DC Multiverse Movies escrita por Andrew Ferris


Capítulo 4
Quando a esperança se esvai


Notas iniciais do capítulo

Comentem a história pessoal, me ajuda a saber como estou indo! Boa leitura!!!



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Lex está sentado em seu escritório observando uma série de fotos de feitos do Superman, desde matérias do Planeta Diário a fotografias de grandes revistas internacionais. No outro lado da parede ele vê seus troféus de ouro e certificações, e mais à frente ele vê fotos suas em matérias de diversas revistas populares, mostrando Luthor como uma das pessoas mais influentes do mundo. Uma das matérias mais recentes chama a atenção de Lex, que vê o Superman sendo comparado a Luthor em níveis de popularidade e influência, inclusive sendo feita uma comparação indicando que se os dois competissem para a presidência dos Estados Unidos naquele dia, ambos ganhariam do atual presidente e provavelmente o Superman sairia vitorioso. Ele pega um isqueiro e incendeia com uma expressão enraivecida quando Sun Yo bate na porta do escritório.
— Um segundo - Pede Lex apanhando um controle e apertando um botão extra que esconde o mural de uma das paredes, que vira ao contrário do lado vazio e idêntico da mesma parede - Pode entrar.
— Senhor, sua visita acabou de chegar. Lembra-se da reunião que me pediu para marcar há algum tempo? Pois é hoje.
— Com Amanda Waller? Sei sim, pode mandá-la entrar.
— Sim senhor - Sun Yo deixa a sala e instantes depois Amanda entra acompanhada por uma assistente.
— Senhora Waller - Luthor beija a mão da mulher olhando fixamente para sua assistente.
— Podemos pular essa parte, Luthor. Vamos ao que interessa.
— Se vamos ao que interessa, então infelizmente sua bela assistente vai ter que deixar a sala - Amanda olha para a jovem, que sai do escritório depressa, mas não o suficiente para escapar do olhar meticuloso e observador de Lex Luthor.
— Podemos? - Pergunta Waller sentando-se na cadeira à frente da mesa de Luthor, que não tarda a sentar.
— Queria falar comigo a respeito daquela proposta do governo, acertei?
— Não se trata apenas de uma tese, não é? Você sabe que essas coisas são reais e andam por aí.
— Sejamos francos Amanda, estamos em um mundo onde as coisas evoluem rápido demais para conseguirmos acompanhar. Assim que esses seres estiverem fora de seus covis, a primeira coisa que farei será apresentar minha proposta ao governo - Explica Lex enchendo dois copos com uísque e entregando um deles a Amanda.
— Mesmo assim, existem questões mais importantes que exigem nossa atenção - Lex sorri tomando um gole de seu uísque antes de se levantar e olhar janela afora.
— Imagino que uma delas seja o Superman.
— Sim, e quero saber, acha mesmo que vai funcionar?
— Ele pode ser alienígena Amanda, mas sei que aprendeu a ser humano, caso contrário não teria tomado o rumo que tomou. A questão é que pessoas falham, e ele optou por seu falho ao ser um de nós. É assim que sei que minha ideia vai funcionar.
— Assim espero. Precisamos controlar essa situação, meus superiores precisam disso.
— Entendo, mas suas razões são bem exclusivas das minhas - Lex termina seu uísque, olhando de Amanda para uma foto que tirou com o presidente no Salão Oval.
— O que quer dizer com isso? - Lex se demora perdido nos próprios pensamentos.
— Nada demais, acontece que essa cidade precisa de um representante melhor que um cara que provavelmente é responsável pela destruição da torre Wayne e de metade da cidade.
— É bom que nossos interesses estejam de comum acordo Luthor, ao menos por enquanto. Não se esqueça de quem eu sou - Lex se aproxima de Waller sem deixar de encará-la um instante sequer.
— Digo o mesmo para você, madame - Após uma última fuzilada com os olhos, Amanda pega sua bolsa e se prepara para deixar a sala, quando Lex a ultrapassa.
— Com licença - Ele pede à assistente de Waller - Qual é seu nome mesmo?
