(Ponto de vista)Ashley

Eu acordo ás 6:00 da manhã e coloco o uniforme da universidade. Eu vou escovar os dentes e etc,então saio do dormitório. Twilla estava na frente do dormitório andando de um lado para o outro,parecia estar preocupada.

—Oi... Tá tudo bem com você?

—Não.

Eu senti que ela estava tensa. Não tem como evitar,eu conheço a Twilla como a palma da minha mão.

—Por que? Me fala,eu estou a ouvidos.

—É que ontem á noite a Cassey disse que iria fugir da faculdade e eu não vi ela o dia todo hoje.

—Você não acha que ela se...

Coloco minha mão sobre meus lábios e vi a gravidade do problema...

—É culpa minha,Twilla?

—Não. Não é culpa sua mas eu acho que se eu não ficasse o tempo todo do lado da Giulia,com certeza eu não estaria preocupada com isso.

—Mas a Giulia e o Mark estão juntos desde que eu me conheço por gente(Nossa que exagero),basicamente quem errou foi a Cassey.

—Tem razão. Mas isso não muda o fato da Cassey ser uma bebê chorona dramática que faz de tudo pra ter tudo oque ela quer.

—Eu não quero nem ver no que essa história vai dar. Tomara que ela não tenha feito oque eu acho que ela fez.

A coisa estava meio complicada,ou melhor,muito complicada. Eu me senti extremamente culpada... Da Cassey ter sumido. Tipo eu não devia estar,mas talvez ela tenha sumido porque tem ciúmes da irmã e só quis fazer isso pra chamar a atenção.

(Ponto de vista)Giulia

Eu estou tão entediada... Sabe oque é ficar o dia inteiro sem poder se locomover?

—Oi,tenho novidades.

Eu levei um susto quando a porta se abriu,mas era só o George.

—Oi. Quais novidades?

—Giulia,lembra sobre aquilo que conversamos ontem? Então,era engano,desculpe.

—Tudo bem... Pelo menos eu não vou perder vários dias de aula por causa da cirurgia.

—Você está otimista hoje?

—Não,só entediada. Muito entediada. Não tem nada de interessante por aqui?

—Não,desculpe. Mas não vai demorar muito pra você sair do hospital e poder fazer a faculdade.

—Ótimo,eu tava quase morrendo aqui. É sério,o hospital é muito chato.

—Você é bipolar,muito bipolar.

—Por que?

—Uma hora está otimista e noutra está reclamando de tudo.

Eu reviro os olhos e dou um sorriso bobo,ele dá um riso.

—Seu bobão.

—Você sabia que antes de ontem o David veio te visitar? Você ainda estava inconsciente.

—Ah... E o que ele disse?

—Ele ficou se culpando e disse que devia cuidar melhor de você,depois teve um daqueles ataques nervosos que ele sempre tem.

—A culpa não é dele,a culpa é minha de ser tão trouxa e burra.

Ele ficou discutindo comigo dizendo que "a culpa" não foi minha. Mas foi sim,eu devia ter desconfiado que os dois estavam juntos debaixo do meu nariz.

(Ponto de vista)Touby

Eu estava chegando no colégio e sinto aquela dor de cabeça matinal. Eu paro de andar um pouco e fecho os olhos,fazendo minha dor de cabeça parar um pouco.

—Touby,você está bem?

Eu escuto uma voz feminina que eu não consegui discernir me perguntando isso.

—Eu ...

Eu estava pronto para terminar a frase,mas automaticamente paro e não consigo completar.

—Sim ou...Não? Você está estranho hoje. Seu olhar está estranho.

—Olhar? Como assim meu olhar? Banny,eu não estou entendendo nada.

—Eu não sei,tipo você está meio travado e sua língua está um pouco presa pra falar.

Eu tentei falar algo mas novamente aquela travada nas palavras me vem á tona.

—Touby,me fala! Eu sou sua amiga desde o sexto ano,você pode contar comigo.

—É,você é minha melhor amiga. Mas isso é tipo muito delicado.

—Você é gay?

—Hã? Gay? Não. Nada contra,mas eu não sou gay não.

—Então o que é?

—Me promete que não vai... Não vai... É...

Falha na memória... Isso não pode estar acontecendo.

—Eu prometo que não vou falar pra ninguém.

—Obrigado,Banny. Eu... É... Ai droga,de novo. Calma,eu vou tentar lembrar.

—Fique a vontade,amigo Bambi.

—Amig... Hey,do que você me chamou?!

—Fala logo!

Eu fiquei uns 3 minutos tentando lembrar até que eu consegui. Foi difícil já que toda vez que eu tentava forçar minha memória,a minha cabeça dói.

—Eu tenho câncer no cérebro.

A Banny me olha séria e fica boquiaberta... Depois entra em choque. Ela ficou parada me olhando de boca aberta,isso é mania.

—Banny,quer parar com isso? Você as vezes me assusta.

—Eu te assusto?

Ela disse se aproximando um pouco brava.

—Você não me conta mais nada. Você que me assusta.

—Eu descobri sobre isso ontem. Eu acho que logo,logo eu vou partir dessa pra melhor.

—Não diga isso,eu sou sua amiga e vou estar do seu lado para oque der e vier.

Damos um toque de mão e ficamos batendo papo até o sinal tocar. A Banny é minha melhor amiga mas eu confesso que não queria contar isso pra ela. Odeio deixar as pessoas preocupadas.