Pokémon - Alma de Prata escrita por Lady Kitsune


Capítulo 2
Capítulo 1: Interlúdio




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Giovanni estava sentado em uma das confortáveis poltronas do consultório de psicologia infantil, tentando manter-se distribuído o melhor que podia. Se leal e amado Persian estava deitado aos seus pés, com os olhos vermelhos fixos na porta do psicólogo.

Fazia pouco mais de um mês que Giovanni tinha encontrado a criança na rua. Depois de levá-la até o Templo da Luz em Kalos, para que a energia pura de Xerneas purificasse sua cicatriz, o líder de ginásio tomou a decisão de adotar a criança. Quando o menino acordou assustado, ele foi rápido em explicar que tudo estava bem e não havia qualquer perigo. Demorou um pouco, mas Giovanni conseguiu acalmá-lo e perguntar seu nome. Dizer que o presidente da Rocket Enterprise não estava feliz, quando o menino se apresentou como 'Anormal', era como dizer que Pidgeys podem voar: um eufemismo.

Depois disso, se Giovanni tinha qualquer dúvida que o menino tinha sido abusado, as dúvidas tinham terminado.  Prontamente, ele entrou em contato com a Oficial Jenny e deu início com a papelada de adoção. Escolher um nome para seu filho não foi algo difícil, já que ele sempre soube como iria chamar seu primeiro filho: Silver, em honra a Lugia.

Giovanni sabia que não seria fácil cuidar do menino. Silver tinha sido seriamente abusado e acreditava que não merecia ser amado. No começo, ele pensou que tudo o que o menino precisava era de tempo, paciência e amor. Quando Silver tinha implorado para que Giovanni não lhe batesse, depois de quebrar acidentalmente um dos caros vasos que decoravam a casa, Giovanni percebeu que seu filho iria precisar de ajuda especializada.

Foi assim que ele terminou sentado na sala de espera daquele consultório, enquanto seu filho passava por uma consulta. Já fazia mais de uma hora e Giovanni estava começando a ficar preocupado.

Quando a porta do consultório se abriu, e a psicóloga Helena saiu, sendo seguida por um sorridente Silver segurando um pacote de biscoitos, Giovanni saltou da poltrona e caminhou até eles.

— Doutora.

Helena sorriu para o líder de ginásio.

— Silver, eu vou conversar com seu pai por um momento. Você pode esperar aqui?

Silver não respondeu, ele apenas acenou e caminhou até onde estava Persian, ajoelhando-se no chão e abrindo o pacote de biscoitos, para dividir com o pokémon gato.

Giovanni deu um último olhar para seu filho, antes de seguir a psicóloga para dentro da sala.

— Sente-se Sr. DiNozzo. – Pediu, indicando uma das poltronas da sala.

Giovanni tomou seu lugar e se permitiu analisar a sala. Havia vários brinquedos espalhados pelo chão, alguns nas prateleiras. As paredes mais pareciam um mural, coberto por desenhos coloridos e um tanto abstratos.

— Como ele está? – Perguntou por fim, seu olhar encontrando com o da doutora.

— Eu não vou mentir, Sr. DiNozzo. Silver foi seriamente abusado. Sua confiança e autoestima são incrivelmente baixas. Ele é uma criança inteligente e curiosa, mas ele tem medo de expressá-los, devido ao abuso. Suas cicatrizes emocionais são grandes e profundas, e estão longe de serem totalmente curadas.

Giovanni suspirou cansado. Como ele desejava saber o nome dos desgraçados que fizeram isso com seu filho.

— O que a senhora sugere?

— Primeiro, terapia. Podemos marcar uma sessão por semana, para ajudá-lo a lidar com o abuso. Segundo, seria bom estabelecer uma rotina. Para uma criança jovem, rotina significa segurança e estabilidade. Para uma criança traumatizada como Silver, isso é vital para seu desenvolvimento a partir de agora.

Giovanni assentiu em entendimento.

Ele não tinha estabelecido uma rotina para Silver, com medo de sufocar o menino traumatizado. Na verdade, ele não sabia como fazer uma rotina boa o bastante para uma criança. Sua mãe o tinha sufocado com estudos e uma infância um tanto tensa, antes que ele fosse capaz de sair de casa para ir em sua jornada.

— Eu… não sei como dar-lhe uma rotina sem acabar sufocando-o ou pressionando-o demais. – Admitiu. Não era hora de ser orgulhoso. Ele precisava saber exatamente o que fazer, para o bem de Silver.

