais energia para se concentrar no que o cercava.

Ele voltou a se contrair e emitir um pequeno bocejo, antes de adormecer.

Talvez, quando acordasse de novo, ele seria capaz distinguir melhor aquelas vozes e os sentimentos que o cercavam.


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Notas finais do capítulo

Oi galera!
Eu sei que demorei para postar, mas é realmente difícil escrever uma fic de Pokémon x_x' Eu tendo sempre imaginar as coisas na minha cabecinha um milhão de vezes, antes de escrever, mas espero que todos estejam gostando.
Sei que não aconteceu muita 'coisa' nesse cap, mas no próximo teremos um pouco mais de ação. Pretendo fazer o Silver capturar, pelo menos três pokémons no próximo capítulo. Alguém tem um pokémon que queira que o Silver tenha? Por favor, limitem-se aos da primeira gen! XD
Ah, alguém aí chuta quem é o pokémon do ovo? xP Acho que não é um grande mistério kkkk
Espero que todos estejam gostando.
Não se esqueçam de conferir as minhas outras duas fic 'Hi no Hana' e 'Beloved'. Elas também são fanfics cross de HP, só que com Naruto ;P
Beijinhos e até mais! õ/



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