— É - Antes que consiga dizer, Amanda a chamou impaciente.
— Venha logo Clover - Ela sorri sem jeito e segue a patroa, deixando Lex sem ao menos responder.
— Até a próxima, senhorita Clover - Afirma em baixo tom antes de assobiar para Sun Yo, que emerge por trás de um balcão para atender o bilionário. Do outro lado da cidade, Clark Kent conversa com Kyle Rayner em uma lanchonete próximo ao prédio onde trabalham.
— Então você trabalha a tanto tempo quanto eu - Afirmou Kyle achando graça na própria declaração.
— Praticamente. Não fosse sua idade, talvez estivesse aqui há mais tempo que eu - Disse Clark tomando um gole de café com leite.
— Puxa...será que tenho chance de ser efetivado aqui?
— Acho que tem grandes chances. Ainda mais se Perry me demitir.
— Porque ele te mandaria embora? Pra mim você é um ótimo jornalista - Opinou Rayner indignado.
— Ele me acha muito teimoso e desobediente. Normalmente gosta que seus funcionários façam exatamente o que ele pede, não gosta de receber críticas nem questionamentos. Esse tipo de coisa não escapa do meu comportamento, principalmente quando se trata de decidir prioridades para o jornal. Isso e o fato de eu nunca estar quando ele precisa.
— Bem, todo mundo ás vezes é um pouco surdo. Ele não vai te demitir por isso, a menos que tenha uma razão para nunca dar ouvidos a ele - Os dois dão risada juntos antes de Clark ouvir algo. Uma criança gritou, um caminhão descarrilou, então um cargueiro desabou. Clark se levanta de imediato, o que deixa Kyle assustado à primeira vista.
— Aonde pensa que vai? Temos quinze minutos pra voltar ao trabalho.
— Eu voltarei em cinco - Antes que Kyle tenha tempo para debater, Clark avança apressado em direção a um beco, se trocando em um piscar de olhos para ir em direção ao acidente. Quando chega no local, Superman observa a cena e voa rapidamente até onde o caminhão se encontra, parando o mesmo pouco antes de encontrar a garota. Ele torna a levantar quando se lembra do cargueiro, então voa sem conseguir manter seu equilíbrio antes de alcançar a carga. Entretanto, seus sentidos são atiçados e cortados por algo alheio ao Superman, fazendo com que caia no chão sem ferimentos espantosos, ao contrário de um conjunto de pessoas debaixo de um prédio. Todos estavam fugindo, mas a explosão terminou com a demolição daquela parte do estacionamento, soterrando todas as pessoas que ali estavam. Os carros param aos poucos para observar a cena enquanto Clark fica de mãos abanando ao passo que mantém o olhar fixo nos escombros antes de se virar para a criança no meio da rua e se aproximar para tirá-la dali. Ele caminha tentando controlar a perda dos sentidos, entrega a criança aos pais, mas eles a afastam dele, encarando o herói com expressões que misturavam comoção com indignação. Mais pessoas ao redor do herói o olham do mesmo jeito, então ele se vira e corre até onde estão as pessoas soterradas. Tirando o máximo de pedras do caminho, Superman consegue retirar todos e tomar alguns cuidados com eles antes da chegada do corpo de bombeiros e de ambulâncias.
— Obrigado Superman - Agradece um bombeiro sorrindo para Clark, que retribui o sorriso sem grande animação, pois instantes depois jogam pedras e outros objetos nele. Aos poucos, pessoas indignadas se aproximam e gritam apontando os dedos para o herói.
" Você não representa Metrópolis. Você não é nosso herói. Quem te paga, alienígena? Você atacou essa gente!". Em meio aos protestos, Clark levanta voo e parte dali, deixando a multidão revoltada enquanto se pergunta o que havia acontecido naquele momento. Ao longo da vida, poucas vezes seus poderes haviam falhado daquele jeito, seria a falta de luz solar daquela época? Independentemente do que fosse, agora ele tinha de voltar à empresa e fingir que nada daquilo tinha acontecido. Nada de pessoas revoltadas negando o Superman ou caminhões desgovernados e menos ainda poderes fora de controle.