Helena pareceu um pouco surpresa, antes de puxar um bloco de papel e começar a escrever algo rápido.

— Primeiro, estabeleça um horário para que ele acorde e durma, como ele é só tem quatro anos, uma soneca da tarde também é uma boa opção. Estabeleça um horário para as refeições e, se possível, o senhor deve participar delas. A presença paterna ajuda na estabilidade e no desenvolvimento do mapa do amor de uma criança. Atividades educativas são melhores introduzidas na parte da manhã. Comece ensinando-o a ler e escrever, então introduza um pouco de história e lendas. A tarde pode ser dividia em atividades esportivas e domésticas. Ensiná-lo coisas pequenas, como: cozinhar, primeiros socorros e escalada é ótimo, levando em conta que muitas crianças escolhem se tornar treinadores pokémon mais tarde. Uma atividade artística também é sugerível para fazer no fim da tarde. Isso pode ajudar a relaxar e a manter ensiná-lo a concentração. Por fim, antes de dormir, o senhor deve ler uma história para ele. – Explicou, antes de entregar a folha em que estava escrevendo para o líder.

Giovanni olhou para a folha, vendo que havia um esboço de um horário.

— O senhor pode alterar aos poucos a rotina, conforme Silver vai crescendo.

Giovanni concordou, mentalmente pensando em seu próprio horário. Ele teria de mudá-lo um pouco, mas não era algo impossível de fazer. Se era para o bem de Silver, então ele o faria sem pensar duas vezes.

oOoOoOoOo

Fazia dois anos desde que Giovanni adotou Silver.

Os primeiros meses tinham sido difíceis, devido ao trauma do menino, mas com a ajuda de Helena e com paciência, Giovanni viu seu filho se transformar em uma criança alegre e desinibida, com um coração de ouro.

Após a primeira sessão de terapia, Silver ia toda a segunda-feira e sexta-feira para uma nova consulta. Demorou quase três meses, para que Giovanni finalmente notasse as pequenas mudanças. A mudança foi sutil… Silver começou a falar mais, fazer pequenas perguntas e já não encarava o chão com tanta frequência. É claro que houve altos e baixos, durante todo o processo. Sete meses depois de ter adotado Silver, Giovanni testemunhou a primeira manifestação de poderes psíquicos de seu filho.

Eles tinham ido visitar uma das reservas patrocinadas pela empresa de Giovanni, próxima ao Mt. Silver. Seu filho tinha sido animado, com a ideia de visitar um local que tinha o mesmo nome dele. Tudo estava indo bem. Eles tinham sido recepcionados pelos rangers da reserva. Eles passearam pela reserva no jipe. Silver estava encantado com ver tantos pokémons selvagens em seu ambiente natural. Giovanni tinha ficado feliz, vendo o brilho de alegria nos olhos de seu filho. O ranger que os acompanhava aceitou parar perto de um pequeno grupo de Kangaskhans, permitindo que Silver se aproximasse do grupo.

Foi quando as coisas começaram a desandar.

Um grupo de caçadores apareceu, começando a atacar o grupo de Kangaskhans. Giovanni agiu rápido, convocando seu Alakazam para a batalha, enquanto ranger tentava evacuar os Kangaskhans para protege-los dos caçadores. Em meio a toda a confusão causada pelos caçadores, Giovanni tinha perdido Silver de vista por alguns segundos. Foram apenas poucos segundos, mas foi o suficiente. Um caçador tinha conseguido passar por Giovanni, indo sobre um pequeno bebê Kangaskhan. O caçador apenas disparado uma rede elétrica contra o bebê Kangaskhan, quando Silver agiu para tentar proteger a pequena criatura, se colocando entre ela e a rede. Antes que Giovanni pudesse enviar um de seus outros pokémons para proteger seu filho, ele viu a rede congelar no meio do ar, antes de se virar e arremessar-se contra o caçador que a tinha lançado. Por um longo momento, depois que todos os caçadores tinham sido devidamente capturados e as autoridades contatadas, Giovanni pensou sobre o incidente. Antes de qualquer coisa, ele tinha questionado seu Alakazam, para ter certeza de que não tinha sido ele o responsável pelo ocorrido. Depois que isso foi feito, Giovanni sentou-se com Silver na varanda da pequena sede dos Pokémons Rangers, e começou a questioná-lo.

