(Ponto de vista)Benjamin

Eu estava mexendo no PC,então eu recebo uma ligação. Quando atendo,pude perceber que a Smurf estava com uma voz de choro...

—Calma Smurf,o que aconteceu?

—Benjamin,a Giulia foi atropelada e ela tá passando por uma cirurgia.

—Me explica direito,por favor! E cadê o Mark? Ele não sabe?

—Não,Ben. Ele não sabe...

A voz da Smurf estava extremamente rouca e baixa. Eu tentei manter a calma,mas acabei ficando nervoso com isso... A Giulia é uma das minhas melhores amigas e eu provoco ela desde a primeira série,isso não pode estar acontecendo.

—Smurf,isso é trote?

—Q-Queria que fosse.

—Calma,fica calma,o médico disse que você não pode ficar nervosa.

—Não tem como ficar calma,não tem como relaxar em um momento desses! É difícil,sabia?

—Eu sei que é difícil,eu... Eu nem tô acreditando.

Eu estava quase rindo,essas meninas vão me deixar maluco.

—Do que você tá rindo?!

—Pra não chorar,vocês estão fodendo com meu psicológico.

Ela respira fundo e dá um soluço.

—Pode vir aqui no hospital?

—Tem uma coisa que eu preciso contar á você.

—Coisa? Que coisa?

(Ponto de vista)Angel

Eu fiquei imaginando oque poderia ser. Talvez fosse algo bom,mas... Não. Não era nenhum pouco bom.

—Eu vou fazer faculdade na Alemanha. Me perdoa,amor.

Quando ele disse isso,eu respirei fundo e desliguei o telefone. Eu coloco meu rosto entre as minhas mãos e começo a chorar descontroladamente. O que tá acontecendo? Tudo está dando errado! Parece que estava tudo bem até que PUF. Tudo desabou. Fico ali sentada por alguns minutos até Benjamin chegar.

—Desculpe a demora,Smurf.

Ele se aproxima e me beija.

—Ben,cadê o Mark?

—Eu não sei,não vi ele o dia todo.

—Benjamin...

Meu tom de voz estava meio desapontado e eu estou tentando não chorar mais ainda,está sendo um sufoco.

—Se você ir pra Alemanha,a gente não vai poder ficar junto.

—Por que?

—Você vai conhecer garotas novas e provavelmente vai se cansar do namoro á distância,principalmente se é em outro continente.

—Mas e o nosso filho?

Eu respiro fundo e ele pega em meu rosto.

—Eu vou fazer de tudo pra ficar o mais perto possível de Los Angeles,nem que eu tenha que viajar todo final de semana pra cá.

—Mas a Alemanha é de onde você veio.

—Não é só porque eu sou de lá que eu tenha que ficar lá. Você gostaria de ficar na Europa longe dos seus amigos e familiares?

—É claro que não.

—Eu também não gostaria.

—Mas se você não for,vai perder a faculdade.

—Um ano não faz diferença.

—É você que pensa.

Ele se senta em uma das poltronas ao meu lado e manda uma mensagem para o Mark. Espero que ele responda,se não eu mato o Mark.

(Ponto de vista)Mark

Cassey já tinha ido embora. Eu só fiquei pensando,foi tudo tão rápido. Primeiro ela começou me beijando,aí ficou insistindo pra conhecer a minha irmã gêmea,já que ela também tinha uma. Depois quis ir pro meu quarto,trancou a porta e aconteceu. Só aconteceu,sei lá oque deu em mim(Mark,seu filho da mãe eu confiava em você! :P).

Eu recebi uma mensagem do Benjamin e a gente começa a conversar.

Benjamin-Mark,cadê você??

Mark-Eu estou em casa,aconteceu alguma coisa?

Benjamin-O que estava fazendo?

Mark-Jura que não conta pra ninguém?

Benjamin-Fala logo,viado.

Mark-Eu acabei ficando com a Cassey e a Giulia me pegou no flagra.