— Kent - Chama Perry impaciente ao avistá-lo entrando no andar - Onde você estava? Fiquei ligando pra você que nem um idiota. Não tinha ido almoçar com o Rayner?
— Foi mal Perry, não me senti bem e fui comprar um remédio.
— Sei, foi comprar um remédio. Enquanto estava comprando um remédio, tive de mandar Lane até o local do acidente para cobrir a história do Superman sendo que vocês estavam um mínimo mais próximos do local.
— Perry - Começou Kent, mas White o impede de prosseguir.
— Já que voltou, trate de se juntar ao senhor Rayner e se prepararem, vocês dois irão para Gotham hoje.
— Já? - Perry se afasta repleto de indignação quando Rayner se aproxima entregando a caderneta de Clark - Valeu garoto.
— Viu o que aconteceu? O Superman parece que falhou feio agora há pouco. Não fazia ideia de que os poderes dele podiam falhar.
— Aposto que nem ele - Bruce se levanta do sofá com um decepcionado Alfred olhando para ele.
— Que foi?
— Você saiu da mansão no meio da noite, perdeu o controle e atacou um grupo de deslocados - Bruce dá um sorriso confessando sua culpa.
— Achei que esse tipo de coisa só acontecesse no passado, quando era um jovem tolo sem propósito.
— Eles agrediram um senhor um pouco mais velho que você - Bruce se desconcerta e pega um copo para si, enchendo-o com uísque e se sentando à frente de Pennyworth.
— Eu pareço um nonagenário pra você? - Questiona Alfred com ironia copiando os gestos de Bruce.
— Agora passa as noites me vigiando? - Retruca Wayne tomando metade do copo em um único gole.
— Desde o dia em que voltou, dois anos desde a destruição de Metrópolis, quando o senhor decidiu abrir mão de tudo por alguma razão própria qualquer -Bruce encara Alfred revelando toda a raiva que guardava dentro de si.
— Eu sei muito bem o que quer Alfred, mas não tenho planos, não mais. Faço o que posso pela cidade, mas não passa de mentira e encobrimento. Os noticiários usam a parceria entre a Wayne Enterprises com a Luthor Corp como maneira de desviar de todo o resto que acontece tanto em Gotham quanto em Metrópolis. As pessoas perderam o rumo, esqueceram em qual direção devem olhar.
— E o senhor quer fazer com que se lembrem - Conclui Alfred espantado com o gosto do uísque.
— Não. Quero fazer com que olhem além das feridas próprias e vejam que tudo ao redor está tão ferido quanto elas mesmas.
— E suponho que o senhor acredite que fazendo isso irá fechar suas próprias feridas? - Bruce termina sua bebida e sai da presença de Alfred, pegando seu casaco de lã e indo para fora da mansão pegar um carro embora suas costas ainda doessem tanto quanto o curativo feito em sua cabeça. Diana observa suas irmãs treinando e embora veja algumas falhas em seus movimentos, ela não interfere no desenrolar das atividades, preferindo ficar em seu canto passeando pela ilha. O dia está perto do fim, com uma paleta de cores invejosa se formando pelo céu ao passo que o Sol segue rumo ao horizonte.
— Como se sente de volta ao seu lar? - Questiona Hipólita denunciando sua presença.
— Ainda não me acostumei a esse lugar, nem sei se um dia isso vai chegar a acontecer - As duas se entreolham, a rainha claramente desapontada com as palavras da filha.
— Se quiser morar aqui, saiba que as portas estão abertas a você, minha princesa - Diana sorri contente, mas ignora seus sentimentos, preferindo agir formalmente.
— Eu farei todo o possível para proteger Themyscira, e pode ter certeza de que irei representar nosos povo enquanto puder em tudo que os humanos requisitarem.
— Isso é bom, mostra que ainda está empenhada em nossa causa. O que me preocupa é sua postura que parece recuada em relação a suas irmãs - Declarou Hipólita batendo seu cajado no chão.