Dizer que a reação de Silver tinha sido ruim, era pouco. O menino tinha entrado em pânico, acabando por fugir para dentro da floresta. Giovanni, com a ajuda dos rangers, tinham procurado o menino durante horas, até o nascer do sol. Quando eles voltaram para a sede, prontos para pedir reforços, eles foram surpreendidos, ao encontrar a mãe do bebê Kangaskhan que Silver tinha protegido esperando-os, com o próprio Silver adormecido em sua bolsa junto do filhote.

Giovanni nunca foi tão agradecido pelos instintos maternais dos pokémons, como ele tinha sido naquele dia.

Quando Silver acordou, Giovanni o segurou com firmeza em seus braços, antes de conversarem sobre o que tinha acontecido. No final, Silver tinha admitido que 'coisas estranhas' sempre aconteciam a sua volta, quando ele estava com medo ou raiva. E, quando isso acontecia, seus parentes ficariam furioso com ele e o puniriam.

Com paciência, ignorando o próprio desprezo em relação a forma como seu filho tinha sido tratado, Giovanni explicou que Silver não era uma aberração e que ele não estava bravo pelo o que tinha acontecido. Ele também explicou que poderes psíquico eram raros, mas haviam outras pessoas que possuíam esses talentos. Que era um talento raro e isso fazia com que Silver fosse ainda mais especial.

As coisas foram um pouco tentas depois. Silver ainda parecia inseguro sobre seus poderes, ao ponto de ter regredido um pouco. Quando Helena questionou Giovanni, ele explicou sobre os dons do menino e como seus parentes tinham reagido a eles. Helena sugeriu que Giovanni apresentasse outros psíquico para Silver.

E foi isso que Giovanni fez.

Ser líder de ginásio tinha suas recompensas afinal.

Ele entrou em contato com Will, o especialista do tipo psíquico da Elite 4 de Kanto, e com Lucian, o especialista em tipos psíquicos de Sinnoh. Depois de explicar tudo, os dois membros da elite concordaram em visitar, para ajudar o pequeno paranormal a aceitar seus dons e aprender a trabalhar seus talentos. 

Não foi fácil, mesmo com a ajuda inicial de Will e Lucian. Os dois psíquicos precisaram fazer inúmeras visitas, sempre com motivos falsos, para que Silver começasse a se sentir confortável com seus poderes. Foram quase cinco meses, depois de assistir uma batalha entre um treinador iniciante e Will, que Silver perguntasse ao Elite como seu pokémon sabia o que fazer, mesmo que Will não lhe desse qualquer comando durante a batalha. Quando Will explicou o elo mental que dividia com cada um de seus pokémons e como o usava como uma vantagem nas batalhas. Silver tinha ficado fascinado com a ideia de ser capaz de compartilhar pensamentos com pokémons e, com isso, ser capaz de saber o que eles pensavam e como se sentiam.

Aquela foi a primeira vez que Silver ficou empolgado em ser ‘diferente’.

Giovanni tinha ficado aliviado, ao ver seu filho tão empolgado com algo em relação aos seus poderes.

Silver pediu para que Will e, posteriormente, Lucian lhe ensinasse a criar um elo com os pokémons. Os dois Elite lhe ensinaram os exercícios básicos, para que ele conseguisse desenvolver seus poderes lentamente, de forma saudável, e, quando Silver recebesse seu primeiro pokémon, ele poderia criar um laço com ele.

Apesar de todos os altos e baixos, e das dificuldades, a cada dia que se passava, Giovanni tinha cada vez mais certeza de que ele tinha tomado a decisão certa naquela noite. Ele não poderia imaginar seu mundo sem seu filho amado.

oOoOoOoOo

Silver olhou para seu pai, sentado à sua frente na mesa, enquanto jantavam. Persian estava com eles, comendo sua própria ração.

Ele estava um pouco nervoso, o que era evidente pelo fato de não ter comido quase nada, apesar de que lagosta ao molho de coco ser um de seus pratos favoritos, e que seu lábio inferior já estava vermelho, de tanto que ele o tinha mordido.

Giovanni tinha pensado em questionar o que o tinha deixado tão nervoso, mas preferiu esperar para que Silver falasse sozinho. Helena tinha lhe dito, mais de uma vez, que ele precisava respeitar o tempo de Silver para falar as coisas. Que esse era o único e o melhor modo, para que seu filho desenvolvesse uma melhor autoconfiança.

Depois do que parecia ser uma eternidade, Silver falou:

— Hm… papai… o senhor sabe que dia é domingo?

