Maneiras de dizer eu te amo escrita por Cuddly, Maegor


Capítulo 42
Capítulo 42: O acidente


Notas iniciais do capítulo

Fiquei planejando esse capítulo por três dias.
Detalhes? Estão com tudo.
Aliás,espero que fique tudo bem.



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(Ponto de vista)Giulia

Eu não sei porque,mas estou com um mau pressentimento. Eu estou com um frio na barriga... Isso significa que alguma coisa vai acontecer.

—Giulia,é verdade que você vai embora?

—Eu vou fazer faculdade,David.

—Eu nunca vou poder fazer,não é? Porque eu tenho Tourette.

—É claro que vai,você pode fazer oque você quiser. Não é isso que irá te impedir de fazer qualquer coisa.

—As pessoas falam por aí... Eu acho que não.

—Quem fala isso?

—Os colegas da minha classe.

—Nada a ver,você é como uma pessoa normal que tem uns tiques nervosos contínuos,mas é bem gentil.

—Você disse como uma pessoa normal? Eu SOU uma pessoa normal.

—Então pare de dizer que não pode fazer algo por conta disso. Aqueles seus colegas são uns merdas.

David sorri,mas já começa. Ele costuma ficar batendo um lápis que sempre carrega no bolso quando se senta pra conversar. Simplesmente coloca o lápis entre os dedos e começa a bate-lo na mesa,parede ou seja lá oque for e isso faz um barulho irritante. Logo depois,faz ruídos com os dentes,isso é extremamente irritante.

—David,é... Você não quer ir brincar lá fora?

Ele finalmente para de bater aquele maldito lápis na mesa e sai lá fora pra brincar. Não parece que ele tem síndrome de Tourette,mas começou a mostrar "sinais" quando tinha mais ou menos um ano e meio,piscando os olhos de uma forma estranha,tendo ataques de nervosismos,comportamento agressivo,hábitos estranhos...

Eu ainda estou com esse pressentimento,vou ligar para o Mark.

Tocando... Mas ele não atende. Vou na casa dele,ele já deve ter voltado do passeio. Eu pego minha bicicleta e vou,enquanto observava as lindas cores das árvores de outono. Logo a faculdade começa,algumas pessoas vão estudar longe e eu estou com vontade de chorar...

Chegando na casa do Mark,ainda pensativa nas coisas da vida,eu bato na porta. Ninguém atende,eu vou entrando porque eu sou dessas.

Ele deve estar no quarto...

Eu subo as escadas da casa e escuto um barulho estranho no quarto dele. Eu abro a porta devagar enquanto estava de olhos fechados,pois esperava que não fosse oque eu estava pensando que era. Mas quando eu abro os olhos,adivinha... ELE ESTAVA COM A VADIA DA CASSEY.

—Foi tomar um sorvete,Mark? Vejo que não foi bem isso que foi fazer,não é mesmo?

Mark se assusta e a vadia da Cassey olhou pra mim surpresa.

—G-Giulia,o que está fazendo aqui?

—Eu tava precisando da sua ajuda,mas não preciso mais. Aliás,eu não acredito que me trocou por ela. Eu sou mil vezes mais bonita que essa vadia e sinceramente... Não consigo imaginar como fez isso.

—Giulia,me desculpe...

—Own,você tem um péssimo gosto pra vadias. Ela não entende nada de moda e acredite... Eu sou muito melhor que ela em tudo,queridinho. Sempre dizem que o pior fica com o pior e o melhor com o melhor,então tá explicado o motivo de você ficar com ela ao invés de mim. E Cassey... Sua irmã não tem nada a ver com você. Além dela não trair a amiga,ela não rouba namorados e é super legal,muito melhor que você. Mark,eu vou procurar alguém melhor que você. Aliás,felicidades pois vocês vão precisar!

Eu ri forçadamente,mas pareceu natural. Eu saio do quarto e bato a porta com força,fazendo um estralo na casa inteira. Mas logo no corredor começo a chorar.

Não acredito que eles estavam juntos por baixo do meu nariz e eu nem percebi. Se ela vim querer dar uma de amiguinha pra cima de mim,eu vou jogar um tijolo na cara dela,o mesmo eu faço com o Mark.

Eu pego minha bicicleta,subo nela e pedalo até em casa. Eu nem estava prestando atenção no trânsito. Logo começa a chover...

Quando olho para a esquerda,havia um carro muito próximo de mim. Eu não senti nada e nem vi,pois tudo escureceu de repente.

(Ponto de vista)Angel

—Angel,você pode ser chata pra caralho,mas saiba que eu vou sentir muito sua falta.

—Nossa,que irmão mais legal,até me chamando de chata!

—Pena que eu não vou ver o Andy tão cedo.

—Ah,eu mando fotos dele por e-mail.

—Mas eu queria ver ele pessoalmente,ele deve ser parecido comigo.

—Eu acho que não,acho que ele vai ser loiro. Assim,só acho. É que meio que eu e o Benjamin somos loiros,entende? Só acho.

—Engraçadinha.

Eu dou um soco suavizado no ombro do Touby. Meu celular começa a tocar. Eu atendi e logo dizem o "Alô".

—Alô,quem está falando?

—Angel Smith?

—Sim,em que posso ajudar?

—Aqui é a mãe da Giulia,você precisa vir aqui agora!

—Aconteceu alguma coisa?

—A Giulia foi atropelada por uma camionete e o estado dela parece ser grave,eu... eu...

Ela começou a fazer voz de choro e eu estava quase engolindo o meu,mas não consegui e quis disfarçar.

—Fica calma,eu já tô indo tia!

Eu desligo o telefone e vou correndo pegar as chaves do carro da mamãe.

—Angel,não corre! O que aconteceu?

—Touby,fica aqui e diz pra mamãe e pro papai que eu já volto.

Eu vou para a garagem e entro no carro,dando partida e indo. Eu estou muito,muito nervosa...

Chegando na casa da Giulia,eu vou correndo para a porta. Minha barriga dói um pouco,mas a Giulia é mais importante que uma dorzinha.

David estava roendo as unhas e andando de um lado para o outro. A mãe da Giulia vem correndo falar comigo.

—Angel,ainda bem que você veio!

—Tia,o que aconteceu?

—A Giulia tava andando de bicicleta,aí um motorista bêbado bateu nela.

—Que horas isso aconteceu?

—Ainda hoje de manhã. Fazem mais ou menos três horas que ela tá no hospital e pelo que eu fiquei sabendo do George,ela teve uma hemorragia interna.

—Mas ela tá bem?

Eu estava tentando ser forte segurando o choro,mas ficou difícil.

—Angel... Eu sinto muito,é difícil saber que a minha filha linda e saudável está correndo risco de vida.

Eu senti meu coração a mil,a pior coisa que poderia acontecer,estava prestes a acontecer. Depende da sorte de cada um. A Giulia já foi embora uma vez,mas se ela ir agora não vai mais voltar.

—Querida,pode ir no hospital? Eu ficaria muito grata.

—Pode deixar,tia,eu vou sim.

—Só uma pergunta...

—Pode perguntar!

—É menino,menina ou os dois?

Eu rio,ela pensou mesmo que eu estou grávida de gêmeos?

—Não,tia. É só um menino.

Ela sorri e eu vou para o carro enquanto acenava. Se alguma coisa acontecer com a Giulia,acontece comigo também. Não somos irmãs de sangue,mas se ela precisar do meu eu dou.


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Notas finais do capítulo

Mark,como você pôde????



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