Benjamin-Eu ainda te mato. Cê vai morrê. Ninguém trai a minha amiga >:[

Mark-Fala logo oque aconteceu,caralho

Benjamin-A GIULIA TÁ PASSANDO POR UMA CIRURGIA,SABIA DISSO OU TAVA OCUPADO COM A CASSEY?!

Mark-Calma,nem foi tão ruim assim... Na verdade foi... Sei lá.

Benjamin-Eu sei,você é um  babaca. Vem logo,caralho

Ok,agora o Benjamin também ficou zangado comigo,eu nem devia ter falado. Mas não iria adiantar,pois a Giulia com certeza falaria.

Agora fiquei tenso.

Se é uma cirurgia,a coisa não é nada simples de resolver. Eu vou é agora pro hospital. Eu estou me sentindo muito culpado,como se a culpa tivesse sido minha dela ter se acidentado. Se fosse igual aquela vez que as amigas da Ashley bateram nela,seria tão mais fácil...

Começo com alguns soluços e logo isso vira um mar de lágrimas e mais lágrimas enquanto ia até o hospital de bicicleta.

(Ponto de vista)Aiko

—Ok,deixa eu ver se eu entendi. Você é meu ficante que veio da Califórnia até a França só pra me ver?

—É isso aí.

—Desculpe,eu... É que eu não estou conseguindo me acostumar com isso.

—Mas logo vai,acredite. Eu vou te fazer feliz.

—Kewin,olha,eu... Eu não consigo me lembrar de nada,nem dessa tal Angel,nem Giulia,nem Benjamin ou Mark.

—Mas quando você for pra Los Angeles vai lembrar,eu prometo.

—Como soube que eu vou pra Los Angeles?

—Digamos que sua avó resolveu me contar tudinho. Aliás,seu cabelo cresceu bastante e você está ficando com o cabelo mais claro. Acho que é por conta do frio que faz aqui.

—É,eu também acho.

Nós rimos e a vovó traz um pote cheio de biscoitos.

—Kewin,só uma pergunta. Eu fiquei numa dúvida,você deve saber disso ou não... Ah,sei lá,só me responde.

—Pode perguntar... Eu acho.

—Eu sou virgem ou não?

A vovó estava quase rindo. Eu perguntei porque eu sou dessas,não tô nem aí se isso é constrangedor.

—Tá,eu vou responder e não,você não é virgem.

—Como você sabe,alguém te contou?

A vovó ainda estava quase rindo desse momento e Kewin estava muito,muito vermelho.

—Eu acho melhor eu ir,aliás adorei os biscoitos!

Ele se levanta e sai tropeçando em tudo. Ué,eu fiz alguma coisa? Não entendi. Ele deve ser virgem e tá com vergonha de falar disso.

—Vovó,eu fiz alguma coisa?

—Não,mas isso foi estranho. É que vocês dois tinham ficado ou seja lá oque for.

—E daí?

—Os jovens de hoje em dia são tão complicados! Na minha época os namoros eram muito mais comportados e falar sobre isso que você acabou de falar era muito feio.

—Ainda bem que eu não nasci na época do feudalismo.

—Aiko! Eu não sou tão velha assim.

—Mas parece.

Eu falei cochichando e a vovó não ouve. Ainda bem,depois que a mamãe e o papai morreram,ela foi a única pessoa da família que restou. Mas ainda não encontraram a Yumi,ninguém mais teve notícias dela. A Yumi é a minha irmãzinha de 5 anos,ou era... Ninguém sabe.

—Vovó,você poderia ir comigo para Los Angeles. Não quero ficar longe de você em nenhum momento da minha vida.

—Eu não posso,querida.

—Por que não?

—Sou uma estilista,não posso ir a outro país que eu não esteja trabalhando. No próximo mês eu tenho que ir para a Suécia e você sabe disso.

—Eu sei,me desculpe. Eu nunca mais vou ver a senhora,não é mesmo?

—Nunca mais não... Nos veremos de vez em quando.

Vai ser difícil,muito difícil. Mas tenho que aceitar ou eu nunca vou ter um futuro...