Giovanni franziu o cenho ao escutar a pergunta.

É claro que ele sabia que dia era domingo. Domingo era o aniversário de Silver: 31 de Julho. Seu filho estaria fazendo sete anos. Ele só não entendia o porquê de Silver lhe perguntaria aquilo. Giovanni poderia se orgulho de que, apesar de sua agenda apertada e responsabilidades tanto como presidente da Rocket Enterprise e Líder de Ginásio, ele nunca tinha esquecido do aniversário de seu filho… foi então que algo lhe ocorreu.

Um pequeno sorriso se desenhou em seus lábios.

Silver queria lhe pedir algo especial para seu aniversário. Durante todos aqueles três anos, nenhuma vez Silver lhe pediu algo específico. Fosse para seu aniversário, ou para o natal. Giovanni, é claro, tinha aprendido a se manter atento aos pequenos olhares de seu filho, para saber o que ele iria querer mais. Como quando ele pegou Silver olhando atentamente para algumas crianças andando de bicicleta na rua, ou quando Silver tinha passado alguns minutos mais do que o necessário olhando para uma vitrine na loja de brinquedos. Helena tinha lhe dito para ser paciente com Silver sobre isso. E, ao que tudo indicava, a paciência de Giovanni estava prestes a ser recompensada.

Mentalmente, Giovanni prometeu a si mesmo que, fosse o que fosse que seu filho lhe pedisse, ele iria conseguir.

— Como eu poderia não saber? Domingo é seu aniversário. – Respondeu por fim, um pequeno sorriso em seus lábios. – Você sabe que eu nunca esqueço essa data.

Silver se remexeu em sua cadeira, apertando um pouco mais o garfo em suas mãos.

— Eu sei… eu… seu só queria…

— Você queria? – Perguntou, tentando estimular seu filho a pedir o que queria.

— Eu só… eu só queria saber se… se eu poderia pedir algo especial, para o meu aniversário…

Giovanni sorriu abertamente ao escutar aquilo.

— É claro que sim, Silver. Você pode pedir o que quiser. É seu aniversário. Seu dia especial.

Silver sorriu com sua resposta. Um sorriso tão puro e brilhante, que encheu o coração do mais velho de alegria.

— Então… tudo bem se eu quiser um pokémon?

Giovanni se surpreendeu com o pedido, apesar de que, ele já deveria estar esperando por isso. Seu filho amava pokémons mais do que tudo, e já tinha expressado seu desenho de fazer sua própria jornada quando completasse dez anos.

— Um pokémon? – Repetiu, tentando imaginar que tipo de pokémon seu iria querer.

— Sim… eu… eu quero muito ter o meu próprio pokémon, papai. Sei que ainda não posso sair em uma jornada, mas… mas eu posso ter um pokémon, não é?

— Sim, você pode ter um. Algum pokémon em especial que você queria? Talvez um tipo específico? – Perguntou, tentando fazer uma lista em sua própria cabeça, dos melhores pokémons para uma criança na idade de Silver.

Jovens treinadores de Kanto sempre começavam com Bulbasaur, Charmander ou Squirtle, mas haviam casos em que as crianças recebiam um pokémon de presente de seus pais. Eram sempre pokémons bebês, cuja personalidade seria fácil para uma criança lidar. Em sua maioria, os pokémons tendiam a serem Eevees e Growlithes.

— Não, eu não tenho uma preferência. – Silver estava sendo sincero sobre isso. Todos os pokémons eram incríveis aos seus olhos.

Giovanni sorriu com a resposta.

— Vou falar com alguns criadores que conheço, e ver se consigo um pokémon para o seu aniversário. – Respondeu por fim, sendo recompensado com um amplo sorriso de seu filho.

Giovanni sabia que não seria assim tão fácil.

Cada pokémon tinha sua própria época de acasalamento, assim como cada pokémon tinha sua própria época em que os filhotes poderiam deixar seus pais. Havia os mais independentes, que deixavam os ninhos poucas horas depois de nascer, mas esses não tinham as melhores personalidades para serem os primeiros parceiros de uma criança na idade de Silver. Ele só teria de rezar, para que algum de seus contatos tivesse uma ninhada pronta de um bom parceiro para seu filho. Ou isso… ou Giovanni teria que tomar a situação em suas próprias mãos, e capturar um pokémon selvagem para Silver, o que não seria a melhor das soluções. Um pokémon selvagem, dificilmente obedeceria uma criança que não o tinha capturado por conta própria.

oOoOoOoOo

Silver tinha acordado muito animado na manhã de seu aniversário.