— Como eu disse, ainda não me sinto em casa - Diana pigarreia alto antes de continuar - Queria conversar algo mais sério nesse momento. Na reunião com os Atlantes, tive de agir como se estivesse tudo bem, mas agora tenho a chance de perguntar porque nuna me disse que eu tinha um parente fora de Themyscira?
— Porque ele é um macho, e Amazonas não lidam com esse espécime. Queria você longe disso enquanto pudesse, manter você segura, e conhecer Arthur Curry faria com que descobrisse seu destino mais cedo. Imagina se soubesse que seu primo é filho do grande Poseidon, o que iria pensar? Que Zeus é seu pai?
— Eu tinha o direito de saber.
— Isso não importa mais, exceto que espero que nesse cargo incubido a você possa colocar aquele homem no seu devido lugar. Ele é asqueroso e fluido, além de possuir uma visão unilateral. Não pense que ele irá facilitar a diplomacia, então depende de você apenas.
— Pode deixar, mãe - Bruce desperta de um sonho quando percebe estar no sofá de uma das salas maiores do lado oeste da mansão quando decide se levantar para tomar um copo de água. Ao chegar na cozinha, Wayne retira uma série de medicamentos de uma caixa de primeiros socorros e toma alguns para afastar a dor de cabeça, que se misturava a um insuportável latejar no couro cabeludo. Depois de ingerir os comprimidos, Bruce tomar um copo atrás do outro de água, então retorna à sala onde estava inicialmente, observando a escuridão ao seu redor sem se importar com a profundidade e solidão que geravam, afinal, por dentro ele já se encontrava vazio. Suor escorre da sua testa, as mãos encharcam-se, então seus olhos se direcionam ao forte baque da vidraça se quebrando atrás dele. Ao subir o olhar, percebe um morcego entrando na mansão, sendo iluminado pela luz noturna como um clarão dentro de uma caverna, depois de não saber para onde seguir, achando vive quando na verdade apenas finge que vive.
"Abraçe isso com coragem. Abraçe quem você realmente é, então saia da escuridão e vá para a luz". Bruce diz para si mesmo antes de se dirigir a uma sala da mansão que não entrava a um bom tempo. Quatro assaltantes se encontram em um beco escuro dentro de um armazém abandonado. Os quatro ostentam armas de alto calibre em grandes caixotes importados de companhias internacionais. Enquanto troca seu dinheiro, um deles acende um cigarro e se senta em uma escada próxima dali.
— Sabe, se esse cara continuar no controle de tudo, acho que logo mais não vou precisar roubar, exceto alguns corações femininos - Os demais dão risada enquanto o sujeito termina de contar o dinheiro.
— Sabem, foi bom termos pego esse dinheiro antes que chegasse nas mãos daqueles otários em Star City, só tem corrupto nessa cidade - Reclama um dos assaltantes cuspindo no chão cheio de revolta - Sabiam que metade desse dinheiro era pra estar sendo usado no tratamento de crianças como a minha filha?
— Pois é - Afirma outro assaltante, este de bigode e boina tomando um conhaque - Se o Batman ainda estivesse nas ruas, tenho certeza que esses caras pensariam duas vezes antes de fazer essas merdas.
— Para de falar besteira - Pede o que esta sentado na escada pisando em seu cigarro com força - Já viu o Batman prender playboy de terno e gravata? Aquele morcego idiota só prende pobre que rala, igual a gente, ele está pouco se fudendo para essa cidade.
— Falando assim parece até que o Batman nunca fez nada bom pra você - Debate o homem se levantando do banco onde se encontrava.
— Fez sim - Afirma o sujeito se aproximando do colega - Sumiu do mapa - De repente, todos ouvem um barulho nas tábuas velhas dos andares superiores, o que os deixa receosos a ponto de sacar suas pistolas, porém não espertos o suficiente para aguentar o que viria a seguir. Da sombra de uma escada o Batman surge, quebrando a perna de um bandido antes de pisar em sua mão com força.
— Que pena. Achei que tivesse aprendido a ser simpático - Declara o homem morcego com ironia antes de fechar os punhos e partir para cima dos assaltantes restantes.


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Notas finais do capítulo

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