Ele tinha corrido para a sala de jantar, ainda em seus pijamas, para encontrar seu pai sorrindo abertamente para ele. A mesa estava posta com seus pratos favoritos de café da manhã, incluindo um bolo de chocolate. Porém, o que atraiu imediatamente o olhar de Silver, foi a grande caixa de presente sobre a mesa. Havia buracos na lateral, para permitir a passagem de ar, o que significava apenas uma coisa: ali estava o presente que Silver tanto queria.

— Feliz aniversário filho, venha abrir seu presente. – Chamou Giovanni, não podendo esconder seu próprio sorriso ao ver o olhar fixo de Silver para a caixa.

Silver andou até onde a caixa estava. Ele podia escutar o som de uma respiração e de algo arranhando o fundo de papelão da caixa. Erguendo o olhar para encarar os olhos escuros de seu pai, Silver mordeu o lábio um tanto nervoso, antes de levar ambas as mãos em direção a tampa da caixa. Prendendo a respiração por um segundo, Silver puxou a tampa, apenas para ver um algo marrom saltar de dentro da caixa em sua direção, derrubando-o no chão com um baque surdo.

Silver gemeu de dor com a queda, antes de escutar um latido animado acima de seu peito. Abrindo os olhos, ele quase não pode acreditar ao encarar o pokémon sobre seu peito. Ele era pequeno, semelhante a um filhote de cachorro, com a pelagem marrom clara e grandes olhos azuis claros. Ao redor de seu pescoço havia um tipo de colar de pequenas pedras.

O pokémon latia e abanava a cauda feliz, seus olhos encarando o humano a sua frente cheio de ansiedade e expectativa.

— Este é Rockruff, um pokémon do tipo rocha, natural da Região de Alola. – Explicou Giovanni, não podendo conter uma risada leve, ao ver a forma hipnotizada com que Silver encarava o pokémon filhote. – Você gostou dele, Silver?

A pergunta de seu pai, fez com que Silver recuperasse a fala.

— É perfeito papai! – Exclamou cheio de alegria, antes de se sentar e encarar Rockruff, estendendo sua mão para o pokémon. – Prazer em conhecê-lo, Rockruff. Meu nome é Silver e o meu objetivo é superar o meu pai e me tornar um Mestre Pokémon! Você quer ser o meu parceiro?

Rockruff latiu em resposta, saltando sobre Silver e esfregando seu colar de pedras contra o garoto, fazendo-o rir.

Giovanni sorria enquanto observava o início da ligação entre treinador e pokémon se estabelecer. Ele sabia que seu filho seria um grande treinador, e estava ansioso pelo dia em que Silver entrasse em seu ginásio para um desafio oficial.

Mas, por agora, ele poderia ser dar ao luxo de apenas aproveitar a infância de seu filho.

~~{Continua…}~~


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Notas finais do capítulo

Oi gente =D
Esse é mais um capítulo introdutório, sobre como a vida do Silver (Harry) com Giovanni começou. Como eu mencionei no capítulo, Silver possui poderes psíquicos, que são a magia. O motivo de eu ter feito isso é simples: para aqueles que lembram do episódio em que a Sabrina aparece, dá para entender que os poderes psíquicos podem alterar facilmente a realidade e fazer coisas surpreendentes (como quando a Sabrina transforma a Misty e o Brock em bonecas). Por isso, decidir fazer assim: para aqueles que vivem nas Regiões de Pokémon, eles entendem esses poderes como ‘habilidades psíquicas’, e para aqueles que vivem nos ‘Países Isolados’, eles endentes esses poderes como ‘magia’.
Agora, sobre o primeiro pokémon do Silver. Eu estava realmente em dúvida sobre qual seria o pokémon do Silver. Por um momento, pensei em fazê-lo ter o Pikachu, ou começar com um Eevee ou Growlithe. Até pensei em optar por um Meowth ou Vulpix Alola Form. Mas no final, o Rockruff acabou me ganhando xP Acho que o fato dele ter três tipos de evolução, conforme o horário em que ele evoluí meio que me ganhou xP
Espero que estejam todos gostando, não se esqueçam de deixar seu comentário e acompanhem a minha outra fanfic (Hi no Hana), que é um cross de HP+Naruto =D
Beijinhos e até a próxima ô/



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